Era dia de formatura e eu já estava completamente atrasado para os preparativos, a cerimônia já deveria estar se iniciando e eu teria que correr e muito para chegar a tempo. Por sorte, consegui carona e ao me situar em que parte ocorria a celebração, sinto alguém puxar meu braço:
- O que fazes aqui? - interrogou aquele que por um momento me fez esquecer do meu compromisso.
- Me larga - disse me desvencilhando - Eu não te devo satisfação.
Segui para área em que eu estava designado (servir cerveja) e assim seguiu boa parte da parte, mesmo que sempre vigiado por aquele que tentou impedir minha entrada mais cedo.
A festa corria muito bem e os convidados seguiam se embriagando. Precisei ir ao banheiro e na saída dele esbarro com um dos convidas que a essa altura está bem alto e alegre:
- Foi mal aí, cara! - disse ele mudando seu semblante risonho para um ar mais preocupado, como se tivesse me machucado.
- Relaxa! Não foi nada de mais. Deixa eu...
- Tu estás ali no chopp né!? Já te vi. - me interrompeu.
Tentei responder mas ele não deixava e logo continuou uma conversa que eu jurava não precisar.
- Já deves estar cansado de tanto servir esse pessoal.
- Que nada. Bom deixa eu ir que ...
- Trabalhas sempre pra essa empresa? - me interrompeu novamente.
- Sim sim. - respondi agora já prestando atenção nele e como era bonito.
Sorriso branco na medida, um tanto mais baixo que eu, bem mais forte (diria que super em dia com a academia), a camisa social apertava seus músculos...
- Paulo.
- Oi? - deu pra ver na minha cara que não estava prestando tanta atenção ao que ele dizia.
- Meu nome, rapaz. Paulo. - dizia ele agora estendendo a mão.
- Ygor - respondi meio acanhado.
Ele me puxou para um abraço o qual ele fazia questão de apertar e cumprimentar como se fosse íntimos. O cheiro do perfume ainda estava presente mesmo que horas de festa tivessem rolado, os músculos não tão duros eram confortáveis, costa larga, uma mão acariciava minhas costasdepois eu vou te perturbar mais lá - terminou ele uma frase que mais uma vez não prestei atenção.
Paulo entrou no banheiro e enfim segui para meu posto.
Mais um tempo de festa e ele realmente cumpriu o prometido e ia "me visitar" em meu posto sempre que possível, não tomava um gole de chopp e sempre aparecia com um drink de cor diferente. Era super engraçado, mesmo eu não entendendo metade do que ele dizia devido ao barulho da festa, mas ele era cativante e lindo.
Fim de festa quase e novamente fui interrogado pelo que interrompeu no início da festa:
- A gente precisa conversar!
- A gente... Eu não tenho nada mais pra falar. Me deixa! - respondi decidido e enfático.
- Aquele moleque...
- Olha, Ricardo... Eu sinceramente não entendo o motivo de estares aqui com esse interrogatório e mais um julgamento. O que eu deixo de fazer ou faço é problema e só meu a partir de agora.
Ele tentou falar algo, agora com cara de choro, mas eu segui para os bastidores da festa me arrumar. Deixei-o falando sozinho. No caminho, esbarro com Paulo que abre um sorriso ao me ver.
- Tava te procurando, rapaz.
- Oi. Eu tava terminando de arrumar as coisas. Parabéns.
- Obrigado. Vem aqui - disse ele já me puxando pra um canto vazio.
Paulo encostado na parede me puxou pela cintura e me deixou olhando em seus olhos de cima, nossos narizes se encontraram, assim como o ar que saía agora de nossas bocas...
- Aceito um beijo como presente.
Ele dizia isso alternando o olhar entre o meu e minha boca, ainda tinha uma taça na mão direita e a esquerda agarrada na minha cintura, me engatando nele e despertando todo o desejo reprimido durante a festa. Em um momento de impulso (mas não inconsciente) o beijei, com toda vontade, umidade e desejo que poderia transmitir. Toda essa intensidade foi por ele retribuída que agora apertava minha cintura. Nossas cabeças dançavam de um lado para o outro, as respirações cada vez mais fortes...
- Saio em 15 minutos. - disse ofegante ao terminar o beijo.
Eu olhava pra ele que ainda permanecia de olhos fechados e sorria. Ao abrir, disse que tinha a noite toda para esperar (já eram 06 h) e deu o último gole em seu drink. Terminei meus afazeres e o encontrei na saida secundária, alguns convidados e formandos ainda se encontravam na saída do salão e onde estávamos não tinha ninguém. Um carro já nos esperava e seguimos para um motel ali perto. Eu o desejava e muito, não pensava em mais nada e mesmo assim estava certo do que fazia. O motorista nos deixou e só então me dei conta que caímos num motel qualquer (não que fosse ruim), mas aí tive ideia de que ele também estava sedento pelo momento. Não trocamos muitas palavras e ele soltou um "Te quero, rapaz".
Já no quarto, ele me pegava novamente pela cintura, agora com as duas mãos, e eu abraçava sua nuca com as minhas. Ele mesmo mais baixo que eu se mais afoito e assertivo, me deixando completamente em êxtase.
Paulo me jogou sentado na cama e se acomodou em meu colo, encaixando perfeitamente a ponto de sentir meu pau explodindo na calça. Ainda sentado, ele parou o beijo para desabotoar sua camisa e exibir um corpo perfeito: músculos bem divididos (nada exagerado), peitoral com alguns pelos ralos que seguiam pela barriga... Desabotoou a calça e abriu o zíper, a cueca vermelha me causava ainda mais tesão, combinava perfeitamente com ele.
Acabou saindo de meu colo e se desfez de toda a roupa que estava em seu corpo, a visão era perfeita. Os pelos da barriga continuavam pela região do pênis, um pouco mais grossos e igualmente charmosos e excitantes. O pau moreno apontava para cima e sua cabeça brilhava (agora descoberta por ele num movimento de puxar a pele), o saco igualmente peludo, as coxas também e grossas. Mesmo que admirando todo aquele pedaço de homem eu tive a reação de também me despir e numa fração de segundo tive a menção de cair de boca no pau dele, mas fui logo """"frustrado"""" por ele, me pegando pela nuca e roubando um beijo tão quente e cheio de desejo quanto o primeiro. Ele ainda em pé e eu de joelhos na cama, nos beijando agora mais calmamente e ainda intenso, sinto a mão esquerda dele agora agarrar meu pau certeiramente. Agora ele sentia o quão quente e rígido estava, se ainda possível, começou a ficar mais após o movimento dele de me masturbar lentamente. Logo percebi que eu já babava a ponto de melar a sua mão e vi que era verdade quando ele interrompeu o beijo e olhou para baixo: sua mão melada, a cabeça do meu se encontrava banhada de baba e ele limpou a mão. Limpou com a língua num sorriso que só ele tinha e tratou de me chupar. A boca quente agarrava meu pau com movimento intenso, ao chegar na cabeça ele fazia questão de sugar todo líquido ali presente, certos momentos me olhava... O telefone toca. O meu telefone.
Pelo visor eu olho e Ricardo liga incessantemente e só consigo pensar que não queria mais algo com ele. Aquilo tinha ficado no passado... Não tinha???
Continua...