Ele ficou imóvel olhando para mim e eu com vontade chorar, estava me sentindo um lixo, sem princípios, sem caráter, sem moral. Ele não havia falado nada, mas eu me senti assim.
Aquela noite simplesmente não falamos nada, cada um tomou seu banho, fomos dormir e no outro dia fomos cada um para seu trabalho e mal falamos o essencial.
O trabalho foi uma merda, eu não parava de pensar naquela situação e também no que de pior poderia acontecer. Eu cheguei até pensar no pior, ele querendo romper comigo ou algo do tipo.
Talvez tenha sido o primeiro dia que eu não pensasse em virar corna, não olhei o grupo, não respondi uma mensagem da Fabi e não parei para desejar em nada, do mesmo modo que não consegui comer e nem me concentrar em nada.
Eu saio por volta das cinco, sempre um fim de tarde gostoso, sentei em uma praça para espairecer e fiquei olhando os mais diversos tipos de pessoas, casais e cenas. Um casal com filhos, algo que quero ter no futuro com ele, um casal de namorados, fiquei imaginando a ideia dela assistir ele com outra mulher, mas chacoalhei a cabeça e resolvi não pensar no tema, falhei, passou uma morena gostosa e imagine eu levando ela para casa para o Edgar comer ela.
- Vai se fuder, Amanda! – Falei baixinho comigo mesma e fui embora.
Com essa ida na praça acabei chegando mais tarde em casa, já era de noite por volta das sete e fui surpreendida com o ambiente, havia uma luz baixa, um som ambiente, um copo com velas no balcão e mesa preparada para dois, além do delicioso cheiro de algo que me fez abrir o apetite mesmo não estando com fome. Ele não me ouviu chegar, estava atento em tirar algo quente do forno e colocar no balcão, mas foi ele me ver que veio até mim. Só de aproximar estava cheiroso, barba aparada e com uma roupa bonita. Ele me catou pela cintura e me deu um beijo de língua ao estilo adolescente apaixonado beijando a crush pela primeira vez.
- Eu te amo, você é a mulher da minha vida Amanda.
- Eu te amo, meu amor. – Eu estava fraca e sensível o dia todo, morrendo de medo de perder ele e quando ele me apronta uma dessa, foi impossível conter as lagrimas que ele mesmo fez questão de enxugar.
Jantamos, estava tudo uma delícia, o hobbie dele era cozinhar, então sempre mandava bem. Depois do jantar pegamos uma taça de vinho e sentamos no sofá, ou melhor, ele se sentou e pediu para eu sentar no colo dele. Tomamos o vinho, rimos, batemos papo e conversamos. Eu estava leve, me sentindo nas nuvens.
- Perdoa o meu silêncio? – Ele finalmente pareceu tocar no assunto.
- Eu te entendo, amor.
- Então, quer conversar sobre?
- Muito, só não falei nada porque queria respeitar o seu espaço. – Eu completei.
- Se abra para mim, meu amor, me diga com calma tudo que está aqui. – Ele apontou para o meu coração.
Eu contei tudo, falei a ele exatamente cada detalhe do que tenho passado durante esses dias que foram esses que relatei aqui nos capítulos anteriores, de fato abri meu coração, sem medir as virgulas e os pontos e quando terminei, ele me olhava sério. Não insisti para que falasse algo, mas fiquei com medo de ser retalhada ou julgada por ele.
- Você quer muito isso, Amanda? – Ele olhou nos meus olhos.
- Muito, quero muito ver você comendo outra na minha frente! – Respondi com convicção.
- Você tem certeza que não vai te machucar, ou mudar o seu conceito sobre a nossa relação? A última coisa que eu quero é te perder.
- Você não vai me perder e eu não vou me machucar, se de uma hora para outra eu desistir disso, jamais culparei você por algo que sempre foi loucura minha. - Eu o respondi
- Eu não acredito que vou dizer isso... – Ele respirou fundo. – Mas, E U A C E I T O...
C o m u n i c a d o:
1.Desculpe por não ter relato nada gostosamente sexual nesse relato, mas se serve de consolo, os próximos serão de arrebentar. Inclusive amanhã já tem outro fresquinho.
2.Perdoe a demora para atualizar, dias corridos.
3.Se você é novo e quer ficar por dentro, é só clicar no meu nome e se atualizar.
4.Lembrando, amanhã tem um relato novo.
