Bela, invadida por seus dedos

Um conto erótico de Bela
Categoria: Lésbicas
Contém 3900 palavras
Data: 16/01/2021 07:51:42

Quarta-feira, quase uma semana depois de tudo aquilo, de toda aquela loucura dentro do consultório. Eu de novo ali: sentada, comportada, pernas cruzadas lendo a mesma Caras à espera de ser chamada para consulta. Vejo o rosto do George Clooney abrindo um sorriso cativante para mim. Uma pena que nem todas tenham a mesma sorte, com um homem desses que mulher precisaria de terapia?

Enquanto penso nisso, mesmo sem encarar, vigio a figurinha enxerida sentada atras da mesa, a secretária da doutora Suzana. Fizemos o mesmo da semana passada, mal nos cumprimentos, mal nos olhamos quando eu entrei. Mas claro, ambas se vigiavam como onças numa tocaia. Ambas compartilhavam agora os segredos mais íntimos que uma mulher poderia ter, o seu gozo num ato quase público. Só que a figurinha ainda levava uma vantagem, ela me viu completamente nua, entregue as loucuras da analista. Dela eu só sabia o ato, o grito e o gosto do seu gozo no copo que ela deixou em cima da mesa, além de tudo uma abusada. Deu para sentir o seu cheiro no copo, no gosto.

Silvana, se vestia diferente, estava mais produzida. Tinha os cabelos negros presos num coque acima da cabeça, usava uns óculos de lentes redondas e grandes, o que lhe conferia ares de uma intelectual, um toque de mulher provocante. Ainda mais com a camisa social branca, justa de golas largas, com os dois primeiros botões abertos exibindo as curvas dos redondos seios morenos, pequenos. Estufados, como que prontos para brotarem a qualquer momento. A diabinha ainda usava um único brinco prateado, 4 finas hastes que lhe vinha até o meio do pescoço, num dos pulsos uma serie pulseiras metálicas, sendo uma delas prateada e mais alongada. Fora a saia rosa, como sempre justa, colada que lhe destacava a cintura sinuosa, deixava sua bundinha mais arrebitada.

Eu ri dos modos da garotinha admirando os olhos escuros e os cabelos prateados do Clooney, putinha pensei, acha que vai me conquistar só porque se veste como quem quer me levar para a cama? Um lado meu com certeza não tinha gostado, nada nada de me ver exibida numa tela de TV para que a garota se esbaldasse num orgasmo sem pudor, sem respeito. Onde é que Suzana estava com a cabeça!?

Abaixei os olhos virando a página, trocando de pensamento vendo surgir o rosto angelical do Brad Pitt, num sorriso descolado, uma barba por fazer que só confirmava que aquele homem era um gato, um deus! Que não tinha mulher no mundo que não miasse na cama como um homem daqueles.

“Quer água?”

“O que?”

Tomei um susto, arregalei os olhos, fiquei sem ar. Ela a meio metro de distância segurando um copo, o mesmo tipo onde na quinta ela deixou seu gozo como uma sobremesa depois do jantar. Me controlei, mostrei meu melhor sorriso e ergui. Dei dois passos e ela me entregou o copo, se servindo outro. Os olhares se cruzaram como lâminas, os sorrisos escondidos atrás dos pequenos copos.

“E aí gostou? Aprovou?”

“Está bom, está fria.”

“Perguntei de quinta, achou o sabor maissss doce ou maissss azedo?”

Ela riu mostrando a dentição branca, perfeita realçada pelo rosto moreno. O rosto de uma garota que podia ser minha filha. Acho que meu queixo caiu, fui salva pela conversa que veio do nada, quando a porta do consultório se abriu e Suzana surgiu rindo, falante, se despedindo da outra cliente. Uma senhora de cabelos brancos, num vestido florido, meio fora de moda.

“Tchau Miriam, até semana que vem. A gente se fala. Isabela, querida! Vamos!”

Su me chamando, me fazendo gestos de vem cá com os dedos e eu sem saber o que fazer com o copo na mão. A garota me salvou estendendo a mão, foi quando os nossos olhares se firmaram, um segundo ou menos, o suficiente para ela entender o que eu pensava: “me masturbei pensando em você sua filha da puta”, foi o que eu pensei, entregando o copo.

