Dias Quentes de Verão - Cap VI

Um conto erótico de Leonardo
Categoria: Gay
Contém 1054 palavras
Data: 09/01/2021 17:37:27

Eu andei fazendo várias coisas enquanto estive fora, estudei, namorei, beijei, e aprendi novas culturas. Mas a culpa ? ela nunca saiu de mim, nunca saiu porque eu sei o que fiz de errado, sei o quanto deveria não ter me corrompido, a adolescência não é desculpa para cometer erros com pessoas. Eu aprendi isso da pior forma possível, ficando longe da pessoa que eu amava, tem todos os motivos para hoje não amar mais, e foi assim que eu resolvi voltar. Disposto a enfrentar meus erros.

Quanto tempo uma pessoa leva para perder tudo que conquistou ? e quanto tempo leva para conquistar algo novo ? De certo, você sabe que não é o mesmo tempo, o percurso é completamente diferente, talvez eu deveria ter pensado assim, afinal, na vida temos vários caminhos além do bem e mal, nossas escolhas têm consequências, até mesmo o que a gente acha que está fazendo bem.

Desse modo, eu irei falar a minha história:

O ano é 2013 e eu um adolescente que tinha um melhor amigo que amava muito, amava mesmo, só queria o bem dele. Entretanto, eu era um idiota que queria controlar ele só para mim, eu nunca quis ser ele, mas queria ter ele por perto sempre . Quando percebi esse tipo de pensamento, resolvi me afastar daquele que me fazia bem, encontrei novos amigos completamente diferentes do que eu era e eu me tornei um deles. Não os culpo por aquilo, mas sim uma pessoa em especial, o treinador Castro, por ser filho de um dos sócios do clube, eu sempre tive livre acesso e gostava muito da natação, mas sabia que não era melhor que o meu velho amigo, isso não me incomodava, o que me incomodava era saber que ele tinha um novo amigo, uma pessoa que aparentava fazer ele feliz e Castro percebeu isso.

- Seu amiguinho está namorando outro agora, né ? – Fala o treinador, esperando uma resposta minha.

- Não entendi o que você está dizendo. – Respondo para ele sem olhar.

- Ah, qual foi leozinho, você sabe muito bem do que eu estou falando. Eu sei que vocês se afastaram. Posso te ajudar a acabar com isso. – Ele se aproxima e fala perto do meu ouvido. – Posso fazer muitas coisas com você.

- Sai de perto de mim, não quero acabar com ninguém. Não sou veado. – Eu estava com raiva, vontade de sair de perto dele.

- Vamos ali na sala, vamos conversar, você tem 5 minutos, ou irei contar para todos do que você realmente gosta. – A ameaça me acerta precisamente. Eu sabia do que ele estava falando.

Dias antes eu havia bebido muito e usado drogas, foi a primeira vez que eu fiz uso e fiquei fora de mim, ele viu, claro que viu, foi na casa do irmão dele.

Meio contrariado fui ao encontro na sala do treinador e queria saber como ele queria me chantagear.

- Você sabe que aquele veadinho gosta de você, né ? E eu sei que você gosta dele, mas você é um encubadinho egoísta. Você ia odiar que seus pais vissem essas suas fotos, certo ? – Eu sabia que ele tinha visto, ele era sujo.

- Cara o que você quer fazer ? Não faz isso, me deixa em paz – Vou para cima dele para bater.

- Calma, lindinho. Você até que é gostosinho, mas é um drogadinho safado. A minha proposta é você transar com o seu boyzinho no vestiário, enquanto eu filmo tudo, podemos culpar o Daniel caso vaze. – Ele me empurra depois de apertar minha bunda.

- Não posso fazer isso com ele, você não sabe o que diz, não tem coragem de fazer isso. – Eu respondo a ameaça.

- Ou você faz isso, ou amanhã todos irão saber do usuário de drogas. – Castro me ameaça novamente, eu não tinha outra opção a não ser aceitar, então fiz isso para salvar a minha pele, eu precisava, meu amor não foi forte suficiente para superar o meu egoísmo.

Eu o perdi naquele momento, dias antes de tudo vim à tona. Duas semanas depois, Castro ameaçou o meu amado com o vídeo que ele tinha, antes de uma importante competição, eu ouvi gritos vindo do puxadinho, chamei o irmão do Gui para verificar, ao chegar lá está o Gui socando a cara do treinador – ele fez algo que não tive coragem de fazer.-, logo separamos a briga e as últimas palavras dele me doeram.

- Eu só quero que você saiba que não tem mais amor. Me esqueça e sofra sozinho com as suas atitudes. – Essas palavras são guardadas até hoje por mim, porque ele tinha razão, nunca me senti preenchido, eu sofro com as minhas atitudes.

Como eu estou hoje ? Estou a retornar para tentar sofrer menos e ir em busca do meu grande amor.

Ao chegar na pizzaria tinha um baixinho ao lado do meu irmão, não era possível que era o meu baixinho. Digo o baixinho da academia, não era possível que ele era o Victor.

- Baixinho ? – Eu falo assustado. Enquanto meu irmão e o Dan se olham sem entender.

- Não acredito que esse cego é seu irmão. – Ele responde, ele é lindo, não acredito que transa em banheiros.

- Pelo menos não sou eu que fico transando em banheiros. – Eu respondo provocando e ele fica sem entender.

- Bom, vocês já se conhecem ? Que bom, assim não preciso nem apresentar.- Júlio tenta mudar o assunto da conversa.

- Já tem até apelido, baixinho? – Daniel fala rindo e com uma cara de que eu iria ter que explicar tudo mais tarde.

- Sim, lindo. O baixinho aí não olha por onde anda – Eu falo enquanto ele me encara.

- Pelo visto vai ser uma noite muito boa, vamos logo pedir, e eu não sou baixinho, você que é grande e cego. – Ele responde sem me olhar.

Realizamos o pedido e para tentar quebrar o clima e esquecer o que tinha acontecido no banheiro do clube, eu perguntei a quanto tempo o Victor treinava.

- Bom, eu sou sobrinho do sócio do clube, meu primo treinava lá também e eu cheguei logo depois que ele foi embora. – Ele responde a minha pergunta.

- Não acredito que você é primo dele. – Eu respondo e olho com raiva para o meu irmão.

CONTINUA...

Boa noite pessoal, desculpa o sumiço, foi um ano complicado e eu vou tentar terminar a história agora nesse período sem aula da faculdade até maio.

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