Fala, mulekada, susse?
Novamente agradeço por repercutirem tanto essa história. Vcs são Top!!
Este cap é menor que os outros porque os dois últimos serão um tiquinho maior rsrsrs e eu n quero abusar de vcs
Bora pra leitura? Já eh!
Capítulo 4
Cleiton era aquele tipo de cara que sabia deixar você louco de prazer apenas com um toque suave, e isso era gostoso demais. Com aqueles seus apertos envolventes, ele estava conseguindo dobrar os limites que eu me havia imposto a vida toda e me excitar completamente. Após tirar minhas roupas, a respiração dele e a quentura do quarto – talvez devido aos efeitos da maconha – foram virando uma loucura. Era como se o mundo lá fora não existisse, só nós dois...
Eu estava recebendo o beijo mais apaixonado da minha vida, e eu tremia com aquilo. Mas tudo ali desandou no espaço de um pensamento. Leonardo me veio à mente, fazendo-me aos poucos voltar do transe. Sei o que estão pensando. Que minha devoção era tóxica e que minha amizade com o Léo só me fazia mal! Cara, tudo o que eu mais queria era poder dar a Cleiton aquilo que ele queria com tanta sofreguidão, mas eu não conseguia imaginar ninguém além do Léo possuindo-me. Só quem já amou sem ser amado sabe como isso nos corrói de várias formas por dentro.
– Vira! – ouvi o sussurro que me desconcertou.
– Cleiton, não sou passivo, cara. – murmurei.
– Seja pra mim hoje, vai, por favor.
– Não... a gente sarra e goza juntos, beleza?
Cleiton se afastou e ficou meio sem reação.
– Bruno, relaxa... Se vira pra mim, que eu vou só sarrar em você, então. – pediu-me com uma voz lasciva.
– Fica só nisso, cara. Não mete.
– Confia.
Deitei-me de bruços, ainda com as nádegas contraídas, eu estava tenso. Ele beijou minha nuca e passou a lamber cada parte das minhas costas até chegar na bunda. Mordiscou-a com tanta fome que pude sentir sua saliva escorrer por minha pele. Cleiton tinha dentes de lobo, famintos e afiados, que sabiam abrir caminho e onde cravar a dentada mortal da volúpia.
Tentei vê-lo enquanto se entretia chupando meu cu e seu sorriso canino deixou claro que ele era capaz de alimentar meus desejos tão somente eu permitisse.
– Deixa eu só encostar a cabecinha. – pediu já ofegante.
A essa altura eu estava imerso em tanto prazer que apenas concordei com um gesto. Imediatamente, senti a cabeça quente e cogomelada da rola daquele Sátiro, massageando meu ânus lubrificado com sua saliva. Eu estava indo ao delírio. Percebia-o me olhando enquanto acelerava seus movimentos como se estivesse me fudendo.
– Mano, não faz isso comigo, caralho. Deixa eu meter, vai?!
– Cara, não/
– (cortou-me) Por favor, Bruno, por favor, por/
– Sou ativo, velhoo.
– E vai continuar sendo... Só hoje mano, eu sei que tu quer. Me dar, vai, já tô louco aqui. Meu pau tá doendo pra caralho, mano. Por favor, por favor!
– Nã/ (senti-o forçando a passagem)
Virei-me com força rapidamente e o joguei pra fora da cama. Ouvi apenas o som de sua queda, abafada pelo tapete cinza. Já pressentia que minha fraqueza e vaidade tinham me levado a agir como um escroto, usando alguém por quem não queria nada além de sua companhia. Nosso encontro estava prestes a ruir de vez, e eu não queria me sentir mais culpado do que eu já era, então, fiz o que um tolo faria...
– Cleiton, me perdoa, vem cá.
Ele se levantou, para mergulhar no silêncio. Percebi-o se retrair, com olhar perdido e a sua autoestima desaparecendo aos poucos.
– Não, mano, relaxa. – por fim respondeu.
– Vem aqui, carinha – chamei com voz suave. – Deita na cama.
Assim que ele se deitou, levei minha mão em direção a sua rola e comecei a bater uma de leve pra ele. Seu pau, que estava ficando meio bomba, voltou a ganhar vida e pulsar muito. Inclinei-me sobre o Cleiton e comecei a cheirar seu cacete. Beijei a cabeça algumas vezes antes de começar a chupá-lo. Eu fazia exatamente o que meus ex-parceiros faziam pra me enlouquecer antes de fodê-los. Cleiton logo segurou minha cabeça, passando sua rola em meu rosto. Creio que buscando retomar o controle, meteu sua rola dentro da minha boca fazendo movimentos como se tivesse deflorando-o. Seu pênis não parava de endurecer, e aquilo me deu um tremor na barriga. O Cleiton estava ficando maluco. Montei sobre ele e encaixei seu mastro entre minhas nádegas, quicando suavemente. Seus gemidos ficaram altos, e eu acelerei meus movimentos mais um pouco. Após alguns minutos, ele disse que iria gozar e liberou uma quantidade de líquido que parecia sair de um alazão.