“Grata, estava ótimo. Melhor do que eu imaginava.”

Ela riu, eu entrei. Sentei encolhida, apoiando o cotovelo no braço do sofá. Meu olhar perdido examinando as pontas dos meus sapatos.

“Bela, Bela, Bela. Isabela! Como vai? Como está agora? Nem sei quantos zaps você me mandou desde o sábado. Trinta, quarenta? E aí? E ele?”

“Ah! Descobriu tudo, eu acho? Mas também foi o que eu te falei, deixei ele branco, nunca vi Marcio daquele jeito, parecia que tinha visto um fantasma. Agora, mais um pouco é a separação.”

“Que isso menina, calma! Ele só desconfia, nem faz ideia que foi comigo. Pelo menos foi o que eu entendi do que você me escreveu. Vai me conta tudo de novo.”

“Na quinta quando eu cheguei não teve nada, fui para o meu banho, nem precisava mais eu tinha que manter as aparências. Acho que foi aí que ele desconfiou, vi ele entrando no banheiro um momento. Mas nem vi que ele mexeu nas minhas roupas. Deve ter sido aí que ele percebeu que eu não estava com a calcinha. Na hora não falou nada. Na sexta a gente só encontrou à noite, o clima gelado, mas ainda assim civilizado.”

“Só que no sábado?”

“É no sábado, os meninos saíram para namorar e o detalhe que faltava para o caldo entornar aconteceu. Ele derrubou um copo d’água na mesa, eu xinguei a falta de atenção, de cuidado. Ele explodiu como um vulcão. Eu até já esperava, só não esperava que ele me falasse aquilo: ‘Quer dizer que a senhora vai na sua terapeuta e volta sem calcinha?’ Não tinha nada a ver com o assunto, o danado do copo d’água ele derrubou. Foi uma gritaria, eu xingando e ele berrando. ‘Márcio que loucura, você acha que eu sou a única que sai por aí sem calcinha? Toda mulher faz isso Marcio. Quando as calcinhas incomodam e a gente tira e guarda na bolsa.’”

“Mentirosa! Nem todas nós fazemos isso.”

“Mas eu tinha que dizer alguma coisa e ainda tinha que parecer que era verdade.”

“Aí, como toda mulher você resolveu partir para o ataque.”

“Tinha outra opção, ou senão o meu olhar me denunciava. Foi quando vi ele confuso, falando sem parar que eu perguntei de surpresa: ‘Quem é CINTIA, Marcio?'”

“Foi um terremoto.”

“Um maremoto, um tisunami. O homem mudou de cor, até ficar branco. Gaguejou, xingou, fez cara feia. Foi por um triz, agora é ele que me deve explicações.”

“Falou com ele para vir aqui falar comigo? Que posso mostrar que tu esteve aqui o tempo todo. As filmagens.”

“As filmagens Su? Ficou doida!”

“Aquelas que não vão nos comprometer. Te comprometer. Fica tranquila, antes de pensar em divórcio, separação essas coisas. Tenta trazer o Marcio aqui.”

“Sei não ele nem fala mais comigo.”

“Eu mando um zap para ele, explico. Quem sabe uma hora ele, vocês veem.”

Suzana riu, as mãos cruzadas sobre a saia, as pernas levemente dobradas juntas, os pés cruzados, apontados. Vestida num conjunto vinho, os sapatos pretos salto agulha. Ela me encarava com o seu olhar brilhante, instigante, curioso. Estava na cara o que ela queria, desejava saber das minhas reações depois, depois da nossa transa louca de quase uma semana. Respondi sem nem ela precisar abrir a boca, perguntar.

“Fiz até doer, até me machucar. Até não me aguentar.”

“Só por mim, só por nós?”

“Ah, Su!! Claro que não, né? Depois de beber o líquido... O gosto dela.”

“O gozo dela.”

“... Quem não ficaria imaginando como foi, como ela fez.”

“Como ela é.”

“Pois é, também como ela é.”

