Bia passou várias semanas pelos cantos da casa, afastando-se. Eu e sua amiga nos tornávamos um casal, íntimos, unidos, e ela sentia como se aquela intimidade não fosse mais para ela. O peso de ser a minha filha ganhava formas, contornos. Certa manhã, ainda no raiar do dia, Bia chegou para mim e falou:
– Pai, eu não concordo com o incesto. Na França, acaba de sair o resultado de uma pesquisa que indica que um em cada dez jovens sofreu abusos familiares na infância ou adolescência. No Brasil, acho que a situação não é muito melhor.
– Mas o nosso caso é diferente – falei. – Você é uma adulta e fez suas escolhas. Não houve violências.
– Eu sei, pai – disse Bia. – Mas tudo isso tem um preço. Ninguém vai querer abrir a caixa do incesto. Ninguém vai querer separar o joio do trigo. É mais fácil manter uma regra moral e esconder os abusos. É mais fácil não refletir. Então, eu nunca vou poder me contar. Eu nunca vou poder chegar para um círculo de amigos e dizer que mantive uma relação incestuosa consentida com o meu pai.
Acolhi minha filha nos meus braços e falei que ela sempre poderia contar comigo e com Ângela. Comecei a alisar seus cabelos, seus seios, a pele macia, e demonstrar que sentia falta da sua alegre intimidade. Bia continuou:
– O peso de um crime, pai. Sujo, pecaminoso, inenarrável. O incesto é semelhante às mãos nodosas e peludas do padrasto da Gê. Se eu quiser falar do assunto, os outros vão me cobrir com as vestimentas da vítima. Eu não poderia mais ser eu mesma, iriam me prender em narrativas falsas que roubariam a minha identidade. Eu seria a vítima e você o meu abusador.
Era verdade. O olhar dos outros, a casa de cortinas fechadas, o sol sem se infiltrar pelas nossas janelas. Mofo, vozes, censuras, a palavra incesto parecia adquirir cheiros, texturas, escamas. A palavra incesto rastejava pelas paredes, atravessava os corpos. Eu não queria aquilo. Uma pessoa precisa contar-se. Sentimentos represados viram água lodosa, estagnada. Chamei Bia:
– Filha, precisamos de sol. O que acha de irmos para o Conde, revisitar Tambaba? As praias da Paraíba nunca aglomeram.
– Maravilhoso, pai – respondeu a minha pequena. – Acho que uma nudez pública nos faria bem, seria libertador. Vou acordar a Gê, acho que ela vai gostar da ideia.
As duas surgiram lindas, vestiam apenas uma saída de praia de crochê em forma de vestido. Gê estava de laranja e Bia de amarelo, ambas vestidas de sol, preservando a nudez dos corpos apesar das roupas. De longe, não era possível perceber que estavam nuas, o tecido fingia cobri-las. Mas bastava uma aproximação mais ousada, um toque, um alisar de peles, e era possível perceber que seus corpos se mantinham sensíveis e ousados. Vesti-me também. Procurei o mínimo: uma pequena bermuda de praia com coqueiros estampados, uma camisa regata, e partimos.
A viagem não foi demorada: do Recife para o município do Conde são cerca de 100 quilômetros. Seguimos viagem. No caminho, as duas garotas pararam para comprar água de coco e acredito que o vendedor, um rapaz de poucas idades, deve ter percebido algo com a aproximação, porque não parava de olhá-las. Gê percebeu e levantou um pouco a roupa, completamente nua, a buceta de fora. Bia resolveu imitá-la. Naquele instante, os olhos do moço ficaram ainda mais adolescentes, numa espécie de deslumbramento. Provocativa, a minha menina perguntou:
– Garoto, você sabe onde fica a praia de Tambaba? É que nós duas queremos ficar nuas sem sermos incomodadas.
O rapaz, gaguejando um pouco, explicou a direção que já conhecíamos. Depois, espantou-se ainda mais com a nova artimanha que a minha filha resolveu inventar na sua frente. Com a maior naturalidade, ela disse:
– Moço, eu bebi duas águas de coco e minha bexiga tá que não se aguenta. Como aqui não tem banheiro, o senhor se importaria se eu mijasse por aqui, bem atrás da sua barraca?
