Mais que um amigo... (Capítulo 2)

Um conto erótico de Alexandre
Categoria: Gay
Contém 1748 palavras
Data: 19/01/2021 23:48:32

Capítulo novo, pessoal! Peço desculpas pelo atraso, mas está aí. Espero que gostem. Não se esqueçam de deixar seu voto e seu comentário.

**

Victor continuava a acariciar meu corpo e eu estava tão espantado com toda aquela situação que permaneci imóvel. Eu tinha vontade de tocá-lo também, mas não sabia se era o certo. Não podia arriscar todos os anos de amizade que tínhamos.

Ele depositou um beijo em meu pescoço e me arrepiei de imediado. Era uma sensação maravilhosa. Sentir o peso dele em cima de mim me deixava extremamente excitado.

Juntei todas as forças que tinha e tentei empurrá-lo mais uma vez.

- Você não quer? - perguntou, me segurando com força.

Eu não conseguia responder. Me odiava por ser tão fraco. Não entendia como era possível aquilo estar acontecendo. Éramos amigos a muitos anos e em momento algum ele demonstrou qualquer interesse desse tipo em mim.

- Acho melhor não. - consigo responder, por fim.

Victor se afastou um pouco, sua ereção estava ali ainda e me odiei mais uma vez por não querer me afastar dela.

- Olha... - ele começou a dizer. - Eu sei que parece estranho pra caralho, mas eu não consegui parar de pensar em você hoje. Sei lá, quando eu vi aquele cara segurando sua mão eu queria socar a cara dele, queria estar no lugar dele, e quando eu sai hoje foi na intenção de procurar alguma mulher pra tirar essa loucura da minha cabeça, mas não deu certo.

Ficamos em silêncio, só o som de nossas respirações era audível.

Estava confuso e assustado. Se eu dissesse que não senti nenhum desejo por ele naquele momento eu estaria mentindo, mas aconteceu tudo tão rápido e eu fui pego totalmente de surpresa. Até 30 minutos antes eu nunca imaginaria estar tendo aquele tipo de contato com ele.

- Tá, eu entendi. - Victor quebrou o silêncio levantando da minha cama e indo em direção a sua.

- Victor, olha... Desculpa, eu não sei o que dizer.

- Não precisa dizer nada, Alê. Eu não devia ter feito isso, não sei o que tá acontecendo comigo. Desculpa aí, mano.

Estávamos no escuro e eu agradeci por isso. Não conseguiria olhar pra ele diante do que estava prestes a fazer.

Respirei fundo e levantei da cama. Ele estava sentado. Fui em sua direção e sentei ao seu lado. Não disse nada, apenas o abracei. Já tínhamos nos abraçado milhares de vezes em todos esses anos que nos conhecíamos mas, aquele abraço em especial, tinha um significado diferente.

Passei a mão em seu rosto e ele a beijou. Sentir seus lábios na minha pele me passou uma sensação que estava sendo eleita, naquele momento, como a minha favorita. Eu queria sentir seus lábios nos meus mas, quando me aproximei, ele desviou o rosto. Fiquei surpreso e apenas abaixei a cabeça. Eu pensei que ele queria.

Ele deitou e me puxou para perto mais uma vez. Não estava preparado para transar com ele, isso ainda soava como algo impossível para mim e uma luz na minha cabeça se acendeu e me deu mais clareza pra entender o que estava acontecendo ali. Victor mesmo disse que estava com tesão.

Seria só uma forma dele matar sua vontade louca de transar de qualquer forma?

Me senti um bobo mas, ainda assim, queria sentir seus lábios na minha pele novamente.

- Eu sei o que você está pensando. - ele diz, me deixando surpreso. - Nunca faria isso com você, o que está rolando aqui não é nada vazio para mim. Eu sei que você namora com aquele otário e te conheço o suficiente pra saber que está se sentindo o pior cara do mundo agora por quê acha que tá traindo ele, mesmo que ainda não tenhamos feito nada.

Suspirei alto. Ele estava certo, eu estava me sentindo mal por estar naquela situação quando eu tinha um compromisso com outro cara.

- Vic, você sabe que eu te amo. Nós sempre estivemos próximos, você sempre esteve na minha casa, meus pais amam você, meu irmão ama você. Você já faz parte da família. Eu só estou surpreso, eu nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer com a gente.

- Nada aconteceu ainda, Alê. - ele diz rápido.

- Eu sei, mas se acontecer eu tenho medo de que o que temos possa acabar. Eu não quero perder você, não quero que amanhã você se arrependa e me deixe de lado.

Ele beijou minha cabeça, suas mãos agora estavam acariciando meus cabelos.

- Cara, você sabe eu só tive meu pai a vida toda, nunca tive mãe, nunca tive uma família de verdade e eu sou grato pra caralho por tudo o que seus pais fazem por mim, por toda a atenção que eles me dão, me afastar de vocês não é uma opção pra mim, principalmente me afastar de você, está fora de cogitação.

Coloquei cada perna de um lado da sua cintura e sentei no seu colo. Podia sentir sua respiração pesada muito próxima de meu rosto.

Que Deus me perdoasse, mas eu não conseguia mais resistir.

- Posso te beijar? - perguntei rápido, com medo.

A resposta que tive foi o ataque de seus lábios aos meus. Era a sensação perfeita, sentir suas mãos fortes me apertando e seus lábios me beijando com uma urgência quase esmagadora. Nunca tinha sido beijado assim e estava adorando aquela nova sensação.

