Verdades secretas capítulo 21

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 2140 palavras
Data: 08/03/2021 00:06:23

Capítulo 21

A passos largos, Renato caminhou em direção ao escritório de Ivan. Carregava consigo uma pasta preta nas mãos.

Ao avistar duas secretárias rindo e cochichando, o executivo para diante delas.

_ Posso saber o motivo das fofoquinhas? Estão em horários vagos?

A secretária de Ivan o olha para Renato sorrindo.

_ O nosso CEO tem um encontro romântico hoje à noite. Ele me pediu para providenciar o chefe Pierre de Beauvoir, um dos melhores do país, para preparar o jantar romântico no iate.

A segunda secretária arqueou as sobrancelhas e disse:

_ Essa mulher deve ser muito especial. Uma sortuda para levar um gato podre rico como o doutor Ivan.

Renato ficou pensativo e arregalou os olhos ao se lembrar que à noite, Ivan teria que ir à um jantar de negócios.

_ Vocês vão voltando ao trabalho e esquecem a fofoca.

Renato entrou apressado no escritório de Ivan e o encontrou sentado à mesa, digitando no computador, compenetrado.

_Bom dia, Ivan. Já confirmei tudo para o jantar de hoje à noite. Pelo que prevejo esse negócio com os chineses será um sucesso.

Ivan franzio o cenho como se não soubesse do que Renato estava falando.

_ Você pode ficar tranquilo que não será mais um daqueles jantares entediantes com empresários velhos e gordos. Eu já providenciei as garotas. E vou te contar, hein. Elas são lindas.

_ Que garotas e que jantar?

_ O jantar de hoje à noite com os chineses.

Ivan bateu na testa.

_ Puta que pariu! Me esqueci completamente dessa droga desse jantar. Remarque para outro dia.

_ Como assim remarcar, Ivan? Você ficou louco? Se fecharmos esse negócio com essas empresas a Matarazzo terá um lucro de quarenta milhões de dólares.

_ Eu sei. E vamos fechar esse negócio, mas não hoje. Eu tenho compromisso.

_ Ivan, vê se eu entendi direito: eu fiquei sabendo pela Denise que você vai ter um encontro romântico hoje à noite e aí você dispensa o trabalho por causa de uma mulherzinha? Meu amigo, o seu pai sempre contratou garotas de programas de luxo, só mulheres tops de linha, para fazer um agrado aos clientes. Dentre elas tem uma que é uma deusa, essa eu reservei para você.

Renato mostrou a foto de uma bela mulher.

_ Ela é linda mesmo. Se fosse há uns meses atrás eu iria a essa reunião com gosto, mas eu sou um homem fiel. _ Ivan disse sorrindo e piscando para Renato.

_ Mas esse negócio é importante!

_ Renato, não discuta comigo. Remarque e pronto. Nós somos amigos, mas eu sou o seu patrão.

_ Tudo bem. Você é quem manda. Mas, eu confesso que estou curioso. Não há dúvidas que você está completamente apaixonado. Quem é a felizarda?

_ A curiosidade matou o gato.

_ Ou o felizardo?

Ivan olhou para Renato.

_ Você não precisa ter receios comigo. Eu sei que você também gosta de rapazes e eu não tenho preconceito. Já sei! É o Gael, não é? Você sempre gostou dele, desde quando era criança.

_ Claro que não! Eu não quero nem ouvir falar nesse nome. Tomei nojo desse cara.

_ Uh, é! Se não é o Gael, então quem é?

Ivan suspirou sorrindo.

_ Você não o conhece. Ele um menino lindo, inteligente, generoso, amoroso, meigo. Você tem que ver que gracinha de menino. Loirinho, carinha de anjo e um corpinho delicioso. Dezoito aninhos.

_Então é um rapaz? Aliás, um garoto! Ele é muito novo pra você.

_ Eu sei. Mas isso é só um detalhe. Um delicioso detalhe.

_ Agora com o Raúl morto você é livre para sair do armário. Te desejo muitas felicidades, meu amigo.

_ Obrigado, Renato. Eu estou muito feliz como nunca estive antes. Eu me sinto revigorado.

_ Qual é o nome dele? É de alguma família tradicional? Algum modelo?

_ Não, não. Ele não é um playboyzinho chato e muito menos modelo. É um garoto comum. Ele não é rico. A família é...digamos...

_ Humilde?

_ Pobre.

_ Como assim?! _ Renato perguntou espantado.

_ É isso que você ouviu. Mas, isso não me importa. Eu quero a ele e não dinheiro. Isso eu já tenho.

_ Tem e muito.

