Meu nome é João Rodrigues e moro com minha mãe. Meu pai se divorciou dela por não gostar muito das brigas que eles tinham. Isso aconteceu comigo pequeno ainda, aos meus dez anos, e desde então meu contato com meu pai é bem raso, praticamente mal nos falamos. Ele fez uma nova família e eu não o julgo por isso. Atualmente tenho dezesseis anos, próximo de fazer dezessete. Eu tenho uma altura relativamente normal, um metro e setenta e dois de altura e tenho o corpo nem gordo nem magricela. Um jovem normal, eu acho. Eu tenho o cabelo longo, batendo nos ombros, cacheados. Minha mãe sempre os elogia, e sempre apoiou eu ter cabelos longos. Minha mãe se chama Helena, uma mulher de quarenta e três anos. Diferente de mim, que tenho a pele negra em um tom claro, ela tem a pele branco. Seus cabelos batem um pouco depois dos ombros, negros como os meus. Ela tem o corpo magro e é um pouco mais alta que eu, com um metro e setenta e cinco, mas não duvido que eu ainda cresça e fique mais alto que ela.
Nós moramos em um apartamento bastante cômodo, nada extravagante mas ele é bastante confortável. Dois quartos, um banheiro, uma sala, cozinha, lavandeira. Eu estudo em uma escola relativamente perto de casa, há algumas quadras de distância. Estudo de manhã. Minha mãe quer que eu vá bem nos vestibulares futuros. Diz ela que me quer em uma boa faculdade. Ironicamente, ela não me quer em coisas esperadas como advocacia, medicina e essas grandes coisas. Ela me quer arquiteto. Se bem que isso também é bem comum. Ela adora me imaginar de terno e as vezes me faz provar alguns só pra idealizar o momento que eu me formar.
Eu acordo em um dia comum, cedo, com o despertador tocando e eu rapidamente me levantando para desligá-lo. Eu fico um tempo sentado na cama, refletindo sobre nada. Eu bocejo e me levanta, indo até o banheiro. Eu aperto a maçaneta e quando empurro-a, sinto a trava.
— Mãe? — eu pergunto.
— Oi Jo, já acordou, é? — ela fala, atrás da porta, a voz um pouco assustada. — Bom dia querido.
— Desculpe se a assustei, eu vou indo fazer café então — eu resmungo indo para a cozinha.
Eu coloco a água para ferver e pego o pote com o pó de café, o açucareiro e também já separo duas xícaras. Pego o saco com o pão e deixo-o sobre o balcão da cozinha e preparo tanto um sanduíche simples para mim e minha mãe como também já faço dois para comer no intervalo da escola. Ouço a porta do banheiro se abrir e passos vindo até a mesa, e olho para trás e vejo minha mãe em um pijama, sentada a mesa bocejando. Eu sorrio.
— Bom dia, mãe. Dormiu bem? — eu indago.
Ela acena com a cabeça e eu levo o prato com o sanduíche dela, avisando que o café logo sai. Tomamos um café junto, comigo indo em seguida ao banheiro. Eu me arrumo para a escola, prendendo o cabelo com um arco, para tirá-lo do rosto. Minha mãe coloca dois sacos de lixo próximos a porta, para que eu os leve, e sorri me olhando.
— Tenha um bom dia, Jo — ela diz, com a voz macia. — Seu café estava ótimo, como sempre.
Eu sorrio feliz e a abraço. Gosto de fazer café. Gosto do cheiro dele. Gosto de todo o processo dele. Esquentar a água, colocar o pó, sentir o cheiro dele se espalhando. Se pudesse eu abriria uma cafeteria mas tenho medo da reação de minha mãe. Ela reage mal quando é contrariada e rapidamente pode explodir. Por isso meu pai pulou fora. Ele não gostava das brigas. Eu também não sou fã delas. Gosto da calma e por isso talvez aprendi a me dobrar as coisas. Não tem um ditado sobre a folha que se dobra ao vento e por isso não se quebra? Talvez eu tenha um pouco disso em mim.
