Começou como sempre acontece em todas as histórias obscenas, dois irmãos deixados sozinhos em casa, abandonados à própria sorte. Crescemos juntos numa casa tradicional de baixo do cinto da bíblia, mas nossos pais nunca estavam por perto.
Me lembro até hoje, meu irmão estava presente na minha primeira menstruação, no exato momento em que eu entrei em desespero sem entender o que estava acontecendo pois ninguém conversava essas coisas comigo. Comprou chocolate para mim com o dinheiro da própria mesada e nunca perdeu a paciência com meus ataques de ansiedade, mas seus olhos oscilavam entre carinho e alguma coisa que eu não sabia identificar...
Foi num domingo de manhã alguns meses depois, quando nossos pais estavam na igreja, que eu aproveitei para ir até o quarto dele e dormimos juntos, foi quando eu descobri que não éramos mais crianças, a malícia havia despontado em meus pensamentos e já não conseguia olhar para ele desnudo com os mesmos olhos. Ele disse que não poderíamos mais dormir assim porque nossos pais não aprovavam mais esse comportamento devido às transformações pelas quais passavam nossos corpos. Eu estava desabrochando mas tinha todos os atributos de mulher e ele se esticando cada vez mais rápido já com a voz grave. Enquanto o abraçava e respirava o perfume da sua derme despida, que tinha o cheiro do aconchego do lar, também me explicou algo ele que achava mais estranho e esquisito do que menstruar: sonhos eróticos, ereções e desejos que ele não tinha controle por causa da forma como seus hormônios agiam, coisas que acontecem quando um menino vira homem. Não fiz nenhum escândalo, mas eu não sabia quem estava mais constrangido após ele perceber que eu também estava o analisando sem querer... Mas no final, eu ainda considerava ele meu irmão protetor e não via problema nenhum em estar ali com ele, até porque ele também servia para me apresentar esse mundo cor de azul dos garotos. Mas algo havia mudado e pude perceber isso melhor quando, num sonho, eu também o beijei e acordei com a calcinha toda lambuzada. E o mais estranho era isso não parecer estranho, era como se fosse para ter sido assim desde sempre. Logo depois, já estávamos abraçados novamente.
Geralmente as histórias são assim, os irmão descobrem juntos a masturbação. Conosco não, isso veio do desejo. Eu queria fazer sexo e aparentemente ele também. Nós sabíamos o que estávamos fazendo. Nós sabíamos o que era sexo e como fazê-lo, embora nenhum de nós tivesse feito, e apesar de eu também não ser tão inocente assim, pois podia nunca ter ter beijado um garoto antes, mas já era lésbica por vocação junto com uma prima desde uma idade em que não sabíamos o que estávamos fazendo, apenas que era errado porque estávamos peladas. Mas honestamente, o fato dele ser o meu irmão em termos da atração que eu sinto por ele nunca foi relevante, isso era uma coisa muito mais só nossa. O fato dele sempre ter sido tão protetor comigo que é sim o mais importante, pois se ele não fosse meu irmão, mas ainda sim exatamente a mesma pessoa, eu ainda amaria ele, pois ele seria o mesmo ser humano maravilhoso.
***
No final daquele ano, nossos pais viajaram durante quase um mês e nos deixaram sozinhos com a nossa querida empregada. Naquela bela noite de verão, logo após ela ter se recolhido para os seus aposentos, estávamos assistindo filme no sofá da sala do piso superior, um cômodo bem mocado, quando ele me contou que tinha beijado uma garota. Sentada com a cabeça apoiada em seu ombro, eu comecei a reparar a cara dele de pegador com aquele cabelo liso e fitei-o com o mesmo olhar que anteriormente havia revelado coisas que nem eu mesma sabia. Fiquei olhando pra boca dele, às vezes para os olhos também e perguntei:
- Você está, tipo... namorando com ela? Desculpa perguntar.
- Não, não estamos nos importando com isso.
- Posso te contar uma coisa? Você não pode falar pra ninguém...
- Eu não vou.
- Eu nunca tive um namorado, nunca...
- Mas você nunca se interessou por ninguém?
- Não... tenho só, você sabe, amigos... Você acha que eu sou bonita?