Falei abaixando os olhos, abrindo um sorriso sem graça, sem saber onde colocar as mãos. Ela riu dos meus modos e quando vi Suzana ali. Sentada do meu lado, cruzou seus dedos com os meus, as unhas pintadas de lilás, os indicadores de roxo escuro. A gente se mirou, eu sustentei o olhar, fui sendo aos poucos invadida, apoderada pelo olhar daquela mulher fascinante, encantadora, minha dona. Me assustei com ela me desabotoando a camisa, meus peitos ainda presos dentro do sutiã cinza branco, surgiram pesados. Foi quando um dedo, o indicador deslizou na borda entre o sutiã e o meu peito. O dedo puxou a borda, me revelou o mamilo, minha respiração ficou ofegante, acompanhando os gestos abelhudos da analista. A ponta do dedo começou a girar suave envolta do mamilo, aquilo foi me inflando o bico, senti um calor. Nossos olhares ficaram presos e o seu dedo ainda me excitando o peito. Até, até deixar ele duro como quem excita o pênis de um homem.

“Adoro ver eles subindo assim, endurecendo assim. É tão bonito.”

“Suuu, nãooo. Elaaa.”

“Não tem câmeras aqui. Aqui é só se você não se aguentar. Você não quer um carinho, um afago? Além do Marcio, você também mandou uns zaps em que pedia, falava que queria. Não quer mais?”

A voz quase nem saiu, foi um quero sussurrado. Ela riu, puxou o sutiã para baixo, fazendo meu seio gordo se revelar. A língua gostosa me lambeu em torno, lambeu em volta o mamilo eriçado, senti o peito esquentar. Suzana dobrada me chupava como uma esfomeada, ela parecia mais precisada do que eu. Mordia, chupava e lambia. Senti um filete começar a escorrer, me molhar a vagina. Não era muito, mas aos poucos ela me conduzia, me guiava para o que queria. Quando ela se ergueu, meu seio estava todo marcado, mordido, molhado. Dos seus lábios escorria um fio curto que ficou preso no seu queixo.

Su me encarou de novo, me hipnotizou com seus olhos lindos. Sua testa se encostou na minha, nossos narizes. Achei que vinha um beijo, veio um dedo se enfiando no meio das minhas coxas. Eu abri, sim eu abri as coxas, nem foi preciso ela pedir. Afastei como deu e o dedo passeou arisco, já não era só um eram outros. De repente um deles mais abusado se meteu entre a calcinha e os meus pentelhos. Estufei a testa, ela me agarrou a buceta como se a calcinha fosse parte do meu corpo. Foi então que veio o beijo, gemi baixinho temendo ser ouvida pela Sil. Suzana se afastou o que pode, abriu espaço eu alarguei o compasso. Dobrei as pernas nos joelhos, me livrei dos sapatos apoiando os dedos dos pés no chão. ‘Que loucuraaa!’

Senti Su brava, firme, sua mão me puxou a lateral da calcinha. Ergui o corpo, o mínimo, a calcinha desceu até as coxas. Aquilo fez a gente pegar fogo, as duas, juntas loucas, pra me livrar de vez calcinha vermelha, rendada linda, que eu tinha posto para ela.

“Uuunnhhhssss SSSSuuuuuu! Nãooooo!”

Suzana agia como se fosse um homem, voraz, determinada a me abrir as pernas, a me desabrochar a buceta. Fui me inclinando, quase deitando no sofá, os pés ainda firmes cravados no chão só pelos dedos.

“A-aaa—aaaaaaaaa-AAA-aaaaaa”

“Não grita, senão ela ouve.”

Fui penetrada, invadida por seus dedos. Outra vez, os dedos da minha analista a me abrir os lábios, a me furar a vulva. O polegar começou a me acariciar o grelo. Segurei seu pulso num impulso de controlar tudo, foi impossível. Fechei os olhos, dobrei o pescoço. Temerosa do grito, o gemido incontido. Eu tremia de vergonha e desejo, agarrada no seu peito, espremendo o seu seio. Nem sei como o peito gordo da Suzana veio parar na minha mão.

“Issoooo Bela, relaxa, relaxa. Esquece seus problemas. Aproveita não foi isso que você pediu no seu zap? Confessou, quase implorando pelos meus dedos, o meu toque. Hein, putinha?”

