Mais um pedaço, galera! Espero que estejam gostando. Vamos começar com a visão de Paulo logo após o sexo com João. Boa leitura 😉
- Parte 5 -
O dia estava clareando, Paulo acordou e viu seu amigo ali, deitado nu ao seu lado. Logo pensamentos pesados tomaram conta “O que você fez?” “Você não é gay não!”. Paulo decidiu levantar e pegar suas roupas do chão, ele precisava sair dali. Ao olhar para trás, um aperto se criou em seu coração. Ele sabia que aquilo acabaria com João, mas seria mais fácil simplesmente ir embora do que ter que falar pra ele que aquilo nunca mais aconteceria.
Chegando em casa, Paulo decidiu tomar um banho. Enquanto a água descia por seu corpo, ele ia lembrando da noite anterior. Ao olhar para o seu pau logo ele lembrou de João de joelhos naquela posição. Não estava sendo fácil apagar aquele dia da sua memória. Como uma tentativa de acabar tudo aquilo com João, Paulo pegou seu celular e digitou uma mensagem para o seu amigo:
“Mano.. eu não sei como dizer isso.. mas vamos esquecer o que aconteceu ontem.. somos amigos e aquilo não deveria acontecer entre dois homens.. o álcool tomou conta e eu acabei me entregando ali. Desculpa“
Até chegar nessa mensagem, ele teve que apagar e reescrever várias vezes, até achar as melhores palavras. Após mandar a mensagem ele deixou seu celular num canto para não ler quando João respondesse. Paulo não queria magoar João, era o seu melhor amigo.. mas ele não podia deixar aquilo se repetir. Não estava certo em sua cabeça dois homens adultos irem até aquelas condições juntos. Talvez na adolescência uma comparação de tamanho do pau entre amigos no máximo. Algo além disso era mais do que proibido.
Paulo então decidiu se deitar e assistir algo para tentar se distrair e logo esquecer aquela noite. Ele ligou numa série que estava começando a assistir, se chama “How to get away with murder”. A série estava muito boa, muito envolvente. Até que um casal é apresentado, Connor e Oliver. Assistindo os dois juntos, Paulo sentiu uma sensação de vontade. Não pelos dois.. mas vontade de ser um casal daquele jeito. “O que é isso? Eu to pensando em ter um namorado?”. Ele mesmo estava se estranhando.. aquilo nunca houvera acontecido anteriormente.
Paulo tirou da série e ficou deitado tentando dormir. O sono poderia facilmente fazê-lo esquecer daquela noite. Mas o sono não vinha. Então ele decidiu se arrumar e sair a noite. Talvez pegar algumas meninas ajudaria, distrair a mente com algo que ele sempre gostou. E assim ele fez, se arrumou, pegou uma camisa polo preta, uma calça jeans e um tênis esportivo e saiu em busca de alguma diversão. Chegando numa boate ele viu algumas garotas bonitas. Mas as coisas não estavam mais iguais. Antes ele não dispensava nenhuma mulher que viesse lhe paquerar, e nesse dia ele dispensou mais de 5. Algo não estava certo com ele, e sabemos o motivo. Paulo decidiu beber e tentar mais uma vez, ele bebeu e tentou chegar numa mina, até que rolou um beijo mas diferente de sempre, nada subiu.
Confuso sobre si mesmo, Paulo foi para casa. Por conta da bebida, logo caiu no sono. Acordando cedo ele decidiu enfrentar seu problema de frente. Ele se vestiu e foi em rumo à casa de João. Chegando lá, ele percebeu que algo estava errado. A porta não estava trancada. Ao entrar na sala, ele viu roupas espalhadas pelo chão. Não tinha só roupas de João, mais alguém estava ali. Então Paulo decidiu ir a fundo e ver o que estava acontecendo. Ao entrar no quarto de João, Paulo ficou abismado. “João já está com outro?” “E toda aquela história de que eu era o único?”. Sua mente estava revirando entre raiva e também tristeza. Até que a raiva subiu mais a sua cabeça e ele gritou:
- JOÃO!!
Os dois na cama logo acordaram, João ainda estava um pouco insconsciente. Já o estranho estava se levantando e vestindo sua roupa. Paulo percebeu que João não estava bem e já ia falar com ele até que o estranho se levantando disse ao lado de Paulo:
— Esse aí é teu namorado? Você tem sorte.. ele tem uma bunda bem gostosinha.
Paulo se encheu de raiva. Ele estava totalmente possesso. Quando ouviu essas palavras, Paulo desferiu um murro tão forte que derrubou o estranho no chão. Com o som da pancada, João se levantou vendo Paulo em cima daquele estranho enchendo ele de murros. Ele implorou para Paulo:
— Paulo!! Por favor, para!!! Você vai matar ele.
Paulo estava desferindo socos frenéticos. Só a voz de João foi capaz de contê-lo. O estranho se levantou, com a cara toda ensanguentada e mancando. Paulo em tom agressivo disse:
— Se não fosse por ele, você estaria morto. Se mexer com ele de novo, eu te mato.
E então o estranho foi embora, deixando João e Paulo a sós.
— João, o que aconteceu? O que é isso?
— Paulo, me desculpa.. ele me deu uma bebida e eu apaguei. Eu tava tentando te esquecer e acabei me dando muito mal.
— Eu tentei esquecer aquela noite, também. Mas acredito que não tem como a gente esquecer.
João se encheu de esperanças de Paulo finalmente o aceitar em sua vida, não só como melhor amigo, mas como um namorado, quem sabe? Então Paulo completou:
— Vamos só aceitar que a noite aconteceu mas que não vamos repetir.
— Ta bom. Disse João todo sem graça.
Os dois decidiram passar o dia juntos e fazer aquelas coisas que gostavam.. jogar, assistir filme e comer qualquer besteira. A noite foi chegando e Paulo logo se despediu:
— Dessa vez eu vou pra casa! Haha se cuida
— Seu bobo! Boa noite pra você
— Pra você também, sonha comigo. Provocou Paulo se dirigindo a porta
— Vou sonhar, sim. Disse João bem baixinho, só ele ouviu essa resposta.
A noite foi impar para os dois. Não estava triste como a noite anterior e nem alegre ao ponto de dormir com um sorriso de orelha a orelha. Algo estava faltando ali. Algo que os dois descobrirão em breve.
~ Continua.
Bomm pessoal! Mais uma parte.. esses dois últimos estão mais curtinhos mas é porque estamos caminhando para o final do nosso conto. Espero que estejam gostando. Peço que deixem nos comentários suas impressões e suas dicas. Valeeeuuu
