Borboletas sempre voltam 26

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 2728 palavras
Data: 29/12/2020 20:47:56
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 26

_ Tia, de maneira alguma eu vim aqui para brigar ou afrontar a ti ou ao Matheus. Eu só vim pegar as minhas coisas e...

_Bruno, eu só queria entender o que te levou a fazer o que fez. Com tanto homem no mundo você foi se envolver justo com o namorado do seu primo.

Bruno abaixou a cabeça novamente. Estava tão envergonhado, que preferiu permanecer em silêncio.

_ Puxa, eu fiz tanto por você. Quantas vezes eu te defendi do Matheus, achando que ele estava sendo paranóico e na verdade ele tinha razão. Não pelas crueldades, mas pela desconfiança. E você ali, calado, me fazendo de idiota.

_ Eu nunca te fiz de idiota. Eu sou muito grato por tudo que fez por mim e tenho o maior respeito por você. Eu errei. Mas espero que um dia possa me perdoar.

_ Um dia pode ser que eu te perdoe. Você é o meu sobrinho e eu te amo muito. Mas eu estou muito decepcionada com você. Estou me sentindo traída, apunhalada. Puxa, o Matheus é mimado, é infantil, é temperamental, mas não merecia isso. Ele é seu primo! Vocês sempre se deram tão bem! E tudo isso por causa de um homem que não tem nada de especial. Um homem que só serviu para causar intriga na família.

Como que você Bruno se rebaixou por um homem que brincava com os seus sentimentos e com dos seu primo? Porque é isso que o Jonas fez. Ele enchia o ego por ter dois. Só se importava com as taras dele e vocês dois se matando.

Renata estava profundamente magoada com o sobrinho. Desejou que tudo aquilo nunca tivesse acontecido.

_E você não vai dizer nada?

_ O que eu vou dizer? Estou todo errado.

_ Eu prometi para a sua mãe que iria cuidar de você. Não há clima para você e o Matheus ficarem sob o mesmo teto. Vocês já estavam brigando muito e agora as coisas vão piorar ainda mais. Mas como eu disse, eu te amo e não quero o seu mal. Eu depositei uma quantia em dinheiro na sua conta para que possa se segurar.

Bruno arregalou os olhos. Sentiu que não merecia a generosidade da tia.

_ Não, tia. Não precisa me dar nada. Muito obrigado, mas não é justo. Eu estou trabalhando e posso me virar.

_ Bruno, você ainda nem tem nem um mês de trabalho. Está no período de experiência. Deixe de ser orgulhoso e aceite.

_ Eu não mereço isso.

_ Isso não é hora para esse assunto. Pegue o dinheiro e procure se manter bem. Só te peço que fique longe do Matheus. Não sei se você e o Jonas estão juntos, isso não me interessa. Só quero que fiquem longe do meu filho. Ele está sofrendo muito.

_ Assim que eu receber o meu salário eu vou te pagar.

_ Onde você vai morar?

_ No momento eu estou na casa de Isabel. Mas vou alugar um apartamento.

_ Tudo bem. Agora vai lá e pegue as suas coisas. Tome cuidado para não fazer barulho para não acordar o Matheus. Se você puder ser rápido melhor ainda.

Bruno subiu as escadas devagar. Ao chegar no quarto fez as malas com cautela para não acordar Matheus. Fez isso não somente atendendo o pedido da tia, mas também para evitar um confronto.

Do seu quarto, Matheus despertou. Foi até o banheiro e ouviu um barulho vindo do quarto de Bruno. Presumiu que o primo estivesse lá dentro e se enfureceu.

Entrou no quarto como um furacão.

_ Como se atreve a pisar aqui depois de tudo que fez?

_ Matheus, eu não quero brigar. Só vim pegar as minhas coisas e vou embora desta casa.

_ Agora a falsa traíra quer pagar de evoluída? Ah, francamente! É claro que você vai embora. Eu ouvi muito bem o desgraçado do Jonas dizer que vai te dar um apartamento.

'Sabe que nunca imaginei que o Jonas fosse tão burro? Uma puta de quinta como você ele consegue com pagando com um x-tudo qualquer. Mas ele foi tão burro, mas tão burro que pagou os seus serviços com um apartamento!'

Bruno permaneceu em silêncio arrumando as malas. Procurou conter a raiva para não piorar ainda mais a situação.

