Fui gostar logo de um puto 13

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Gay
Contém 2383 palavras
Data: 01/01/2021 20:33:33
Assuntos: Gay, Romance

Acordei no outro dia cedo e deixei um beijo na testa de Caio, que despertou devagar.

- Amor, vou levantar pra me arrumar que a Carol deve passar daqui uma hora – falei e Caio deu um sorriso pra minha surpresa, pois em qualquer hora que eu falasse dessa viagem durante a semana ele fechava a cara.

Fui até a pia, procurei minha escova de dentes no automático e quando levantei pra me encarar no espelho soltei uma expressão de surpresa com a imagem que vi.

Meu pescoço estava cheio de marcas de chupões dos dois lados. Meu mamilo também estava marcado dos dois lados.

Enquanto ainda estava atônito examinando a extensão do estrago Caio entrou no banheiro e me abraçou por trás, quando nossos olhos se cruzaram tive uma certeza.

- Voce fez de propósito!! – falei num misto de surpresa e raiva.

O sorriso culpado de Caio confirmou sem sombra de dúvidas o ataque premeditado. Virei para encará-lo de frente me desvencilhando dos seus braços.

- Eu não acredito que você fez isso

- Eu falei que não queria que você fosse.

- Caio, você não tem direito de me controlar assim.

Falei e saímos ainda discutindo pro quarto enquanto eu pegava meu celular.

Liguei pra Carol, com Caio ao meu redor ainda tentando me acalmar e contei que não teríamos como ir pro sítio.

Depois de um tempo ela me convenceu que tinha um produto pra dar um jeito, além disso como estava friozinho poderia usar um xale.

Já tinha até perdido vontade de ir de tanta raiva, mas aceitei ir só pra contraria Caio.

- Eu não acredito que você ainda vai, mesmo eu falando que não quero. Não significa nada pra você minha opinião né? – ele falou fazendo bico, enquanto vestia suas roupas e eu arrumava minha mochila.

- Não distorce as coisas, Caio. Eu que não acredito no que você fez.

Continuamos discutindo até Carol chegar e só então ele teve certeza que não tinha volta.

- Tá bom, Marcelo. Vá e se divirta bastante, mas pode deixar que eu também vou me divertir aqui.

- O que quer dizer com isso, hein?

- Que se você pode ir passar o fim de semana todo com seu primo Zé ruela, eu também vou sair tá. Não vou ficar de braços cruzados sozinho – ele falou abrindo a porta das escadas ao mesmo tempo que Carol já aparecia no corredor.

- Faz como quiser, Caio. Só não vai se arrepender depois – falei alto enquanto ele já descia as escadas espumando de raiva, não querendo nem esperar pelo elevador.

Carol entrou e foi me acalmando pouco a pouco enquanto fazia sua mágica com os produtos que tinha trago pra esconder as marcas.

Passamos no caminho pra pegar João e chegamos ao sítio no final da manhã. Por sorte, estava realmente friozinho e deu pra ficar todo vestido. Apesar que os produtos de Carol realmente tinham feito um ótimo trabalho.

Passei o dia sem falar com Caio, curtindo meus amigos e familiares, incluindo Adonis. A noite fomos pra festa do povoado e bebi todas, sentindo o peito apertado ainda pela briga com Caio e também sentindo falta dele.

Voltamos já era madrugada pro sítio e continuamos na área da piscina tomando umas e conversando.

Fui até a cozinha da área de churrasco buscar mais umas cervejas e quando estava olhando a geladeira senti duas mãos me agarrando pela cintura e me virando.

Por um instante, no meio da embriaguez achei que era Caio, mas logo sentindo aqueles braços peludos me agarrando e a barba roçando no meu pescoço me dei conta do que estava acontecendo de fato.

- Me larga, Adonis – falei tentando empurrar aquele corpo enorme que já me prendia contra a parede.

- Marcelo, cansei de esperar, quero você pra mim – ele falou e senti a língua tentando invadir minha boca e no reflexo dei uma joelhada no saco dele que se abaixou de dor.

- O Caio tava certo – falei com raiva retomando mais ainda a consciência – Voce tá tentando se aproveitar da situação, só isso. Não encosta mais em mim – falei puto de raiva e saí porta afora.

- Pessoal, vou precisar voltar amanhã bem cedo. Voces voltam com o Adonis beleza?

- Por que? Que houve, Marcelo? – Perguntou Carol alarmada.

- Porque eu fui um babaca com meu namorado, por isso.

- Cade o Adonis? – Perguntou João

- Deve tá na cozinha tentando recuperar as bolas amassadas – falei e eles todos ficaram espantados quando deixei claro que Adonis tinha tentado me agarrar, achando que eu estava bêbado além da conta.

Fui pro quarto e acabei chorando um bocado antes de pegar no sono.

Acordei bem cedo e parti, ansioso pra ver Caio.

