Capítulo 28
Matheus estava ansioso para pôr o plano de vingança em ação. Acompanhado da sua amiga Nathalia, ele aguardava Bruno sair da redação. Era fim do expediente do jornalista, que estava com pressa, porque havia marcado de se encontrar com Jonas num restaurante italiano.
_ Tire uma boa foto. No ângulo certo.
_ Matheus, isso é loucura! Você tem certeza que quer fazer isso?
_ Claro que sim! Eles não vão ter paz.
_ Você deveria seguir a sua vida e esquecer esses dois.
_ Faz o que eu te pedi. Nem vem com conselhos agora.
A garota revirou os olhos para cima. Ela avistou Bruno saindo olhando para o relógio no pulso.
_ Olha ele ali.
Matheus foi até o primo e a adolescente se escondeu. Bruno respirou fundo ao vê o primo. Não estava disposto a entrar numa discussão. Pensou em ignorá-lo, pois temeu que Matheus fizesse um escândalo na porta do seu emprego e isso o prejudicasse.
Ele desviou o caminho do rumo de Matheus, mas o loiro se pôs na frente bloqueando o caminho.
_ Me deixe em paz!
Matheus sorriu e Jogou Bruno contra a parede, sem dar tempo para reação, pôs as duas mãos no rosto de Bruno e o beijou.
Diante dessa atitude inesperada, Bruno, a princípio, ficou sem reação. Em seguida,empurrou Matheus e limpou a boca.
_ Você tá maluco? Que moleque sem noção! Ridículo!
Matheus piscou para Bruno e saiu gargalhando.
_ Louco!_ Bruno gritou furioso.
Matheus retornou até a amiga.
_ E aí? Como ficou a foto?
Nathalia o mostrou.
_ Perfeita! Manda pra mim, que vou mandar para o Jonas.
_ Amigo, você é louco! _ Nathalia disse sorrindo.
_ Eu não vou deixar aqueles dois em paz. Agora vamos ao banheiro do Shopping, que fica aqui perto, porque tenho que lavar a minha boca.
Jonas aguardava por Bruno sentado a mesa do restaurante. Havia pedido uma taça de vinho tinto para aguardá-lo. O som do Whatsapp o fez pensar que se tratava de uma mensagem de Bruno, mas se surpreendeu ao vê que era de Matheus.
Ao abrir a mensagem, ficou estupefato com a foto. Olhou mais uma vez para conferi se não era uma miragem. Ficou pensativo por alguns segundos e percebeu que o seu pênis estava ereto. Imaginou os dois nus se beijando, com os corpos entrelaçados deitados na sua cama. O efeito foi o contrário que Matheus queria. A sua intenção era que Jonas ficasse com raiva e houvesse uma briga entre ele e Bruno estragando a noite do casal. Contudo, Jonas ficou excitado vendo os dois homens que amava e desejava se beijando.
Bruno chegou com uma expressão séria. Estava irritado. Sentou ao lado de Jonas.
_ Você não sabe o que aconteceu. O idiota do Matheus foi até a porta do meu emprego. No começo, eu achei que ele ia fazer um escândalo, mas não. Fez pior! Você acredita que o moleque me beijou a força? Cara, que ódio.
Jonas olhava sorrindo e isso deixou Bruno ainda mais irritado.
_ Qual é a graça?
Jonas mostrou a foto a Bruno.
_ Que garoto ridículo! Infantil! E ainda te mandou foto? Ele achou que ia parecer traição? Ah, francamente. Matheus está precisando levar umas boas palmadas.
_ Oh, meu amor. Não esquenta a cabeça com isso não. Ele quer te irritar. _ Jonas disse acariciando o queixo de Bruno, que tremia nervoso.
_ Que ódio! É muita babaquice desse moleque.
_ Olhe pelo lado positivo, pelo menos o Matheus beija bem._ Jonas disse sorrindo.
_ Ah, vá a merda, né Jonas!
Durante o jantar a conversa foi mudando de rumo e o fato desagradável com o Matheus ficou esquecido. Bruno estava animado com o novo emprego e fazia planos para o futuro. Jonas ouvia mais do que falava, pois estava feliz em vê Bruno feliz.
Após o jantar, eles decidiram ir à casa de Bruno, já que esse teria que acordar cedo no dia seguinte para poder ir trabalhar e Jonas dormiria em sua casa.
Eles tomaram banho juntos e foram para o quarto assistirem um filme.
Com Bruno envolvido em seus braços e a cabeça deitada sobre o seu peito nu, Jonas beijou a testa do namorado.
