Era manhã do dia 23 de outubro de 1880. E eu estava de volta. Não podia imaginar que sentiria tanta falta daquelas terras, daquele clima, ou simplesmente de poder falar português. 5 anos na Inglaterra para estudos haviam me tornado um erudito, alguém que aprende a amar as belezas naturais daquela terra chamada Brasil, na mesma proporção em que despreza seu povo de cultura tão aristocrata.
Mas não importava o tempo, ou o quanto havia gostado das terras ao norte do planeta. Aquele era e sempre seria meu lar.
Ao chegar, me foi oferecido o conforto de uma boa carruagem para me levar até a fazenda de meus tios, cortezia que eu logo dispensei. Já havia passado dias demais em um navio e não aceitaria mais nenhuma prisão de madeira, seja em terra, seja no mar. Então, peguei apenas um bom cavalo e me aventurei, só, pelas estradas que levavam do porto a Fazenda do Barão de Inhaúma. Sabia o caminho de cabeça e não precisava que me guiassem.
Estava ansioso para rever meus tios, Izabel e Rômulo. E mais ansioso ainda para ver como estava meu primo, Rodolfo.
A viagem foi longa e o sol estava forte como há muito eu não sentia sobre a pele. Mas eu não reclamei, estava feliz, estava em casa.
Foi quando cheguei nas imediações das terras de meu tio que fui abordado pelo capataz da fazenda e seu ajudante. Um mulato bruto, como a própria função exigia. Não hesitou em me apontar a espingarda enquanto perguntava quem eu era e o que pretendia.
Obviamente o homem maltrapilho que se apresentava diante de seus olhos não o convenceu se tratar de Fábio, sobrinho de seus patrões e filho órfão de Catarina e Ivan. Pelo menos, o bom senso o impediu de disparar de imediato contra mim. Seu companheiro partiu em disparada para a fazenda, para anunciar a chegada do suposto sobrinho para seus patrões, enquanto o capataz me escoltou numa velocidade mais reduzida.
Eu não me importei, estava de bom humor. E nem mesmo a ameaça de ser alvejado conseguiu apagar isso.
Estava me sentindo aventureiro. Olhava o homem bruto e forte que me acompanhada por todo o caminho, reparando em suas pernas grossas espremidas naquela calça de algodão, em seu peito volumoso que parecia capaz de rasgar a camisa que vestia ao simples suspirar mais profundo.
Ele me encarou desgostoso e eu apenas sorri, não me deixando intimidar com seu jeito truculento.
Eu devia estar passando pelo periodo de cio próprio dos mamíferos. Estava a demasiado tempo sem me relacionar biblicamente, a ponto daquele exemplar sujo e suado me parecer um bom pretendente. Mesmo que para uma cópula ligeira entre os matagais que nos cercavam. E foi só dar corda para não conseguir evitar que minha mente devaneiasse por cenas em que eu era possuído em meio aquela mata, tendo minhas roupas rasgadas pelas mãos calejadas do capataz enquanto era violado incansavelmente pelo seu órgão. Tentei afastar o pensamento pecaminoso da cabeça. Não era hora ou lugar. Mas estava difícil conter.
Sabia que devia ter tentado mais um pouco a aventura com o marinheiro naquela noite em meio a minha viagem. Mas o capitão do navio havia aparecido justamente no horario em que o havia convencido a me mostrar seu pau. Depois daquilo, a pouca coragem do marinheiro se esvaiu como ar em um balão e eu fiquei no coito solitário mais uma noite.
Por sorte, faltava pouco para a fazenda. E lá na entrada, minha tia estava empoleirada como uma águia, aguardando a chegada de seu tão querido coelho. Era como ela me chamava na infância.
Ao me ver, veio ao meu encontro com um sorriso nos lábios e os braços abertos em ansiosa saudade. Não esperei e saltei de meu cavalo, indo ao seu encontro.
