Capítulo 18
1 semana se passou após Júlia ter vindo aqui em casa, naquele maravilhoso dia em que nos encontramos naquele supermercado, e não teve 1 único dia em que eu não pensasse nela. Eu precisava vê-la, nem que fosse de longe... sabe como é né? a gente parece que ama cutucar a ferida, fazer o que?! O ser humano é bicho doido kkkkk qualquer outro animal, evitaria o perigo da dor, mas não eu, eu sou estúpida assim mesmo!!
Eu estava na sala vendo tv, quando Bruno sai do quarto, com a cara sapeca, de quem estava prestes a aprontar.
Eu: Pq tá com essa cara?
Bruno: Que cara?
Eu: Essa aí, como se um gato acabasse de abocanhar o passarinho...
Bruno: KKKKKK que comparação!!!
Eu mesma sorri também, mas logo escutei o que ele estava planejando.
Bruno: Júlia me ligou... ela tá dodói...
Meu coração disparou quando ele disse isso.
Eu: Como assim? O que ela tem?
(perguntei preocupada)
Bruno: Vamos descobrir, te arruma que a gente vai agora na casa dela!!
Eu:É sério?
(perguntei animada)
Bruno: Seríssimo meu bem, bora vai logo!
Eu: É pra já!!
Em menos de meia hora eu estava pronta, toda cheirosa e limpinha e com um saquinho de balas de melão para levar pra ela.
Bruno: Caprichou hein?
Eu: Rsrsrs tem certeza que é uma boa ideia? Não quero trazer problemas para ela...
Bruno: Mana tu não quer ver ela?
Eu: Lógico que eu quero, é o que mais tenho pensado...
Bruno: Então besha! A Carla não mora com ela não e além do mais...
Eu: O que? Além do mais o que???
Bruno me olhou e sorriu, ele adorava mesmo me maltratar, em seguida continuou.
Bruno: Além do mais, ela quer te ver também boba!!
Eu: Jura amigo?(Perguntei cheia de felicidade)
Bruno: Eu juro!!
Meu Deus!! Ela queria me ver!! Saí puxando o Bruno pelo braço, apressando-o para irmos logo.
Bruno: Boraaaa kkkk
No caminho ele me contou que Júlia estava com o pé doente, tinha torcido e estava sem poder andar direito.
Eu: Carla não está lá agora?
Bruno: Não, ela tá trabalhando e já te falei, elas não moram juntas...
Eu: Mas eu não deixaria ela nem por 1 minuto, eu iria cuidar dela... que escrota essa tal de Carla!
Bruno: Deve ser por isso que Júlia se abriu comigo, tadinha... deve tá se sentindo sozinha.
Eu: Que trabalho é esse? Estamos numa pandemia, todo mundo parou, menos a ‘imparável’ ?
Bruno: Ela tá trabalhando remotamente...
Eu: Ah vá, como todo mundo né! Era só ela levar a droga do computador para casa da Júlia e aí ela não ficaria sozinha!!
Bruno: Nossa, que a Carla não apareça na sua frente, pq tenho até pena kkkkk
Eu estava mesmo puta da vida!! Deixar meu anjinho sozinha com o pé doente... não se faz! Ah se Júlia me deixasse cuidar dela... :(
Era um sábado, começo de tarde e o trânsito estava tranquilo, apesar da casa da Júlia ser um pouco longe da minha, não demoramos para chegar.
Quando paramos em frente ao prédio dela, comecei a suar frio, as mãos tremiam e minha boca secou kkkk Bruno estacionou e entramos.
Bruno: Ela mora no 5º andar.
Eu: Prédio bonito né!
Bruno : KKKK tá nervosa?
Eu: Pq?
Bruno: Comentando sobre o prédio kkkk
Eu: Oxi e o que tem?
Bruno apenas sorriu e eu revirei os olhos; enfim chegamos ao 5º andar e saímos do elevador, andando mais um pouco até que Bruno parou em frente a uma porta.
Bruno: É aqui!!
Eu engoli um seco, respirei fundo e em seguida Bruno tocou a campanhia; não demorou nem dois minutos e a porta se abriu...eu banquei a ‘matuta’ e fiquei atrás de Bruno, sei lá eu estava apreensiva.
- Oii meu amor!!
(disse Júlia)
Bruno: Oii minha princesa!!
Bruno a abraçou e já que eu estava atrás dele, pude ver o semblante de Júlia por cima do ombro dele, enquanto eles se abraçavam.
Ela me olhou nos olhos, enquanto conversava com Bruno;
meu coração parece que iria sair pela boca com aquele olhar profundo dela...
Finalmente eles se soltaram e ela me deu ‘Oi’.
Júlia: Oi... (falou sem tirar os olhos dos meus)
Eu: Oi... (falei sorrindo)
Bruno: Não vai nos convidar para entrar??kkk
Júlia: Claro!! Desculpa amigo rsrs entrem!
Júlia foi na fente, meio que pulando num pé só; achei tão bonitinho ela pulando... Bruno e eu entramos mais atrás. A casa dela bem arrumadinha, com a decoração bonita, bem a cara dela mesmo...
