Meu corpo estava quente, mas não de febre. De desejo.
Eu estava viajando há dois dias na mesma carruagem esperando, com mais paciência do que costumo ter, chegar ao fim da estrada.
— Quantos dias de viagem?
— Serão três dias de estrada, Vossa Majestade. — O cocheiro avisou. — Faremos pausas em uma pousada para que possa descansar todas as noites.
O problema é que eu tinha passado seis semanas longe do meu marido, o Rei Lewis. E bastou chegar no terceiro dia de viagem que passei a sentir falta do corpo dele: do peitoral largo, da barriga bem desenhada, das coxas — meu Deus, aquelas coxas — e do que tinha no meio dela.
Agora, seis semanas depois, voltando de viagem, faltando um dia de acordo com as contas do cocheiro Franz, lembrar do pau de Lewis fez meu corpo implorar por uma foda.
Seis semanas.
Malditas seis semanas.
Aproveitando a noite ao meu favor, me estiquei no banco da carruagem, relaxei minhas pernas e me preparei para a única forma de foda que eu tive durante aqueles dias. Enfiei a minha mão direita pela calça e achei meu próprio pau já duro e pulsando.
Apertei de leve e fechei os olhos. Cima, baixo. Cima, baixo. O movimento da carruagem era, também, quase erótico. Eu era capaz de reagir a qualquer estímulo.
Na minha visita a Cidade Branca, vi alguns dos soldados treinando. Sem camisas ou com a camisa colada marcando o peitoral, as coxas incrivelmente grossas, braços tensionados marcando os músculos e as veias. Uma tentação.
Minha mãe dizia que eu tinha casado jovem demais — 19 anos — e que eu sentiria falta de vários prazeres na minha vida. Mas agora, três anos depois, não sinto falta de outras rolas. Apenas a de Lewis. Eu não tinha dúvida de que se eu pedisse para qualquer soldado da Cidade Branca que ele me pegasse, me prensasse na parede e enfiasse sua rola em mim, ele faria e guardaria segredo. Afinal, eu era o esposo do Rei, o que me fazia de rei consorte. Mas eu era extremamente fiel a Lewis.
Nenhuma outra rola tinha visitado minha bunda exceto a de Lewis. Ele havia me conhecido por causa de uma fama desolada que eu tive na escola. Mas isso é outra história. Agora, eu só queria transar.
— Só mais um dia... — murmurei aumentando a velocidade da minha mão. Enfiei a esquerda pela calça, abri mais as pernas, e encontrei o que estava piscando. Enfiei um dedo e deixei um gemido escapar. Não queria que Franz me achasse daquele jeito, então mordi minha boca para me controlar.
Mas eu não estava com sorte.
Alguma coisa aconteceu que a carruagem pendeu pro lado. Ouvi um barulho de madeira quebrando. Acabei caindo no chão.
— INFERNO — gritei, mais por ter cortado minha punheta do que por ter sido jogado no chão.
Paramos.
— Perdão, vossa majestade. Perdão. Perdão.
Em poucos segundos, Franz estava me ajudando a sair da carruagem e perguntando infinitamente se eu estava bem.
Eu estava, a carruagem não. A roda tinha arrebentado depois de bater em uma pedra.
— INFERNO — gritei de novo. Mais por ver que ia demorar a chegar em casa do que pela carruagem de fato.
— Tem uma pousada aqui perto, Vossa Graça. É melhor que passe a noite lá do que tentarmos consertar a roda.
Era verdade e ele não precisava me explicar. A gente não estava longe do castelo, talvez apenas meio dia de viagem. Se consertassem a roda pela manhã, de tarde estaríamos na estrada e de noite eu estaria quicando no pau de Lewis.
— Vamos, Franz.
Ele desatou os cavalos da carruagem. Dispensei todos os guardas exceto Emmet e Dick, o necessário para minha segurança. Nós quatro seguimos para a pousada.
Não demorou muito e estávamos lá. Era uma pousada pequena e a senhora que nos atendeu quase caiu para trás quando percebeu quem eu era.
— Nós não temos muitos, Majestade, mas pode ficar com o nosso quartinho do fim do corredor. Tem uma banheira nele e uma cama de casal. Eu vou mandar avisar ao... — era uma senhora simpática demais e eu estava com pressa demais. Não foi uma boa combinação.
— Tudo bem, senhora — a cortei antes que puxasse assunto demais. — Franz, você pode fazer todas as negociações, eu só quero me deitar um pouco. Pegue um bom quarto para você.
Coloquei a bolsinha de moedas na mão de Franz e ele me deu um sorriso simpático. Franz era um bom homem e ele sempre aguentou meus ataques e os de meu irmão mais velho Jerry. Trabalhava para a família de Lewis desde a infância e agora já exibia alguns fios de cabelos grisalhos, mesmo não tendo mais que uns quarenta e poucos anos. .
Estiquei a mão pedindo a chave e logo a velhinha atendeu meu pedido, ainda nervosa com a minha presença. Não tinha como eu não rir disso, mas preferi rir no quarto para não constrange-la.