O pobre rapaz ficou mudo, pensando que era uma brincadeira. Bia deu dois passos para trás, permanecendo de frente para o garoto, agachou-se, subindo ainda mais o vestido, as pernas bem abertas, as mãos na parte superior da xota, o olhar concentrado, e foi soltando seus esguichos. O rapaz tinha olhos de quem ainda não acreditava. Bia mijava com prazer, o xixi parecia que não queria terminar, o rapaz fingia abaixar os olhos, mas permanecia olhando. Bia terminou de mijar e ficou se tocando um pouco, aproveitando o momento. Depois, com a mesma mão que havia usado para se tocar, ela abaixou a roupa, segurou uma nota de vinte reais e entregou para o vendedor de rosto cabisbaixo. Comentou:
– Não precisa ficar acabrunhado não, seu moço, lá em casa todo mundo é naturista. Quando tem vontade, um faz xixi na frente do outro, ninguém tem vergonha não. Eu mijo na frente do meu pai, da namorada dele, ninguém se importa com nada disso não.
Nesse momento, foi a vez da Gê começar o seu espetáculo. No mesmo ponto em que Bia havia se abaixado, Gê permaneceu em pé, abriu bastante as pernas, dobrou um pouco os joelhos, levantou a roupa até a cintura, e, com os dedos pressionando a xota, começou a soltar jatinhos amarelos de xixi. Bia começou a rir e continuou com a sua conversa:
– Eu não falei, seu moço, que não era caso de sentir vergonha. Não se avexe não, que na minha família todo mundo é desavergonhado. A safada lá faz xixi sem nem se agachar, até parece que tem um cacete no meio das pernas.
O homem aproximou-se de Bia, tímido e, esforçando-se para vencer a vergonha, pediu baixinho:
– Eu posso tocar na senhora?
– Pode não, seu moço, onde já se viu? – disse Bia, rindo. – Você está vendo alguma senhora aqui? Não vejo senhora nenhuma e meu pai está lá no carro, olhando pra gente.
O homem se desculpou e retrocedeu alguns passos, obrigando Bia a se aproximar. Com voz suave, ela falou:
– Calma, seu moço, calma. Olha, meu pai não liga não. Lá em casa fica todo mundo nu e a gente se ajuda, sabe?
– Então, quer dizer que eu posso? – falou ele. – O seu pai não vai brigar?
– Que nada, menino – respondeu Bia. – Ele não liga não. Deixa que eu te explico. É que lá em casa dorme todo mundo pelado numa cama só de casal, aí você imagina, mexe daqui, mexe de lá, ninguém fica quieto e, para conseguir pegar no sono, a gente se alivia. Entendeu como é?
– Então, a senhora me deixa tocar? – perguntou ele novamente.
– Seu moço, qual é seu nome? Quantos anos você tem? – falou Bia. – Por acaso você tá vendo alguma senhora? Eu sou uma adolescente de 19 anos, me respeita.
– Eu me chamo Roberto, tenho 18 anos, e nunca fiz sexo antes – falou o rapaz.
– Prazer Roberto, eu sou a Bia. Olha, você tem que pedir com jeitinho, entende? Se você pedir com educação para tocar na minha menina, aí pode ser que eu deixe.
– Bia, eu posso tocar na sua menina? – falou Roberto, agora um pouco mais confiante.
Bia pegou na mão do rapaz e foi posicionando os dedinhos suados dele no seu grelinho. Ela foi explicando:
– Tá vendo esse pequeno gafanhoto que eu tenho na ponta da minha xota? Ele se chama clitóris. É por ele que nós mulheres sentimos prazer. Você tem que começar devagar e, quando sentir que a gente tá bem molhadinha, pingando de prazer, pode começar a aumentar a intensidade.
Bia aproveitou que o rapaz estava concentrado em compreender os mecanismos da sua xota, para retirar o pau do garoto e punhetá-lo também. Quando ela segurou aquele membro com as mãos, antes mesmo de mirá-lo, ficou surpresa. Era um membro descomunal. Bia segurou aquela grossura como se fosse um prêmio, e chamou a amiga:
– Gê, vem ver, olha que cacete. Você já tinha visto algum desse tamanho?
