Causo Antigo - Espiando o Casal Trepando na Beira do Rio.

Um conto erótico de Causos do Cowboy
Categoria: Heterossexual
Contém 5386 palavras
Data: 11/03/2021 15:05:32
Última revisão: 12/03/2021 10:33:04

Bom dia a todos leitores do CDC.

Andei lendo uns causos que me fizeram recordar de uma coisa, que eu e muitos moleques que foram criados em fazenda fizeram!

Espiar as moças e mulheres durante banhos de rio, ou nos banheiros, que no geral, eram feitos de tábuas, onde se possibilita, através das festas nas madeiras, dar aquela espiadinha, com a rola na mão, batendo uma punhetinha sofrida! 😂😂

Em um dos meus causos, conto como me envolvi com a Dona Creuza, uma Mulata Mineira muito gostosa, e tudo começou com um fogueamento quando senti o cheiro de suor daquele corpo, e na sequência, tocando uma punheta no banheiro de sua casa, cheirando sua calcinha e espiando aquele rabão volumoso pelas frestas, enquanto a desavisada senhora limpava gentilmente minhas botinas, balançando a anca!!!

As recordações daquela época me deixam com o coração apertado, mas faz parte, tudo tem um começo, meio e fim.

Bem no final dos anos 70, início dos 80, na minha região haviam muitas fazendas e sítios que cultivavam café.

Em sua maioria, possuíam colônias onde moravam os trabalhadores, e o movimento era grande por aquelas velhas boiadeiras.

Lembro que a estrada que passava na frente da nossa fazenda, ainda era de terra, sendo asfaltada anos depois.

A diversão daquele povo era esperar o sábado para ir na vila, pois quase todo sítio grande e fazenda de café possuía caminhão, que aos finais de semana levavam aquele povo todo para fazer suas compras, ir ao barbeiro, na cancha de bocha, nos empórios para beber umas pingas, comprar aviamentos de caça e pesca, comprar algum medicamento ou se consultar no boticário (farmácia).

Era sempre a mesma coisa todos os finais de semana, e com meu pai não era diferente. Porém, a peonada da fazenda ia à cavalo para a vila comprar suas coisas e tomar umas pingas. Acho que contei isso em um outro causo, falando sobre a forma de pagamento semanal, que meu pai fazia com os peões!

E foi em um desses finais de semana que aconteceu esse fato.

Eu havia atrelado uma égua castanha na carroça, para buscar lenha para a semana toda. Era minha obrigação fazer aquilo desde molecote, e mesmo tendo alguns peões à serviço do meu pai, nunca deixei de realizar aquela tarefa.

Peguei o machado, dei uns trancos no cabo para afirmar a cunha, conferi a situação do fio de corte, e com uma lima, fui amolando a ferramenta.

Depois de preparar tudo, peguei um garrafão d'água, coloquei enroscado pela alça no banco da carroça, e fui saindo de casa para lenhar.

Lembro de um vizinho nosso, que por conta da maldita geada de 1975, havia cortado parte dos seus velhos cafezais e formado pasto. Eu era pequeno, mas recordo que ele havia empreitado para uma turma grande fazer a derrubada do pés de café, e após o corte, empilhou tudo perto de um capão de mato, que ficava bem na divisa da nossa fazenda.

Passei pelo terreiro, e logo na frente da porta da cozinha, lembro da minha mãe com um lenço amarrado na cabeça, seus cabelos lisos e loiros já esbranquiçados escapavam pelas laterais, me gritou para tomar cuidado com o machado!

Coisa de mãe zelosa com seu filho único (eu ainda era o único a colocar sal na moleira dos meus velhos) … ah que saudade!!!

Dei uma parada na porteira em frente a porta da sala, empurrei com o pé o freio da carroça, que era uma alavanca de ferro com uma bola de ferro na ponta, fixada na vertical, do lado esquerdo, na lateral dianteira esquerda.

A gente ia com uma perna do lado de fora, balançando, e quando fosse preciso, segurava puxando as longas rédeas, e empurrava o freio com a sola da botina!!