_ Vocês são dois baixos! Seres podres! E você é tão merda que precisa se rastejar, se prestar a esse papel de Judas para ter um apartamentozinho. Trabalhar que é bom nada, vagabunda em todos os sentidos. '

À medida em que era ignorado, a raiva de Matheus aumentava. No fundo, sentia-se humilhado e inferior a Bruno por ter sido incapaz de fazer com que Jonas o esquecesse.

_ É por isso que o seu pai não quer saber de você. Ele percebeu o merda que você é. E ainda dizem que ele é o errado da história.

Bruno foi tomado por um golpe de raiva. Apontou o dedo indicador para Matheus.

_ Olha aqui, você não tem o direito de falar sobre o meu pai! Você não sabe de nada. Não faz ideia do que eu passei.

_ Olha...

_ Cale a boca, que não terminei! Se você tá com raiva por causa do Jonas, tudo bem. Mas não venha meter no meio o assunto do meu pai. Me admiro você defender aquele cara. Ou você se esqueceu que ele jogou a sua mãe na rua quando você era apenas um feto?

_ Vocês dois são iguais. Aliás a família inteira. Você é igual a ele.

_ Você faz não faz ideia do que está falando.

Bruno agilizou as malas e tentou sair, mas Matheus segurou forte no seu braço.

_ Se você e o traíra acham que serão felizes as custas do meu sofrimento, estão muito enganados. Você vai me pagar, Bruno.

_ É mesmo? Você vai fazer o quê? Não vai deixar me deixar brincar com os seus carrinhos?

_ Sua...

_ Ah, vai tomar no cu, Matheus! Me deixe em paz!

Bruno soltou o seu braço e desceu as escadas. Matheus foi atrás gritando e xingando.

_ Fora daqui, Maricona! Vadia de merda! Que você e o Jonas morram!

Renata olhou espantada. Segurou o filho pelos braços.

_ Matheus, calma!

_ Calma nada, mãe! É muita ousadia ele pisar aqui depois de tudo que fez.

_ Filho, calma! Ele só veio pegar as roupas e vai embora!

_ Deveria ter ido antes! A culpa foi sua que não expulsou esse vagabundo quando eu pedi. Você é a culpada!

_ Matheus, você vai me atacar agora?

_ Você não acreditou em mim! Nunca acreditou! Que merda!

Bruno saiu correndo o mais rápido que pode. E Matheus foi para o quarto chorar.

Dona Chiquinha balançava a cabeça negativamente ouvindo Betinho narrar os fatos na mesa do café da manhã.

_ Olha, eu nunca gostei muito desse menino. Não acho que servia para namorar o meu neto, mas Jonas errou muito com essa história de traição. Isso poderia ter terminado numa tragédia! Esse Matheus é muito desiquilibrado!

_ Jonas sempre foi pegador. Era de se esperar que ele não seria fiel ao namorado. Ainda mais com o Bruno na parada, que é o grande amor da vida dele.

Patrick sentiu-se mal com as palavras de Betinho.

_ O bom de tudo isso é que esse namoro acabou. E do jeito que aconteceu, com o Jonas ferido foi muito ruim. Esse menino poderia ter matado o meu neto. Vou pedir a deus que o mantenha afastado do Jonas.

_ Jonas foi bem burrinho. Era mais fácil ter namorado o Bruno e tido o Matheus como amante.

_ Pare de dizer bobagens, Betinho!

_ É verdade, Patrick. O Bruno é muito mais calmo, se ele fosse o corno não agiria com uma louca, assim como a Matheusa fez. Oh bichinha nervosa!

_ E Jonas não me disse nada. Nem a Olívia. Ficaram calados. Com certeza virão com a desculpa de que não queriam me preocupar. Eu odeio essa mania que eles têm de querer me esconder as coisas. Eu vou ligar para ele agora. Com licença, meninos. Fiquem à vontade.

A idosa levantou-se para fazer a ligação do telefone fixo da sala. Ela não sabia usar o aparelho de celular. Achava complicado demais.

_ Então, mana, agora chegou o seu momento, já que o Matheus é carta fora do baralho.

_ Você é um tonto mesmo, Betinho. Se eu não tinha chances de disputar com o Matheus, tu achas que eu terei com o Bruno?

_ Uh, é! Esse clima de pé de guerra entre Matheus e Bruno vai durar por muito tempo. Enquanto as bichas se matam, você oferece um cu amigo pro Jonas.

Patrick gira a cabeça em sinal negativo enquanto sorrir.

_ Você não tem jeito mesmo, né Betinho?

_ Vai na minha._ disse piscando para Patrick.