Subi as escadas e já no corredor o fogo começou a voltar. Era uma quentura no pé da barriga que parecia correr pelos meus vasos sanguíneos. Por Deus, como eu precisava de uma boa foda. De repente me peguei pensando em como era quando eu tinha dezesseis anos e era solteiro e chupava os garotos do colégio. Eu sempre soube que eu gostava de rapazes, de me ajoelhar diante deles enquanto botavam seus paus para fora e me pegavam pelos cabelos empurrando toda aquela carne por minha garganta adentro. Eu só precisava esperar mais um dia e poderia voltar a ter essa maravilhosa sensação.
"Só mais uma noite, Alexi, só mais uma noite", eu ficava repetindo mentalmente para baixar meu fogo, mas acho que acontecia o efeito contrário.
Cheguei na porta do quarto e passei a chave esperando encontrar um quarto meio sujo e bagunçado característico daquelas pousadinhas de meio de estrada.
Eu estava certo quanto a isso, mas havia outra pessoa ali.
Um rapaz de mais ou menos a minha idade estava agachado ao lado da banheira passando um pano por dentro dela. Seus cabelos eram pretos como os meus, porém um pouco ondulados. Estava sem camisa, portanto vi um peitoral e uma barriga digna de um soldado da Guarda Real — e do melhor amigo de meu marido, o rei Henry; eu o odiava e me mordia de ciúmes quando ele estava por perto, mas eu não negava que ele era extremamente gostoso —e braços fortes com músculos bem desenhados. O rosto era gracioso com um queixo bem desenhado.
Era o mau caminho na frente.
Meu tesão infernal me fazia secar qualquer macho que surgia na frente. Tentei afastar esses pensamentos
O rapaz se assustou quando me viu e se levantou.
— Boa noite? — ele perguntou. — Desculpa, eu não sabia que teria hóspedes hoje, principalmente com a chuva que está chegando.
Eu não respondi porque minhas palavras sumiram. Minhas palavras sumiram porque minha boca se encheu d’água. E minha boca se encheu d’água porque no meio das pernas daquele homem havia um volume chamativo, marcado pela calça molhada da água da banheira.
Era o mau caminho e eu estava a um suspiro de querer passear por ele.
— Senhor?
O rapaz veio na minha direção e foi quando pareceu me conhecer.
— Vossa Majestade! — Ele fez uma reverência sem tirar os olhos de mim. E eu não tirava os olhos daquele bendito volume. — Perdão novamente, sou o neto da dona, o senhor deve ter conhecido quando chegou. Estava limpando a banheira porque...
— Certo — engoli toda a água da boca para poder falar sem babar. — Tudo bem. Eu penso mesmo em tomar banho já, já. Como é seu nome?
— Andrew — ele fez outra reverência. — O senhor quer um banho. Posso ajuda-lo.
Minhas pernas bambearam. Aquele rapaz ali, me ajudando... Seria muita tentação. O calor do meu corpo iria fazer a água ferver.
— Não precisa, Andrew.
— Eu insisto, Majestade — ele sorriu. — O senhor pode abrir os braços? — e terminou a frase alargando seu sorriso. Será que ele me viu secando seu... Será que eu não disfarcei?
Ele deu a volta por mim e me envolveu nos braços. Por um instante achei que fosse me apertar e me fazer sentir seu pau pressionando minha bunda. Eu sabia que tinha uma bunda bonita, redonda e grande o suficiente para marcar a calça. Costumava treinar os glúteos tanto na academia quanto cavalgando na rola de Lewis
— Lewis!!! — gritou minha consciência. — Você tem marido, garoto. O que está pensando?
Eu estava pensando que um abraço assim não era traição. Eu sou fiel. Bastante fiel. E com certeza um abraço assim não era traição.
Mas ele não encostou em mim. Apenas começou a desabotoar o meu colete. Enfim eu tinha entendido porque ele pediu para que eu abrisse os braços. Obedeci, com medo de que ele mandasse eu abrir as pernas. E se eu obedecesse a isso também?
— Não vai. Você é fiel e seu marido também — minha consciência me acalmou.
— Eu vou esquentar a água para que tenha um bom banho. — INFERNO! Ele falou do lado do meu ouvido e a respiração era tão quente e gostosa que me bateu um arrepio. Meu pau deu um sinal de que iria pular rasgando a calça. Se Andrew encostasse em mim, iria achar que eu estava febril.
— Não p-precisa — murmurei.
— Precisa, Majestade. — Ele puxou meu colete pelos braços e depois puxou o nó da minha blusa. — Vai já chover e você pode sentir frio durante a madrugada. O banho quente vai te fazer bem, vai te relaxar. Ou vossa graça prefere outras coisas para relaxar?
Quase que eu conseguia ouvir ele fazendo uma proposta indecente.
— Isso é só coisa de sua cabeça — novamente minha consciência resolveu aparecer. — Você só está desesperado por uma rola e pensa que todo mundo quer te comer.