Não gozei naquela noite, mas evitei que o desastre fosse ainda maior. Sim, podem me julgar, eu deixo! Porém, meu colega de treino, alheio aos meus pensamentos, intentou ainda algumas investidas, que, apesar de todos os seus esforços, rejeitei dolorosamente.
***
Já tínhamos descido a serra mineira quando retornei das minhas lembranças. A névoa antes palpável, agora se esvanecia naquele tapete de plantações de café a perder de vista. O ar gelado do relevo arrastava um véu cinzento que ainda cobria o alto da estrada, mas que deixava perfeitamente estonteante a paisagem. Mais adiante, Leonardo parou a moto, deixando-a com os faróis ligados, pra contemplar o cenário bucólico, e belíssimo.
O clima estava frio, muito frio, e fazia mais frio ainda pelo fato de eu estar apenas com uma calça jeans e uma camisa social, sem jaqueta, sem luvas pra aquecer as mãos. Escutei os passos do Léo atrás de mim e senti seu toque no meu ombro.
– Você está tremendo. Isso tudo é frio?
– Já tem um tempo que tô assim. Tá de boa.
Ele sorriu e despiu-se da própria jaqueta.
– Toma, veste que vai esquentar você.
– Não preciso – tentei ser apático.
Imaginei que ele me supunha doido pra aceitar a oferta, mas decidi adotar um ar pachorrento pra lhe mostrar que, se ele pensasse que iria me ganhar com tal bondade, estaria enganado.
– Tu realmente continua o mesmo, cara. Sempre metido a durão!
– Já você piorou. Tá mais louco agora do que antes de entrar na Marinha. Você mudou.
– Pega essa porra logo, Bruno. – disse, fazendo-se que jogaria a jaqueta no chão.
Não queria aceitar, mas não queria ficar sentido frio e gripado. E eu o conhecia bem, sabia que ele realmente iria deixá-la jogada no asfalto. Peguei a jaqueta e ele ficou apenas com o colete preto que os motoqueiros usam pra identificar de qual clube pertencem.
– Os pés de café tão carregados, cê viu? – disse-me apontando com o dedo.
– Tô ligado.
– Tua mãe gosta de plantas, quer levar pra ela, não?
– Verdade. Ela também nunca viu um cafezal, vou levar mesmo.
Dirigi-me a um pé estufado pra fora da cerca de arames e pude ver as gostas de orvalho formadas sobre as folhas verdes. Foi então que notei o Leonardo me observando de longe. Era incrível como aquele cara conseguia ficar mais lindo a cada momento que se passava. E vendo-o me acompanhar com o olhar silencioso, por algum motivo, me deixou bastante excitado. Senti faíscas de fogo saírem pelos meus poros. Contive meus arrepios e voltei com uma das mãos cheia de grãos.
– Que foi que tava me analisando?
Surpreendeu-se, ficando levemente constrangido.
– Já que você perguntou, queria saber uma coisa...
– O quê?
– Quando você tá transando, tu é o que dá ou o que come?
Enquanto ele falava aquilo, meu rosto esquentou tanto que dificilmente alguém não perceberia meu desconforto. Mesmo eu sendo negro, sei que enrubesci. Engoli seco.
– Sou o que come. – fui curto.
Estudei sua reação, mas tudo que obtive foi um rosto impassível e sem leitura.
– it’s a boy – ironizou-me cínico. – Bora, gatão, ainda hoje a gente chega na divisa como o Rio.
Subimos na moto, e eu novamente não sabia onde enterrar minha cabeça. A mulher mais sábia que conheci, minha mãe, me havia dito certa vez que a vida era curta demais para vivermos nada menos do que aquilo que amamos com alguém que amamos. Sábia como era, ela não havia mentido, mas também não havia me contado toda a verdade. Não dissera nada sobre a real dor que se sente quando não é correspondido, nem da vergonha que passamos tentando acompanhar cegamente quem não nos ama igualmente.
Não consegui parar de pensar na pergunta indecorosa do Léo durante todo aquele dia, e que dia longo e chuvoso. Estávamos muito empapados quando uma nova atitude de Leonardo me deixou mortificado.
– Aí, mané, tô com mó friozão. Passa as mãos na minha cintura pra gente esquentar um ao outro enquanto piloto, beleza?
Ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo entre nós, e, por alguns segundos, fiquei sem reação. Enquanto Leonardo repetia sua ideia brilhante, pensando que eu não lhe ouvia, minhas mãos deslizaram com torpeza em direção ao seu tronco, cruzando-se num abraço molhado. Perguntei-me o que era tudo aquilo, aterrorizado com a possibilidade de ter uma ereção fodida em suas costas. Caralho!