Para completar aquela situação inusitada, Bia resolveu me provocar:
– Painho, você vai querer ver um outro homem comendo a sua filhinha?
As últimas palavras de Bia martelaram na minha mente. Eu nunca havia lidado com aquele tipo de ciúme. Já havia tido relacionamentos liberais no passado. Havia compartilhado, com terceiros, a intimidade da minha esposa. Mas me envolver com a minha filha naquele tipo de intimidade era diferente. Eu tinha que admitir que uma ponta de insegurança me fisgava. Eu estava cindido. Sempre tinha mantido o discurso de que nenhum relacionamento íntimo deveria vestir os corpos com as suas gaiolas. Por outro lado, nunca tinha abdicado por completo o papel de pai protetor, que faz tudo pela segurança da filha. A pergunta de Bia parecia querer me dividir em dois. Resolvi repeti-la, sussurrá-la, para tentar me acostumar com aquela nova realidade: “Painho, você vai querer ver um outro homem comendo a sua filhinha?”
Percebendo os meus ciúmes, Gê foi até o carro, sentou-se ao meu lado e, de mãos dadas comigo, como se eu fosse uma criança muito pequena, falou:
– É só um adolescente virgem, meu amor, ele deve estar mais inseguro que nós.
Ficamos ali, os dois, vendo Bia tentar mergulhar a boca naquele membro descomunal. Ela se esforçava para engolir tudo, mas aquele cacete parecia não ter fim. Bia colocou a boquinha de novo, tentando vencer os centímetros que faltavam, engasgou, deixando a saliva escorrer pelo corpo, contornando os seios. Na terceira tentativa, Bia conseguiu, a boca percorreu tudo, cada centímetro, parando, encostando-se na pele do rapaz, aproximando-se do saco, os lábios bem abertos, os dentes afastados, ela foi se movimentando, engolindo, salivando. O rapaz, animado e inexperiente, não soube como reagir e retirou de súbito o pênis, esporrando nos peitos da minha filha. Bia reclamou:
– Por que retirou, eu gosto de leitinho.
– Desculpe, moça, é que fiquei assustado – falou ele. – Não sabia que você gostava.
Tímido, por ter gozado pela primeira vez, ou por saber que havia uma plateia no carro que o observava, o garoto escondeu tudo embaixo das caças, dirigiu-se até a venda, pegou uma flanela e tentou limpar os seios de Bia, como forma de disfarçar o ocorrido.
Bia segurou os braços do pequeno vendedor e falou:
– Não se avexe não. Precisa limpar não. Não existe nada de errado. Eu gosto de porra. Gosto de cheiro de macho.
Para fazer cumprir as suas palavras, Bia recolheu com os dedos a porra que escorria e começou a chupar, apreciando cada gota. O que ainda havia sobrado nos seios e ventres, ela foi espalhando, fazendo com que aquele líquido desaparecesse no seu corpo como se fosse um creme hidratante.
Quando eu, já aliviado por não ter visto a minha filha sendo deflorada na minha frente, achava que aquela cena iria, finalmente, terminar, Bia foi até nós e fez uma cara de animalzinho indefeso, demonstrando que iria pedir algo. Ela ficou nos olhando, procurando consentimentos, e resolveu falar:
– Papai, temos que ajudar esse rapaz. Ele é tão imaturo, nada sabe de sexo. Sinto-me na obrigação de ajudá-lo. Vamos levá-lo com a gente?
Eu neguei:
– Não, o garoto é um completo estranho e o melhor será prosseguirmos com a viagem sem a sua presença.
Bia insistiu:
– É só um adolescente imaturo, pai. Ele fez aniversário ontem e nunca havia visto mulher. Por favor, pai, deixa?
Continuei negando:
– Você já o ajudou. Depois de provar uma vez o fruto proibido, ele vai querer outras mulheres e vai aprender com a vida.
Naquele momento, Gê discordou de mim:
– Meu amor, depois que nós dois começamos a transar juntos, a Bia tem ficado mais sozinha e triste. Essa viagem foi uma forma de alegrá-la. Agora, por ciúmes, você vai impedi-la de desfrutar os prazeres da vida? Deixe que ela chame o rapaz. Não é certo um pai ficar com ciúmes da filha.