- Fabio, meu menino. Meu coelhinho. Mas porque não vieste na carruagem que lhe reservamos? Queres me matar do coração de uma vez? Aí, minha santa misericordiosa. Graças aos céus está bem.
- Tu me conheces, titia. Sabe que sou um espírito livre. Mas não se preocupe. Seu coelho está a salvo, e de volta a toca
- Fabio, sei que és homem valente, e não mais uma criança. Mas deves saber que essas terras não são mais tão seguras. Muitos escravos tem fugido, e com essas idéias do além mar, têm se tornado mais agressivos. Perderam o respeito para com seus senhores. Podia ter sido emboscado no caminho para cá.
- Sinto ter lhe causado tamanha aflição, titia. Prometo que na próxima vez, conterei meus impulsos, pela senhora.
Ela sorriu, carinhosa como me lembrava. A idade havia cobrado seu peso em seu rosto, mas ela ainda carregava aquele brilho no olhar que tanto me lembrava na minha infância.
- Sou-lhe eternamente grata. Mas venha. Venha se banhar. Estás imundo, não me admira ter sido confundido por Venâncio com um maltrapilho qualquer.
Eu sorri e acenei para o capataz Venâncio, e agradeci a escolta. Ele, apesar de estar mais relaxado ao constatar de eu não ser um intruso, não abandorara a posição de poucos amigos.
- Me diga, Titia. E Rodolfo e meu tio?
- Já estão a chegar. Foram na cidade resolver alguns assuntos. Será o tempo de você se banhar e se arrumar para o jantar. Isaque e Isadora irão cuidar de você. São os novos escravos pessoais de seu primo.
Ela então chamou a dupla de negros que logo se apresentaram. Bem vestidos e de educação impecável, próprios aos convívios mais íntimos dentro das residências nobres. Eram semelhantes, pareciam irmãos. A menina, era baixa e de feições delicadas, mas o rapaz era um pouco mais alto que eu, forte. Se não fosse pela cor, se passaria facilmente por um aristocrata.
Poderia ser minha abstinência, mas ao julgar pela boa aparência dos dois, me perguntei se Rodolfo não os teria escolhido para outras tarefas além da administração do lar. Fui até o banheiro de meus aposentos onde estava tudo preparado. Percebi que o garoto me olhou de cima a baixo, aguardando enquanto eu me despia. Fiquei excitado com seu olhar e com a confirmação de minhas ideias.
Então, dispensei a menina, alegando que não seria correto obriga-la a ficar no mesmo aposento de um homem nu. Embora meu cuidado, senti certa decepção em seus olhos e fiquei feliz em constatar que eu ainda tinha um bom público no sexo oposto. Nunca tive limitações a respeito de com quem me relacionar. Embora devesse dizer que tive sempre um público maior entre os homens. Era bom saber que as mulheres ainda me olhavam com desejo. Esperava que uma mulher em questão ainda olhasse.
Quando ela saiu, pedi ajuda de Isaque e ele me despiu.
Não escondi minha excitação, e ele tão pouco o desejo ao ver meu órgão ereto. Fui até a banheira e me deitei, sentindo meus músculos relaxarem na água fresca.
Olhei para Isaque, parado em pé no canto do banheiro, e sorri.
- Me diga, Isaque. Há quanto tempo atende ao senhor Rodolfo?
- 2 anos, senhor. - respondeu em tom polido e sem traços de sotaque.
- Que bom. E você o ajuda com o que, exatamente?
- Um pouco de tudo, senhor. Lhe faço companhia quando sai, cuido de seu quarto, suas roupas, sua agenda.
- Então por que não o acompanhou hoje?
- Ele recebeu sua carta e me avisou de sua chegada. Disse para eu ficar e lhe servir, quando o senhor chegasse e como o senhor desejasse.
Minha boca salivou. Rodolfo, sempre tão atencioso.
- Direi a ele o quanto agradeço a atenção prestada - sorri - me diga... Você costuma o ajudar no banho?
Isaque sorriu, meio encabulado, mas não muito. Dava para ver em seu olhar de malícia que a inocência há muito havia abandonado aquele jovem.