No caminho para a escola, eu vejo uma amiga minha, Tatiane, e aceno para ela, do outro lado da rua. Tiro um fone de ouvido e vejo-a se aproximar de mim, me dando um abraço.
— Bom dia, João — ela diz, bastante alegre.
Tatiane é mais baixa que eu, e no abraço, seus um metro e sessenta fazem ela ficar no meu peito. Ela tem o cabelo pintado de laranja, presos num rabo de cavalo e com um pequena franja. Ela tem sardinhas no rosto, que considero bastante bonitas. E piercings, ela gosta bastante deles. Tem vários. Na boca, nariz, orelhas. Diz ela que quer por mais. Vamos conversando durante o caminho, sobre escola, matérias do dia e as besteiras do dia a dia. Ela é alguém bastante animada, bastante doce também. Eu já pensei em chamá-la para sair mas é sempre algo tão estranho de pedir. O medo de isso estragar a amizade ou deixá-la estranho. Eu nunca fui de sair muito. Mal tive muitos beijos. Digo, tive selinhos e essas coisas, mas beijo beijo? Nada. Sempre fui alguém muito caseiro e simples. Vou pra escola, volto para ela. Leio algo, limpo a casa, estudo, assisto.
Chegamos na escola e caminhamos até um lugar para esperar o sinal para entrarmos na sala. Logo outras pessoas que andam conosco chegam, um garoto alto, negro e forte chamado Carlos, um garoto com leves traços asiáticos chamado Felipe e uma garota de cabelo curtinho e repicado que se chama Ana. A gente fica conversando e eu vejo duas pessoas que tenho problemas passando. Uma garota chamada Natalie e um garoto, que a segue, chamado Tiago. Ambos vivem fazendo piadinhas com Ana e Tati, e as vezes até comigo. Natalie cruza olhares comigo e eu engulo em seco, desviando o olhar para meus amigos. Ela sorriu de um jeito que eu não gostei. Que eu não gosto.
O sinal toca e subimos até nossa sala, que fica no último andar do bloco. Quatro lances de escada nos levam até nossa sala, com Tati reclamando que subir essas escadas é sempre um saco. Ana bufa.
— Poxa Tati, força aí. Fazer um exercício matinal, pô — Ana fala dando dois tapinhas nas costas da amiga.
Felipe e eu rimos disso, com Carlos, um tanto mais estoico, apenas expressando um leve sorriso com isso.
— Qual a primeira aula de hoje mesmo? — eu resmungo, cansado.
— Matemática — Carlos responde, sua voz é sempre em um mono-tom calmo e baixo. — As duas primeiras vão ser matemática.
Eu e Felipe tristemente reagimos a isso com suspiros. As primeiras grandes aulas passam sem grandes detalhes. Eu tento vencer o sono durante elas e me manter atento na matéria. Tati, que senta a minha direita, está desenhando em seu caderno. Felipe, a esquerda, está girando o lápis entre seus dedos da mão observando a aula. Carlos deve estar ou cochilando ou anotando a matéria vagarosamente, e não tenho como ter certeza, ele senta atrás de mim. Ana por sua vez está atenta a matéria, seu pé batucando o chão inquietamente. Eu olho para frente e no canto do olho vejo Natalie olhando para mim. Ela percebe e sorri pra mim. Eu engulo em seco e foco na olha.
Durante o intervalo, Tiago passa pelo meu grupo, que calmamente comia, e esbarra com força em Tatiane, que solta um gritinho, se atrapalhando toda. O pulso de Tiago é puxado com força por Ana.
— Que porra foi essa, seu nóia? — ela braveja.
Tiago, por um momento assustado, ri.
— Ops, foi sem querer — ele sorri, quase que em provocação.
Tiago não era muito mais alto que eu. E definitivamente era menor que Carlos, que dá um passo a frente, encarando o garoto. Tiago tem uma barba rala crescendo no queixo e um pouco de bigode. Seu sorriso se amarela e eu vejo ele engolir em seco. Carlos é alguém com um metro e oitenta e dois, tem lábios e braços grossos. Geralmente um pouco do cabelo que é um pouco grande, castanho e ondulado, está caindo em seu rosto.