_ A única coisa que me incomoda um pouco são as roupas dele. Sabe, são muitos chinfrins, coisa de quinta categoria mesmo. Mas, vou mudar isso logo. Eu pretendo dar um banho de loja nele. Deixá-lo apresentável. Vesti-lo como um príncipe que ele é.

_ Como você diz que ele é um garoto pobre, com certeza vai adorar o banho de loja.

_ Aí que está o problema. O Victor é diferente das outras pessoas. Ele tem aquela merda de princípios. Uma vez ele recusou uma proposta minha e ainda ficou ofendido. Eu sinto que devo ir devagar. Pisando em ovos para não ofender o meu amorzinho.

_ Eu não quero ser o estraga prazeres, mas meninos assim podem fazer joguinhos. No começo fazer parecer que não querem o seu dinheiro, que só querem amor e com o passar do tempo, irem sugando o seu dinheiro aos poucos.

Ivan fez sinal negativo com o dedo indicador.

_ Não, não e não. O Victor não é assim. Ele é especial. Sabe, apesar de eu odiar pobre orgulhoso, metido a moralista, até que isso no Victor me agrada, porque eu tenho certeza que ele gosta de mim de verdade. Sem nenhum interesse no meu dinheiro.

Renato o olhou com uma expressão de desconfiança.

_ Você não acredita em mim, né? É preconceito da sua parte. Acha que só porque ele é pobre é interesseiro. Mas, você mudar de ideia quando conhecê-lo.

_Nossa! Então, eu terei a honra de ser apresentado ao seu novo caso.

_ Caso não. Namorado. Futuro esposo.

_ Então, estamos falando de amor de verdade? O rapaizinho laçou mesmo o seu coração!

_ Ele me laçou por completo. Eu sou louco por aquele garoto. Quero-o pra mim. Só pra mim.

_ Quem não vai gostar nada disso é a sua mãe.

_ Ela que não se atreva a se intrometer neste assunto. Eu amo o Victor e sou capaz de tudo por ele. Se for preciso eu passo por cima de qualquer um que se pôr no meu caminho.

_ Até mesmo da sua mãe?

_ Principalmente, dela.

A porta foi fechada delicadamente para preservar a privacidade dos amantes.

A mesa estava posta para dois com taças de cristais, talheres de ouro e pratos de porcelanas francesas. Como prato de entrada foi servido insalata caprese.

O ambiente era iluminado pelas luzes das velas e pela luz da lua que entrava pela janela.

Os olhos azuis de Victor percorriam pelo ambiente. O garoto estava fascinado pelo ambiente luxuoso, o qual não estava acostumado a frenquentar.

_Espero que goste do menu. Eu fiz questão de contratar um dos chefes mais renomados. O que eu mais quero é te agradar._ A voz de Ivan penetrava no ouvido do loiro sussurrando, em seguida Victor sentiu a sua orelha receber uma leve mordidinha, provocando arrepios no seu corpo.

Como um cavalheiro, Ivan puxou a cadeira para que Victor pudesse sentar. No entanto, o menino permaneceu em pé e abaixou o olhar.

_ Eu sinto muito, mas eu já jantei.

_ Como assim?! Eu te convido para jantar e você janta antes de sair de casa, meu bem?

Ivan sorria, acariciando a face do amado.

_ A verdade é que eu morro de vergonha de comer na frente das pessoas.

_ Que bobagem, Victor!

_ A minha mão direita não funciona. Eu tenho que usar a mão esquerda, o que é um desastre.

Ivan sentiu o remorso ferir o seu coração como um lança penetrando a carne. Desejou trocar de lugar com Victor, tendo ele a mão defeituosa.

_ Eu sinto muito, meu amor.

Ivan o puxou para si e o abraçou fortemente, como se quisesse protegê-lo de todos os males do mundo.

_ Você não precisa ter vergonha de nada.

_ Mas, eu tenho. Eu ainda não me sinto confortável comendo na sua frente.

_ Tudo bem, minha vida. Se você não quiser jantar, eu não vou te obrigar. Mas, eu quero que você se sinta muito bem na minha frente. Não precisa fazer cerimônias. Eu quero ser o seu porto seguro.

Os lábios de Victor foram ao encontro dos de Ivan. O loiro pôs as mãos em volta do pescoço do namorado, enquanto esse o abraçava.

_ Venha para o quarto.

Victor foi conduzido à suíte do iate. O som do mar ecoava no ambiente e um vento gelado entrava pela janela.

O loiro se abraçou para tentar se proteger do frio. Ivan o tomou nos seus braços e sussurrou ao pé de ouvido:

_ Deixe que eu te aqueço.

Os dois se observavam. O fogo do desejo percorria nos seus corpos.

O toque da mão macia do empresário percorria pela nuca de Victor, descendo pelas costas, até que teve como destino final as tão desejadas nádegas de Victor.