Meu corpo todo reclinado, hirto, a tensão me varando a carne. Clamei por um beijo num choro, os dedos me comendo por dentro, o mel escorrendo pelas minhas coxas. Foi por pouco, muito pouco. Nossas bocas se encontraram e o meu grito invadiu a sua boca. Gemi tremendo o corpo inteiro, as minhas pernas balançando sem controle. Aquilo durou alguns segundos, talvez quase um minuto, até o cansaço me alcançar, uma certa languidez gostosa, um prazer relaxante. O beijo foi ficando mais gostoso, íntimo, nós duas saboreando as línguas um doce momento de amantes. Lindo riso de Suzana.

Su se afastou o suficiente para lhe ver o sorriso cúmplice, ela ajeitando os cabelos. Eu ri, ri qual menina que acabou de fazer arte, apaixonada no olhar faiscante da minha amante. Ela se levantou, mostrou a mão melada. Passou a língua lenta na palma da mão só para me provocar, depois me ofereceu os dedos, chupei. Um gosto de água, um gosto suave de mel.

“Pronto pronto, relaxada? Satisfeita? Pelo seu rosto aposto que sim.”

“Su, será queee a gente?”

“Hoje não dá amor, outro dia. Levanta, sua sessão ainda não acabou.”

Eu fiz o que ela pediu, quando me abaixei para pegar a calcinha ela me tomou das mãos.

“É minha mais um troféu.”

“Su que isso, assim o Marcio me xinga, briga.”

“Mas eu quero que ele desconfie, quero que ele venha aqui.”

“Louca, louca varrida você. É assim que quer salvar meu casamento?”

“Eu vou salvar teu casamento. É o que no fundo tu quer, não é?”

“Sei lá se eu quero. Cintia! Vê se pode? Canalha! Para que você quer as minhas calcinhas? Não serve em você.”

“É o meu hobby. As calcinhas e cuecas dos clientes são um sinal de que vocês evoluíram. Aliás, por falar em calcinhas. Tem uma surpresa aqui.

“O que?”

Falei me ajeitando, me recompondo no sofá, penteando os cabelos, puxei os sapatos e fiquei brincando com eles com os meus pés. Suzana foi até a mesa, abriu uma gaveta e voltou trazendo uma bege larga, mais parecia calcinha da minha avó. Ela agitou o pano como se fosse um lenço.

“Advinha, de quem é?”

Levei um tempo até raciocinar. Abri um sorriso de quem descobre um segredo.

“Não acredito! Dela?”

“Sim, dela. Ontem, você acredita?”

“Quer dizer que a Célia, virou uma das suas? Uma das nossas, como eu?”

“Não ela ainda não me permitiu tocar ou beijar. Para ela é ainda uma barreira, mas depois que eu contei que você já tinha me dado a sua calcinha...”

“Suuuu, que isso? Você contou tudo!”

“Claro que não, só quis provocar a Célia, sabia que ela estava pronta, faltava muito pouco. Um pouco de inveja, um pouco de curiosidade, não faz mal nenhum. Você sabe que ela está fazendo regime, perdeu nove quilos, passou a fazer academia, pilates. Botox, diz que quer fazer um lifting.”

“Ela me contou tudo isso, mas não comentou nada da calcinha.”

“Claro que ela não comentou, foi ontem. Ela chegou aqui mais ansiosa do que de costume, eu vi que ela estava querendo me pedir algo, você sabe que eu sinto quando vocês estão prontas. Foi justamente aí, ela sentada, uma conversa sem muito sentido, o olhar envergonhado. Eu me sentei do lado e aí ela pediu.”

“E aí você tirou, me conta!!”

****

“Doutora, a senhora tirou mesmo a calcinha da Bela?”

“Não só da Bela, de todas que estão prontas para serem apresentadas ao seu corpo, ao seu desejo. Prontas para serem tocadas.”

“Eu eu não estou pronta para ser tocada. Acho que é demais pra mim, mas eeuuu eu acho que eu quero.”

“Quer o que Celinha? Pode falar, eu faço o que você quiser.”

“Então tira pra mim, eu queria que a senhora me visse. Vai ser a primeira vez, quer dizer a primeira que uma mulher me despe.”