Eii tempo véio aquele…

No banco da carroça, eu colocava um pelego bem macio, pois se tinha uma coisa desconfortável, era seguir pela boiadeira, aos solavancos, amassando a bunda naquela tábua.

Corri até um pé de laranja e peguei algumas para chupar, assim matando o tempo até chegar no local onde iria lenhar.

Voltei para a carroça, toquei a velha égua Castanha, que era do meu finado avô, e fui saindo pelo corredor da fazenda.

Virei à direita e fui seguindo pelo estradão, com calma, ainda era cedo, devia ser quase 7:00 hs.

Pela égua ser muito mansa, eu prendi as rédeas por baixo da perna e fui descascar as laranjas, que eram bem docinhas, da qualidade Bahia, com aquele famoso umbigo.

Peguei meu canivetão no machete, e fui saborear as frutas, que eram bem cuidadas e regadas pelo cano da pia da velha cozinha da minha mãe!

Rodei na velha boiadeira por uns 20 minutos, quando cheguei em uma velha porteira de madeira que ficava bem na divisa das fazendas.

Naquela época não se falava em roubo de gado, nem havia tantos vagabundos pelo mundo, por isso a velha porteira não tinha corrente nem cadeado!!!

Subi com a carroça, parei e fui abrir a cancela, que tinha um rangido triste, igual um lamento.

Entrei e deixei a égua parada na sombra de um cedro, e enquanto fui fechar a porteira, ouvi um cavaleiro que se aproximava.

Era um dos peões da fazenda que havia se mudado a poucos meses. Lembro que era um sujeito novo, devia ter uns vinte e poucos anos, era branco, e tinha o nariz bem vermelho, descascado por conta do excesso de sol que pegava no rosto.

Por isso eu, meu pai e tio só usamos chapéus de aba larga, para evitar ficar com o nariz igual um pimentão!😂😂

Esbarrou o cavalo e veio trocar um dedo de prosa comigo:

-- Dia ismininu...cê tá bao mêmu… vei busca umas lenha pra vossa mãe… eles tão bao… e as coisêra…

E trocamos um dedo de prosa, nada de mais, e fui subindo na carroça e seguindo até o capão de mato, onde estavam os troncos dos finados pés de café.

Ele me seguiu e fomos tagarelando. Ofereci uma laranja, que foi aceita de imediato, pois na região, aquelas frutas do nosso pomar eram faladas!

Esqueci de contar que o dono daquela fazenda havia nos autorizado a buscar as lenhas, pois haviam muitas, e eles não davam conta de queimar aquilo tudo nos fogões.

Recordo que haviam 50 mil pés de café naquele lugar, e foram todos cortados e jogados naquele canto, sendo carreados por juntas de bois em carretões…

Ei tempo veio…

Uma meia hora depois chegamos no local onde estavam as lenhas. Lembro do peão me pedir cuidado, pois naquele capão de mato, por conta das pilhas de lenha, formou-se um cobreiro imenso:

-- O Betim… ocê fica veiacu cas cobra rapaizim… tem nesses meio de pau jararaca e ututu de chifre rapaiz…

Era assim, quando alguém ia se referir a algum animal ou coisa que era criada, crescida, grande ou muito velha, se falava que a coisa havia criado chifres. Uma vez que, só boi e vaca velha tem os chifres bem crescidos!

E era verdade, não naquele dia em questão, mas em outras ocasiões, cheguei a matar jararaca com um metro e meio, e vez por outra uma cascavel, e a falada urutu cruzeiro, por sorte nunca vi no local !

E iniciei meus trabalhos.

Puxava as lenhas para o limpo, segurando a ponta do cabo do machado, prendendo ao bico da lâmina os tronquinhos secos.

Jamais eu me abaixava e socava a mão no meio das lenhas, era perigoso, e todo moleque sabia, que em monturos de paus, buracos de cupinzeiro, caboré (coruja) e tatu, não se devia enfiar a mão!!!

Lições dos velhos que eu seguia à risca!!!

Era servicinho leve aquilo, que consistia em quebrar no meio as forquilhas, picar as ponteiras e ir juntando tudo.

