[CONTINUAÇÃO]
* Leia o texto anterior
https://www.casadoscontos.com.br/texto/Confesso que foi difícil se concentrar depois do que vi, e com certeza, e, embora ele não saiba, eu não conseguiria olhar o meu filho com os mesmos olhos depois de hoje, até porque, só hoje percebi o quanto eu tinha colocado alguém tão gostoso no mundo. Resolvi a urgência, que na verdade, nem era grande coisa, mas que bom que teve, senão eu não teria visto.
Parei no bar, bebi um pouco (e não recomendo dirigir após beber), depois peguei o carro e fui pra casa. Chegando em casa, estava o Mauro jogado no sofá só de samba-canção jogando Playstation alguma coisa lá, mal tenho tempo pra jogar, tô desatualizado. Ele veio cumprimentar como sempre faz.
- Eae pai, resolveu?
- Resolveu. Mauro, quantas vezes vou ter que falar que roupa não é jogada na casa.
- Foi mal ae pai.
- E lá, terminaram?
- Terminamos sim.
Me aproximando, e mexendo no cabelo dele, digo:
- Melhor tomar outro banho, eu cabelo tá todo branco.
Percebi que meu filho engoliu seco na garganta, pois pra ele, eu não sabia de nada, enquanto que ele tinha dado horrores. Continuei.
- Então terminaram, aconteceu mais alguma coisa?
- Não, nada. Só pintamos e fomos no ‘méqui’.
- Sendo assim, beleza, vou dormir.
Ok, você deve estar pensado: porque eu não confrontei? Ou porque eu não me atirei? Juro, a minha vontade ali na hora era pegar meu filho por trás e encher aquele cu de porra. Mas a cabeça ainda estava girando, e eu não tinha coragem, não naquele momento.
No dia seguinte, acordei, e meu filho já tinha ido buscar pão. Fui até o quarto dele, e recolhendo a roupa suja, esbarro no mouse, tela liga e me aparece uma conversa do WhatsApp. Ele estava conversando num grupo com o Renan e o Felipe, e mais um garoto, o Jonas, moreno, alto, mesma idade, e pelo rosto, dá pra saber que era um cavalo na cama. Lógico que eu corri, pra tirar foto da conversa na tela pelo celular, porque print demorar, e eu tinha pouco tempo até ele voltar. A conversa era a seguinte:
MAURO: Tô com meu doendo até agora
FELIPE: KKKKKKKKKKKK aí sim
JONAS: Não acredito que vocês nem me chamaram
MAURO: * foto do cu*
JONAS: Nossa, que amigo você é
RENAN: Vem mamar eu então
JONAS: Olha que eu vou hein
FELIPE: Mano, foi do caralho
MAURO: Vdd, você tinha que ver, o Felipe socou com tudo.
JONAS: Eita!
FELIPE: Até dei minha cueca pra ele de presente
MAURO: Toda freada de bosta por sinal
RENAN: Para que eu sei que você curte
FELIPE: Tá mó cheiro de saco suado pra você lembrar
MAURO: Quase enlouqueci
Nisso, eu olho pra uma cueca jogada no cantinho da mesa do computador, uma cueca branca, toda amarelada de porra, e bosta. Deu pra sentir o cheiro daquele branquelo gostoso. Foi instantâneo, eu peguei a cueca, e dei uma cheirada tão forte, que quase cai duro, o pau já estava latejando e continuei lendo.
RENAN: Quem sabe assim você larga aquela fresca da sua namorada
MAURO: Mas ela é bonitinha vai
FELIPE: Mas é na minha pica que vc goza
RENAN: Na minha também
MAURO: Pior que ela é frescurenta, não pode fazer nada
RENAN: Logo você que parece porco
MAURO: Tá falando o que, seu chulezento
JONAS: Mano, tô quase batendo uma pra vocês
RENAN: É, mas você não pode ver uma meia suja que já quer lamber
FELIPE: Não só meia, seu sovaco tava podre ontem, tava muito bom
MAURO: @jonas bate e grava pra nois
JONAS: * vídeo batendo punheta*
JONAS: Ae Mauro, curtiu?
MAURO: CARALHO MANO, QUE TESÃO
FELIPE: Aquilo ali é o que eu tô pensando que é?
RENAN: Cara olho o tamanho do consolo do maluco kkkkkkkkkkkkk
JONAS: E tá todo cagado hein.
FELIPE: Eta porra, aí sim cuspe pra que nékkkkkkk
JONAS: Fica rindo demais aí, que eu boto no seu cu até sangrar
MAURO: Já volto, meu acordou
FELIPE: Falar nisso, quase fomos pegos
RENAN: Seu pai viu?