_ É tão bom estar assim com você. Amo tanto os nossos momentos juntos.
Bruno sorriu fechando os olhos e o beijou nos lábios.
_ Só de pensar que há oito anos planejamos casar. Nós teríamos sidos muito felizes.
_ Não vamos falar do passado. O importante é que estamos aqui, juntos. Eu te amo, Jonas. Te amo muito. Eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado.
_ E você vai. _ Jonas sorriu.
Bruno retirou a blusa do pijama e sentou no colo de Jonas o beijando. Sentiu as mãos do namorado entrando dentro do seu short, acariciando a sua bunda.
Jonas levantou, pondo Bruno deitado e retirou o short com os dentes e começou a beijar a sua barriga, fazendo Bruno morder o lábio inferior de prazer. Pôs a mão no quadril do rapaz, e subiu a boca até chegar nos mamilos de Bruno, chupando-os.
Bruno gemia acariciando os cabelos lisos de Jonas. Puxou-o até a sua boca e o beijou, abrindo as pernas e Jonas encaixou os quadris entre elas sentindo o pau encostar nos testículos de Bruno.
O jornalista beijou o pescoço de Jonas, provocando-o arrepios.
Jonas retirou a cueca, revelando o seu pênis ereto, retornando a beijar Bruno.
_ Cadê o lubrificante?
_ Eu vou pegar._ Bruno disse girando para o lado, com a intenção de levantar. Ao vê a bela e carnuda bunda branca de Bruno, Jonas ficou excitado e a deu tapa sonoro.
_ Gostoso!
Bruno foi até o banheiro e voltou com o lubrificante entregando a Jonas. Deitou com as pernas abertas.
Fechou os olhos para sentir os dedos gelados de Jonas o lubricando. Aos poucos, sentiu o pênis de Jonas entrando dentro dele. Gemia de prazer.
Jonas o beijou e iniciou o movimento dos quadris e Bruno fez o mesmo.
Seus corpos estavam sedentos de prazer, saciando- se um do outro.
A barriga de Jonas roçava no pau de Bruno, proporcionando uma sensação de masturbação.
Sentia o hálito quente e a respiração ofegante de Jonas em seu ouvido, enquanto gemia, se entregando ao homem que ama.
Os dois gozaram se beijando.
Jonas deitou a cabeça no peito de Bruno, cansado.
_ Se você sumir desta vez, eu juro que vou até o inferno te caçar. Nunca mais vou te deixar escapar de mim.
Bruno o envolveu em seus braços, beijando a sua cabeça.
Rose ouviu a porta ser aberta bruscamente. Pelas altas horas, imaginou que Gustavo estaria chegando embriagado. Fingiu que estava dormindo, com medo de ser agredida.
O homem se aproximou devagar, penetrando-a o seu olhar furioso. Ao contrário, do que ela pensou, Gustavo não estava embriagado de álcool e sim de ódio.
_ Rose! Acorde agora!
Ela abriu os olhos assustada.
_ Troque de roupas. Vamos sair.
_ Aonde vamos?
_ Só faça o que eu estou mandando sem perguntas.
A mulher ficou ainda mais apavorada, ao ser conduzida a um carro preto com dois homens fortes e barbudos sentados nos bancos da frente. Gustavo abriu a porta para que Rose pudesse entrar e entrou em seguida.
_ Boa noite, dona Rose._ disse um dos capangas.
A mulher respondeu ao cumprimento balançando a cabeça. Ela os conhecia e sabia que Gustavo os requisitava para serviços sujos.
Pensou que iria ser assassinada. Uma lágrima escorreu do seu rosto. Pensou em Bruno. Não queria deixar o filho só no mundo.
Gustavo estava inexpressivo, olhando através da Janela do carro.
Pegou o celular.
Bruno acordou assustado com o som do celular vibrando na mesa de cabeceira. Sonolento, atendeu sem olhar o número.
_ Alô.
_ Bruno, venha até a BR 23, perto do posto desativado. Eu e a sua mãe queremos ter uma conversinha com você.
O coração de Bruno bateu acelerado. Reconheceu a voz do pai e o medo foi inevitável. Gustavo desligou o telefone.
Rose arregalou os olhos. Temeu pela vida do filho.
_ O que está acontecendo, Gustavo? Você não vai fazer mal para o nosso filho?
_ Cale a boca!
_ Gustavo, pelo amor de deus! Faça o que quiser comigo, mas não faça ao Bruno, por favor!
Gustavo deu uma bofetada na mulher, que a fez cair para o lado oposto.
