Capítulo 8
Bruno saiu do meu quarto e eu fiquei com meus pensamentos em Júlia... na minha boca ainda continha o gosto de melão, o favorito dela...
- Ai Júlia...!
(Suspirei)
Será que a ideia de Bruno daria mesmo certo? O gelo iria mesmo desfazer o chupão? Eu queria muito ir ver.
Saí do quarto e fui direto pra sala, mas lá não tinha ninguém; achei estranho, pq era pra ao menos Filipe estar lá. Então me encaminhei para o quarto de Bruno, dei uma batida na porta e logo esta se abriu; Bruno que abriu a porta e logo vi Júlia sentada sobre uma poltrona que tem no quarto dele.
- Posso entrar?
(Perguntei)
Bruno olhou para Júlia como se esperasse uma autorização e em seguida me deixou entrar.
Bruno: Bom, eu vou deixar vocês conversarem.
- Não! Fica aqui, por favor...
(Suplicou Júlia)
Bruno e eu nos olhamos surpresos com o pedido de Júlia; Afinal ela pensa que sou um monstro? Eu não iria obrigar ela a nada, tudo o que aconteceu foi pq ela concedeu. Me senti ofendida.
- Tudo bem Bruno, pode ficar e ouvir o que tenho pra falar, pois não é segredo.
(Falei)
Júlia me olhava e viu que se excedeu e tentou se redimir.
- Tudo bem, pode sair Bruno, a gente precisar conversar mesmo...
(Disse ela)
- Não! Tá com medo de mim, não está? Você fica Bruno!
(Respondi)
- Gente eu fico ou saio?
(Perguntou Bruno, confuso)
- Fica! (Eu disse)
- Sai! (Ela disse)
Bruno cruzou os braços e disse:
- Vocês querem é me deixar louca!!
- Tô saindo!
(Falou já na porta, fechando-a após sair)
Eu fiquei lá, parada, com a cara de paisagem, sem saber como iniciar a conversa; Júlia permaneceu sentada sobre a poltrona, em silêncio. Passado um certo tempo, eu finalmente abri a boca.
- Olha, vc não precisa ter medo de ficar sozinha comigo!
(Eu disse)
Júlia: Não?!
(Perguntou surpresa, mas também com um tom irônico)
Eu: Ué, não!
Júlia me encarou por uns breves segundos, parecia não saber o que dizer a seguir.
Júlia: Então você promete que vai respeitar meu namoro?
(Perguntou com uma sombrancelha arqueada)
- Eu nunca desrespeitei, apenas fizemos o que tivemos vontade...
(Respondi)
Júlia: Ellis... Você me entendeu... Eu quero fazer as coisas certas, mas não vou conseguir se você não me ajudar...
(Desabafou)
Eu: Tá dizendo que eu te obriguei?
Júlia: Bem, você não me ajuda...
Eu: Você está se ouvindo?
Eu estava incrédula, como é que ela tem coragem de dizer isso? Ela não estava sendo obrigada e meu pescoço bem sabe!
Depois de alguns minutos, ela continuou a falar.
- O que quero dizer é que não quero mais trair a Carla, você me entende?
(Disse Júlia)
- Mas você quer me beijar?
(Perguntei olhando fixamente em seus olhos)
- Para com isso...
(Disse ela)
- Só te fiz uma pergunta, responda...
(Falei me sentando na ponta da cama, bem ao lado da poltrona que ela estava sentada)
Vi ela mudar de cor quando me aproximei; ela soltou o gelo que estava em sua mão, deixando cair no chão. Eu peguei outro gelo e dei a ela.
- Quer que eu passe?
(Perguntei)
- Não...
(Falou de cabeça baixa, evitando contato visual)
- Tudo bem, eu só quero ajudar, deixa eu passar...
(Falei já pegando outro gelo e passando delicadamente no pescoço dela, sobre a marca do chupão)
Fiquei passando lentamente, no movimento subindo e descendo, como se tentasse apagar a marca. Vi seus pêlos dos braços arrepiarem, e eu estava louca para marcar cada pedacinho do corpo dela, mas era proibido...
- Parece que tá funcionando, a marca roxa tá quase imperceptível.
(Sussurrei, perto do ouvido dela)
Ela me olhou nos olhos e se afastou um pouco, me fazendo soltar o gelo.
- Calma, eu não mordo...
(Falei)
- Eu que não duvido...
(Disse ela, parecendo ter dito sem pensar)
Eu sorri, e ela sorriu lindamente de volta, toda vergonhosa e vermelha.
- Você é tão linda!
(Falei automaticamente)
Ela corou mais ainda.
- Obrigada...
(Respondeu tímida)
- Júlia, você quer me beijar ainda?
(Perguntei)
- Ellis... Eu...
(Gaguejou)
- Apenas me responda com um sim ou não.
(Fui firme)
- Não é tão simples assim e vc sabe.
