Contam que em uma vila próxima de Atenas morava um oleiro, ex-escravo e agora cliente cujo nome era Lucas; tinha uma vida próspera e feliz ao lado de sua esposa Herculana, que além de companheira também o ajudava em seu trabalho, colhendo palha e lama para cerâmica. O fruto dessa união cheia de amor fez brotar uma semente …, uma filha. Infelizmente, Herculana veio a falecer ao dar a luz a pequena que recebera o nome de Harmonia.
Após um tempo para cicatrizar as feridas, Lucas retomou sua vida, porém tendo agora um cuidado especial em sua vida: a filha; temente aos deuses, ele acreditava que a filha fora uma dádiva para apaziguar seu sofrimento pela perda da esposa, como também uma nova razão para todo o amor que trazia dentro de si.
Assim, Harmonia cresceu em um ambiente de amor, carinho e dedicação; muito precocemente, ela mostrou habilidades no manejo da harpa, instrumento que ganhara do pai comprado em uma feira em Atenas. A mulher que o assediara para o adquirir, afirmou categoricamente que sua filha não apenas se apaixonaria por ele como demonstraria sua virtude musical. E isso ficou comprovado ante os olhos enamorados de um pai dedicado.
Por onde passava, Harmonia encantava a todos com a música que extraía das cordas da harpa, conquistando admiradores e recebendo retribuições quer fosse em dinheiro, quer fosse em algum bem de valor. No início, seu pai recusava-se a aceitar os mimos, mas ao longo do tempo percebeu que a naturalidade com que as pessoas encantadas pela música da filha, almejavam retribuir de alguma forma, ele cedeu, permitindo que a filha os aceitasse.
Com o passar dos anos, Harmonia tornou-se uma jovem belíssima, exalando uma sensualidade inata que nascia em seu olhar e preponderava em suas formas exuberantes. A partir de então, a cobiça masculina passou a fazer parte de seu cotidiano, com galanteios e cortejos dos mais variados, desde homens muito jovens até mesmo aqueles para os quais a idade já pesava sobre os ombros.
Lucas, o pai, a tudo vigiava, procurando afastar importunadores e rechaçando aqueles cujo interesse era apenas carnal; ele nutria enorme orgulho pela beleza arrebatadora da filha, mas também carregava consigo uma enorme carga de ciúmes; era algo inexplicável para um pai, mas Lucas não se preocupava com esse sentimento já que, para ele, o importante era a felicidade de Harmonia.
Tinha em mente que no momento certo ela encontraria o homem certo para compartilhar uma existência com amor, carinho e dedicação; por enquanto, bastava que ela apreciasse a vida. Entretanto, haviam perigos que Lucas desconhecia e que espreitavam sua filha diuturnamente. E o alerta veio de uma maneira inesperada.
Certa manhã, vagando por uma floresta situada nos arredores, em busca de caça para alimentação, ouviu uma lamúria dolorosa que mais se parecia com grunhidos animalescos de dor. Temeroso, mas preocupado foi no encalço da origem de tais lamúrias.
Adentrando mais na floresta, acabou por chegar a uma pequena clareira com pedras cobertas de relva verde onde viu um Centauro (meio homem, meio cavalo); a criatura estava deitada de lado com uma das patas para cima que apresentava um pequeno ferimento. Lucas aproximou-se com cuidado e ofereceu para ajudar. O Centauro, inicialmente, mostrou-se indócil, mas percebendo a aura benevolente do oleiro, aceitou sua ajuda.
Com algumas ervas que costumava trazer em sua bolsa de couro e um pouco de óleo de cânfora, Lucas fez um emplastro, aplicando-o sobre a região e depois enfaixando com um pedaço de tecido que rasgara de sua própria túnica; em seguida, fez uma tala improvisada o que permitiu que a criatura ficasse em pé.
-Agradeço-te pela gentileza, Lucas, o oleiro – disse o Centauro com tom solene e profundo – Em troca dou-te um aviso: cuida bem de tua filha …, muitos cobiçam Harmonia por sua beleza e também por sua virtude …, homens com desejos libidinosos conspiram com Sátiros para abduzi-la …
-Sei que Centauros são sábios – interrompeu o oleiro com tom ansioso – Mas, como posso agir contra esse conluio do mal?
-Para os Sátiros é muito simples – respondeu a criatura, apiedando-se da preocupação paterna – Dê-lhes vinho em nome de Baco e eles irão embora …, quanto aos homens …, estes somente se afastarão se souberem que tua Harmonia tem olhos apenas para ti …
Antes que Lucas pudesse perguntar mais alguma coisa, a criatura sentindo-se recuperada saltou para além da clareira desaparecendo com rapidez; e lá ficou o oleiro, tentando compreender o que a entidade semi-humana lhe dissera com suas últimas palavras.