— Peça desculpas — Carlos diz. — E tire esse sorriso idiota do rosto.
Tiago gagueja um pouco.
— Desculpe.
— Agora xispa daqui — Felipe fala, irritado mas tentando disfarçar isso.
— Tá tudo bem, Tati? — eu pergunto, preocupado.
Ela assente a cabeça, fazendo que sim, e suspiramos aliviados.
— Aquele Tiago é um pé no saco. Pior que os filhinhos de papai da nossa sala, só ele e a Natalie — Ana fala, irritada.
— Bom, se for parar pra pensar, a Natalie é filhinha de papai — Felipe comenta. — Tiago é só o lambe bota dela.
Felipe também vinha de uma família mais privilegiada, mas ele não era arrogante por causa disso. Ele é um garoto bastante amigável e divertido, apenas as vezes não sabe ficar sério. Ele tem o cabelo curto, escuro e uso óculos redondos. Ele é um pouco mais alto que eu, mas bem pouco. Se duvidar é mais coisa do tênis que ele usa. O tempo passa sem nada de grande, e estou voltando para casa com Tati do meu lado.
— Queria ter coragem de meter a boca naqueles dois — Tati comenta, quebrando um silêncio enquanto andamos.
— Como assim? — pergunto confuso.
— Da Natalie e do Tiago. Queria só fazer eles calarem a boca. Não aguento mais os dois — ela explica, com um pouco de irritação na voz.
Tati costuma chorar quando fica irritada demais. “Minha raiva esbarra no canal lagrimal”, ela costuma dizer, rindo. Eu paro no cruzamento onde nos despedimos e ela me dá um abraço forte, demorando um pouco mais para soltar.
— Se cuida, tá bom? — ela sussurra e dá um beijo estalado na minha bochecha. — Manda mensagem quando chegar.
Ela atravessa a rua e eu sorrio abobado vendo-a ir. Continuo andando para o condomínio, entrando nele e vendo uma vizinha, da minha idade, chegando colégio junto comigo. Julia o nome dela. Ela me vê chegar e segura o portão para mim.
— Obrigado! — eu falo, apressando o passo e segurando a porta.
— De nada — ela sorri. — Colégio foi como?
Dou os ombros.
— Mesma coisa de sempre. Gente empurrando coisa pra dentro da minha cabeça para eu fazer uma prova um dia e esquecer tudo depois — eu resmungo.
Ela solta um risinho.
— E como foi o seu? — pergunto.
— Ah, foi bom. Nada demais, mas foi bom. Pelo menos agora posso chegar e ficar de boa. Tu tá no último ano né?
Eu faço que sim com a cabeça, caminhando junto dela, até meu bloco.
— Pensa em fazer o que? — Julia olha para mim.
Eu fico pensativo. O cheiro do café percorre minha mente.
— Arquitetura.
— Uh, daora. Básico, mas interessante. Dá dinheiro — ela ri.
Eu solto um riso.
— Eu ainda tenho um ano para pensar nisso — Julia fala. — Não tenho a menor ideia, entretanto.
Eu chego na entrada do meu bloco, o quarto, e me despeço dela, que acena para mim. Eu poderia pegar o elevador, mas tem algo em subir as escadas que me faz bem. Chegando no sexto andar, eu tiro as chaves e entro no apartamento. Mudo de roupa. Almoço. Limpo a louça. Limpo a casa. Estudo, faço dever de casa e deito na cama, mandando mensagem para Tati.
“Perdão, já cheguei faz tempo mas esqueci da mensagem”, eu envio.
“Poxa vida”, ela manda, junto de uma carinha triste. “Pelo menos lembrou.”
“Cheguei cansado e com fome, daí sabe como é”, eu mando e fecho os olhos, pensando no beijo.