“Só se você me chamar de tu. Eu não sou tua senhora, nem tua doutora a partir de agora. Agora eu sou tua mulher. Entendeu?”

Celinha me encarou de boca aberta, entre a confiança e o medo. Como sempre, como foi com outras, balançou levemente a cabeça e fechou os olhos. Era o sinal que faltava, ajoelhei entre as pernas. Celinha nem se mexia, abri suas pernas sem tirar os olhos do seu rosto. Enfiei as mãos dentro do vestido, passei os dedos pela extensão da calcinha, usei o polegar para lhe descobrir a abertura, o broto, foi quando ela se assustou.

“Não! Isso não doutora. Hoje não, ainda não. Por favor.”

“Me chama de Su, vai me chama de Suzana.”

“Suzana, por favor sem toques, eu eu só quero que você me olhe. Ninguém nunca viu, nem o Osvaldo viu.”

Ela fechou novamente os olhos, passei as mãos para a lateral da calcinha e puxei com força, ela se ergueu o suficiente e eu tirei. Veio a calcinha enorme, tirei ela toda.

“Grande, não é?”

“Tu vai precisar se modernizar, menina.”

“Menina! Eu, menina!”

“E não está virando uma menina sapeca, que gosta de se mostrar, quem sabe gosssta de gozar pra mim, hein? Vai, Celinha mostra, me mostra a tua vulva, quer dizer a tuaaa buceta.”

Ela mesma ergueu o vestido, até aparecer um tufo peludo no meio do seu quadril, mais do que eu desejava, menos do que eu imaginava. Mesmo assim me deu água na boca, eu estava louca para ver as intimidades daquela mulher de quase 60.

“Abre, me mostra. Eu quero ver Célia.”

“Tem certeza, douuu, quer dizer Suzana. Eu estou feia, não estou? Meu marido não gosta.”

“Mostra Celinha, eu quero ver os teus lábios. Abre para mim”

Ela abriu um pouco, eu usei as mãos para lhe afastar as coxas, Célia se dobrou o suficiente para que os lábios escondidos nos seus pelos começassem a surgir. Só se ouvia a respiração forte da sua amiga, seu corpo tremia, mesmo sem os meus toques, sua vulva foi ficando quente, úmida. Quase encostei meu rosto nos seus pelos só para sentir o seu calor, o tufo foi ficando molhado, umedecido. Foi por pouco que não chupei.

Adoro quando elas ficam assim, prontas, pedintes. Para minha surpresa foi quando os dedos dela me mostraram o interior dos lábios, a gruta, a boca carnuda foi-se abrindo. Celia dobrada, as pernas abertas amplas, eu lhe fazendo carícias nas coxas, nas virilhas e ela se tocando na minha frente. Pena que não durou muito, quando eu arrisquei um dedo, um toque mais íntimo, ela se agitou como se saísse de um transe.

“Não! Isso não, chega. Já foi demais, demais!”

Não era a primeira a se comportar assim. Deixei ela se recompor, mas avisei que a calcinha era minha, que era o meu prêmio. Ela aceitou ruborizada. E ainda me perguntou:

“A senhora acha que eu posso ficar mais bonita?”

“Me chame de você Célia. Você é muito bonita Célia, muito muito bonita. E sim você pode ficar ainda mais linda, se quiser te passo um endereço de quem sabe tornar uma vagina ainda mais apreciável.”

*****

“Você falou assim com ela? E ela aceitou? Célia!?”

“O importante é que Celinha se aceitou, aceitou de se mostrar. Com certeza mais umas sessões e ela vai estar pronta. Só que eu acho que você pode me ajudar. Quem sabe os seus conselhos, agora que ela também se revelou para mim, podem fazer Célia ir ainda mais rápido.”

“Duvido, será? Célia costuma ser tão reservada nessas coisas.”

“Quem sabe, vamos deixar rolar. Eu só te peço que se puder me ajude. Se ela te falar alguma coisa, pedir alguma ajuda.”

“Tá certo eu dou uns conselhos, se ela pedir. Meu tempo acabou, não é?”

“Sim, estamos terminando. Mas e a outra, e ela?”

“Silvana.”