Jonas tentou ligar para Bruno durante o dia inteiro, mas ouvia da voz eletrônica que o número era inexistente. Nas redes sociais os perfis estavam desativados. Bruno tomou essas atitudes para tentar se livrar de Lúcia.

Jonas temeu que Bruno desaparecesse como fez há oito anos.

Contudo, a noite, foi surpreendido com a visita de Bruno na pizzaria.

Ao vê o amado, sentiu-se feliz e aliviado. Abraçou-o e o beijou.

_ Eu sei que você não está querendo me vê, mas eu preciso falar com você.

_ Que bobagem é essa, Bruno? É claro que eu quero te vê. Não só te vê. _ disse com um sorriso safado.

_ Eu tive que sair da casa da minha tia...

_ Ela te expulsou?

_ Não. Eu não sou um sem noção. Não faz sentido nenhum eu ficar naquela casa.

_ Verdade. Mas você pode ir para o apartamento que eu aluguei pra você. As chaves estão comigo. Eu também comprei alguns móveis, que estão para chegar nesta semana.

_ É sobre isso que eu quero falar com você. Eu tô na casa da Bel, mas lá é pequena e ainda tem a família dela, o filho pequeno. Eu não quero tirar a privacidade deles. Eu estou trabalhando, pensei em te pedir as chaves do apê e você não precisa pagar o aluguel pra mim...

_ Pare de cerimônia, meu amor. Não precisa disso.

_ Não é cerimônia. Eu só estou dizendo que posso me manter e que você não precisa se preocupar com as minhas despesas.

_ Eu já paguei um ano de algueis a vista. Esse dinheiro não vai me fazer falta.

Bruno sorriu.

_ Eu não quero ser um peso pra você.

Jonas o abraçou e o beijou.

_ Eu te amo muito. Você é tudo pra mim, menos um peso.

_ Ah, meu amor.

Bruno abraçou forte. Sentiu-se protegido em seus braços.

O apartamento era pequeno e confortável. Adequado para uma pessoa, com um apenas um quarto pequeno e uma parede baixa de tijolos de vidro que fazia divisa com a sala. Um banheiro minúsculo e uma cozinha americana. Bruno sentia-se feliz, pois ali era o seu lar. Onde tinha sossego.

Possuía poucos móveis, somente o básico: fogão, geladeira, armário, guarda-roupa, um sofá e uma TV que ficava pendurada na parede enfrente a sua cama. Planejava comprar um sofá e uma mesa de jantar para receber as visitas dos amigos e de Jonas. E namorava pelos sites objetos de decoração.

Ao chegar do trabalho, tomava um bom banho e preparava o seu jantar. Sentia-se feliz por está livre das perseguições de Matheus.

Jonas o visitava quase todas as noites. E isso o deixava ainda mais feliz. O que o incomodava era saber que Jonas estava triste por sentir falta de Matheus. O rapaz não se queixava com Bruno, mas estava quase sempre cabisbaixo. Bruno sabia o motivo e evitava tocar no assunto. Sentia muito ciúme de Matheus. Para ele era perturbardor ter que dividir o amor de Jonas com o primo.

Numa noite, Bruno com a sugestão de Isabel resolveu fazer uma surpresa a Jonas, e junto com a amiga foi visitar o namorado no Espaço São Jorge.

Jonas ficou feliz ao vê-los e os convidou para sentar à mesa com ele e os amigos. Cinthia o olhou para Bruno com nojo e Isabel a olhou com raiva.

_ Eu vou embora. O clima tá muito desagradável!

Cinthia levantou com raiva e saiu do local.

_ Cinthia, volta aqui!_ disse Jonas.

_ Deixa ela! É melhor ela ir._ disse Olívia.

_ Eu vou atrás dela.

Jonas saiu. Ele conseguiu alcançar a amiga no estacionamento, que se preparava para subir na moto.

_ Que porra é essa, Cinthia?

_ Que porra é essa digo eu. Eu não sou a favor da sacanagem que vocês fizeram com o Matheus. Vocês são dois filhos da puta!

_ Eu sei disso. Mas você tem que ficar com raiva de mim e não do Bruno.

_ Jonas, esse cara te deixou na merda por causa de emprego, voltou e fodeu com o seu namoro. Tu tá sendo um babaca de dá apartamento pra ele. O Bruno só te quis por dinheiro. Tu perdeu um cara que te amava de verdade por pura burrice. Você é um filho da puta sim, mas é meu amigo. Eu não quero que tu quebra a cara.