Foi só um beijo na bochecha. Não tem porque fantasiar com isso. Mas que foi bom, foi. Eu me levanto da cama e vou para a sala, jogar um pouco de videogame para levar a cabeça para longe. Minha mãe trabalha em uma agência de consultoria. Ela ganha bem e parece não ter problemas com o trabalho. Chegava geralmente as dezoito horas, as vezes as vinte. Olho para o relógio do celular: são dezessete e vinte e cinco. Me espreguiço e pergunto que horas ela chega. Ela escreve que talvez as dezenove. Eu deixo a mesa de café pronta, preparando o café e deixando em uma garrafa térmica. Pego uma muda de roupas e vou para o banho. Enquanto me levo, começo a pensar em Tatiane. Em seus lábios. No corpo dela. Imagino ela ali comigo, me beijando. O corpo nu dela. Imagino poder lavar as costas dela, poder abraçá-la debaixo da água e beijar seu pescoço lentamente, meus braços enroscados em sua cintura e meu corpo encaixado no dela. Penso na textura da pele dela. No quão macio deve ser seu corpo. Como será que ela geme? Se ela tenta conter o gemido ou se ela apenas deixa isso sair a vontade.
Sinto meu corpo tremer imaginando isso tudo. Meu coração batendo forte. Meu pau duro e eu inevitavelmente masturbando ele. Eu ouço uma batida na porta e isso me tira de meus pensamentos.
— Jo? Já cheguei — eu ouço minha mãe dizer.
Eu me assusto.
— Oi, mamãe! Já saio do banho — eu falo, com a voz um pouco trêmula.
Eu nervosamente termino de me lavar, meu pinto demorando para amolecer, os pensamentos ainda borbulhando na minha cabeça, frescos. Eu saio do box e me enxugo, tentando tirar aquilo da minha cabeça. Ele fica meia bomba e isso basta para conseguir disfarçar até ir pro quarto. Eu pego a muda de roupa e enrolo a toalha no pescoço. Abro a porta e acabo esbarrando com minha mãe.
— Mãe? Ai, perdão — eu exclamo, assustado.
Minha mãe cambaleia um pouco, respirando fundo e me olha, erguendo a sobrancelha.
— Tome cuidado, Jo — ela me olha em silêncio por um tempo. — Está tudo bem?
Eu faço que sim com a cabeça, me apressando para ir para o quarto. Ela segura meu pulso.
— Responda direito — ela diz de forma suavemente irritada. Eu aprendi a reconhecer os tons de voz dela.
Eu engulo em seco.
— Está sim, mãe. Só notei que demorei um pouco demais no banho e... Bem, perdão pelo esbarro — eu respondo, ainda um pouco nervoso.
Os olhos da minha mãe me analisam, desconfiados.
— Deixa que eu levo a roupa para a lavanderia. Tava indo pra lá — ela estendendo as mãos.
Eu não queria dar as roupas. Estava usando de escudo justamente pra ocultar a ereção. Só que se eu recusasse, ela poderia ficar irritada. Deve ter tido um dia difícil. Eu entrego a contragosto. Ela solta uma risadinha ao perceber o motivo e eu desvio o olhar.
— Poxa, Jo, esse tipo de coisa é normal pra sua idade. Agora entendi o nervosismo — ela ri. — Não precisa ter vergonha não. Fico feliz de ver que meu filho tá se desenvolvendo bem.
Ela olha para o volume por alguns segundos a mais do que sinto que deveria e sinto o nervosismo atravessar meu corpo todo. Ela volta os olhos até os mesmo, passando a mão pelos meus cabelos.
— Tá hidratando os cabelos como eu falei? — ela pergunta.
— Sim, mãe — eu respondo.
Minha mãe sempre me ensinava a fundo como cuidar do cabelo e comprar coisas para ajudar com ele.
— Que bom, ele é tão lindo — ela fala. — Você está se tornando um homem lindo, Jo. Fico feliz de ver isso.