Poderia ser verdade. Um corpo quente e um pau duro faziam qualquer pensamento se perder e parecer um sinônimo para putaria.
— Vou ficar com o banho quente — respondi a Andrew.
— Farei seu desejo, Majestade. Seja ele qual for.
Ele subiu minha camisa e a jogou na cama com o colete. Senti quando ele deu um passo para trás se afastando de mim.
— Suas botas, Majestade. Sente-se para que eu tire.
Respirei fundo para que o tesão não me dominasse e me sentei na cama. Andrew foi até a porta. Achei que ele fosse embora e talvez, só talvez, fosse melhor mesmo. Mas tinha ido apenas fechá-la.
Na minha cabeça passou imagens de duplo, triplo, milésimos sentidos. Mas fiz com que todas fossem embora pensando no sorriso doce de Lewis, seus cabelos ruivos tão belos e cheirosos, em todo amor que ele me dava...
Andrew voltou e parou em minha frente. Seu pau na altura da minha cabeça. Nem olhei para cima. O volume realmente era grande. A calça marcava tão bem o contorno daquele pau que dava para notar todo o seu tamanho e grossura mesmo mole, quando cheguei. Agora parecia que ele estava ganhando vida. Não ainda excitado, mas no ponto certo de colocar na boca e senti-lo crescer dentro dela.
Eu abri a boca para falar algo, mas as palavras não vieram. Eu estava hipnotizado, sedento e com medo de implorar para que ele me deixasse chupa-lo.
Para minha sorte, Andrew se ajoelhou e passou a desamarrar minhas botas.
— O que você está fazendo por aqui? Achei que reis evitassem pousadas pobres como a nossa.
— A carruagem quebrou e essa era a mais próxima. Estou voltando de viagem da Cida.. —Ele terminou de tirar minha bota esquerda e passou a massagear meu pé. Ele tocou num lugarzinho bem no meio da sola e apertou. Era como um botão e quando ele apertou esse botão, soltei um gemido. — ... da Cidade Branca.
— Eu ouvi sobre essa viagem. Quase dois meses lá, não foi?
— S-sim. — Ele apertou de novo.
— Deve ser ruim ficar muito tempo longe, principalmente do seu esposo.
Andrew começou a desatar os nós da minha bota direita e os nós da minha vergonha na cara.
— Mas vou voltar a vê-lo amanhã.
— E vai matar a saudade.
— Assim espero.
Ele tirou minha bota e alisou a parte de cima do meu pé com a ponta do dedo.
— Do que mais sente falta? — ele perguntou ao mesmo tempo que apertava o botãozinho no meu outro pé. Gemi de novo.
— Lewis.
— Entendo — ele disse e se levantou, deixando seu pau de novo na altura dos meus olhos. — Que bom que estará de volta amanhã para ele.
— Sim.
— Vou esquentar sua água, Majestade.
Então ele caminhou em direção a porta, mas eu não queria que ele fosse embora agora.
— Espere — eu disse, me levantando. O assoalho do quarto estava frio e causou um choque térmico em mim.
— Sim, Majestade?
Ele se virou para mim. Um rosto lindo, uma boca com lábios carnosos, uma barriga que dava vontade de lamber. E, claro, o volume hipnotizante. Eu não queria que ele fosse agora.
— Falta a calça.
Ele sorriu.
— Claro, Majestade. O que você desejar, eu faço. Fique de costas.
O tom parecia o de uma sugestão, mas também estava implícita uma ordem. Me virei e esperei que Andrew chegasse até mim e me envolvesse de novo nos braços. Eu estava louco... Lewis... meu amor, meu marido...
Andrew chegou. De novo seus braços vieram por trás até a frente do meu corpo e seus dedos passaram a trabalhar no nó da minha calça. Imaginei aqueles dedos trabalhando no meu cu. Foi quando senti que ele piscou. Era o calor, tinha que ser... Andrew não estava nem encostando de fato em mim.
Mas por que não?
Dei um passo para trás e senti seu pau por cima da calça se acomodando na minha bunda. O encaixe perfeito. Soltei um suspiro. Ou gemido. Não sei. Mas o seu pau passou a crescer ao sentir o toque de minha bunda.
Finalmente ele soltou o nó de minha calça e ela caiu no chão.
Senti seu peito nas minhas costas. Sua respiração estava forte, mas compassada.
— Vossa majestade quer uma massagem antes do banho?
— Sim — respondi sem pensar duas vezes. Mexi minha bunda em seu pau como que confirmando o que eu queria.
E foi quando ele se afastou.
— Se deite na cama que vou providenciar a água e sua massagem.
— Vai demorar?
Ele passou o dedo indicador pela linha da minha costela até o começo de minha bunda.
— Não, Majestade.
Então desceu o dedo pelas bandas da minha bunda, devagar, me fazendo sentir a tortura.
Mas se afastou murmurando um “até logo, rei Alexi” e saiu fechando a porta.
E eu fiquei pelado no meio do quarto pensando que por pouco eu não tinha traído meu amado Lewis.