Entrei com autorização do porteiro que já me conhecia desde sempre e toquei a campainha da porta.

Pouco depois a porta se abriu, mas diferente do que eu esperava, um par de olhos muito azuis me encarava com um sorriso de canto de boca assim que me viu.

Sandro usava apenas uma cueca preta, que contrastava com sua pele loira bronzeada e apertava as coxas e um volume considerável. O peitoral estava ainda um pouco molhado.

- Cade o Caio? – perguntei sem saber se queria ouvir a resposta.

- Apagado ainda – Sandro falou e foi dando espaço pra eu entrar.

Entrei olhando o apartamento cheio de garrafas de cerveja espalhadas pra todo lado. Dois caras dormiam no sofá da sala, outro num colchonete improvisado no chão. Reconheci um deles como um dos caras que estava no rapel, mas não lembrava o nome.

Passei pelo quarto de hóspedes em direção ao quarto de Caio e vi mais um carinha apagado na cama. Antes de seguir me virei e olhei pra Sandro, que me olhava do meio da sala ainda.

- O que aconteceu aqui?- falei e antes que ele respondesse completei – não, deixa, quero que o Caio me fale.

Ele deu um sorriso me encorajando, bem diferente do jeito insolente que tinha demonstrado da última vez que nos encontramos e eu fiquei mais confuso ainda.

Entrei no quarto de Caio que dormia só de cueca todo jogado na cama. Umas cinco garrafas de cerveja pelo menos estavam vazias no chão ao lado da cama.

“Pelo menos não tive o desprazer de pegar ele aqui com ninguém ainda, já deve ter ido embora, será que é algum daqueles que vi dormindo pela casa” pensei em uma fração de segundo. Hesitei tocar nele, mas queria ir naquilo até o fim.

Chacoalhei de leve o ombro dele, chamando pelo nome e logo Caio despertou e se sentou na cama me puxando pra um abraço.

- Amor, que saudade – ele falou e eu não sabia se correspondia ou não o abraço.

- Caio, o que que aconteceu aqui? Tem noção da quantidade de homem que tem na sua casa, você aprontou mesmo como falou que ia fazer né? – falei desapontado.

- Marcelo, eu saí ontem mesmo como disse ia fazer, você sabe sou impulsivo, mas não fiz nada juro. A gente foi pra boate, bebi todas, quando vi já tava aqui com a galera, mas não fiz nada.

- E pior que é verdade – Sandro disse ainda de cueca na beira da porta – Ficou chorando as mágoas ontem, confessou que tava apaixonado, arrastei pra balada, tentei jogar um monte de caras em cima, viemos pra cá e nada. Putz, que que você fez com meu amigo hein?? – Sandro falou rindo e eu mais aliviado nem olhava pra ele com repugnância como sentia até então.

- Sandro, dá o fora – Caio falou tacando o travesseiro e Sandro saiu – Amor, desculpa a festinha, eu só não conseguia ficar sozinho. Sou imaturo, desculpa – ele disse me puxando pra um beijo que eu correspondi, mas logo afastei ele.

- Caio, você estava certo – falei agora sentindo que era minha vez de fazer as confissões.

- Como assim? – Ele falou sem entender e eu contei que Adonis tinha me agarrado, quando eu estava bÊbado

- Eu vou matar aquele filho da puta – ele falou ficando de pé, como se Adonis estivesse ali no quarto junto e ele fosse partir mesmo pra cima dele.

- Caio, calma.

- O que ele fez com você? – Caio disse com os olhos brilhando.

- Caio, calma. Eu sou homem também, sei me defender. A única coisa que ele conseguiu foi uma boa joelhada no saco. – falei me levantando e indo abraçar ele – me desculpa, não ter te dado ouvidos, tá? – falei buscando os lábios dele com um beijo, conseguindo finalmente arrancar um sorriso dele.

- Deu uma joelhada bem dada então, foi? – ele falou rindo passando os braços em torno de mim

- ele até agachou – falei rindo junto e passando a mão pelo peito dele estufado pelo ataque de raiva repentino. Excitado já com os músculos dele que pareciam tinham crescido pronto pra luta – Amor, você fica muito gato bravinho, sabia? – Falei com um sorriso provocante e Caio já foi me agarrando.

- Gostou é? Bom saber – ele falou e me pegou no colo. Foi até a porta encostar e voltou comigo pra cama.

Um dia e eu já sentia falta daquela pele quente roçando na minha. Mal terminou de tirar minha cueca, Caio já apontou a rola e foi me penetrando.

Sentia meu cu ardendo, mas não queria que fosse diferente. Queria sentir meu homem me possuindo com tudo, me fazendo dele e disse isso a ele quando perguntou se estava doendo e queria que parasse, ao que ele correspondeu atolando o resto da rola e vindo beijar meu rosto e pescoço.

- Sou seu homem, e você é meu – Caio falou sussurrando no meu ouvido – Que saudade eu tava de você, não consigo mais viver sem, sabia? Olha o que você fez comigo – ele falou ainda sussurrando sem parar de me comer.