_ Eu te disse para calar a boca. Tudo isso é culpa sua. Nunca precisou trabalhar, sempre teve empregadas, te dei tudo do bom e do melhor e a sua única obrigação era criar um menino. E ao invés de criar um homem, criou uma bicha e agora eu tenho dores de cabeça por causa disso.
Bruno levantou com cautela para não acordar Jonas. Vestia-se apressadamente e saiu deixando um bilhete escrito as seguintes palavras:
"Meu amor, tive que sair para resolver um probleminha. Nada que você precise se preocupar.
Quando eu chegar, te explico tudo.
Beijos. Eu te amo."
Bruno pegou um táxi, chegando no local marcado completamente assustado.
A escuridão e o silêncio dominavam a estrada deserta.
Os capangas o aguardavam do lado de fora do carro, um encostado no carro e o outro em pé com os braços cruzados. Ambos estavam sérios.
_ Você pode seguir... sem olhar para trás. _ disse um dos homens ao taxista, que amedrontado obedeceu sem questionar e cobrar a corrida.
Gustavo saiu do carro. Ao vê o pai, Bruno sentiu um cala frio.
_ Eu te dou uma ordem e você me desobedece. Eu não te disse para ficar afastado do Jonas?
Bruno arregalou os olhos e o medo o paralisou.
_ Há exatamente oito anos eu fui até o seu antigo apartamento e dei essa ordem. Te dei dinheiro para ir embora. O fato de você ser um veadinho de merda não me atinge mais. Não te considero como nada muito menos como filho. Você poderia dar para o macho que quisesse menos para esse cara.
'Aí você espera oito anos para me desobedecer ? Pensou que eu não ficaria sabendo? Achou que isso não teria consequências?
Já que você não foi um bom menino, eu terei que cumprir o que te prometi caso voltasse a se encontrar com esse cara.'
_ Não, pai! Pelo amor de deus!
Gustavo foi até o carro, abriu a porta e puxou Rose pelos cabelos a trazendo para fora.
_ Pai, não faz nada com ela. Eu juro que me afasto do Jonas pra sempre. Vou pra China se você quiser, mas por favor.
Rose chorava de medo e isso deixava Bruno ainda mais angustiado.
_ Eu fiz de tudo para cuidar de vocês. Sustentei os dois, os protegi e o que ganhei em troca? Uma família que só me decepciona! Um filho pederastra e teimoso e uma mulher incompetente.
Gustavo retirou a arma do bolso do paletó e apontou para a cabeça da mulher, que gritou de medo.
_ Pai, não! Pelo amor de deus!
_ Você é o culpado por isso. Vai carregar a morte da sua mãe nas costas para o resto da vida. Eu te avisei.
Bruno tentou se aproximar deles, mas foi detido pelos homens.
_ Eu fui bem claro naquele dia: "ou o Jonas ou a vida da sua mãe", mas você foi tão egoísta que preferiu um macho no lugar da mulher que te deu a vida.
_ Pai, não! Eu faço o que você quiser. Se tem alguém que merece morrer, esse alguém sou eu, mas deixe a minha mãe viver._ Bruno implorava chorando.
_ Não! Não diga isso, filho. Eu prefiro morrer do que você. Gustavo, se tiver de me matar, não faça na frente do nosso filho. E o deixe em paz.
_ Não, mãe!
Gustavo acertou a cabeça de Rose com a ponta da arma. O golpe foi tão forte, que a fez cair no chão com a cabeça sangrando.
_ Mãe!_ gritou Bruno desesperado, se debatendo nos braços dos homens.
Gustavo chutava a barriga e as costelas da mulher, subiu em cima dela e socava o seu rosto com todas as forças que tinha no braço, deixando o rosto da mulher inchado, roxo e sangrando.
Bruno chorava, sentia como se os golpes que a mãe recebia fossem dados nele.
_ Pare, por favor! Pare, seu desgraçado!
Gustavo levantou-se com as mãos sujas de sangue, deixando Rose ferida no chão.
_ Apesar de vocês não merecerem, eu sou um homem bom e serei benevolente. Vou te dar uma última chance. Ou você se afasta de vez do Jonas, ou da próxima vez vai a cabeça da sua mãe numa caixa de presentes. Fui claro?
Bruno chorava trêmulo.
_ Fui claro, porra?
_ Sim. Eu juro que me afasto. Leve ela para o hospital, por favor.
Gustavo o olhou com ódio. Pegou Rose pelos braços e pôs de volta no carro.
_ Solte-o e vamos.
Os homens obedeceram e eles partiram deixando Bruno chorando desesperado.