Fui voto vencido e deixei as garotas decidirem. Depois de alguns minutos, Bia foi até o rapaz e voltou com cara de menina que não havia ganho o seu pirulito.
– Ele está com medo – falou ela. – Diz que precisa trabalhar e levar dinheiro para casa.
Gê disse que aquilo não era possível. Qual rapaz não aceitaria sair com uma menina tão linda e safada quanto Bia? Como mãe experiente e devassa, a minha amada saiu do carro e, levando-me junto, resolveu se aproximar do garoto, percebendo que ele de fato estava bastante intimidado. Ao nos ver, o rapaz foi ajeitando a camisa, colocando-a por baixo da bermuda, tentando demonstrar um mínimo de compostura. Gê resolveu tranquilizá-lo:
– Calma, rapaz, calma, nós só queremos a felicidade de Bia – falou Gê. – Eu e o Álvaro estamos muito felizes que a filha dele tenha encontrado um rapaz tão privilegiado como você e temos uma proposta a fazer. Nós pensamos que ela ficaria muito sozinha na praia de Tambaba, se não tivesse um amigo, e achamos que a sua companhia iria agradá-la de verdade. O que você acha?
O rapaz olhou desconfiado, como se aquilo fosse alguma armação, e resolveu procurar desculpas:
– Olha, senhora, eu agradeço – falou ele. – A filha de vocês é muito linda, mas eu não posso chegar em casa sem o dinheiro do trampo. A senhora entende?
– Entendo – disse Gê. – Entendo completamente. Mas, se você sair com a gente, além de poder ajudar a satisfazer o prazer da minha enteada, ainda vai receber da gente uma nota de 50 reais, para não chegar em casa de mãos vazias. E aí, o que me diz?
O rapaz ficou apreensivo. Talvez pensasse que queríamos enganá-lo. Ou talvez, simplesmente, tivesse vergonha de ir para uma praia de nudismo. Por isso, enquanto ele ainda tentava esboçar alguma reserva, foi interrompido por Bia, que resolveu segurar sua mão novamente e depositá-la no calor da sua xana. A minha pequena falou:
– Sente como ela está quente. Tem medo não. Vai perder essa oportunidade de comer duas mulheres? Vai amarelar?
O garoto não resistiu. Eu e Gê entramos na parte da frente do carro e ele ficou atrás, as mãos acariciando o grelho de Bia, que fazia questão de ensiná-lo, comandando os seus movimentos. Bia instruía:
– Olha, o prazer de uma menina é feito de bordas e de profundidades. Vai devagarinho, vai fazendo a buceta ficar úmida, isso, pode ir intensificando.
Bia estava linda como professora do sexo, eu a olhava pelo retrovisor e quase perdia a direção do carro. Gê me repreendia. Meus ouvidos atentos buscavam escutar cada palavra da minha pequena. Ela continuava:
– Agora, me ajuda, deixa eu levantar um pouco mais o vestido, coloca a boca, e vai molhando o meu grilinho, vai sugando, sem tirar os dedos, sugando e movimentando. Agora, é a fase três, um dedinho no grilinho, o outro você enfia, vai contornando as minhas cavidades, assim, e a língua também, movimentando, isso, mais forte, ao mesmo tempo, isso, eu vou gozar, eu vou gozar, fica brincando com a minha menina e vem me beijar, vai, vem me beijar, vem, aaaaaaaaah!
Bia havia gozado no momento em que já estávamos quase chegando na praia. O rapaz queria se tocar, masturbar-se, não se aguentava de tanta excitação. A sua professora, porém, não deixou, ordenando:
– Agora não, você tem que se segurar, não deve desperdiçar esse gozo, não toca nele não. Fica de mãos dadas comigo, como se a gente fosse um casalzinho e olha pra mim. Isso, agora respira fundo, se segura, já estamos chegando e você precisa se acalmar. Nas areias de Tambaba, as ereções não são permitidas.
Comentem e nos premiem com três estrelinhas! A participação de vocês é fundamental.
Não deixem de ler a parte final da nossa sequência:
O NOVO NORMAL - A DESPEDIDA (PARTE 12)