Ficamos os três na sala; Bruno pergutando o que tinha acontecido; enquanto ela contava tudo, eu observava atenciosamente; ela estava de camisão que cobria sua bunda, me deixando na dúvida se ela vestia algum short por baixo. Enquanto ela contava como se machucou, eu a olhava nos olhos, recebendo olhares de volta.
Eu queria mesmo era está a sós com ela, pois sabia que ela teria vergonha se eu fizesse um carinho na frente de Bruno... mas bastou ele nos olhar, percebendo que ela e eu queríamos conversar a sós, que ele rapidamente deu uma desculpa.
Bruno: Amiga onde fica o banheiro?
Júlia: Fica lá no meu quarto. Vem eu te levo lá...
Bruno: Nada disso, você fica sentadinha aí, tá nem podendo andar... pode deixar que eu acho sozinho.
Júlia sorriu e recebeu uma piscadinha de Bruno.
Júlia: Segue nesse corredor, primeira porta à direita...
Bruno seguiu para o tal corredor, nos deixando a sós; sério, meu coração pulava de nervoso; fiquei sentada de frente para ela, olhando em seu olhos, procurando palavras para falar, mas era tanta coisa que eu queria falar e no entanto nada saía...
- Você tá bem? (perguntou Júlia)
- Tô sim... você que não tá né...
(falei olhando para seu pé machucado)
Júlia: Ah... Ele tá quase bom...
Olhei para o pezinho dela e ainda tava roxo, sei que ela estava falando aquilo só pra não me preocupar; apenas concordei, dizendo:
- Sei... (silêncio)
- Será que posso te dá um abraço?
(perguntei impulsivamente)
Ela sorriu lindamente e respondeu:
- Pensei que não fosse pedir...
Sorri de volta, me levantei, e me posicionei em sua frente, como se esperasse ela se levantar para me abraçar, e ela levantou, mas quase caiu sentada, pois não conseguia firmar seu pé machucado no chão. Antes que ela pudesse cair, a segurei pela cintura firmemente.
- Te peguei...
(eu disse)
Ela me olhou nos olhos, se apoiando em meus ombros; a abracei, calmamente, levantando-a um pouco, pare que ela pudese relaxar o pé.
Ela por sua vez se apoiou em minha nuca, com as mãos cruzadas, envolvendo meu rosto em seus cabelos, me fazendo sentir seu aroma gostoso, respirando cada fio... foi maravilhoso sentir seu corpo novamente.
Meu corpo estremeceu e senti algo lá em 'baixo' pulsar 😈
Grudei os lábios em seu ouvido e sussurrei:
- Que saudades, eu estava...
Ela deu um cheiro no meu pescoço, que me fez arrepiar tudo e em seguida disse:
- Eu também estava com saudades...(pausa) - desse teu cheirinho...
Não sei bem se ela quis dizer exatamente isso, talvez tenha dito no impulso, se deixando levar pelo momento. Seja como for, eu amei ouvir!!
Eu: Gosta do meu cheiro?
(sussurrei)
Júlia: Gosto...
(falou no meu ouvido)
Dei um suspiro bem forte, colocando-a no chão, para poder olhar em seus olhos.
- Eu gosto de tudo em você...
(eu disse)
Ela sorriu e disse:
- Você é tão fofa...
(disse fazendo carinho em meus cabelos)
Eu corei na hora rsrs
- Rsrs você me deixa assim...
(falei)
Júlia: Então quer dizer que não é fofa?
Eu: Talvez... quem sabe rsrs
Júlia: É boba também...
(Passou os dedos em minha boca, me deixando sem movimento)
Eu não sabia o que dizer... quando eu estava com ela era assim... ou eu dizia exatamente o que vinha à mente ou ficava sem palvras.
- Podemos sentar? é que meu pé começou a doer um pouco...🥺
(Disse ela manhosa)
Eu: Claro, deixa eu te ajudar...
Ajudei ela se sentar, e em seguida me sentei ao seu lado colocando o pé dela sobre meu colo.
- Não precisa fazer isso...
(disse ela)
- Mas eu quero... por favor me deixe fazer isso...(supliquei)
Então ela deixou que eu colocasse seu pezinho machucado sobre meu colo; ela se arrumou no sofá, ficando de frente para mim com suas pernas/pés sobre meu colo.
Peguei em seu pé machucado cuidadosamente e dei um beijinho de leve, fazendo ela se esquivar.
- O que cê tá fazendo??
(perguntou corada)
- É só um beijinho pra ele sarar logo...
(eu disse, e beijei novamente com carinho)
- Ah para de ser linda...😍
(disse ela)
Eu apenas arqueei os ombros como quem diz: Fazer o que né, sou fofa mesmo!! kkkkk😁
Continuei dando vários beijinhos no pezinho dela, todo delicado... me deu uma vontade de passar a língua por cima, já chegando no tornozelo, uma vontade incontrolável sabe? Acabei passando a ponta da língua de leve e vi seus pêlos levantarem diante de mim...