Ela diz isso e a mão que antes alisava meu cabelo, desce pelo meu peito e toca meu pinto sobre a calça de moletom. Sinto um frio tomar conta de minha barriga. O olhar de minha mãe abaixa para o que sua mão toca, com um sorriso calmo. Ela passa o dedo sutilmente por ele, indo da base até a cabeça mais de uma vez e então tocando com a mão toda, apalpando-o e punhetando ele um pouco, para frente e para trás. Seu toque vai de leve para firme, segurando meu pau com vontade, mesmo através do tecido do moletom. Seu olhar é de pura concentração.
— Mãe? — eu pergunto assustado.
Ela não parece me ouvir, prestar atenção no que falo, se agachando e tirando minha calça com um breve puxão. Ela olha meu pau de perto, como se inspecionasse ele. Então sua boca se abre e, sem cerimônia, o engole. Coloca todo meu pau em sua boca, chupando com força. Eu sinto a força nas minhas pernas cederem, o prazer percorre meu corpo todo, acariciando meu cérebro e fazendo eu revirar um pouco os olhos. O calor e a umidade de seu boca. Sua língua passando pelo meu pau. A força que ela faz chupando ele. Ela tira da boca e se levanta, erguendo minha calça e bagunçando meu cabelo, casualmente.
— Bom trabalho, filho. Continue assim — ela diz, tranquilamente e vai para a lavanderia.
Eu fico alguns segundos ali, estático. Meu pau pulsa de tesão e eu sinto essa pulsação se espalhando no meu corpo todo. Eu engulo em seco e vou para meu quarto, encostando a porta. Minha cabeça tenta entender o que aconteceu. Tenta entender se aquilo de fato aconteceu. E minha mão vai até meu pau, massageando-o. Aquilo foi genuinamente bom. Fico confuso. Não tenho coragem de contar isso nem pra Tati, nem para Felipe, meus amigos mais próximos. Minha cabeça pensa a ponto de doer um pouco.
Não quero sair do quarto porque não sei o que fazer em relação ao que houve. Não sei como olhar e interagir com minha mãe depois daquilo. Ouço seus passos pela casa e escuto ela entrar no banho. Eu saio do quarto e passo pela porta do banheiro, sentindo uma vontade de entrar. Sacudo a cabeça e vou para a cozinha, beber um pouco de água, enchendo uma garrafinha, e pegando uma xícara de café.
Retorno ao meu quarto e penso e penso no que fazer, colocando fones e tentando jogar algo nele, para ver se tiro minha cabeça daquilo. Uma parte minha quer mais daquilo. Uma parte minha queria mais daquele boquete. Queria ter ido até o fim. Eu fecho os olhos em reclino na cadeira, me espreguiçando.
“Melhor esquecer isso” eu penso.
As horas passam e minha mãe bate na porta.
— Hora do jantar, Jo. Vem comer. — Eu ouço através da porta.
Eu tiro os fones e sinto medo. O que faria? O que iria acontecer? Devo agir normalmente? Fingir que não aconteceu? O que fazer? Eu sinto meu coração se agitar e só consigo falar:
— Já vou.
Eu me levanto e respiro fundo. Aquilo deve ter sido... Algo. Mas não deve ser... Algo. É só eu agir como se nada tivesse acontecido. Isso, é só eu fazer isso. Respiro fundo e saio do quarto, indo para o corredor e do corredor até a sala. Eu vejo a mesa arrumada. O cheiro da comida é boa. E eu nem reparei no quanto eu estava com fome. Eu olho minha mãe, na cozinha, com um prato em mãos. Ela está com uma camisola curta. De camurça. Meio transparente. E uma lingerie preta.
— Tá como de fome? — ela pergunta, casualmente.
Eu tento responder mas nada concreto sai de minha boca. Minha mãe apenas ri.
— Venha fazer seu prato então, mas não coma demais. Dormir de barriga cheia demais faz mal — ela fala.
Minha mãe caminha na minha direção e coloca seu prato na mesa. Ela puxa a cadeira e antes de se sentar gruda seu corpo na lateral do meu. Sua respiração no meu pescoço. Sua mão entra dentro da minha calça e segura meu pau. Duro. Minha mãe ri baixinho.
— Vá comer, Jo — ela sussurra na minha orelha e passa a ponta da língua no lóbulo dela.