O encontro II (na piscina do condomínio)
Restante da semana foi embora, chegado o sábado ensolarado, mesmo com piscina particular, resolvi descer para à social, consciente e no intuito de rever aquela jovem mulher do elevador, procurei um lugar discreto e acomodei-me, não lembrava quando tinha estado naquele ambiente desde minha chegada àquela moradia. Não tardou e percebo a chegada da Marcela, com uma mulher mais velha ao seu lado que parecia mãe e mais uma mulher também muito atraente, alta, magra, cabelos curtos e uma pele bem bronzeada.
Abri o livro do Saulo Ramos (O código da Vida) e comecei a leitura, na realidade a releitura – de tão bom que é, não tardou:
- Oi seu Heitor, tomando um sol?
- bom dia mocinha, na realidade fugindo do sol e lendo um livro para passar o tempo.
- Aproveite a leitura e a visão. E deu as costas.
Foi o que ouvi em daquela mulher, e sob o reflexo do sol a vi num biquíni super charmoso, preto se afastando de mim.
Eles ficaram a uns três metros de minha mesa e facilmente dava para ouvir e ver tudo que acontecia por lá, logo percebi que a mulher mais velha era mesmo a mãe dela e pelo teor do papo era separada do marido.
Com o sol escaldante, não me contive e abri minha cerveja e sempre que podia passava o olho na direção daquela mesa a procura da Marcela, que sentada na espreguiçadeira de frente para mim abria e fechava as pernas numa mistura de nervosismo-provocação e sempre que podia me olhava sorrindo no cantinho da boca. Não tive escolha fui da um mergulho na piscina, que ainda, tinha poucas pessoas, quando olhei para trás notei a Marcela se jogando e esbarrando em mim.
- Me desculpe Seu Heitor, foi sem querer.
- Você não sabe controlar seus movimentos não menina?
- na realidade não sei me controlar e preciso de uma pessoa que faça isso comigo e acho que descobri essa pessoa numa noite chuvosa dentro de um elevador.
Foi direta e taxativa sem esconder sentimento, expôs e deu as costas saindo da piscina, não antes, se voltou e me encarou novamente sorrindo discretamente.
Voltei para minha cadeira e para minha leitura, o tempo foi passando e eu notava que ela não parava de me encarar, resolvi fazer um teste, levantei e fui ao banheiro e quando estava retornando, dou de cara com a Marcela.
- o Senhor não vai dizer nada?
- do que está falando?
- não consigo mais parar de pensar naquele dia em que fiquei de joelhos aos teus pés, nunca na minha vida fui tão atrevida com alguém como estou sendo agora e não me diga que não notou.
- Olhe menina!
- não sou uma menina, sou uma mulher (me interrompendo).
Peguei-a fortemente pelo braço e disse:
- nunca mais me interrompa e lhe digo mais você não é uma mulher, parece uma menina desastrada e mais ainda, nunca pense em se envolver comigo, você não suportaria nem uma semana, metade do que já fiz com algumas mulheres com quem me relacionei.
- Saia de minha frente agora, vá para sua mesinha e seu mundo de faz de contas.
Percebi que ela ficou ao invés de assustada, curiosa isso era intrigante e ao mesmo tempo instigante.
Quando me preparava para retornar para meu apartamento, passando pela mesa delas.
- Mãe esse é o Seu Heitor, foi com ele que me esbarrei outro dia no elevador e baguncei todos os seus papeis.
- Olá Heitor, sou a Carol e essa é minha sobrinha Nina, ela me falou do ocorrido.
- Tudo já passou e não houve maiores danos.
- Olha a Marcela disse que você recusou ajuda dela para reparar o estrago, mas sei que pelo seu modo educado de ser, não recusaria sentar conosco para apreciarmos esse final de tarde.
- Olha Carol, obrigado pelo convite, mas tenho algumas coisas para fazer neste exato momento.
- Tudo bem (disse Carol), mas que tal um jantar hoje a noite com essas três belas mulheres (toda riram).
A Nina pegou em minha mão e a Marcela na outra implorando para uma resposta positiva. Não tive escolha aceitei.
- Então fechado às 20 horas no apartamentocontinua)