Mona e Kaike estavam na enfermaria, Magnus não estava lá, ou se estivesse, estava num local bastante separado. Mona era uma garota inteligente, mas estava sucumbindo à terapia que seus pais tinha imposto a ela.
Aquilo bem não poderia ser chamado de Terapia, estava mais para uma forçação de Cura gay, de sua família tradicional. Mona era herdeira de uma empresa, mas ninguém a daria por ser uma mulher e por ser lésbica.
As mulheres na família de Mona era posta em seu devido lugar, não passando de apenas servas, escravos. Que eram pra dar exemplo. Nenhuma mulher tinha poder de fala, ou ao menos algum poder. Mas Mona não era assim, ela era diferente e estava pegando o preço por ser essa garota visionária é que jamais abaixaria a cabeça para seus pais e familiares homofóbicos e misóginos. Mas será que ela tinha forças ainda para esse luta?
“No que está pensando? - Kaike perguntou para Mona a tirando de seus pensamentos.”
“Em nada demais. - Mentiu a mesma, ela tinha problemas em confiança, desde de que Magnus quebrou toda sua auto estima, ela vivia nas sombras. Torcendo para não ter mais Bullying contra a mesma. - Estava preocupada com as suas mãos”
Kaike sorriu, mas ele sabia que a garota estava mentindo, ele era um bom mentiroso e sabia quando uma pessoa estava mentindo. Ele apenas sorriu e não pressionou a nova amiga.
“Não fique pensando em problemas. Magnus merecia isso, e mais ainda. Só não tive tempo de deixar ele mais machucado. - Kaike tentou tira um sorriso da amiga, mas falhou miseravelmente.”
“Eu espero que Felipe consiga te deixar na escola. - Admitiu a morena não encarando o amigo. - Precisamos estar juntos e enfrentar esse tirano juntos, já que ele fez coisas com a gente.”
Kaike estava doido para perguntar certas coisas para Mona, ele se repreendia mentalmente toda vez que a pergunta se formava em sua garganta, mas ele era muito mais curioso.
“O que Magnus fez contigo? Ele disse sobre a Lily, sobre a terapia.”
Mona mordeu o lábio inferior, ela temia que Magnus espalhasse que ela fazia terapia, mas não de uma forma a ter apoio, mas a ridicularizar mais ainda.
“Caso não queira conversa sobre isso, eu te entendo, so espero…”
“Eu sou lésbica. Isso não é tão óbvio assim, mas eu me apaixonei pela melhor amiga de Magnus, Lily. - Ela sorriu descontente com isso. - No começo era divertido tem alguém, se descobrir, eu aprendi a me aceitar, e Lily era maravilhosa. Dividimos segredos, confiança e muitas outras coisas. Mas quando eu estava preste a me assumir por causa de Lily, Magnus descobriu e revelou tudo de uma forma que eu tivesse aliciando Lily e ele. Magnus contou para meus pais e meu pai que não tolera isso, me machucou, por isso tenho marcas no meu corpo e meu olho é cego. Meu pai me marcou como aviso que sou a aberração da família. - Mona tentou não chorar de novo, ela não poderia se presta a esse papel novamente. - Agora faço essa droga de reabilitação na terapia, dizendo que Deus pode me salvar, que estou com demonios e etc, uma amiga de minha mãe é minha terapeuta. Magnus forçou a Lily a ter esse relacionamento comigo, pelo simples fato de eu sempre discorda dele e de saber de um segredo dele.”
Kaike encarou a amiga e sua curiosidade chegou a um parar que nem ele mesmo achava que daria. Os olhos de Mona brilharam intensamente com aquele segredo, ela sabia que tinha uma arma poderosa, mas não teria como provar que isso era verdade.
“E qual segredo ele guarda?”
Ela chegou bem perto de Kaike e soltou em seu ouvido.
“Magnus tem um relacionamento incestuoso com seu pai. Praticamente são namorados.”
Kaike se engasgou e seus olhos abriram contra Mona, que tentou não encarar o rapaz.
“Como? Magnus e seu pai? o que?? - Kaike quase gritou se não fosse Mona tapar a boca dele.”
“Isso idiota, os dois tem um caso. Soube disso numa das noites que dormia na casa de Magnus, e vi os dois fazendo o ato. - Mona engoliu em seco, seu coração disparava, ela tinha visto os dois juntos e da forma como ela viu, não tinha como não reparar nos dois. - Eles se tratavam como amantes. O senhor Aurelio e Magnus era praticamente casados, eu percebi olhares furtivos entre eles.”
“Nossa, a gente pode destruir ele com esse segredo. Mona, você é incrivel. - Kaike abraçou sua amiga.
“Eu sei que sou incrivel, mas você acha que eu não tentei usar isso contra Magnus, ele nem ao menos se assustou, disse que eu era louca e acho que isso foi mais um motivo para ele fazer o jogo comigo. - Mona não encarou Kaike para não tirar a alegria do amigo.
“Mas agora gata, são cinco contra um. Podemos virar esse jogo, Magnus jamais vai poder ir contra a gente, por causa desse segredo. - Kaike encarou a amiga e segurou sua mão. - Nunca mais vai fazer essa terapia novamente.”