- Claro, você consegue qualquer cara que você quiser.
- Qualquer cara...??
- Sim, você só precisa sair mais um pouco de casa...
- Tem mais uma coisa que eu quero te contar então, mas isso você também não pode falar pra ninguém de jeito nenhum... eu nunca nem beijei na boca...
- Mas isso é normal, tem nada de mais.
-.Não, isso não é.
- É sim, eu também era assim até outro dia.
- Você acha que, talvez, a gente pode praticar?
- Como assim?
- Praticar... o beijo? - Sentindo o rosto arder em vergonha, olhei para os lados e dei uma mordida nos lábios em estado de tensão - Não, deixa pra lá, isso foi idiota...
- Tudo bem, relaxa, não precisa ficar assim... você quer isso mesmo? - Ajeitando meus cabelos e rindo da minha ingenuidade, que na verdade era dissimulada em forma de flerte.
- Sim...quer dizer, eu sempre gostei de você... - Dessa vez com uma mordida sedutora, passei a língua nos lábios mas logo em seguida percebi que isso soou esquisito e comecei a rir envergonhada - Não, esquece tudo que eu acabei de falar, vamos só assistir o filme...
- Acho que podemos praticar, se for por hobby...
- Tem certeza? - Devorando sua boca com os olhos.
Ele se aproximou de mim, e os gestos pareciam acontecer em câmera lenta. Acariciou as maçãs do meu rosto com as mãos e eu estremeci com o toque, fechando os olhos. Eu não era boca virgem, mas ele também me beijou de maneira nada desajeitada. Os lábios deslizaram levemente e nossas línguas se encontraram por um instante, depois ele repetindo o mesmo mostrou que era recíproco. Parecia tão errado, mas ao mesmo tempo tão bom, tinha gosto de desejo, de amor e pecado, uma mistura de sentimentos. Nos exploramos lentamente com elas soltas, quando de repente os movimentos viraram circulares e comecei a sugar a boca dele reivindicando ela para mim com tanta vontade que pude sentir os pelos do meu corpo arrepiarem. Comecei a apertar o seu pau volumoso que pulsava por cima da calça, uma sensação inédita para mim até então, mas na hora que eu fui enfiando minha mão por dentro, ele manifestou um certo pudor e pediu pra eu parar, tirando ela antes de eu conseguir tocá-lo:
- Nós não deveríamos.
- Eu estou morrendo... você tem certeza?
- Essa é uma pergunta que eu não sei a resposta...
Tive que controlar meus impulsos. Me acomodei em seu ombro por um instante e voltamos a praticar apenas com selinhos singelos e beijos rápidos que na verdade pareciam durar horas inteiras cada um deles. Um clima romântico, doce, inocente, tímido e inexperiente. Não era nada vulgar, mas seus beijos eram tão profundos e assertivos que era como se eu estivesse presa a eles. Digo presa pois a sensação era como se eu estivesse acorrentada em seus lábios, era como se seu beijo fosse uma cela aonde jogaram fora a chave e parecia que eu nunca mais ia conseguir sair. Pode parecer clichê, mas quando a gente beija alguém que gosta de verdade é diferente. Quando terminamos, ele deu um beijinho na ponta do meu nariz e me sorriu de um jeito que eu achei que fosse cair dura ali mesmo, e parecia que ele também. Nós não precisávamos mais do que isso naquele momento, pois já tínhamos selado o nosso segredo sujo e iríamos descobrir as coisas juntos de agora em diante.
***
Com certeza aquela devia ser a noite mais quente do ano. Depois que eu fui para o meu quarto, tomei um banho de água fria e suspirei, olhando para as estrelas fluorescentes do teto. Apesar de pensar que seria estranho, porque além de meu irmão ele também era meu melhor amigo, assim como no sonho aquilo não foi nada estranho e muito menos desconfortável. Porque eu queria, e muito, e ele também. Eu achava apenas errado, mas não me sentia nem um pouco mal por isso, pois ao mesmo tempo era tão bom e natural que eu não me importava se não estava certo e queria ir mais longe ainda, queria experimentar o primeiro amor com ele. Era um sentimento que eu não consigo descrever, era como se fosse para ser assim desde sempre, pois nós já nos amávamos muito antes de qualquer coisa, pois éramos irmãos acima de tudo.