“Eu vi vocês duas conversando, então aproveita, quem sabe. Vocês saem para uma conversa, um encontro. O que é que tem?”

“Me sinto como se estivesse traindo você.”

“Eu! Seu marido não? Boba, você não quer? Aproveita, convida para um happy-hour, um bate papo e se vier algo mais, aproveita e prova. Você vai gostar.”

Suzana me falou isso com o olhar cravado, um olhar brilhando, como se ela quisesse que eu fizesse. Mas para mim já estava sendo demais, um relacionamento lésbico com ela, a traição do Marcio, e agora uma outra no meio da estória. Era demais para a minha cabeça. E logo uma garota, uma menina que podia muito bem ser minha filha. Neguei, disse que achava melhor não.

“Você é quem sabe, mas se quiser, faz o que teu corpo de pede. Vai ser um exercício gostoso, rejuvenescedor.”

Suzana abriu a porta, saímos, cumprimentei um senhor de bigodes e sem demora Suzana e ele sumiram dentro do consultório. A porta fechada e só nós duas do lado de fora, eu e a secretária. A garota com um fone de ouvido e um fino microfone curvado a frente da sua boca reagia fazendo caras e bocas ao que alguém lhe dizia nos ouvidos.

“Fica tranquila, não precisa se preocupar. É uma massagem, uma massagem relaxante. Se chama tan-tri-ca. Isso, ele é um especialista. Pode confiar, eu conheço o massagista, sei que ele é um profissional exemplar. Não se preocupe.”

Ela nem me encarava, era como se eu não estivesse na sua frente, coloquei as pontas dos dedos apoiadas no tampo envidraçado da mesa. E ela rindo do que a pessoa lhe falava algo engraçado pelo fone.

“Eu repito, repito. TAN-TRI-CA, sim você vai se despir, você vai sentir ‘muito’ prazer, mas o personal, o massagista, NÃO PODE! Ter qualquer relação com você, com a senhora. É assim que funciona, foi para isso que a doutora te recomendou esse tipo de tratamento, vai te ajudar, pode apostar que vai.”

Ela se fazia de desentendida comigo, eu fui ficando com raiva. Se não queria me dar bola então deixa para lá. Me virei e sai, abri a porta de vidro e olhei o corredor com os elevadores de frente um para o outro. A luz vinda de uma janela ao fundo iluminava tudo, abri decidida a sair, mas estaquei. Alguma coisa em mim me prendia ali, fechei os olhos e deixei meus sentimentos, minhas emoções surgirem.

Não era medo ou vergonha, era muito mais que isso. Eu podia ir embora, deixar para lá aquele momento. Só que algo em mim pedia, implorava, aquilo era como um convite, mas também era como se fosse algo que dependesse da minha vontade. Eu queria saber daquela garota, daquela narizinho empinado, a impertinente. Eu estava afim da mocinha, eu sabia que estava.

Respirei fundo e voltei. Parei do mesmo jeito, como se não houvesse saído dali. Ela ainda falando e rindo, comentando algo sobre o domingo.

“Pode pedir se você quiser é só me avisar, no domingo ele vai para a senhora...”

Pela primeira vez ela cruzou seu olhar com o meu. Senti meu coração batendo, senti até a respiração, mas eu não estava assustada ou envergonhada. Eu sabia o que o meu corpo pedia, eu queria. Silvana puxou um cartão, virou no verso e escreveu. Depois me estendeu o cartão entre dois dedos.

Puxei e li. Era o número de um celular. Ela ainda na ligação, nossos olhares cruzaram e ela falou.

“Liga no sábado. À tarde, melhor, a gente combina. Quer dizer eu aviso o massagista.”

Dobrei a ponta do cartão e guardei na bolsa. Depois sai pela porta de vidro. Pisando firme, decidida eu sabia o que eu queria fazer com a vagabunda, a petulante engraçadinha, eu estava realmente a afim, afim de arranhar a buceta da garota, asfixiar a morena com a minha vagina, afogar a putinha com o meu gozo.

Pra minha sorte o elevador abriu logo que eu chamei.

Obs: Você não precisa ler os contos anteriores se não quiser. Mas não sabe o que está perdendo.

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