Hoje sei que chegava a juntar de 3 a 4 metros cúbicos de lenha picada no machado. (1 metro de altura por 3 ou 4 de comprimento).

Sem falar nos cavacos de madeira (pequenas lascas) que eu juntava em um saco. Aquilo ajudava a acender o fogo pela manhã!

Nesse meio tempo, o peão me falou que estava pensando em ir pescar depois do almoço no velho ribeirão que serpenteava pelos meios das invernadas daquela região.

Me perguntou se por um acaso, meu pai não se importaria se ele fosse pescar do nosso lado da cerca.

Respondi ao peão que não haveria problema, ele era nosso conhecido, e tinha toda liberdade para ir tentar a sorte com os bagres, mandis, lambaris e traíras que eram abundantes naquela época.

Lembro dele me falar que se eu não fosse fazer nada, era para me juntar a ele na pescaria.

Sei que falou por falar, por educação, uma vez que eu era filho do dono da fazenda onde ele tentaria encher a fieira com os peixes.

Respondi que talvez não, pois o pai sempre ia na cidade nos sábados depois do almoço, e com certeza eu iria com ele.

E fui amontoando tudo, ajeitando e uma hora depois, havia lenha suficiente para a semana toda.

Encostei a velha castanha, que de tão custeada nas lidas e rotinas da fazenda, com uma estalada de beiço, soltando o freio da carroça, caminhava lenta, ia e voltava, parando de fasto, bem do lado das lenhas, facilitando minha jovem vida!

Eita tempo véio…

Tirava a tampa traseira da carroça, o banco e os amarrava na guarda lateral e ia arrumando com cuidado, para caber tudo e não precisar dar duas viagens.

Como meus velhos sempre me diziam, o preguiçoso trabalha duas vezes!!!

Eita tempo…

Depois de tudo carregado e amarrado, montei no varal da carroça (são as madeiras que sustentam a carroça, e onde se atrela o animal) e fui voltando pra casa. Me despedi do companheiro, que foi no passo lento com o cavalo conferir as cercas, olhar os cochos e a vacada da fazenda do nosso vizinho, avisando que talvez fosse mais tarde pescar no nosso lado do rio.

O ribeirão ficava um pouco mais largo e profundo do nosso lado, por isso era procurado naquela época por alguns dos vizinhos para pescar nos fins de tarde ou mais à noite. Meu pai não se importava, desde que pedisse antes !!!

Quando cheguei em casa, pelo sol começando a arder na pele, devia ser umas 9:30, quase 10:00 hs.

Parei na lateral do alpendre dos fundos, perto de onde minha mãe lavava roupa, e fui descarregar o saco de cavacos e um pouco de madeira, que ficariam dentro da cozinha, bem arrumada e empilhada do lado do velho fogão à lenha.

O restante, eu ajeitava em um ranchinho coberto com telhas, feito em uma água (telhado simples) que ficava perto de uns pés de limão, no caminho entre o chiqueiro e um velho paiol.

Cumprida minha obrigação, fui soltar a velha castanha, que até relinchava quando sentia a carroça leve, sabendo que ganharia um banho no velho bebedouro perto da remanga, e um balde de 18 litros cheio de espigas de milho.

Era uma heroína aquela égua, tendo viajado com meu finado avô, como madrinha de tropa na comitiva por muitos anos.

Aquela cara cheia de pêlos brancos em meio aos castanhos, cicatrizes de arranhões e guampadas (chifradas) de bois pantaneiros na barriga e anca, uma pisadura (marca) igual um colar esbranquiçado, onde se prendia o sino do polaco no pescoço, contavam a vida daquele bom animal, que segundo meu pai, tinha mais de 20 anos, e havia conhecido boa parte do Estado de São Paulo, Goiás, Minas, Mato Grosso e Paraná!

Eita lida véia saudosa..

Cheguei em casa suado igual um burro de arado, minha mãe estava acabando de fazer a bóia, e meu pai logo chegaria para almoçar. Estava correndo invernada com a peonada, que aos sábados eram dispensados depois do meio-dia.