Eu tentei, era muita confusão de sentimentos para a gente absorver, mas não aguentei e fui corajosa. Fui até o seu quarto vestida com uma camisola vermelha, de calcinha preta toda rendada e sem sutiã. A porta aberta naquele calor ardente na penumbra da lua cheia e ele ainda acordado quando cheguei furtivamente rastejando de quatro pelo chão e senti o cheiro da sua rola que exalava no mormaço, ele se masturbava chamando meu nome. Ele tomou um susto quando deitei de conchinha lentamente com ele, me esfregando e colocando as mãos dele nos meus peitos por cima da camisola, apertando elas dizendo:
- Você não precisa fazer isso sozinho, você tem uma garota aqui. Brinca comigo, eu quero isso.
Num impulso animalesco, deu uma fungada profunda e vagarosa no meu cangote. Beijou e lambeu minha orelha e o pescoço enquanto sua mão desceu junto com a minha lentamente pela coxa. Depois sozinha, ela subiu levemente e hesitante pela cintura para apertar o meu seio por baixo da camisola, eu dei um gemidinho baixinho. Senti ele se esfregando de volta em mim e de repente vi que não tinha mais nenhum constrangimento, só desejo, meses e meses de tensão finalmente explodindo de verdade. É realmente dificil passar da tensão inicial, difícil ir de irmãos ao tesão assim, mas aos poucos ele foi deixando de ser o meu e se tornando de vez um homem delicioso que me torturava com seus beijos. Depois virei de frente e coloquei metade do meu corpo sobre o dele, dobrando a perna para posicioná-la no quadril do meu amado, que por sua vez apertou minha cintura pressionando as pélvis, e esse movimento me fez sentir o quanto minha calcinha já estava melada, gemi baixinho novamente. Me puxou com força pelos cabelos, gruniu e beijamos de língua. A sensação da pele dele era indescritível, meu corpo inteiro pulsava com cada investida tímida dele, entoxicada com o cheiro da sua derme. Apertei novamente o seu pau enquanto ele abaixava a alça da camisola para chupar meus seios. Tantas vezes quase perdi o juízo com o seu abraço e seu cheiro, e agora estava ali, todo meu e entregue, era quase impossível acreditar. Sua mão dedilhando minha virilha, acariciou o elástico da calcinha e tapou a vulva completamente com a mão. Eu sussurei em seu ouvido:
- Quero muuito ver uma coisa. Você deixa?
- Então por que você não tira sua calcinha também?
Virou um beijo tão intenso que nos fazia perder o fôlego. Seu pau pulsava na minha mão e a minha bocetinha virgem escorria em seus dedos. Senti a sua glande macia e melada, e ele demonstrou para mim como se fazia apertando minha mãozinha delicada. Fiz o mesmo, também ensinando a ele como eu gostava de ser tocada naquele lugar que até então só eu e a minha prima havia estado. Eu arfei quando ele me penetrou de leve com a pontinha do dedo indicador, me sentindo contrair ao redor dele. O tesão e o desejo fluíam e guiavam o nosso instinto, nos orientávamos pelas nossas reações com uma fome no olhar, era quase como se a gente soubesse tudo que o outro queria. Ele continuou a invasão levemente com o dedinho e depois achou meu clitóris, eu requebrei o quadril e senti uma descarga elétrica correr meu corpo, em seguida atingindo meu primeiro orgasmo sendo tocada por um homem. Balbuciei em seu ouvido o anúncio do meu gozo, me contraindo e pulsando ao redor do dedo dele e após uns instantes, ele também derramou seu gozo quente em minha mão ensebando ela toda. Eu fiquei espalhando em seu pau masturbando ele até amolecer.
- É sempre tanto assim?
Continuamos experimentando a masturbação até perto do amanhecer, quando adormecemos pela primeira vez não como irmãos, mas sim como amantes. Antes de dormir ainda disse que ele era o melhor irmão do mundo. Estava acontecendo, estava acontecendo, a gente ia transar, depois de tanto tempo querendo, fantasiando e pensando...