- Quando ele me pede, sim senhor.
- Poderia então me ajudar? - pedi, com a cabeça recostada na banheira enquanto o admirava.
- Será um prazer. Se incomoda de eu tirar minhas roupas, senhor? A senhora desta casa não gosta de nos ver amarrotados. E eu não gostaria de molha-las.
- Fique a vontade.
Ele então foi se despindo devagar, sem pressa. Deixando as roupas cuidadosamente de lado, em cima de uma cadeira.
Quando tirou as ciroulas, um belo órgão volumoso e ereto saltou. Senti meu peito inflar diante de tal imagem e meu coração acelerar conforme ele caminhava em minha direção com aquele mastro balançando de um lado ao outro a cada passo.
Isaque se ajoelhou ao meu lado e pegou a esponja para me limpar
Apenas relaxei, recostando a cabeça no mármore e deixando meu corpo a disposição de sua destreza. Ele limpou meu rosto, meu peito, meus braços. Seu toque era suave, suas mãos macias. Nota-se que ele jamais havia tocado em uma enxada, sendo educado desde cedo aos cuidados do lar. Ele elevou a mão, e espremeu a esponja sob minha cabeça, molhando meus cabelos.
Então largou o instrumento, alisando com a mão nua minha pele. Foi descendo pelo meu peito, passando pela barriga. Chegando em minhas pernas. Astuta, sua mão adentrou entre elas e achou a entrada abaixo de meu saco.
O toque ousado e repentino me despertou de imediato. Isaque me olhou preocupado.
- Ousei demais, senhor?
- Sim, ousou. Mas isso não é uma repreensão - o acalmei.
Eu abri mais minhas pernas, apoiando-as na lateral da banheira, pendidas para fora.
Ele sorriu e continuou suas carícias, agora com maior acesso. Seus dedos não tardaram a localizar o orifício e iniciar uma gostosa massagem.
Eu logo relaxei, dando acesso mais fácil a seu interior. Aos poucos, seus dedos foram entrando, arrepiando toda a minha pele. Deixei escapar um pequeno gemido.
- Fico contente que esteja apreciando - comentou e eu me virei para ele e sorri. Seu rosto estava próximo. Lábios carnudos suspirando e soltando seu hálito em meu rosto.
- Você é um talento, Isaque.
- Obrigado, senhor.
- Gostaria que me mostrasse mais. Me mostrasse toda sua potência.
- Com todo prazer. Levante-se, que eu lhe ajudo a se secar.
Obedeci, ficando em pé enquanto ele passava a toalha cuidadosamente em meu corpo.
Ao secar meu membro, de joelhos, olhou travesso para meu rosto, e depois para ele novamente. Então levantou e me apoiou, ajudando a sair da banheira, me conduziu até a cama, onde me deitou de bruços, de pernas abertas. Sem rodeios, agarrou minhas nádegas e as manteve abertas, enquanto enfiava seu rosto entre elas, lambendo meu ânus com carinho e destreza.
Sua língua me arrancou da zona de conforto. Fazendo meu corpo sofrer espasmos. Eu me agarrava a cama e afogava meu rosto em seu colchão para abafar os gemidos. Não queria chamar a atenção de titia para aquilo.
- Deseja que eu monte no senhor? - o pedido educado me encheu de desejo.
- Como um animal no cio - ordenei - Não tenha piedade, por favor.
Isaque se ergueu, abriu minhas nádegas mais uma vez, despejando uma linha grossa de saliva que atingiu em cheio o alvo.
Com cuidado, encaixou o grande órgão, e empurrou, atolando-o gradativamente em meu corpo.
Abri a boca, mas não consegui emitir sons. Um choque violento me acometeu, enquanto eu abria ao máximo minhas pernas para receber tanta carne.
Ele logo estava dentro de mim por completo. Segurou minha cintura com carinho, como se faz com uma dama. E foi penetrando suavemente.