(Disse ela)
Eu: É uma pergunta simples, na verdade...
- Ellis, não seja inconveniente! Vc sabe que não é simples!
(Júlia me achava atrevida por perguntar isso, como se fosse uma coisa sagrada e eu violava toda vez que perguntava se ela queria me beijar)
Eu sabia que ela jamais confessaria seus desejos por mim, então sem menor aviso, coloquei a mão direita em seus cabelos, enrolei na mão e dei um puxão, fazendo ela olhar pra mim.
me aproximei, onde ficamos com os rostos à centímetros de distância; ela olhando nos meus olhos, toda mole, como se fosse desmaiar, enquanto eu segurava firme em seus cabelos.
Eu a penetrei com o olhar, fazendo ela se perder na imensidão castanha do meu olhar e eu ficar hipnotizada naquele verde infinito de seus lindos olhos.
- O que vc tá fazendo?
(Perguntou ofegante)
- Te provando que vc quer a minha boca tanto quanto eu quero a tua...
(Sussurrei próximo a sua boca)
- Eu não posso querer...
(Disse ela)
- Pq não?
(Perguntei)
- Você sabe...
(Disse)
- Termina com ela e me deixa te tocar...
(Pedi)
Júlia olhava em meus olhos, estava tomada pelo prazer, apenas por eu está segurando com força seus cabelos, a tinha deixado louca; Eu a sentei na cama, quase no meu colo.
Eu estava querendo muito beija-la, mas precisava ouvir o que ela tinha pra falar do pedido que fiz.
Encostei meu rosto no pescoço dela, soltando seus cabelos, ficando entre eles, cheirando, beijando cada centímetro do pescoço dela.
Passei minha língua levemente, fazendo-a soltar um pequeno gemido, o que me levou ao delírio; continuei lambendo aquele lindo pescocinho, subindo até a sua orelha, dando mordidinhas, a deixando louca.
Levei as mãos ao seu corpo, passeando por ele, tentando levantar o vestido dela, colocando a mão por baixo, mas ela segurou a minha mão.
- Calma...
(Pediu ela)
- Desculpa, você me deixa louca...
(Falei com a voz rouca de tanto tesão)
- Você só quer me levar pra cama?
(Perguntou ela, enquanto minha boca já lambia seu pescoço intensamente)
- Você não quer?
(Perguntei totalmente descontrolada)
Ela não respondeu nada, pq imediatamente a calei com meus lábios, beijando com todo o desejo que havia em mim, ela correspondeu a altura.
A puxei pro meu colo, e ela se sentou de frente pra mim, com as pernas em volta do meu quadril. Seu vestido um pouco levantado, me proporcionou pegar em suas pernas, lisinhas, me chamando para morder-las.
Enquanto eu devorava a boca dela, ela pôs as mãos em minhas costas, arranhando, quase rasgando e eu apertando seu corpo contra o meu.
Levantei seu vestido mais um pouco, quase deixando sua calcinha à mostra, e quando tentei pegar, ela segurou novamente minha mão e parou o beijo.
Júlia: Isso é loucura... Eu nem te conheço direito...eu não posso transar com você...
(Falou ofegante)
Eu: Podemos nos conhecer, me deixa te mostrar...
(Falei)
Júlia: Não não... Mds! Eu amo minha namorada!!
Júlia parecia ser sincera em suas palavras; ela realmente estava perturbada com tudo aquilo; deveria estar lutando contra um desejo por mim e o amor que tem por Carla.
Foi bem alí que vi que não seria fácil e eu não queria que ela se sentisse suja ao ficar comigo, sabe?
- Tudo bem, me desculpe...
(Falei me levantando, fazendo ela sair de cima de mim)
- Ellis...
(Disse Júlia)
- Diz.
(Falei)
- Eu queria muito não ter ninguém...
- pra ser totalmente sua...
(Disse ela, em pé, diante de mim, olhando em meus olhos)
Meu coração disparou ao ouvir da boca dela que desejava ser minha...mas só se já não tivesse alguém :( doeu! Mas é a realidade né? E ela estava certa, eu também não iria querer ser cafajeste com minha namorada, se eu tivesse uma e a amasse.
Me conformei, mas engoli um seco e com uma profunda tristeza, eu apenas respondi:
- Eu também...
Ela me encarava, mas dessa vez eu quem desviou o olhar; eu não podia mais querer aquela mulher. Certamente ela estava passando por um momento difícil no namoro e eu estava apenas alí de quebra galho, se é que me entendem.
Logo logo ela e Carla se acertariam e ficariam bem, afinal Júlia a ama...
Ficamos em silêncio, sem saber o que dizer a seguir, apenas ficamos em silêncio.
Continua.
Fiquei tão feliz com os comentários e mensagens que recebi, que resolvi postar antes. Mais tarde tem mais! Obrigada ❤️