“Eu espero que sim. Ninguém merece ouvir aquilo.- Mona sorriu e fechou a cortina rapidamente.
“O que??”
“Calado…”
Os passos estavam ficando mais pesados e pertos. Mona olhou para o amigo que rapidamente ficou calado. Poderia ser Magnus entrando na enfermaria, já que ele não estava em nenhuma das macas.
A sala ficou silenciosa e logo em seguida ouviu passos indo para longe, depois disso, Mona tentou sair de onde estava, mas seu celular vibrou rapidamente.
Mona maluca, contando mentiras de novo? Sua terapeuta vai ter que aumentar seus remédios. Mas eu posso te ajudar a se livrar de Magnus. - Joker.
“Mona? Você está bem? Você…”
Mona saiu correndo e não parou. Deixando um Kaike confuso, até seu proprio celular dispara uma mensagem.
Rejeitado de novo, o garoto problemas nunca se cansar de expulsar pessoas para fora de seu meio, mas eu estou aqui para te ajudar. Eu posso expulsar Magnus de sua vida. - Joker.
Kaike encarou aquela mensagem sem reação.
Murilo estava num motel com o cara que despejou uma chuva de lama nele, ele tinha se limpado e por via das dúvidas ele tinha entrado com capacete na cabeça e escondendo a roupa da escola. Ele sorriu e beliscou o rapaz, fingindo ser um casal feliz.
Assim que entraram, Murilo correu para o banheiro.
“Você está bem familiarizado com isso não é? - O garoto tirou a mochila de entrega e o capacete sentando no divã.
“Estou muito ocupado tentando salvar minha vida escolar, isso sim. E não to nem ai com essas piadas idiotas que pode dizer.- Resmungou Murilo tentando tomar banho rapidamente. A sorte é que ele tinha uma roupa extra que era da de educação física."
"Você tem quantos anos guri? - O motoqueiro mais parecia um rapaz marginal, com o jeito de andar, a forma como se sentava aberto e com aqueles óculos ridículos. - Ei, meu parça da para responder?”
“Primeiro eu tenho 17 anos, e tô a um mês para completar dezoito, segundo não se preocupe, você não vai ser preso por me levar a um motel, sou bastante inteligente para poder nos safar dessa, e terceiro, preciso que você olhe para lá. Preciso me trocar - Murilo estava sendo mais do que abusado, mas em sua mente ele estava certo, o rapaz poderia vim devagar e não veio, o sujou todo. Justo naquele dia.”
“Precisa disso mesmo? Sei que sou irresistível, mais não ficaria com uma pessoa de menor. - retrucou o motoqueiro.”
“Ha-Ha-Ha, tu jura? Querido eu não sou qualquer um. E além do mais você não faz meu estilo de garoto. - Murilo jogou uma toalha para o motoqueiro se vira”
Assim que o motoqueiro se virou, Murilo rapidamente começou a se vestir, mas o que ele não sabia era que o proprio motoqueiro se controlava para não olhar, o rapaz era bonito ao seus olhos e aquele jeito marrento dele, poderia fazer muitas coisas na cama, como bater em sua cara, força a entrada de seu cu e ele gemer em protesto, ate mesmo ser sadomasoquista com o garoto, amara ele em cordas. Mas Francisco Joaquim era um rapaz que ainda queria viver.
“Se você espiar…”
“Eu não vou, Deuses você é bem pior do que uma mulher na TPM. - Retrucou Francisco, com os labios sendo mordidos, e um desejo insano de espiar.”
“Posso ser mais perigoso que uma mulher na tpm. - Murilo se virou e Francisco o encarou. - Agora me passa sua roupa de chuva.”
“Ha e eu vou me molhar nessa chuva que está caindo la de fora? Não não, eu pago um uber para você e ficamos quites. - Francisco sacou o celular e abriu ele.”
“Não precisa disso, já lhe disse. E é até o outro quarteirão, até lá eu devolvo e você vai. - Murilo olhou o horário e sabia que se demora-se demais, iria ter que voltar para casa. - Vamos Garoto, você ainda me deve.”
“Céus, aonde eu parei. - Francisco entregou a capa de chuva e os dois saíram dali, deixando um Murilo contente, assim que desceu da moto.”
“Muito obrigado, agora sua capa de chuva. - Murilo tirou e entregou para o motoqueiro, o garoto passou as mãos pelos rosto de Francisco e limpou eles. - Agora pode colocar o capacete e ir embora.”
Francisco se sentiu um pouco estranho com aquele contato do rapaz, mas assentiu. Subiu na moto e apenas olhou para trás e mandou um beijo, que Murilo recebeu envergonhado, Murilo pediu seu uber e assim que entrou dentro do carro, seu celular disparou uma mensagem.
Não se cansar de ser uma puta não é mesmo, Murilo? O que será que sua mãe falaria sobre isso? - Joker.
Felipe estava conversando com seus pais e teve a notícia que tanto queria, seus pais enfim estaria lutando por algo que valia a pena, colocar Magnus na cadeia é isso era uma ótima notícia. E ainda mais que eles ajudariam Kaike nessa, o seu dia estava indo bem, nada poderia dar está .
