A ideia de que eu e minha filha de 19 anos deveríamos andar nus pela casa, como um novo acordo, um pacto que eu seria obrigado a cumprir, em nome da felicidade dela, era algo que eu ainda precisava digerir. Pensava em dar uma basta naquilo tudo, fazer desenrolar-se o novelo de toda uma série de obrigações paternas urgentes e necessárias. Era preciso encarnar o peso de velhas normas e tradições. Eu era o pai, o responsável. Não podia permitir aqueles excessos.
Eu, um pai desavergonhado, pelado, no sofá de casa. E se os outros observassem essa cena? Eu pensava nisso e, ao mesmo tempo, surgia na minha mente o rosto triste e murcho da minha menina. As semanas em que ela havia andado cabisbaixa pela casa, murcha, acuada, presa numa quarentena interminável. E a felicidade que ela ficou quando se aproximou mais de mim, contou suas intimidades, e viu as suas propostas de nudismo e maior liberalidade serem aceitas. Depois, a felicidade de poder masturbar-se na minha frente, sem precisar se esconder. E a beleza do seu corpo desnudo, os seios bem torneados, firmes, a vulva bem rosadinha, um corpo tão belo como o da mãe. Aquela beleza que desabrochava, forte, viva, deveria ser escondida, guardada? E tudo, porque eu era o pai, a figura da ordem, dos deveres, dos cumprimentos... Eu deveria... Fodam-se as tradições, os tabus. A minha filha era tão linda, o corpo dela... e ambos éramos adultos, autônomos, livres.
Eu estava pelado, no sofá da sala, relembrando o momento em que vi a minha menina se tocando, brincando com o seu corpo, divertindo-se. Muitos, vendo essa cena, podem me achar um pai desavergonhado, lascivo, despudorado, mas fodam-se. Minha filha havia me ensinado a repetir “fodam-se os tabus”. E era isso que eu repetia, enquanto na minha mente surgia a imagem da sua vulva rosadinha, aberta, lisa, um dedinho no clitóris, fazendo movimentos circulares, enquanto o outro a penetrava levemente. Relembrei a sua voz inocente e sensual, dizendo: “está até pingando de tanto prazer”. E comecei a repetir aquilo, “está até pingando de tanto prazer”, e passei também a fazer movimentos. Perdido em pensamentos, de olhos fechados, eu me masturbava no centro da sala e repetia “pingando de tanto prazer”. Repetia as palavras da minha filha, numa espécie de sussurro, de mantra. A sua xana surgia cada vez mais molhada e quente na minha mente, como a da mãe, encantadora, deslumbrante. Sem pensar, movido pelos pensamentos, eu me tocava, os espasmos ficavam cada vez mais intensos, até que acordei num gozo intenso, forte, as mãos e o corpo cheios de brancura, viscosidade e prazer.
Abri os olhos e, envergonhado, deparei-me com o olhar curioso e penetrante da minha filha. Tentei esconder-me. Com as mãos, tapei o meu membro, sentia-me sujo.
A minha filha, porém, não se fez de rogada. Sentou-se ao meu lado, segurou nas minhas mãos esbranquiçadas, sem ligar para a porra que ainda escorria, e falou:
– Calma, pai, não precisa ter vergonha. É normal. É o nosso prazer. Você me viu e eu te vi. Por que temos que esconder algo tão natural como a nossa necessidade de prazer? Está tudo bem, pai, está muito melhor do que antes. Agora, somos realmente íntimos. Nunca fomos tão unidos como estamos sendo agora. Isso é lindo, pai, você não percebe? É lindo! Fodam-se os tabus. Viva a nossa união, a nossa felicidade.
Depois de dizer isso, a minha Bia foi ainda mais surpreendente. Ela sentou-se no meu colo e falou:
– Não ligo para o fato de você estar sujo de porra ou envergonhado. Não ligo para o fato de você estar nu ou se sentindo sujo. Eu continuo sendo a sua pequena e apenas quero a sua presença, o seu colo, o seu carinho, a sua intimidade. A sua pequena está carente, pai, e deseja você. A sua pequena deseja uma presença viva ao seu lado e, nesse momento, só temos um ao outro. Fodam-se os tabus, pai, fodam-se as normas.
Eu não podia pensar muito no que estava acontecendo naquele momento. O meu corpo nu, cheirando a sexo, e a minha filha no meu colo, carente de afeto, sem se importar com nada. Refleti um pouco e, aos poucos, procurei esclarecer minhas preocupações:
– Filha, entendo que você esteja carente, sem amigos, sem namorado, presa nessa quarentena. Eu também me sinto carente. Entendo tudo isso. Mas me pergunto se você ou nós não estejamos confundindo tudo. Aquilo que você procura em mim deveria buscar em outro homem, num namorado, num marido. Tenho medo de prejudicar a sua vida, seus relacionamentos futuros. Eu deveria apenas cuidar de você e te preparar para o mundo, para outros relacionamentos, outras situações.
Ela permaneceu olhando nos meus olhos, tocou no meu rosto com delicadeza e falou:
– Pai, eu juro que você não está me prejudicando. Eu sei que tudo que estamos fazendo agora é passageiro. Nada é definitivo. Sei que tudo isso é e será sempre o nosso segredo. E sei que não podemos permanecer íntimos dessa forma por muito tempo. Mas nada no mundo, nesse momento, parece ser normal. Não poder ir para escola ou sair com amigos, acha que isso é normal? Não tenho mais vida social, pai, e só temos um ao outro. E, nesse momento, pai, nossos corpos têm fome e sede. Então, por que não? Juntos podemos ser mais fortes.
