Bem cedo, na manhã do dia seguinte, Rhea e Sêmet partiram rumo à montanha negra que era conhecida como um local místico e profano, que poucos ousaram desbravar não se tendo notícia de eventual retorno; pouco antes do meio-dia, eles atingiram o sopé da montanha, onde uma criatura com corpo humano e cabeça de lobo interrompeu a peregrinação.
-Alto lá! Guerreiros armados não podem avançar além desse perímetro – disse a criatura com tom gutural – Tu és a princesa Rhea, não sois? Tu podes seguir em frente …, teu acompanhante aguardará aqui … minha ama, Sidônia está a sua espera!
Atônita não apenas com a desenvoltura do guardião, como também por ser esperada, Rhea acenou para que Sêmet a aguardasse ali; ela apeou da montaria e avançou na direção da criatura que lhe estendeu um pequeno cetro que ao ser tocado iluminou-se com uma chama azulada mortiça. “Atire-o para a frente e ele fará o resto!”, disse a criatura. Rhea fez o que lhe foi ordenado e o pequeno cetro passou a levitar em pleno ar, descrevendo uma trajetória em linha reta.
Algum tempo depois, Rhea entrara em uma caverna, dando com outra criatura com corpo humano e cabeça de tigre. “Sidônia está a sua espera …, tire suas roupas e vá até o salão!”, disse a criatura em tom autoritário. A princesa não interpelou, despindo-se e seguindo adiante. No amplo salão ovalado bem no fundo da caverna, uma velha gorda e com um rosto de expressão diabólica a aguardava sentada em uma espécie de trono feito de ossos humanos.
-Venha, menina! Aproxime-se! Não temas, pois eu não mordo! – disse ela com tom de voz rouco e arrastado.
Temerosa, mas também ansiosa, Rhea aproximou-se do trono; porém, antes que avançasse um pouco mais, um enorme cão com duas cabeças saltou na sua frente, rosnando e babando ameaçadoramente.
-Eu te disse que eu não mordo …, mas ele sim! – comentou a velha com tom irônico – Então, tu és Rhea …, a jovem princesa que quer entregar-se ao próprio pai em pleno sacrilégio contra as leis da natureza, não é?
Rhea tentou responder, mas logo percebeu que sua voz não se projetava, mesmo quando ela tentava proferi-las. “Aqui, tu não dizes nada, fedelha! Apenas eu falo! Sei o que almejas, como também sei que tua cobiça vai além da cama de teu pai …, queres livrar-se de tua mãe e assim reinar absoluta …, e o mago prometeu-te isso, porém, até o momento não o fez …”, disse Sidônia em tom solene.
-Se eu atender ao teu desejo, saiba que haverá um preço …, um preço alto! E que deverá ser pago a qualquer custo – prosseguiu a bruxa com semblante impassível – O preço será a entrega de Garth para mim …, é isso, ou nada! Compreendestes, vadia?
Ainda tomada pelo entorpecimento parcial, Rhea limitou-se a acenar com a cabeça em concordância, selando um pacto que ela temia desconhecer por completo em seus detalhes sórdidos! Com um sorriso inquietante, Sidônia levantou-se do trono, aproximando-se da jovem; tirou a túnica que cobria seu corpo, exibindo suas formas opulentas; em seguida, estalou os dedos, fazendo surgir das sombras dois homens.
Ambos eram musculosos e tinham a pele como o bronze com olhos amendoados e cor de mel, dotados de membros volumosos e rijos. Sidônia segurou Rhea pelos ombros e a levantou no ar como se seu corpo não tivesse peso; voltando-se para onde estava o trono, viu-se este transformar-se em uma cama; depois de deitá-la, a bruxa fez o mesmo colocando-se ao lado da princesa.
-Agora, me chupa! Me chupa, sua ordinária – ordenou a bruxa com tom ameaçador – E enquanto me sacia o desejo, meus homens saciarão os deles com tua gruta de vadia! Vamos! Me chupa, cadela!
Temendo por sua vida, Rhea aninhou-se entre as pernas da bruxa e pôs-se a lamber e sugar aquela vulva enorme coberta por densa camada de pelos; Sidônia grunhia e reclamava, exigindo mais desempenho da jovem; em dado momento, Rhea sentiu um dos homens sobrepor-se sobre ela, enfiando seu membro rijo em suas carnes e estocando com enorme violência.