Naquela mesma tarde, Lucas clamou pela deusa Héstia suplicando que ela o ajudasse; subitamente, uma mensageira da deusa se fez presente; Lucas pediu que sua casa e sua filha fossem protegidas enquanto ele empreendia uma viagem até Atenas em busca de orientação pelo que lhe afligia; a mensageira curvou-se e disse que ele fosse em paz, pois seu lar e sua filha seriam preservados do mal. Após agradecer e sem perder tempo, ele selou sua montaria e cavalgou em direção à cidade.
Chegou lá quase no início da noite e dirigiu-se para a casa de Tirésias, o sábio cego que acolhia todos aqueles que lhe procuravam; foi muito bem recebido e após uma breve refeição, Lucas contou-lhe o que o Centauro havia lhe dito; o sábio meditou por alguns minutos, findos os quais, ele vaticinou:
-Uma mulher somente tem olhos para um único homem, quando este a toma para si além do desejo e além da cobiça carnal …, agora vá, pois é tudo que tenho a dizer-te!
Tão preocupado estava que Lucas não pernoitou na cidade, tomando sua montaria e retornando para sua casa. As palavras de Tirésias ecoavam em sua mente, reverberando em seu coração …, se ele bem entendera, havia apenas uma maneira de proteger sua filha do inevitável.
Agradeceu à mensageira pela vigília e assim que ela desapareceu em um halo de luz avermelhada, Lucas entrou em sua casa, rumando para o quarto de Harmonia; abriu a porta do rústico aposento observando seu interior que estava iluminado por duas lamparinas a óleo cuja chama bruxuleante concedia um ar etéreo ao ambiente.
Harmonia jazia em sua cama, adormecida; com cuidado, ele se aproximou da cama e sentou-se na beirada; permaneceu ali, silencioso e imóvel, como que velando o sono de sua filha. “Papai …, é você? Aconteceu alguma coisa?”, perguntou a jovem de súbito, voltando-se para Lucas e mirando seu rosto. Lucas não conseguia verbalizar seus sentimentos enquanto duas lágrimas solitárias escorriam de seus olhos.
Num rompante, ele se levantou e caminhou em direção da porta, afastando-se da filha; Harmonia, imediatamente, levantou-se e chamou por ele; voltando seu olhar na direção dela, Lucas vislumbrou a nudez atordoante de Harmonia, e seu corpo correspondeu ao que via, libertando uma excitação que o tomou de assalto.
Sem saber o que fazer, Lucas permaneceu onde estava sem tirar os olhos da filha e percebendo que sua excitação já germinava efeitos entre suas pernas. A jovem caminhou até o pai e o abraçou com uma ternura inquietante. Lucas a envolveu em seus braços, sentindo a pele quente e aveludada em suas mãos e aspirando o aroma de jasmim que exalava.
Um primeiro beijo acanhado foi a consequência inevitável depois de uma troca de olhares tórridos que diziam mais que mil palavras. E depois do primeiro, outros ainda mais voluptuosos vieram em uma torrente incontrolável que envolvia pai e filha. Lucas tocou as mamas firmes coroadas por mamilos intumescidos sentindo um arrepio percorrer sua pele.
Carinhosamente, deitou a boca sobre cada um deles, ora lambendo, ora sugando como se fossem frutas maduras esperando pela doce colheita; Harmonia gemeu baixinho enquanto acariciava os cabelos de seu pai, segurando sua cabeça entre suas mamas e ansiando por mais carinho da boca ávida do homem que a tinha nos braços. Em dado instante, Lucas a tomou no colo e levou-a para a cama.
-Não, papai! Aqui não! – disse ela em tom sussurrante – Sempre imaginei a ti me entregando …, mas quero que isso aconteça na tua cama …, que depois de consumado, será a nossa cama!
Um tanto atônito com as palavras da filha, porém sentindo nelas uma doce sinceridade, Lucas deu meia-volta e seguiu para o seu quarto; cuidadosamente, ele a colocou sobre a cama que outrora fora o reduto amoroso dele com sua Herculana; resignou-se com a vontade do destino, despindo-se e mostrando sua nudez viril para a filha, cujo olhar penetrante constituía a exaltação do desejo nutrido por ela.
Deitando-se ao seu lado, Lucas a abraçou para mais uma sucessão de beijos e carícias numa entrega irrestrita de desejo e excitação. Ele tornou a saborear os seios da filha, que por sua vez, manipulava o membro rijo, examinando sua forma e dimensões.
