O coroa estava dando mole demais me “filmando” sem parar com seus olhos de tarado. A expressão da mulher ao seu lado lembrava os psicopatas das séries policiais da TV quando estão a ponto de atentar contra uma nova vítima. Eu fiquei na minha proseando com os meu colegas do comitê eleitoral. Estávamos em um jantar comemorativo composto por algumas pessoas diretamente envolvidas na vitória do partido naquela eleição ocorrida há duas semanas. O acontecimento era em uma churrascaria da região. O coroa tarado era o pai do Lucas (seu Durval), e a mulher era a mesma que tentou me matar no dia da eleição. Apesar dela negar isso.
E não deu outra, a dona deu um novo show de ciúmes e falta de controle. Bateu boca com o marido e só não veio pra cima de mim porque a turma do deixa disso contornou a situação e os dois foram embora mais cedo.
O jantar acabou uma hora mais tarde. Peguei uma carona com um casal que passaria próximo da minha casa. Desci na via principal e fui caminhando as duas quadras adentro. Ouvi o motor de um carro se aproximando e parando ao meu lado. Não vi quem era de imediato, por conta dos vidros filmados, mas conhecia aquele carro. A porta do passageiro se abriu, era o pai do Lucas, como eu havia suspeitado.
— Entra, linda! Vamos conversar um pouco.
— O senhor estava me seguindo?
— Não, estava te esperando.
Eu entrei e a conversa inicial foi sobre o meu patrão.
O seu Reginaldo (meu patrão) ao ser eleito vereador aumentou seus poderes e ficou mais autoritário. Como se já não bastasse o poder econômico que ele possuía a seu favor. Imagine o que será depois que ele tomar posse, pensei apreensiva. “Essa nuvem negra da chantagem sobre a minha cabeça persistirá por muito tempo”, suspirei desolada. Contudo, isto não estava impedindo que eu desfrutasse de alguns momentos felizes proporcionados pelos raios de sol que conseguiram furar aquela barreira sinistra em um dia ou outro quando eu estava distante daquele tirano.
Por outro lado, aquela situação incômoda ficou lucrativa, talvez porque ele passou a usar antecipadamente o dinheiro do contribuinte para me presentear. Isso não me impedia de continuar intensificando os meus esforços para dar um fim àquela situação de submissão.
Depois do resultado das eleições eu ganhei um aliado fortemente engajado e também interessado em se livrar do “Peroba”, era o nome que eu e o pai do Lucas combinamos para nos referirmos ao vereador. Toda e qualquer questão referente ao meu patrão só seria discutida pessoalmente. A pedido dele, nós não teríamos nenhum tipo de contato telefônico ou por mídias sociais, seja qual for a gravidade do assunto.
Aquele era o nosso primeiro encontro secreto após o acordo feito. E foi assim, meio de improviso, eu não sabia que ele viria. Primeiro seu Durval deu a ideia de filmar minhas transas com o vereador para dar um contra golpe na chantagem. Eu descartei de imediato, já que eu e minha família teríamos muito mais a perder. Eu não correria o risco de expor meus avós. Além disso, o seu Reginaldo é uma raposa velha e não me deixa levar o celular em nossos encontros. O doido até revista a minha bolsa se eu estiver portando uma — expliquei pra ele.
Desconfiei que o coroa não tinha ideia nenhuma para aquela reunião fora de hora, e que só queria transar comigo naquela noite.
— Você está irresistível neste vestido, é perfeito para o seu corpo de curvas insinuantes.
— Eu estava esperando o senhor me apresentar uma solução para o meu problema.
— Eu tenho um plano B, meu anjo, tenha calma. Eu quero me livrar do Peroba tanto quanto você.
Aquele homem estava me assustando, eu só queria me livrar da chantagem, mas ele insistia na frase em se livrar do homem. Seu Durval era o primeiro suplente do partido, assumiria a vaga do meu patrão se ele perdesse o cargo de vereador… Ou se morresse.
Nossa reunião de negócios deu uma pausa momentânea, pois ele começou a seduzir-me e despertou meus desejos. Eu havia bebido um pouquinho a mais, estava a menos de cem metros da minha casa e tudo poderia dar errado se eu fosse vista por algum vizinho. Isso me excitou.
Depois do primeiro beijo e amassos iniciais eu pedi que ele fosse em frente e parasse depois da minha casa. Era muro de um lado e uma cerca e plantações do outro. Não haveria janelas com testemunhas e dificilmente passaria alguém naquele horário.
Continuamos com os beijos, dessa vez mais calientes. Meu ímpeto foi além, abri sua calça e chupei o seu pau até ficar rígido como uma barra de ferro e o deixei liso como uma enguia usando a minha saliva como lubrificante. Tirei a minha calcinha e fui pra cima dele sobre o banco do motorista ligeiramente recuado. Seu pau foi direcionado em minha boceta e eu remexi meus quadris o recebendo fenda adentro. Deixei meu corpo descer e "engoli" aquele nervo exposto inteirinho… Ah! Magia pura. Cavalguei gostoso quicando forte e super excitada. Suas mãos suavizaram meus movimentos para evitar uma ejaculação precoce. Durante beijos carregados de volúpia o meu vestido foi baixado até minha cintura e sua boca procurou meus mamilos. Curti de montão a sensação prazerosa de ter meus peitos sugados e mordiscados.
O momento supremo chegou… Ahhhh! Soltei minha garganta em um gemidinho longo ao sentir meu clímax acontecendo no mesmo instante em que o homem liberou todo o seu sêmen dentro de mim. Banquei a louca novamente remexendo tudo que eu tinha direito. Fui diminuindo dizendo o quanto ele era gostoso e arriei quietinha e abraçadinha a ele com a cabeça repousando em seu ombro.
Vestidos e recompostos depois de alguns minutos, era hora de retomarmos a reunião, apesar de que ambos queríamos mais sexo. Todavia, já havíamos facilitado o suficiente pra aquela noite.
Ele explicou qual seria o plano B. Gelei, ele queria mesmo se livrar do homem. A ideia já havia passado por minha cabeça semanas antes, mas eu não possuía elementos para um plano eficaz. No entanto, o dele não era muito diferente do meu. Recebi uma orientação de como eu agiria em meu próximo encontro com o vereador, seria na próxima sexta-feira, porém, antes a gente se encontraria discreta e rapidamente no centro para ele me entregar um acessório necessário.
Fiquei de pensar. Se eu fosse ao seu encontro é porque eu embarcaria naquele plano.
Fim, por enquanto.
Este conto faz parte de uma sequência de quatro outros que já postei aqui. Para um entendimento maior sobre tudo que rolou anteriormente, recomendo a leitura dos contos abaixo:
1– No Banco do Simca Chambord
2 – Maldito Simca Chambord
3 – Um Texto Explosivo
4 – No Escurinho do Comitê Eleitoral