- Opa... isso aí não é beijo não...😳
(disse Júlia com a voz trêmula)
- Desculpa, foi impulso...não deu pra segurar...(falei)
Ela me encarou fixamente, como se pedisse para eu me aproximar e foi o que fiz... cheguei mais perto dela, sem tirar suas pernas do meu colo, e quando cheguei bem perto do seu rosto, ela continuava me olhando nos olhos e para a minha boca, simultaneamente.
- Você faz eu me comportar igual a uma adolescente inconsequente...
(disse ela, me encarando)
Eu: Como assim... ? Isso é bom?
Júlia: Em parte sim... mas me faz ser inconsequente..
Eu: O que quer dizer?
Júlia respirou fundo e depois respondeu:
- Quando estou com você, esqueço que tenho namorada e ajo sem temer as consequencias...
Eu: Hm... em outras palavras eu te levo para o ‘mal caminho’.
Júlia: rsrsrs tipo isso...
Eu: Já que estamos no mal caminho mesmo, devíamos aproveitar, não acha?!
(falei olhando para sua boca e me aproximando mais, sem deixar que ela escapasse)
- Não sei onde estou com a cabeça, mas concordo plenamente...😈
(disse ela, me puxando para si, unindo nossas bocas num beijo)
E que beijo... começou lento, cheio de saudades, nossas bocas engolindo uma a outra; nossas línguas se tocando, nos fazendo tremer de prazer.
Eu já tinha certeza, eu pertencia àquela mulher e ela a mim... nunca um beijo foi tão bem encaixado e tão cheio de paixão quanto o nosso!
Nos beijávamos como se fosse a primeira vez, só que era só saudade... explorei cada centímentro daquela boca; mordi seu lábio, puxando levemente, fazendo ela gemer dentro da minha boca.
- Espera, eu trouxe uma coisa para você...(eu disse, parando o beijo)
- O que?
(perguntou curiosa)
Meti a mão no bolso e peguei o saquinho com algumas balinhas de melão e dei para ela.
- Nossa, eu sou apaixonda por esse bombom...
(disse ela sorrindo)
- Eu sei...
(falei de volta)
- Como é que você descobriu?
(perguntou desconfiada)
- Você me contou quando nos beijamos pela segunda vez, lembra?
(eu disse)
- Lembro... você estava com um na boca...
(observou ela)
- Isso e você disse que amava esse sabor...desde então é meu sabor favorito também...
(eu omiti que Bruno havia me dado a dica, pois não sou besta de quebrar o clima agora né)
- Hmmm quer uma?
(perguntou olhando para a minha boca)
Eu entendi o recado, ela estava querendo beijar com a balinha de melão na boca.
- Eu quero sim... me dá?(provoquei)
Então ela me deu uma; peguei, abri e coloquei na boca enquanto ela olhava fixamente para cada movimento meu.
- Quer também?
(perguntei)
Antes que ela pudesse responder, eu falei:
- Pera, deixa que eu te dou.
Segurei o bombom com os dentes e cheguei bem perto da boca dela e disse:
- Pega da minha boca, vai...
Ela me puxou pelo pescoço metendo sua língua dentro da minha boca, em busca do bombom, quase me engasgando. Engatamos mais um beijo quente, com sabor de melão e desejo, na temperatura 'fogo total.'
Eu alisava suas coxas, apertando, arranhava e subi a mão para a cintura dela, levantando um pouco do camisão que ela vestia e descobri que ela estava apenas de calcinha box por baixo, o que me fez parar o beijo para perguntar:
- Você recebe visitas vestida apenas de calcinha?
(perguntei com a sombrancelha arquearda)
- O que?
(perguntou completamente perdida)
- Você tá só de calcinha por baixo desse blusão?
(Indaguei)
- Mds!! eu nem lembrava disso...
(disse ela, completamente vermelha de vergonha)
- Hmm... ou será que estava tentando me seduzir??😈
(perguntei sapeca)
Júlia: Pq? isso te seduz?
(provocou no meu ouvido)
- Completamente moça...
(falei já beijando sua boca)
Confesso que fiquei com ciúmes dela está só de calcinha e que qualquer outra pessoa poderia ter visto... Só eu mesmo para sentir ciúmes do que não me pertence... espantei os pensamentos e aproveitei aquela boca novamente.
- Eu estava com tanta saudades desse teu beijo...
(ela disse)
- Todos os meus beijos são teus...
(falei em seu ouvido)
- Jura que não tem ninguém?
(perguntou entre um beijo e outro)
- Juro... eu sou tua... seja minha também...
(falei no impulso, mas com sinceridade)
- Eu vou terminar com ela...
(disse ela, deitando o rosto no meu ombro)
Eu quase dei um pulo do sofá ao ouvir a sua frase; eu estremeci inteira, sem acreditar. Segurei seu rosto com as duas mãos e perguntei:
- Tá falando sério?
Ela respirou fundo e respondeu:
- Sim... não posso mais lutar contra o que sinto...
- O que você sente? (perguntei)
Júlia: Gosto de você...
Continua.