Tentei responder alguma coisa, mas as palavras me fugiram. Dúvidas e medos me remoíam. Tudo parecia tão natural para minha filha, tudo estava tão organizado na cabecinha dela. Aquilo era passageiro, era apenas o nosso novo normal da quarentena, nós dois estávamos infelizes e carentes, que mal faria se nos apoiássemos um no outro? Depois, a vida seguiria seu rumo. Pensei em tudo isso, enquanto olhava ternamente para minha filha. O seu rosto estava plácido, sem culpas, dizendo-me que a vida era leve e simples, sem complicações.
Minha pequena Bia aproximou-se ainda mais de mim, suas mãos tocaram os meus cabelos, o meu rosto... e os seus lábios se aproximaram dos meus. Não resisti. Aquiesci, os seus argumentos, a doçura do seu corpo, nossas carências, tudo passou a me envolver, rompendo por completo as minhas defesas. A boca da minha filha era terna e vigorosa, sua língua se encontrava com a minha, como se fossemos animais sedentos por carícias, por novos contatos, o beijo prolongado aproximava os nossos corpos com calor, intensidade e doçura. Eu não pensava, apenas seguia a dança daquele corpo que se grudava ao meu. Eu me deixava guiar, entregava-me. Ela estava em cima de mim, possuía-me com sua boca, palavras e lábios se uniam. “Nada é definitivo. Nada no mundo, nesse momento, parece ser normal. Só temos um ao outro. Nossos corpos têm fome e sede. Fodam-se os tabus”.
Eram essas palavras que se repetiam na minha cabeça, quando percebi que o meu membro estava rígido novamente e que a minha filha, com o corpo molhado de prazer, passava a envolvê-lo com facilidade. Num sorriso, a minha pequena sussurrou:
– Estamos abraçados, papai. O sexo nada mais é do que a extensão de um afeto, de um abraço. A minha xota tem lábios que acariciam e beijam o teu membro. Eu estou dentro de você, papai, eu sou tua e isso será sempre uma lembrança viva e forte. Eu te amo. Eu te amo, de verdade. Sou tua filha e tua amante. Eu sou tua, papai. Sente a força dos nossos corpos, me penetra, sai e entra com força, penetra com intensidade para eu sentir ainda mais forte o roçar dos nossos corpos, pele com pele, faz de conta que você está apenas dançando comigo, papai. Uma dança viva e voraz, em que nossos corpos estão livres. Vai, papai, me faz feliz, me faz mulher, vem, abraça com calor a tua linda filhinha.
Não consegui falar com palavras, apenas com o corpo. Quanto mais a minha filha falava, mais eu aumentava a intensidade. O meu membro saia do seu corpo para adentrá-la com ainda mais força, pele com pele, corpo com corpo. Ela me oferecia o seu ser e eu a aceitava. Sorvi sua boca, sentindo a voracidade da sua língua, depois suguei a maciez dos seus seios durinhos e crescidos. Em pouco tempo, o seu corpo começou a estremecer dentro do meu. Ela havia gozado com intensidade e estava frenética. Em nada parecia a adolescente murcha de dias atrás e acho que foi por isso, por ver e sentir a sua felicidade radiante, que eu aceitei de bom grado quando ela retirou sua xota do meu membro e me ofereceu para que eu a chupasse e sentisse o seu sabor... um sabor que pingava de prazer. Com um sorriso, a minha pequena Bia falou:
– Oha, papai, como você me deixa molhadinha. Olha, papai, como você me faz feliz. Acho que nunca havia gozado com tanta intensidade. Em sinal de agradecimento, preciso te mostrar, em atitudes, a minha inteira gratidão.
Foi assim que a minha filha aproximou a sua boca do meu membro e passou a sorvê-lo por completo, mergulhando nele, ficando sem fôlego, babando, deixando-me atônito com seus muitos truques de garota experiente. Ela engolia tudo, cada centímetro do meu membro, ficando quase sem respiração, e sentia prazer naquilo, no sexo sem limites. Fazia isso e depois me beijava, revelando-me que o sexo penetrava cada poro do seu corpo, estava em todos os sentidos, era sorvido pela sua boca, cheirado pelas suas narinas, sentido pela sua xota quente e fremente.
Não resisti e percebi que iria gozar. Tentei retirar o meu membro da sua boca, mas não consegui. A minha porra adentrou a sua boca e salpicou no seu rosto, escorrendo pelos cabelos e lábios. A minha filha fez um sorriso maroto, retirou com os dedos todo aquele líquido e bebeu tudo, como se fosse uma rara iguaria. Depois, ela me deu um beijou e encerrou a noite, dizendo:
– Agora, não tem mais volta, papai. Estamos enamorados, amantes, juntos. Eu sou tua e você é meu. A quarentena fez as suas mais novas vítimas. Sou a tua presa e você é a minha. Estamos enlaçados e eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida.
Ao escutar essas palavras, só consegui abraçá-la. Naquele momento, não senti culpa e uma felicidade chegou a invadir o meu rosto. A minha filha estava feliz e eu também. Naquele momento, ambos queríamos aquele abraço e aceitávamos o novo normal que nos envolvia. Eu supria a carência dela e ela fazia o mesmo comigo. Não importava mais se aquilo era considerado errado. Nós dois, depois de muito tempo, nos sentíamos vivos e felizes. A minha filha estava sentada no sofá e, desnudo, eu a abraçava. No colo dela, eu a abraçava. Mesmo sendo o pai dela, eu precisava de um colo, de um apoio, de um afeto mais íntimo e mais intenso que me devolvesse a vida.
LEIA TAMBÉM A TERCEIRA PARTE: O NOVO NORMAL: NUDISMO EM FAMÍLIA (PARTE 3).
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