- Meu grandão, gostoso, te amo, me come vai....também estava morrendo de saudade.

Caio meteu assim mais um tempo e depois foi se levantando pra ficar de joelhos na cama. Me segurou pelos tornozelos e martelou sua rola sem dó em mim. Ambos gemíamos alto, famintos um do outro e nem importando com quantas pessoas mais haviam ali no apartamento.

Já estava no auge do tesão quando ele me mandou bater punheta para me ver gozando com o pau dele no meu cuzinho. Sentia a rola dele deslizando na minha próstata enquanto eu passava as mãos pelo peitoral já suado. Nos olhávamos totalmente conectados e loucos um pelo outro.

Nem foi preciso bater muito pra sentir o gozo se aproximando e explodi de tesão com ele me socando. Caio gozou quase junto dando mais umas bombadas e soltando o peso do corpo sobre mim.

- Amor, não acredito que voce não ficou puto com a festa... me surpreendeu.

- Caio, não vou controlar tudo na sua vida. Voce também pode se divertir né? E eu quero fazer parte de tudo na sua vida, não mudar ela. Apesar que uma orgia é um pouco demais.

- VocÊ já controla meu coração, e se teve orgia eu nem participei

- Ai que fofo – falei todo bobo dando uma mordidinha no queixo dele.

- Amor – Caio falou depois de deitar no meu peito quietinho.

- O que?

- Não quero passar mais nem um dia sem você, nenhuma noite – ele falou levantando o rosto pra me olhar e vi que não tinha nada de brincadeira ali – Mora comigo? Se você der conta desse cabeça dura, imaturo...eu te peço em casamento, apropriadamente.

- Caio, você tá falando sério? – falei surpreso

- Eu não sei viver mais sem você

- Nem eu – falei e puxei ele pra um beijo confirmando que aceitava.

Já estávamos de banho tomado na cozinha depois de mais sessão de sexo no banho. Todos já tinham ido embora, restando apenas Sandro que tinha se encarregado do resto do pessoal.

- Nossa, gemeram mais que eu e os caras aqui ontem juntos hein – Sandro falou zoando a gente. – Pior que já tinha mandado os putos embora, fiquei só escutando sem fazer nada – ele falou rindo.

- Corta essa, Sandro – Caio falou tacando um pedaço de pão no Sandro que nos servia com um omelete que ele tinha feito.

- Olha só, eu te devo desculpa pelo jeito te tratei aquele dia no parque. Não sabia que significava tanto pro meu brother, pra mim era só mais um puto. Mas ontem depois dele chorar até no meu ouvido vi que o bicho tava apaixonado mesmo.

- Tá tranquilo, Sandro, águas passadas – Falei estendendo o prato pra ele servir o meu também e logo ele sentou de frente pra nós.

Caio não demonstrava a mínima vergonha, com a cadeira colada na minha e um braço passando em volta de mim.

- Mas se quiserem alguém pra apimentar a relação de vez em quando, contem comigo – ele falou dando um sorriso sacana.

- Sai fora, maluco – Caio falou rindo e ao mesmo tempo puto e eu acabei rindo junto também.

- Não custa oferecer pra participar da diversão – Sandro falou se desculpando e rindo.

- Pelo visto você já se divertiu muito ontem né? – falei rindo lembrando da cena que tinha presenciado mais cedo.

- Olha, acho que não tanto como vocês hoje cedo. E olha que eu e esse aí já fizemos muito putarias juntos, mas nunca vi ele gemer tanto

- Chega desse papo, Sandro – Caio falou preocupado com minha reação.

- Eu sei que ele é um puto, mas é o meu puto – falei rindo pra Caio que aliviado me puxou pra um beijo ignorando a presença de Sandro que se limitou a rir se dando por vencido.

Umas semanas depois Caio se mudou pro meu apartamento. Cada dia que passa parece que fico mais apaixonado pelo meu grandão e ele da mesma forma. Estamos aprendendo a viver juntos e nos corrigindo ainda nas nossas deficiências.

As vezes ainda me surpreendo com o jeito puto de Caio, mas eu adoro isso nele. A forma como ele puxa meus limites a cada dia.

Conversamos sobre tudo e temos nosso momento casalzinho, sempre saindo pra jantar ou simplesmente nos deitando juntinhos no sofá pra ver um filme. Mas esse mesmo cara que derrete meu coração as vezes do nada me arrasta pra qualquer canto e me come como o maior dos putos.

Nossa sintonia é perfeita e somos capazes de ir de um momento pro outro do romance pra pura putaria e voltar pro modo romance com a maior naturalidade. Acho que esse é o segredo do nosso relacionamento e a maior vantagem por ter ido gostar logo de um puto. O meu puto.

FIM

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 30 estrelas.
Incentive Dan_emin a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível

Listas em que este conto está presente