Muito embora tudo parecesse grotesco, em seu íntimo, Rhea não escondia que aquela perversão a deixava excitada, sentindo sua gruta verter copiosamente, e os orgasmos sobrevirem a medida em que seu algoz golpeava com mais e mais vigor; e logo ele alternou-se com o seu parceiro, cuja fúria era ainda mais intensa que antes.
Ouvindo os reclamos da bruxa, Rhea esforçava-se em propiciar-lhe mais prazer; mesmo reclamando, Sidônia não conseguia disfarçar os orgasmos que a jovem lhe concedia por meio de sua boca hábil. A sessão repleta de torpeza sexual não arrefeceu com o passar do tempo, chegando ao ponto em que Rhea sentia sua vagina arder e sua boca doer; mesmo assim, tanto a bruxa como os algozes não davam sinais de que aquela tortura chegaria ao fim.
Rhea estava no limite de sua resistência e usufruíra de tantos orgasmos que já não tinha mais consciência do que acontecia com seu corpo. Repentinamente, Sidônia segurou-a pelos cabelos fazendo com que a jovem a encarasse; a bruxa sorriu com ar malévolo, demonstrando o quanto aquilo a divertia.
-Muito bem, minha menina depravada – disse a bruxa com tom sarcástico – Agora, quero que descanses um pouco …, a noite se aproxima e tu precisas retornar ao castelo …, mas, não se preocupe …, o tempo aqui nesta caverna flui de uma maneira atípica!
Suada, ofegante e exaurida, Rhea não resistiu por muito tempo, caindo em um torpor que turvou sua mente. E quando voltou a si, olhou a sua volta percebendo que estava em seus aposentos; ao lado de sua cama estava Sêmet, ostentando uma expressão apreensiva e um olhar estupefato. Rhea estava nua e ainda podia sentir as consequências dolorosas a que seu corpo fora submetido …, todavia, o prazer que usufruíra também era insano e desmedido.
Exigiu que Sêmet guardasse em segredo tudo que acontecera e não quis saber como retornara da montanha negra. Ele curvou-se em reverência, retirando-se do recinto. Tentando adormecer, a princesa cogitava interiormente como a bruxa conseguiria realizar seu intento junto ao rei se nada lhe dissera a respeito do assunto; temia ter sido enganada e usada por Sidônia apenas para satisfazer sua perversão.
Preso à sua forma meio-humana e impedido de transformar-se em corvo, Sketi estava amarrado a uma prancha de madeira; nu, com frio, com fome e com sede ele temia por sua sorte, embora não soubesse ainda a razão porque fora tornado prisioneiro de seu mestre. Maquinava um meio de usar seu poder de convencimento para dissuadir Garth de castigá-lo, fosse pelo que fosse. Sua habilidade em falsear e enganar eram seu único e precioso trunfo.
-Quer dizer, que minha criaturinha vendeu-me, na primeira oportunidade – questionou o mago assim que entrou no recinto nas profundezas de sua torre – Você se esqueceu que eu sei de tudo que acontece à minha volta! Seu tolo!
-Me perdoe, mestre! …, por favor! Juro que jamais tornarei a fazê-lo! – implorou o ser em tom choroso – Me dê chance de provar isso ao senhor e …
-Ah! Chega! Cansei de tuas traições e tua falsidade! – interrompeu Garth com tom raivoso, chicoteando o traseiro do rapaz – De hoje em diante perderás tua capacidade de se transformar em ave …, e, é claro, deixará de ser um hermafrodita!
Enquanto Sketi insistia em seu pedido de perdão, Garth cerrou os olhos entrando em estado de concentração e proferindo algumas palavras em dialeto desconhecido; em seguida, passou a entoar um cântico …, a medida em que a canção ganhava intensidade vocal, Sketi começou a contorcer-se, gritando em desespero …
Em poucos minutos, Sketi agora era uma mulher! Seu peito estufou-se ganhando contorno de seios roliços e firmes; seu traseiro também ganhou formas mais delineadas, ao mesmo tempo em que os poucos pelos em seu corpo desaparecessem; as pernas alongaram-se um pouco e suas mãos ganharam a maciez indubitável de uma fêmea …, e quando tudo chegou ao fim, Sketi era uma linda jovem, perdendo o enorme apêndice masculino e recebendo em seu lugar uma vulva mais encorpada. Garth examinou detidamente o fruto de seu trabalho e bateu palmas em comemoração, exultante pelo êxito da transmutação.
-E agora? O que será de mim, mestre? O que farei – perguntou Sketi ainda com voz embargada.
-Primeiramente, vais saciar o desejo de um macho de verdade – respondeu Garth enquanto estalava os dedos.