A sensação de seu pau enorme me deflorando era indescritível. Nem os contos mais indecentes seriam capazes de traduzir. Gemi, tendo minha voz abafada pela colcha de minha cama.
Foi quando ouvi a voz familiar que me arrancou um sorriso sincero e involuntário.
- Isaque. Não seja comedido. Seu senhor ordenou que lhe fodesse sem piedade.
Isaque se assustou. Eu, pelo contrário, apenas sorri, reconhecendo meu querido primo. Olhei para trás e o encontrei dentro do quarto. Barba grossa, pele clara. Olhos azuis. Corpo forte como um touro.
- Desculpe, senhor. Eu apenas... - Isaque tentou se desculpar.
- Fez aquilo que lhe ordenei - Rodolfo completou a frase pelo escravo - Não se alarme. Fizeste muito bem. Apenas subestima meu primo. Fábio pode parecer um fidalgo, mas quando é penetrado, gosta de ser tratado como uma mulher da vida. Não o subestime. Ou acabará o decepcionando.
Eu ri dos comentários maldosos de Rodolfo, mas não podia tirar-lhe a razão. Meu primo então chegou por trás do escravo nu, e agarrou seus ombros, como um treinador guiando seu discípulo.
- Faça como ordenado. Foda como um animal no cio. Sem pena.
Isaque se ajeitou, corrigindo a postura. Agarrou minha cintura de forma mais firme. E começou a aumentar o ritmo. De uma valsa suave, suas estocadas se transformaram em uma forte barulheira. Seu pau parecia entrar mais a cada estocada. Meu corpo seria jogado para frente, se ele não me segurasse de forma tão firme em seus braços fortes. Gemi mais, gritando enquanto enfiava a cabeça no colchão.
Delirei, como há muito não fazia.
Meu primo, estasiado, acompanhava tudo com seus olhos azuis em brilho.
- Isso, Isaque. Isso. Mostre o touro que tu és. Derrube esta fêmea no cio. Isso. Isso. Vamos garoto.
Isaque estava empenhado em agradar o mestre. Penetrava com força, como que quisesse ferir gravemente um inimigo
Musculatura rígida e trincada devido ao esforço. Pele brilhando de suor. Seu rosto começou a se contorcer e o olhar astuto de Rodolfo percebeu
- Estas chegando ao climax, escravo? Vais gozar? Pois o faça. Não se contenha. Fertilize essa anca. Vai. Não se segure.
Isaque de fato não segurou. Seu rosto se contorceu em agonia, quando em sua última encravada, despejou todo seu liquido em meu interior.
Recebi com prazer, experimentando o liquido quente que, em excesso, transbordava de mim e escorria pelas coxas.
O pobre Isaque estava exausto. Respirava fundo. Tentando recuperar o fôlego.
- Eu lhe avisei para não subestimar meu primo, Isaque - Rodolfo acariciou a cabeça do escravo, como um pai que parabeniza o filho por um bom trabalho. - Se acabou todo e nem lhe deu uma canseira. Mas não fique mal. Fábio és insaciável, como um animal selvagem. Sequer eu dou conta de tanto fogo as vezes. Agora se ajeite, e faça a gentileza de avisar minha mãe que estamos indo nos reunir a eles para o jantar.
Isaque se despediu e vestiu rapidamente as roupas. Saindo em seguida. Foi apenas a porta se fechar para Rodolfo voar em cima de mim. Agarrou minha bunda já tão judiada e, como um urso em um pote de mel, enfiou a cara lambendo todo meu ânus e sujando sua barba com o sêmen de seu escravo.
- Somente Deus é capaz de dizer quanto ansiei para sentir seu gosto de novo. Oh primo, como senti sua falta
- Eu também, Rodolfo. Eu também - respondi com profunda sinceridade.
- Queria poder matar essa falta agora, mas seria indelicado com meus pais, que nos aguardam para o jantar. Se arrume então. E vamos comer. Aposto que estão ansiosos para ouvir as aventuras que teve na Europa
Continua...