Galera fico muito feliz que estejam gostando e tô adorando ler os palpites de vocês KKKK. A nossa história está entrando oficialmente na reta final ao fim deste capítulo, então podem imaginar o quão importante ele é.
Esse conto termina no capítulo dez, mais muita coisa ainda vai acontecer até lá.
Fiquem agora com o capítulo sete:
Gabi e Marcos não esboçava reação. O silêncio pairava no cômodo.
Davi e eu nos cobrimos com a coberta. Podíamos ter dito 'não é nada disso que vocês estão pensando' ou inventar uma desculpa horrível mais convenhamos que tudo o que eles viram já era claro demais para inventar desculpas que não adiantariam em nada.
- Meu Deus! Meu Deus! Que porra vocês fizeram? - Gabi entrou cambaleando e foi aparada por Marcos.
- VOCÊS SÃO NOJENTOS! SÃO ABOMINÁVEIS. COMO PUDERAM FAZER ISSO? - Marcos gritava com toda a força que sua garganta permitia.
- Eu desconfiava de você Mathias. Mais daí achar que podia tá tendo um caso com nosso irmão. Meu Deus... o que a mãe e o pai vão dizer?
- Vocês não vão falar nada - Davi se apressou a dizer.
- Oi? Eu fui julgada... nós fomos... e vocês cometendo esse crime em baixo do nosso teto. O pai vai ficar decepcionado.
- Eu sou de acordo... - Marcos disse -... Vocês foram nojentos. Abomináveis e imundos.
Ver o Marcos falar daquele jeito comigo fez o meu sangue ferver. Enxerguei somente o ódio e esse foi o meu maior erro. Vocês entenderam o porquê.
- ABOMINÁVEL? CERTEZA QUE ACHA ISSO? - Comecei a berrar, não estava me importando, aquela hipocrisia eu não podia admitir.
- FALA PRA GABI QUEM VOCÊ PROCURAVA QUANDO CANSAVA DELA. VOCÊ FALA OU EU FALO?
- Do que ele tá falando? A expressão da Gabi mudou para algo parecido com preocupação.
- O Que você quer dizer Mathias?
- ESSE COVARDE TRANSOU COMIGO MAIS DE UMA VEZ.
Silêncio.
- CHEGOU A FALAR QUE EU ERA MELHOR QUE A GABI. O NEGÓCIO DELE É PEGAR OS GAROTOS NA DISCRIÇÃO MAIS CASAR COM AS MULHERES. ESSE ENRUSTIDO.
- Você sabia do lance dele e da Gabi? - perguntou.
- ELE ME CHANTAGEOU Eu ri da acusação.
- DA PRIMEIRA VEZ ATÉ FOI MAIS NA SEGUNDA MEU AMOOOR, VOCÊ ME CAMEU COM GOSTO.
- Eu... Não... co...nsigo acreditar - Gabi estava pálida, como se de repente toda sua cor tivesse sido sugada pelo ralo.
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TAMBÉM DAVA PRA ELE? VOCÊ REALMENTE É UM TREMEMDO DE UM PUTINHO.
- VOCÊ TÁ FALANDO DO QUE DAVI. VOCÊ É OUTRO. - Davi me fitou confuso.
- VOCÊ E O MARCOS TAMBÉM FODIAM!
Ele se aproximou agressivamente e por um instante achei que fosse me bater.
- Você não sabe de nada Mathias - sussurrou.
- Vocês querem me enlouquecer... - começou Gabi - Davi, você também?.
Marcos não falou nada, ficou totalmente em silêncio; o caos reinava naquele quarto e ele preferiu se proteger.
- Eu vi a mensagem Davi. Você e o Marcos transavam.
- CHEGA! - Gabi gritou tão alto que todos prestaram atenção. Ela chorava tanto que pela primeira vez surgiu a vontade de sumir. O que eu havia feito? Não queria que tivesse essa proporção.
- MEUS IRMÃOS, MEU NAMORADO. VOCÊS TEM NOÇÃO DE COMO ME SINTO? COMO VOCÊ PÔDE MATHIAS?! - Também comecei a chorar sem reação diante da minha culpa. Eu causei tudo isso.
Gabi começou a se estremesser, ela estava sentindo dor e Marcos se aproximou mais ela fez questão de afastá-lo. Ela estava sangrando.
- O Que tá acontecendo? Meu bebê!