Até ele se esbarram com um rapaz todo suado.
Felipe estava distraído andando pelo quadra da escola que não viu quando alguém gritou sobre a bola, o rapaz veio buscar a bola com tudo e acabou caindo por cima de Felipe, sua cabeça bateu com força no chão e ele acabou mordendo os lábios do rapaz que caiu por cima dele.
“Puta que pariu, você não ver por onde anda? - Gritou o rapaz para Felipe.”
“Eu devo olhar? Não acha que a culpa de tudo isso é sua. - Empurou Felipe o grandalhão. - Essa quadra é para todos e vocês estão…”
Felipe apenas encarou o rapaz e quase teve um mini ataque cardíaco.
“Não acredito que seja voce. - Felipe abraçou o rapaz ali mesmo, mesmo que tivesse pingando de suor. Mesmo que o rapaz estivesse peguento. Era ele. - Eleazar. Eu me desculpas…”
Jesus Eleazar era um dos filhos dos Bispos mas conhecido da igreja onde a sua avó ia, pela família do seu pai Ricardo. Eleazar como gostava de ser chamado, tinha cabelos encaracolados, ele tinha os cabelos ruivos bem escuros, sardas era espalhadas pelo rosto, seus olhos verdes eram quase esmeraldas, ele era um gordinho que estava começando a ficar bombado. Mesmo tento 1,87 de altura. Eleazar tinha um rosto redondo e mais grandes e dedos grossos.
O garoto tinha 19 anos e estava no terceiro ano, Felipe não tinha visto o amig entrando na escola e também não tinha mais falado com ele desde dos 12 anos.
Ele estava mais bonito, agora sem camisa, ele tinha algumas tatuagens, ele estava praticando esporte fisicos, dava para ver pelo seu corpo entrando em forma.
Ele estava apenas de calção de jogador de futebol, e Felipe se lembrou que seu primeiro beijo foi com ele num dos retiros que sua avó insistiu de levar ele.
“Voce está muito…”
Quando ele ia completar a frase, uma garota de cabelos negros e olhos escuros como carvão apareceu, ela tinha colares discretos em seu pescoço e usava a camisa da escola com um jeans bem apertado. São alto e unhas vermelhas pontiagudas.
“Pensava que tinha matado o rapaz. - disse a garota beijando o rosto de Eleazar. - Aquele ataque foi digno do capitão de vôlei.”
“Nossa, o capitão de vôlei? Quando você apareceu nessa escola? - Perguntou Felipe tentando engolir o ciúmes que surgiu. Felipe era um garoto sagaz, ele percebeu nos dedos da garota um anel grande e nas mãos de Eleazar também.”
“Eu fui matriculado semana passada, mas não tive tempo de passear muito, estava treinando. E Márcia, esse é o Felipe, Felipe essa é a Márcia, minha noiva. Felipe é um grande amigo…”
Ele continuou falando, mas Felipe não estava mais ouvindo ou prestando atenção. Ele apenas queria sair dali e fingir que nunca tinha encontrado seu primeiro crush e o garoto que perturbava sua mente todas as noite em que ele se punhetava, que era o garoto que enfiava o dildo dentro de si e não ele mesmo no quarto.
“Nossa, ele deveria ir na rede de jovens da igreja. - Comentou Márcia delicadamente. Olhando de cima a baixo Felipe, sem demonstra suas verdadeiras intenções.”
“Não sei se ele gostaria, Felipe é um pouco diferente…”
“Eu ia adorar dar um pulo. Claro, se tiver livre nos dias de cultos. - Felipe mordeu sua língua logo quando soltou a frase sem pensar. Ele tinha uma ideia formada sobre a igreja e sobre no que ele acreditava. Agora estava indo para a igreja, por causa de Eleazar. Deuses.”
“Bem, eu ia adorar te apresentar aos outros jovens. - Márcia tocou carinhosamente a cabeça de seu noivo e beijou ele ali na sua frente. Isso fez Felipe se enjoar.”
“Eu adorei te ver, no caso ver vocês dois agora. - Felipe comentou sem jeito e começou a dar passos para trás.”
“Felipe, pega meu numero. - Eleazar chegou perto dele e pediu o celular, colocando o número nele. - Me manda um oi, podemos conversar, se precisar, eu to aqui. Soube o que aconteceu com seu irmão.”
“Eu.. obrigado. Eu vou mandar mensagem.”
Felipe saiu daquela quadra sabendo que seu dia piorou o bastante depois daquela cena. O único rapaz que beijou ele é que ele sonhava que seria o primeiro a tirar a virgindade dele. Agora estava preste a casar. Os deuses que Felipe acreditavam, estavam pregando peças nele.
Mais uma pessoa que você perdeu na sua vida, Felipe. Até quando vai perder pessoas? Uma foi por causa de sua timidez a outra por causa de Magnus, vamos ver quem vai tirar as outras pessoas? - Joker.
Felipe encaro bem o celular e fez a coisa mais estupida do mundo, correu atrás de Magnus para dar um ponto final, aquelas mensagens idiotas.