_ Você tá viajando, Cinthia. Volte lá pra dentro. Vamos ficar de boa. Porra, sem você não tem graça.

_ Não vou voltar merda nenhuma. Eu não vou participar dessa palhaçada .

Cinthia saiu com a moto deixando Jonas para trás.

Para aliviar o clima pesado Olivia e Rafael puxaram assunto com Bruno e Isabel. À medida que bebiam e conversavam foram descobrindo muita coisa em comum. Surgiu entre eles uma amizade e trocaram Whatsapp.

Olivia e Bruno conversavam muito. Ela passou a preferir mais Bruno do que Matheus. Eles começaram a sair juntos e Olivia o convidou para uma resenha que daria na casa de Rafael.

Ao vê o primo da festa de Olívia pelo Instagram, Matheus ficou possuído pela raiva. Sentiu-se traído e humilhado. Chorou muito.

Matheus criou um perfil no Grindr, mas não sentia interesse por ninguém. Ainda pensava em Jonas e sofria por isso.

A amizade entre ele e Cinthia permaneceu. Ela deixou claro que apesar de ser amiga de Jonas não concordava com que ele fez. Matheus sempre perguntava pelo ex, mas ela desviava o assunto para não magoar ainda mais Matheus.

O menino passava os dias no quarto chorando imaginando Jonas e Bruno juntos.

Todos à sua volta tentavam agradá-lo com presentes, preparando suas comidas favoritas e o levando para sair. Na faculdade, ele não prestava atenção nas aulas. Pediu a mãe para que pudesse trancar a matrícula.

_ Mas de jeito nenhum! Você ficou maluco! Você não vai parar a sua vida e prejudicar o seu futuro por causa daquele safado do Jonas.

Na classe de Matheus havia um rapaz que estava interessado nele. Vivia jogando cantadas, que faziam Matheus sorrir, mas ele não tinha interesse pelo garoto.

Contudo, um dia resolveu aceitar o seu convite para sair.

_ Tudo bem. Eu saio com você, mas eu escolho o lugar.

O rapaz ficou feliz por finalmente ficar com Matheus, mas não fazia ideia o que estava por vir.

O Espaço São Jorge estava lotado. Era sexta-feira, dia de shows de Drag Queen e o local era frequentado por pessoas da comunidade LGBT.

Matheus chegou de mãos dados com o rapaz. Pediu a mesa que ficava localizada perto do balcão, onde Jonas pudesse vê-los com nitidez.

Ao vê o ex namorado com outro, Jonas ficou furioso. Sentiu-se afrontado e ofendido. O ciúme o dominava.

Sua expressão era de ódio.

_ Calma, Jonas. Não vai fazer nenhuma besteira._ disse Rafael.

_ Ele é muito filho da puta. Como se atreve a trazer macho pro meu bar! Só para esfregar na minha cara.

Matheus percebeu que Jonas estava com raiva e sorria para o rapaz.

Jonas fechava os punhos de raiva.

O rapaz segurou o queixo de Matheus e o beijou.

_ Isso já é demais!

Jonas foi até a mesa e Rafael foi atrás na tentativa de evitar uma briga.

Dominado pelo ódio, Jonas puxou o rapaz pela camisa e deu um soco no seu rosto.

_ Solta o meu namorado!

_ Você tá maluco?_ perguntou Matheus com raiva.

O rapaz ficou no chão com o nariz sangrando, enquanto Jonas o olhava com raiva.

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Comentários

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Bruno sumiu da vida de Jonas que passou anos em depressão, conheceu Matheus, namoraram, terminaram e agora Matheus está seguindo em frente. Exatamente como o Jonas anos atrás. É isso o que eu to entendendo hahahahaha

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A história está é boa mas deixei de gostar dos personagens.

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Faz o que faz e ainda se acha no direito de cobrar o outro. Jonas é o tipo de homem nojento, lixo, tóxico.

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Mano do céu, eu juro que não acredito que o Bruno voltou com esse Boy lixo do Jonas, fala sério. mdsssssss

e mais nojo do matelixo e das merda do Betinho aff.

to com ranço tanto do Mateus tanto com Jonas e ainda mais pelo Bruno, aff falta de amor próprio.

Tem coisas na vida que a gente se livra. mds

amando o conto, continue e não seje malvadinho kkkkkkk tô sem unhas pra roer de tanta ansiedade. ♡♡♡♡

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Pq Bruno não desembucha sobre o q a mãe do Jonas fez?

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