Fiquei ali sentado no chão, bem na porta da cozinha, comendo umas bananas maçã, que ficavam penduradas perto do fogão à lenha em um gancho comprido.

Aquilo quando estava madurando, perfumava a casa toda.

Era aquele cheiro gostoso da lenha queimando, o café torrado e moído em casa, sempre quentinho no bule, o feijão gordo com linguiça borbulhando e engrossando o caldo, o alho frito na banha de porco antes de refogar o arroz, o bifão com uma bela capa de gordura queimando na velha panela de ferro com alho e pimenta do reino, a couve refogada com muita cebola, batata doce cozida, ovo frito e pedaços grossos de queijo que eram colocados por cima do arroz, quando a água estava secando, uma bacia de salada de alface, almeirão, rúcula e muitos tomates cereja, regados com o caldo do limão galego… e tudo temperado com sal branco boiadeiro!!!

Nem falo dos doces e dos pães feitos com fermento de batatinha…

Esse era o cheiro da cozinha da minha amada mãezinha que levarei comigo para o caixão… ❤🌹

Saudade dos diabo…!!!!!!!

Não demorou muito e ouvi a zuada da peonada, que estava animada por ser sábado.

Depois que soltaram a tropa, foram para suas casas, que ficavam bem mais para o fundo do terreiro, passando pelo galpão das tralhas, a uns 70 metros da nossa casa.

Meu velho chegou, foi contando como estavam os bois, e foi jogando o chapéu nas minhas pernas, roubou um pedaço da minha banana e colocou tudo na boca, arregaçando as mangas, indo lavar o rosto e os cabelos amarelos no tanque…

Depois de lavar seu rosto, o pescoço vermelho, se secou com um pano, arrumou o bigode e veio sentar do meu lado.

Perguntou se eu havia buscado as lenhas para mãe, se estava tudo bem pelo caminho…

Aproveitei e contei que o peão do vizinho talvez ia pescar do nosso lado. Ele só balançou a cabeça em sinal de positivo, e ficamos por ali, naquele momento, que na época eu achava normal, mas hoje, sinto uma saudade miserável !!!!

Logo minha mãe aparece na porta da cozinha com aquele avental amarrado na cintura, a colher de pau na mão nos chamando:

-- Minha peonada está com fome… venham pra dentro… a bóia tá pronta!!!

Ela sempre falava daquele jeito com nós dois.

Fizemos aquela montanha nos pratos, e fomos nos sentar na mureta do alpendre, local mais fresquinho. Logo a mãe trazia uma jarra com uns 3 litros de suco de laranja e limão adoçado com mel, bem geladinho.

E se juntava a nós para aquele momento em família.

Já contei que a casa era grande, sala com televisão e tudo mais, porém, a criação simples dos meus pais, não deixavam que se tornassem pessoas diferentes em seus costumes.

E casa de boiadeiro era assim, se recepcionava as visitas no alpendre ou na cozinha, com um café fresco, e muita, mas muita comida, pães e doces...!!!

Durante aquela refeição, meu pai disse que precisava ir na casa do meu tio, depois iria até a cidade com minha mãe para comprar não me lembro o que.

Perguntaram se eu iria com eles, ou se ficaria em casa cuidando de tudo na ausência deles, igual um homenzinho!!

Era bem assim que me falavam! ❤

Pois não iam demorar, e chegariam antes do fim da tarde, para se arrumar e ir na missa da noite.

Disse que ficaria em casa mesmo, ia tirar uma madorna (cochilo) na rede, e à noite iria com eles, pois a intenção era me entupir de sorvete e ver meus colegas na pracinha da matriz!

Depois do almoço, minha mãe arrumou tudo, lavou as louças, cobriu as comidas, foi se arrumar com meu pai e por volta de 12:30 partiram com o fusca para a cidade.

Eu achava engraçado meu pai dentro daquele carro apertado, e toda vez que ia entrar, se esquecia de tirar o chapéu e batia a aba na coluna da porta.

Era a mesma coisa toda vez, e assim que batia:

-- Sporca putana… maledeto...dun cane...dum dio spórco...dun dio...dun cane...