MAURO: Não, ele tinha saído, deve ter sido o zelador
RENAN: Será?
MAURO: Certeza, mó cara de safado
FELIPE: Aposto que gosta de tomar uns tapão
MAURO: KKKKKKKKKKKKKKK
FELIPE: Menos mal, imagina se ele pega a gente
MAURO: Nem brinca com isso, ele me mata
JONAS: Carai, vocês são foda viu kkkkkkkkkkk
MAURO: Foda é eu te comendo. É sério, preciso ir.
Quando eu terminei de ler, eu deixei o computador, a cueca, tudo como estava. Só peguei o bruto de roupas no chão e levei pra cozinha. Caralho, meu filho é muito puto.
Vi pela janela que tinha começado a chover, logo, o Mauro ia demorar um pouco. Recebi uma ligação, era a minha assistente, por sinal, um dos chifres que dei na minha mulher, história longa, mas a buceta é apertadinha. Segundo ela, o rapaz do malote tinha se acidentado, e que ia faltar pessoal pra o escritório, e perguntou se já poderia começar a fazer seleção. Foi aí que me apareceu a melhor e mais insana ideia que eu já tive. Pedi pra segurar um pouco, pois ia dar um jeito, até porque, ia sobrar vagas. Aproveitei pra perguntar como tinha ficado a pintura dos meninos, e ela disse que estava perfeito, até enviou fotos no celular de como tinha ficado. Agradeci e desliguei o celular, abri meu notebook na bancada, e comecei a escrever.
Meu filho entra pela porta todo encharcado, cheio de sacolas, vestido só de uma camiseta toda surrada e calça de moletom. Fui até ele, e peguei as sacolas, e dando um abraço no ombro disse:
- Entra, entra, você vai pegar um resfriado assim menino.
- Relaxa, cof cof
- Aí tá vendo? Toma um banho e se troca.
- Não tô de boas, já tomei
Filho da puta, o moleque gosta de ficar assim. Como já estava com outras intenções, ao invés de reprimir, meio que passei a incentivar o garoto a ficar largadão, tipo, “esse bafo desmaia hein”, ou “cheirão de suor de homem já”. Enfim, mesmo ele falando coisas do tipo “eu passei desodorante já, não enche”, eu respondia “mulher gosta de cheiro de homem”, bem pra deixá-lo à vontade (embora não incentive ele a ser machista). Falei:
- Tá, só mora homem mesmo, por mim...
Aproveitei e comecei a pôr meu plano em prática.
- Escuta, deixa de perguntar uma coisa. Os meninos trabalham de que?
- Por enquanto nada. O Renan ajuda o pai dele no mercadinho, mas porquê?
- Não, nada. É que a Vera, minha assistente disse que ficou bom o trampo de vocês.
- Pô valeu.
- Agradece eles por mim, melhor, diz pra ele que se eles precisarem, eu estou pra contratar estagiário.
- Falo sim, pra o Felipe que vai ser bom, a mãe dele tá desempregada.
- Poxa, que chato. Pede pra ir lá amanhã procurar a Vera, e fala que eu disse pra contratar, se ele quiser.
- Sério pai? Que demais.
- É, aí se você quiser, pode trabalhar com eles, porque vou precisar de alguém pra ficar no turno da tarde pra noite, pra não atrasar o estudo de vocês.
- Posso chamar mais um colega?
No meu subconsciente eu gritava “chama o Jonas, chama o Jonas” até que ele diz:
- Tem um amigo chamado Jonas, que é capaz de topar.
- Perfeito. Se trabalhar tão bem quanto seus amigos, não vou achar ruim, bom que você já fica de chefe na minha ausência.
Com um brilho nos olhos, meu filho correu pra me dar um abraço, todo molhado, e eu claro, adorei, porque além de tudo, que já estava só de samba canção com o pau meio bomba, senti que o pênis do meu filho estava duro, e no abraço, os paus se tocaram. Dei um beijo na testa e disse:
- Espero que você goste do trabalho
- Vou sim
Ele me agarra mais forte e posso sentir a pulsação daquele pau, que eu tenho certeza, dele ter sentido o do meu também. Dando um tampinha na bunda dele, disse:
- Vai lá, vai se trocar, e avisa pra os seus amigos.
Resumindo pra não ficar muito longo até a próxima parte: meu filho terá os anos mais incríveis da vida dele, e da minha também: EU VOU COMER TODOS ESSES MENINOS.