Ivan mantia os olhos observando os de Victor.

_ Eu já me perdi em tantos olhares, mas foram nesse par de olhos cor do céu que eu me encontrei.

_ Assim você derrete o meu coração de tanto quentinho.

Novamente os lábios se beijaram sedentos de desejos e volúpia.

Entre carícias, beijos e gemidos, os jovens se despiram. Completamente nus, deitaram sobre a cama, trocando calor dos seus corpos.

Victor gemia baixinho sentindo a língua de Ivan percorrer o seu tórax, barriga e virilhas.

Aos poucos, suas pernas iam se rendendo aos encantos do parceiro, se abrindo lentamente.

Os corações batiam cada vez mais rápido, agitados pelo prazer recíproco.

Suas mãos exploravam os seus corpos, percorrendo em cada parte, sentindo o calor e a maciez das suas peles. Nessas explorações e descobertas, os lábios dos amantes se tocaram enfim num beijo molhado e intenso.

Ivan interrompe a sequência de beijos e, com os lábios percorre o pescoço do seu amante, onde depositava beijos e leves mordidas, fazendo Victor gemer de tesão.

Às vezes, a sua boca subia. Um beijo rápido acontecia, e logo em seguida se direcionava as orelhas e queixo.

_ Eu quero sentir o seu sabor e quero que você sinta o meu._ disse Ivan, deslizando os dedos sobre os lábios de Victor.

_ Ao mesmo tempo?

_ Sim.

Ivan deitou ao lado de Victor, e esse subiu sobre ele posicionando a cabeça diante do seu pênis, pondo o seu quadril perto da boca de Ivan. Os pênis penetraram as suas bocas e num movimento delicioso, ambos chegavam ao auge do prazer, trocando os gostos das suas excencias.

Ofegante, Victor deita ao lado de Ivan e o beija.

_ Eu te amo, Ivan.

O som da voz de Victor e o movimento dos seus lábios declarando o seu amor, fez o coração de Ivan se encher de um sentimento tão bom que foi inevitável não dizer:

_ Eu também te amo, meu benzinho.

_ Eu te quero dentro de mim, Ivan. Quero ser todo seu e quero que você seja todo meu.

O empresário o conduziu a deitar de bruços. Ficando por cima, Ivan beijava as costas e nuca de Victor, em seguida percorria a língua pela coluna vertebral até chegar nas nádegas, onde dava leves mordidas e beijava.

Com as duas mãos abriu as bandas e ficou observando o pequeno ofício rosado do menino por alguns instantes. Em seguida, penetrou a língua no ânus do rapaz, o fazendo gemer alto, se esquecendo dos poucos serviçais que estavam na embarcação.

O empresário interrompeu o cunete para pegar o lubricante, que estava ao lado da cama.

_ Vira de frente pra mim. Eu quero vê esse rostinho lindo, enquanto eu te fodo.

Victor obedeceu excitado, mordendo o lábio inferior, deixando Ivan louco de tesão.

O empresário, com os dedos, lubrificou Victor e a si a mesmo.

Aos poucos, Ivan entrava dentro das intimidades do amado. Seus corpos unidos, agora eram como se fossem um só corpo.

As respirações e gemidos ecoavam pelo quarto. Assim como o som dos atritos dos seus corpos.

Uma explosão de desejo, prazer e satisfação fizeram com que os seus corpos ficassem marcados para sempre.

As suas almas estavam conectadas pela paixão, pelo desejo e principalmente pelo amor.

_ Você é muito gostoso. Nunca fui tão bem comido como hoje.

Ambos sorriam um para outro.

Ofegante, Ivan deitou com a barriga virada para cima e ficou olhando o teto sorrindo.

Victor virou para o lado e se aconchegou nos braços do amado como uma criança em busca de proteção. Encantado com o menino, Ivan o abraçou e eles ficaram na posição conchinha, enquanto Ivan acariava os cabelos de Victor.

Ter Victor em seus braços, nu e frágil, despertou em Ivan um desejo de protegê-lo, cuidá-lo e fazê-lo feliz.

Como ele ama aquele garoto!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 24 estrelas.
Incentive Arthur Miguel a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Foi linda essa noite de amor deles, senti todas as emoções daqui. Espero que tenha mais capítulos assim rsrrsrs

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Victor devia descobrir o que Ivan fez com ele e acabar tudo.......a mãe do Ivan e o Renato deviam morrer.

0 0
Foto de perfil de Ana_Escritora

Espero que com o tempo, o Victor recupere os movimentos da mão. E se o Ivan quer mesmo levar à sério essa relação, ele precisa consertar os vacilos que ele deu: devolver o emprego ao Gael pois isso prejudicou tbm a menina lá nos estudos e dar um jeito na mãe dele.

0 0