Harmonia confessou em tom ingênuo que ardia de desejo por seu pai, mas sua inexperiência a impedia de tomar as rédeas do momento, pedindo que ele mostrasse a ela como ambos consumariam seu ímpeto naquele momento; Lucas mirou o rosto da filha e sorriu com carinho. Ele, então, subiu sobre ela, cobrindo-a com seu corpo e pedindo que ela apenas sentisse a energia do contato.
Lucas pôde sentir a vibração no corpo de Harmonia como perfeita correspondência ao que ele sentia; com movimentos sutis, Lucas fez com que seu membro roçasse entre as pernas de sua filha, chegando a esfregá-lo na região pubiana; a reação de Harmonia foi imediata; ela contorceu-se delicadamente, abrindo um pouco mais as pernas, ensejando permitir que o falo paterno atingisse sua vulva.
Olhando fixamente para o rosto da filha, Lucas arremeteu com a glande, pressionando a pequena gruta até romper a resistência; Harmonia estremeceu e mordeu os lábios, denotando que aquele gestou causara-lhe alguma dor. O pai, imediatamente, tentou recuar, mas a filha o impediu, segurando-o pela cintura.
-Mas, estou te machucando, meu amor! – comentou ele com tom preocupado.
-Sim, papai …, está! – ela respondeu com tom hesitante – Mas não quero que recues …, faça o que precisa ser feito!
Observando o semblante dócil e receptivo de Harmonia, Lucas seguiu em frente, compelindo seu membro para dentro da gruta quente que já mostrava sinais de uma frágil umidade; ao concluir o doce percurso, o homem quedou-se imóvel, sentindo a plenitude de seu gesto e sorrindo para a filha que lhe retribuía com mais sorrisos.
Não tardou para que ele desse início a movimentos pélvicos, recuando e avançando seu membro em direção ao regaço da filha cuja expressão deixava evidente que a sensação de dor fora substituída por imenso prazer; Harmonia segurou os ombros do pai e o enlaçou com suas pernas, abrindo-se de tal modo que a penetração tornou-se ainda mais profunda …
E como fruto da cópula indômita, Harmonia experimentou sua primeira fruição que a fez gemer apertando os ombros do pai e suplicando que ele a beijasse; Lucas selou os lábios de sua filha e eles se beijaram enquanto os movimentos se sucediam em uma espiral crescente acentuada pelo prazer que a jovem sentia a cada nova exultação que sacudia seu corpo, agora tomado pelo ritmo frenético do falo masculino.
Atingindo os limites de seu corpo, Lucas pressentiu que seu orgasmo se avizinhava; temendo causar efeitos indesejados em sua filha, ele a alertou que não podia esgotar-se dentro dela …, Harmonia apertou as pernas em torno da cintura do pai, puxando-a ainda mais para si. Lucas encarou o rosto de sua filha demonstrando sua incompreensão com o gesto.
-Sou tua filha …, e agora também sua mulher …, não hesite! Apenas faça! – disse ela em tom resoluto.
Entregando-se à concupiscência que teimava em obliterar sua mente, Lucas acelerou os movimentos, até que um espasmo escorchante fez seus músculos se contraírem para em seguida uma onda interior subir até explodir caudalosamente em uma onda quente, fluindo de seu corpo para o corpo de Harmonia. Ao sentir-se colmatada pelo fluído viscoso que lhe preenchera por completo, a jovem soltou um grito elanguescido acabando por pronunciar o nome do pai e parecendo desfalecer subitamente.
Ambos respiravam com imensa dificuldade, e Lucas preocupava-se com o torpor que assolara corpo e mente de Harmonia, temendo que, mais uma vez, ele pudesse perder a única coisa pela qual valia a pena viver …, todavia, Harmonia entreabriu os olhinhos, sorrindo para seu pai.
-Pai! Meu Pai! Fizeste-me tua! Enchestes meu corpo e minha alma de júbilo e plenitude! – disse ela com tom alegre e entre sorrisos.
Lucas deitou-se ao lado da filha que voltou-se para ele cingindo seu corpo com um abraço; e em poucos minutos, vencidos pela exaustão e também por uma doce sonolência, eles caíram em um adormecimento profundo.
Algumas horas depois, Lucas foi acordado pelas carícias e beijos de Harmonia; ela beijou seus lábios, desceu até o peito, sugando seus mamilos e ouvindo-o gemer baixinho; a jovem não se deteve até chegar ao ventre do pai passando a beijar e lamber o membro cuja reação viril foi imediata, apresentando-se em uma ereção pujante.