Sêmet surgiu no recinto e seu olhar denunciava o prazer em constatar a transformação de Sketi. “De hoje em diante, ela será conhecida por Gena! E ela é toda tua em agradecimento por tua fidelidade”, disse o mago em tom solene. Sêmet curvou-se em reverência, agradecendo ao mago.
-Faça o que quiser com ela …, tens uma hora! – prosseguiu Garth, caminhando em direção da porta – Depois, tenho uma tarefa importante para tua nova aquisição …, e antes que eu me esqueça …, Gena, cometa apenas um deslize e teu destino será o vale da perdição!
Exibindo um sorriso vitorioso, Sêmet tomou um chicote nas mãos, passando a açoitar o traseiro de Gena; no início, ela gemeu, gritou e implorou clemência; todavia, a medida em que o castigo ganhava contornos de possessão sensual, ela deu-se por vencida.
Com as nádegas marcadas e levemente inchadas, Gena suplicava por mais. “Isso! Isso, meu homem! Meu dono! Me castiga que eu mereço!”, balbuciava ela em tom de súplica. Sêmet estancou o castigo, desamarrando os pés de Gena; imediatamente, abriu suas pernas e penetrou sua vulva com um golpe contundente; na transformação, o detalhe anatônico ganhara contornos delicados e tornara-se muito estreita, razão pela qual a fêmea soltou um grito lancinante ao sentir o membro colossal do guerreiro romper a resistência, alargando dolorosamente o orifício.
Na sucessão de golpes que desferia contra sua nova serva, Sêmet não poupava esforço físico, deliciando-se com os gemidos, gritos e lamúrias de Gena que achava que poderia desmaiar ante tal provação …, mas não foi isso que aconteceu! Caminhando em sentido oposto, a dor foi sendo suprimida, concedendo lugar a uma indescritível sensação de prazer; um prazer que ela, antes, jamais experimentara.
E o gozo sobreveio! Intenso! Sucessivo! Interminável! Gena, antes Sketi, estava em exultante estado de êxtase com seu corpo recebendo uma onda de sensações tão marcantes, que ela jamais se esqueceria daquele dia …, o dia em que se tornara a companheira de Sêmet. Incansavelmente, o guardião sobrepujou suas próprias expectativas, mostrando um desempenho que ele próprio desconhecia.
De modo mais surpreendente ainda, Sêmet sacou o membro ainda rijo da gruta alagada de Gena, passando a roçá-lo no pequeno orifício um pouco mais acima; Gena olhou por cima do ombro e viu o olhar guloso de seu macho. “Faça o que deve ser feito! Mostre a mim que eu te pertenço para sempre! Mostra!”, murmurou ela em tom provocativo. Sêmet sorriu enquanto entreabria os glúteos polpudos de Gena, atrevendo-se a arremeter sem piedade.
Gena urrou tão alto que até Garth foi capaz de ouvi-la; lentamente, Sêmet afundou seu intruso no pequeno orifício corrugado que dilatava-se em dor para receber aquele apêndice descomunal. Ao atingir seu objetivo, o guerreiro permaneceu imóvel por alguns minutos, parecendo saborear o momento como seu maior feito.
Seguiram-se golpes longos e profundos, que aos poucos ganharam um ritmo frenético ante o pleno laceamento do selo anal, com Gena gemendo e gritando ainda mais, porém não de dor, mas sim de incontável prazer, acentuado pela nova onda de orgasmos que sacudiam seu corpo e elevavam o estado de seus sentidos. Sêmet, em momento algum, mostrou arrefecimento, sendo exortado por Gena a ir além de seus limites …, e algum tempo depois, esse limite fora atingido.
Com a jovem implorando para sentir o sabor do sêmen de seu homem em sua boca, Sêmet sacou o membro, deu a volta em torno da mesa e ofereceu seu mastro para o deleite oral de sua serva, que não perdeu tempo em tomá-lo em sua boca, sugando e lambendo ao mesmo tempo em que ele se estimulava manualmente. Sêmet sentiu todos os seus músculos contraírem-se comandados pelo enorme espasmo que varreu seu corpo, impondo-lhe um gozo tenso e volumoso. Gena não foi capaz de absorver a carga espermática do parceiro, mas também vibrou em ver-se lambuzada pelo sêmen denso de seu dono.
“Agora, é hora de você me servir mais uma vez …, e ai de ti se ousares me desafiar!”, Gena ouviu a voz de Garth ecoando dentro de sua mente.