No dia seguinte, acordei cedo minha mãe já estava na cozinha juntamente com uma mulher que só depois soube que seria nosso "secretaria do lar" que nos ajudaria com as atividades de casa.
Depois de tomar café fui dar uma volta pelo lindo jardim, os homens que estavam na segurança só acompanhavam meys passos com os olhos, qualquer passo em falso eles prontamente interveriam, demorei alguns minutos admirando a beleza das flores e observava também as lindas borboletas que repousavam sobre as plantinhas, sentei um banquinho e fiquei respirando aquele ar tão puro da natureza até ouvir o barulho do portão se abrindo e para minha infelicidade era o brutamontes do Wendel.
Ele veio andando em minha direção com uma cara nem um pouco amigável ou seja o normal dele.
- Wendei: ôoo branquelo entra aê, precisamos conversar- falou já entrando na casa a dentro .
Respirei fundo e caminhei seguindo seus passos, ele passou por minha mãe e por Vanuza sem falar se quer uma só palavra, que falta de educação, credo!
Subiu as escadas entrou no primeiro quarto e deixou a porta aberta pra que eu entrar, entrei ele ja se encontrava sentado na cama.
- Wendel : fecha a porta aê e senta aqui - falou apontando para ao seu lado no colchão.
Fechei a porta e sentei no lugar indicado por ele.
Eu : Wendel eu sfui interrompido por ele.
Wendel: grandão! Me chame de grandão.
Eu : ok! Grandão, eu só queria pedir desculpas por toda aquela brincadeira da festa, creio que seja importante resolver nossas desavenças para começa uma conversa amigável.
Wendel: tudo bem! Vai passar dessa vez.
Eu: Então! O que te trouxe aqui? Digo, qual é o motivo de nossa conversa de hoje? - falei o encarando, confesso que estava curioso para descobrir um pouco sobre aquele cara.
Wendel: gostaria de começar por onde tudo começou, isso é um inferno, eu tenho pesadelos quase todas a noites, eu só queria esquecer tudo que aconteceu no meu passado, eu tive que me tornar quem eu sou hoje por conta do meu passado,tive que ser forte foi minha única escolha, eu já não aguento mais guardar tudo isso sem contar pra alguém, ou conto ou vou acabar explodindo de vez com quem nem merece. - falou olhando para baixo sem conseguir me encarar.
Eu : pode contar, vou somente ser seu ouvinte e prometo que tudo que for falado aqui ficará entre nós.
Wendel : Então vamos lá.
Tudo começou quando meu pai faleceu em uma troca de tiro com a polícia, minha mãe se desesperou depois do ocorrido, passou a beber e usar drogas todos os dias, eu tinha 2 irmãos, o tmTk e a Tati, Tati era a irmã mais velha tinha uns 15 anos na época, eu tinha 12 e Tk 07, Tati cuidava da gente quase todo tempo já que nossa mãe estava ocupada se prostituindo e usando drogas, em uma certa noite nossa mãe levou um homem pra nossa casa, ele passou a morar com a gente, nunca gostei dele sabia que ele não era de confiança, um dia sai pra trabalhar, eu tinha que trabalhar pra ajudar nas despesas de casa, quando cheguei em casa estava Tk chorando na sala a porta do quarto trancada minha irmã gritava lá dentro, fiquei desesperado pensei que o mostro tivesse batendo nela, mais era muito pior ele está estuprando minha ir, já que minha mãe e eu tínhamos saído.
Corri até a cozinha peguei uma faca, voltei a porta do quarto e bati na porta, foi em vão, estava muito silêncio lá dentro, nem um bagulho era ouvido de lá, tentei abrir a porta com a faca atéque consigui, vi minha irmã na cama nua com marcas pelo corpo chorando encolhida desesperadamente em um canto do colchão o miserável tinha fugido pela janela, minha não retornou mais para casa aquele dia, acho até que foi morar com aquele desgraçado, a partir daquele dia entrei no mundo do crime para sustentar meus irmão que não tinha ninguém por nos, minha irmã entrou em depressão desde aquele dia se trocou em um quarto e não falava mais com ninguém! Até que... que... se matou, sofremos muito na época então ficou somente eu e tk era um pelo outro sempre, com o tempo fui subindo de cargo rapidamente, tive que matar muitas pessoas, principalmente as vagabundas que abandonava seus filhos essas eu matava com muito prazer, mais o que mais me traz felicidade é ESTOURAR os miolos dos estupradores, ah esses sim me satisfazem! Voltando aos 22 anos me tornei chefe do tráfico aqui no morro, sou que mando e desmando, tenho todo que quero, mais não sou feliz, não por completo tá ligado? Nada vai ocupar o lugar que minha irmã deixou e eu não vou sossegar enquanto não encontrar aqueles 2, já procurei muito e nada desde a morte da minha irmã, mais eu sei que vou encontrar eles e fazer eles sentirem cada dor que causaram a mim e ao meu irmão esse é meu maior desejo. - parou de falar ainda olhado pra baixo, estava ofegante e pela voz trêmula estava chorando.
Eu não consigui conter as lágrimas também com o relato, sei que anti profissional demonstrar sentimento durante uma seção, porém senti a dor dele naquele momento.
Não consegui dizer nada no primeiro momento só o observava e segurei sua mão que estava sobre o colchão ele começou a apertar minha mão, estava doendo um pouco, sei que era uma forma de aliviar a dor dele.
Eu : cara eu sinto muito por tudo! - puxei ele pra um abraço, com medo da reação dele, na situação eu estava me colocando além de profissional, estava sendo apenas um humano que se sensibiliza com a dor do outro.
Por incrível que pareça elenão demonstrou resistência, mais também não se moveu do lugar, então fastei pra mais próximo dele e o abracei, ele era enorme quase que não consigo segura-lo ele então me abraçou de volta um pouco a apertado com aqueles braçoes musculosos.
Eu : eu fico admirado com a sua força, com sua força de vontade... eu não teria conseguido se estivesse no seu lugar- comecei a chorar lembrando de uma situação do passado.
Eu : Eu não devia e você nem prescisa escutar se não quiser, mais depois que você contou o que aconteceu com sua irmã eu.... - chorava intensamente chegando a solução.
Wendel : pode falar pô, Cê quiser tô aqui- falou ainda meio cabisbaixo.
Eu: aos nove anos de idade eu fiu estuprado enquanto volta da escola! Foi horrível, eles eram 3 três homens drogados que ficavam em um terreno baldio no percurso da escola, prescise fazer tratamento até os 16 anos, sempre guardei isso comigo, ninguém além dos meus pais sabem disso, que dizer agora você sabe! Depois do estupro passei a ter ansiedades frequentes, o que me atormenta em quase todas as situações da minha vida - eu chorava muito ainda abraçado a ele que nada dizia somente ficava ele com oa braços em volta ao meu corpo e eu ao volta do dele.