Harmonia fitou o rosto de Lucas antes de ter o membro em sua boca; primeiro o saboreou com a ponta da língua, percorrendo toda a sua extensão, detendo-se sobre a glande a qual envolveu em seus lábios, apertando-a carinhosamente; a reação de Lucas foi sintomática, ora gemendo, ora suspirando enquanto acariciava os cabelos sedosos da filha.
Por fim, Harmonia ousou ainda mais, fazendo o falo desaparecer dentro de sua boca, sugando-o com uma volúpia incontrolável; aquele carinho íntimo impactou Lucas de tal forma que ele não reteve o ímpeto em fazer com que sua filha viesse sobre ele de tal modo que também sua boca pudesse saciar-se no sexo dela que já vertia copiosamente.
Esse idílio feito de plena oralidade perdurou por quase toda a manhã e somente cessou porque a jovem tinhas outras pretensões a realizar; com movimentos ágeis, Harmonia colocou-se sentada sobre peito do pai; eles se entreolhavam ainda imersos em ardor; ela inclinou seu corpo, oferecendo sua gruta como um cálice cujo conteúdo ansiava por ver-se saboreado pela boca ainda ávida do pai, que não recusou-se em apreciar a oportunidade.
A impetuosidade de Harmonia somente se confrontava com sua delicada doçura que acentuava sua feminilidade oferecendo-se a Lucas com irrestrito desejo de pertencimento. Em dado momento, a jovem recuou, sentando-se sobre o ventre do pai, passando a roçar sua vulva e também suas nádegas sobre o membro rijo e pulsante que parecia exercer sobre ela enorme ansiedade.
Em breve, Harmonia cavalgava Lucas, recebendo sua impetuosidade dentro de si, preenchendo-a em perfeita sincronia; a jovem subia e descia, fazendo com que sua gruta acolhesse e rechaçasse o falo, causando uma sofreguidão frenética que crescia no mesmo ritmo em que avançava a ansiedade de ver-se totalmente entregue ao seu pai, agora seu homem.
Mais uma vez, o gozo fluiu mutuamente, tornando Harmonia e Lucas um único ser repleto de desejo e saciado de prazer. Tomados por uma renovada exaustão, o casal dormitou por algum tempo; mais tarde, naquele mesmo dia, retomaram seu cotidiano, porém sabedores de que, a partir de então nada seria como antes.
Trabalhando em sua oficina, Lucas sentia um remorso correr-lhe a alma deixando-o um tanto transtornado com tudo o que acontecera entre ele e sua filha. “Como pude fazer isso? Fiz minha filha perder sua virtude!”, remoía ele em seu interior.
-Isso não é verdade, oleiro – disse uma voz rouca e solene – O que tu fizeste foi o que o destino e os deuses assim conjuraram …, a virtude da inocência de Harmonia deu lugar à virtude do amor incondicional que apenas pai e filha comungam com perfeição!
Lucas olhou para a porta e viu a imponente figura do Centauro, que o encarava com um olhar cheio de determinação. “Jamais se arrependa …, apenas regojize-se, pois desde já tens duplo compromisso com aquela jovem …, protegê-la como pai e zelar por sua felicidade como mulher!”, arrematou a criatura mítica, dando as costas e partindo em acelerado galope.
Naquela mesma tarde, Lucas construiu um caramanchão, ornando-o com pequenas flores silvestres; tomou sua filha pelas mãos e levou-a ao lago próximo onde ambos se banharam pedindo a graça da deusa Héstia; uma mensageira surgiu levitando sobre as águas e sorriu para eles. Entre as mãos, fez surgir uma rosa vermelha e outra branca, entregando-as ao casal. “Guardem esse mimo que representa o ardente e infindável desejo carnal e a união que jamais será corrompida! Assim digo em nome de Héstia!”, vaticinou a mensageira desaparecendo em seguida.
E sobre o caramanchão, deitados em uma cama de palha seca, cobertos apenas pelo véu da noite, Lucas e Harmonia confirmaram seu desejo de permanecerem juntos pela eternidade. Envolvendo-a como uma concha, Lucas fez Harmonia sentir seu ímpeto viril vibrar entre suas nádegas enquanto beijava ardentemente seu pescoço e sua nuca. A jovem tremelicava experimentando saborosas ondas de prazer que a deixavam a mercê do seu homem.
Ao final, a entrega se deu com o falo rijo do macho penetrando as carnes da fêmea e concedendo uma sucessão irrefreada de gozos quentes, úmidos e intensos que prolongaram-se noite adentro, em plena realização virtuosa do desejo e do amor entre pai e filha, entre um homem e uma mulher.
E não muito longe dali, o Centauro apenas observava em silêncio; sorriu para si mesmo, satisfeito com a prenda que aquela união representava; subiu os olhos para o firmamento e agradeceu aos deuses.