Marcos se aproximou de Davi.
- Me empresta a chave do carro - disse mais Davi apenas lhe encarou, talvez sentisse a mesma culpa que eu... ele estava totalmente paralizado.
- DAVI... - começou o Marcos -... ACHO QUE A GABI TA PERDENDO O BEBÊ ME DÁ A PORRA DA CHAVE PRA LEVAR SUA IRMÃ AO HOSPITAL AGORA - Davi abriu a gaveta da cômoda ao lado da cama e puxou o molho de chave a entragando a Marcos. Ele pegou no ombro de Gabi com certa dificuldade e a conduziu para fora do quarto aos plantos.
- O...O que...a...g...gente fez? - queria sumir.
- Como você pôde dar pro meu amigo? Como você pôde fazer essas merdas?
- Davi eu... - Davi me interrompeu - Se tem algo que me arrependo foi de ter me deixado envolver. Você não ama ninguém Mathias além de você mesmo. Você é egoísta.
- Davi por favor... - O abracei -... Não fala assim, eu te amo - Ele me afastou.
- AMA NADA! VOCÊ NÃO É CAPAZ DE AMAR NINGUÉM. VOCÊ QUERIA DAR PRA MIM ASSIM COMO QUIS DAR PRO MARCOS, ASSIM COMO DEU PRO OMAR E PRO ROBSON.
- Você não tem esse direito! Se eu transei com o Omar e com o Robson foi pra limpar a sua merda.
- Sabe puta?... - ele começou -... Você não é puta. Você é pior.
Davi pegou as roupas e começou a se vestir, pegou a carteira e deixou o quarto. Pela primeira vez me senti no escuro, e não falo do cômodo e sim da escuridão que tinha se transformado minha vida.
Fiquei no quarto alguns minutos e criei coragem pra começar a me vestir. Davi não estava em casa e eu também não conseguia ficar. Saí sem rumo pelas ruas de São Paulo. Eu chorava desesperado.
Como pode tudo ter ruído em um único dia? Um dia que começou mal por causa da revelação da gravidez, estava indo ótimo com a nossa entrega e terminou com tudo sendo destruído, de maneira horrível.
Sentei na frente de uma loja que já estava fechada e vi um raio cortar o céu. Desabei em chorar. Queria que a minha vida antes de toda essa merda voltasse.
- Você está bem? - olhe pra cima, a vista turva por causa das lágrimas, a afastei e visualizei um rapaz. O que me chamou atenção foram seus olhos azuis; pareciam o oceano. Ele estava sem camisa, corpo definido. Se sentou ao meu lado.
- Tô sim - menti.
Ele balançou a cabeça e olhou em direção a rua.
- Me chamo Rodrigo, e você?
- Mathias.
- Que nome bonito. Faz jus a quem o possuí - ele sorriu.
- Então... O movimento tá fraco e moro aqui perto. Quer tomar uma água e conversar?
- Você estava trabalhando? Não quero atrapalhar... - ele interrompeu -... Acho que hoje dá pra folgar e caso não tenha notado você está no meu trabalho - fiquei confuso e ele achou graça.
- Faço programa - disse por fim. Por causa da noite turbulenta não esbocei a reação que Rodrigo esperava.
Um forte trovão foi ouvido e Rodrigo fitou o céu.
- Vamos... vai cair uma chuva forte, melhor você ir comigo.
Assim que chegamos ao pequeno quitinete de Rodrigo a chuva começou a cair. O mundo parecia acabar do lado de fora.
- Fica a vontade. Você bebe?
- Tenho 15 anos - falei.
- Sério? - Rodrigo ficou surpreso.
- Mais manda a bebida pra cá até porque já fiz coisa pior.
- Assim que gosto - ele sorriu.
Rodrigo abriu a geladeira e pegou duas latas de cerveja.
- Costuma trazer os clientes pra cá?
- Sim. Alguns preferem pagar Motel mais a maioria vem pra cá.
Senti o gosto amargo da cerveja, era maravilhoso.
- Conta-me a sua história.
- Eu não sei... é bizarra demais.
- Até mesmo para um garoto de programa? - ele sorriu e devolvi com um sorriso tímido.
- Até mesmo para um garoto de programa.
- Quer saber da minha história primeiro?
Balancei a cabeça em concordância.