Eu queria que aquele momento durasse para sempre, queria ficar grudado nele, o beijando incessantemente, sem preocupação alguma.

Vic ficou por cima de mim e mordeu levemente meu lábio inferior. Suas mãos percorriam cada centímetro do meu corpo e eu queria poder sentir o dele também.

Passei minhas mãos por seu peitoral duro e meus dedos foram involuntariamente caminhando por seu abdômen até chegar em seu membro, apertei e ele soltou um gemido de prazer. Eu nunca tinha visto seu pau em ação antes e confesso que fiquei impressionado com o tamanho que ele ganhou quando excitado. Queria que ele tocasse o meu também, mas foi o único lugar que ele não ousou chegar perto e eu entendia seus motivos, era algo novo para ele e eu não queria forçar nada.

Ele beijava cada parte de meu pescoço e aquilo fazia meu corpo inteiro arrepiar, era meu ponto fraco.

- Seu cheiro é tão bom. - ele disse esfregando o nariz ali por alguns segundos.

Puxei seu rosto o deixando de frente para o meu e voltei a beijar sua boca. Os lábios dele eram tão macios e volumosos que era quase impossível querer parar de beijá-los. Eu conseguiria viver só com seus beijos.

Victor pediu que eu ficasse de costas para ele e assim o fiz. Estava com muito medo, mas ao mesmo tempo sentia uma necessidade tão grande de tê-lo junto a mim que não conseguia dizer não.

Ele passou a língua por toda a extensão de minhas costas até chegar na minha bunda.

Eu estava com vergonha e fiquei ainda mais quando ele levantou e acendeu a luz. Me cobri rapidamente com o lençol e desviei o olhar para teto.

- Ei, tá se cobrindo por que? - ele perguntou voltando para mim. - Vai dizer que você tem vergonha de mim...

- Apaga a luz por favor. - peço ainda sem olhar pra ele.

Ele não fez o que pedi. O olhei rapidamente e encontrei um sorrisinho bobo em seu rosto, o típico sorrinho de lado que ele sempre teve. Seus olhos estavam com um azul mais intenso, era um olhar de desejo, ele mal piscava, me encarava com uma vontade enorme de atacar.

- Tira essa coisa de cima de você, deixa eu te ver inteiro.

Fiz que não com a cabeça e ele puxou o lençol com força. Eu consegui segurar, mas ele continou puxando e eu cedi por não ter força para manter um cabo de guerra com ele.

Ele pulou em cima de mim e me beijou.

- Teu corpo é perfeito, Alexandre. A sua bunda é maravilhosa, perfeita, redondinha, grande, só é um pouco branquela! - ele diz rindo. - Nunca tinha percebido isso até hoje, nunca tinha percebido que te desejo desse jeito. Talvez todo esse cuidado que tenho com você desde que éramos moleques seja isso, eu te considero meu.

Eita! Eu estava hipnotizado por seus olhos. Aquilo estava indo por um caminho perigoso. Muitas revelações para um dia só.

- Vic...

- Não, deixa eu falar! - Disse colocando um dedo em minha boca. - Quero que você fique quieto aí, não fala nada, só vamos deixar acontecer, ok? Você quer, eu quero, então não tem motivo nenhum pra pararmos.

Aquilo me fez ficar calado. Ele estava certo, ambos queríamos e eu já não tinha mais forças para negar o desejo de sentí-lo.

O empurrei para o lado e ele deitou com os braços atrás da cabeça. Era uma visão e tanto. Ver um cara enorme, extremamente excitado, me olhando daquele jeito, fazia meu corpo estremecer.

Beijei sua coxa esquerda e ele mordia os lábios. Seu pau pulsava e eu sabia o que ele queria que eu fizesse. O coloquei na boca e ele fechou os olhos. O sorriso que eu amava estava lá, estampando em seu rosto, enquanto ele se contorcia com os movimentos que minha boca fazia em seu membro. Suas mãos vieram até minha cabeça e forçaram um pouco até que o senti por inteiro dentro de minha boca. Era uma tarefa difícil, mas eu consegui. Ele estava visivelmente adorando aquilo e minha excitação aumentava a cada instante.

Fiquei ali por um bom tempo até ele me puxar para mais um beijo.

- Se você quiser, eu ficaria feliz em estar dentro de você. - ele disse. - Mas, se você achar que é melhor não, eu vou entender. Você está conseguindo fazer algo que nenhuma das garotas com quem eu já transei conseguiu.

- O que? - pergunto com os olhos fechados.

Ele beija meu rosto e em seguida minha boca.

- Estou quase gozando e nenhuma garota conseguiu fazer isso só me chupando.

Abri os olhos e ele me encarava.

- Sou tão bom assim?

- Porra, bom é pouco, nem sei que palavra pode descrever isso aí que você faz com a boca. - disse fazendo cócegas na minha barriga e rindo.

Talvez ele estivesse certo, talvez não fosse o momento de ultrapassarmos aquela linha.

Não disse nada, apenas voltei a fazer "aquilo que eu fazia com a boca" e ele pareceu satisfeito.

Quando terminamos ele me abraçou sem dizer coisa alguma. Lá fora já estava amanhecendo e dentro daquele quarto de hotel algo tinha despertado e eu não sabia se seríamos capazes de resistir ao desejo de estarmos juntos intimamente novamente.

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UAUUUUUUUU. QUANTOS MEDOS, QUANTA VERGONHA, QUANTO DESEJO. NÃO É JUSTO RESISTIR.

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