- Nasci no interior de São Paulo. Minha família era bem severa, meu nome de batismo é Josival... - fiquei confuso e ele percebeu.
- Quem entra nessa vida e fala 'Prazer Josival' eu precisava de um nome mais comum... posso continuar? - ele sorriu e retribui - Minha vida desceu todas as ladeiras possíveis quando me apaixonei por um rapaz, seu nome é Gabriel, nome de anjo mais de anjo não tinha nada. Meus pais descobriram e me expulsaram de casa e o Gabriel? Esse só queria uma foda fixa. Vim pra capital só que não tinha um trabalho, não tinha estudo e nem algum amigo pra me ajudar e o que me sobrou? O que eu tinha no momento: meu corpo. Eu descobri que as pessoas adoravam um rapaz do interior, esse lance de fetiche saca?
- Acho que sim.
- E a sua história?
- Resumindo... Transei com o melhor amigo do meu irmão que por sinal tinha um caso com a minha irmã que engravidou dele e também preciso mencionar que depois transei com o meu irmão mais não sem antes transar com os dois traficantes que meu irmão estava devendo pra pagar a dívida.
- UAU!
- Uau mesmo - falei.
- Agora nem o Marcos que é amigo do meu irmão, nem a minha irmã e nem o meu irmão que descobri ser o cara que eu amo querem saber de mim. Aliás acho que também não tenho mais casa porque quando meus pais descobrirem eu tô fodido e pra terminar de foder com tudo acho que causei o aborto da minha irmã.
- Posso ser sincero?
- Pode dizer que sou um monstro se quiser.
- Você estuprou esse tal de Marcos e o seu irmão?
- Claro que não!
- Então você está longe de ser o único culpado. Por mais que tenha provocado eles tinham o direito de recusar.
- Chantagei o Marcos pra transar comigo - Rodrigo sorriu.
- Mesmo assim... acho que você não pode carregar uma culpa que não é só sua. Pelo o que entendi você se envolveu num efeito dominó que é quando um ato derruba as outras peças mais está longe de ser o único errado.
Rodrigo e eu fomos até o quarto, nos sentamos na cama e continuamos a beber. Ele preparou dois copos de whisky com gelo de coco. A gente falou sobre nossas vidas e por um momento até esqueci de tudo que havia acontecido até que ele me beijou. Retribui aquele beijo mais logo me lembrei dos beijos do Davi e comecei a chorar. Tentei me desculpar mais Rodrigo afirmou que não precisava. Ele me abraçou e ficamos assim até minhas lágrimas deixarem de cair.
Eu já estava muito tonto por causa da bebida e Rodrigo sussurrou no meu ouvido: - Posso te relaxar? - fiz que sim e ele abaixou meu shorts. Meu pau ainda estava mole quando ele começou a masturbar, logo ganhou vida e Rodrigo voltou a me beijar. Ele foi descendo até chegar onde queria. Senti sua língua gelada por causa da bebida encostar na cabeça e estremeci. Logo Rodrigo estava com o meu pau todo em sua boca, ele olhava pra mim com aqueles olhos azuis enquanto continuava aquele boquete maravilhoso.
Rodrigo foi até o copo e pegou um pedaço de gelo e começou passar na cabeça do meu pau ao mesmo tempo que continuava aquele boquete. Minhas pernas estavam bambas e tudo ali girava por causa da tontura mais aquele boquete me puxava de volta pra realidade daquele momento.
- Vou gozar - avisei. Rodrigo por outro lado não deixou de chupar e assim eu gozei. Foi tão bom que pela primeira vez me senti realmente relaxado. Rodrigo foi ao banheiro e cuspiu minha porra na pia e ao voltar se deitou ao meu lado me abraçando.
Fui sugado para a escuridão.
Acordei com o toque do meu celular. Era minha mãe.
- Alô, mãe - falei, minha garganta seca.
- M...Math...Mathias...onde...v...você tá? - Minha mãe estava chorando. Imaginei que fosse algo com a Gabi ou ela já estava sabendo de tudo?
- Tô na casa de um amigo... mãe eu... - ela me interrompeu.
- S...Seu p...pai vai te buscar...fala onde é pelo amor...D...Deus?
- Centro. Mais o que aconteceu mãe? - ela demorou pra responder. Chorava muito mais dessa vez falou sem gaguejar em alto e bom som e queria que não tivesse dito nada.
- O Davi foi baleado.
CONTINUA...