Xingava pra caraaaalho, e ficava igual um tomate de tão vermelho. 😂😂😂😂😂

Minha mãe segurava naquele puta que pariu que ficava logo acima de onde se fixava o cinto de segurança (que ninguém usava), olhava pra mim e ria de chorar da rabugice do meu pai!!! 😂

E foram indo para a fazenda do meu amado tio, me deixando em casa, sem nada para fazer, a não ser buscar uma palha, enrolar um cigarrão, esticar a rede e ficar olhando o movimento da estrada e bem lá longe, onde a vista alcançava, as invernadas e roças das propriedades vizinhas.

Liguei o rádio, fiquei ouvindo as notícias da região, vez por outra uma música, balançando a na rede, soltando fumaça…

Quando em vez, uma rolinha cantava preguiçosa, acompanhada por zuadas de periquitos tuim, maritacas e um bentevis, que adorava pousar nos galhos da velha Sete Copas.

E nesse lenga lenga preguiçoso, acabei dormindo, pois estava desde às 4:00 hs acordado, nada mais justo eu tirar aquele cochilo!

Fui despertado pela peonada me chamando, e a voz conhecida era do Miguelito, homem de confiança do meu pai, avisando com aquele sotaque de bugre pantaneiro, que estavam indo na vila, e se eu queria ir com eles.

Disse que ficaria esperando meus velhos, para mais à noite ir na missa.

Se despediram, tocaram as montarias e foram saindo pela porteira, assobiando, falando alto, muitas risadas... pegando aquele caminho que fiz muitas e muitas vezes, indo visitar minhas bucetinhas!!!

Devia ser umas 15 ou 16:00 hs, pois sempre deixavam para sair aquele horário, em que o sol estava indo embora, deixando o sertão um pouco mais fresco.

Me levantei da rede todo suado, parecia que tinha me mijado todo, tamanho era o calorão.

Tirei a camisa, lavei meu rosto e cabelo no tanque, comi mais umas bananas, e nisso de ficar sem saber o que fazer, resolvi ir procurar o peão que ia pescar na nossa parte do rio, e saber como tinha sido a pescaria.

Coloquei meu chapéu, e fui pegar um cavalo, pois estava cozido na preguiça, e não queria ir andando até a beira do rio.

Enchi um balde de milho, e chegando no piquete da tropa fui gritando:

-- cô cô cô..vem...vem...vâmo...vâmo...

E a tropa veio se achegando, e me seguindo até um cocho comprido que era entalhado em um tronco de ypê, e pelo que eu sabia, tinha uns 30 anos só naquele lugar.

Esparramei as espigas, a tropa veio comer, murchando as orelhas e se estranhando uns com os outros. O cavalo escolhido foi um pampa novo que meu pai havia comprado há um ano.

Passei o cabresto e fui levando ele até o galpão para arriar o bicho.

Uns 15 minutos depois sai pelo mangueiro e fui descendo para o rio, seguindo o trilheiro do gado.

Estava uma tarde tranquila, tinha um bando de garças brancas voando... segurava a rédea nas sombras das árvores e aproveitava aquela brisa fresquinha que às vezes soprava, fazendo a aba do meu chapéu balançar, me causando um bem estar na alma...

Uns 20 minutos depois fui chegando na baixada da margem do rio, e de onde estava, não vi sinal de vida nem ninguém por ali.

Pensei que poderia estar mais para dentro da matinha que margeava o rio, e quebrei rédea a direita e segui descendo até um outro capão de mata mais fechada, onde tinha umas 5 curvas o rio, deixando a água mais agitada.

Demorei uns 10 minutos para chegar no lugar, e fui entrando com o cavalo, com cuidado para não fazer barulho, pois quem está pescando, detesta zuada por perto espantando os peixes.

Fui com o cavalo até quase a divisa do outro lado, e nada de encontrar o sujeito pescando.

Cheguei a pensar que ele nem tinha ido pescar do nosso lado, pois onde passei, não havia rastros de botina, só dos cascos dos bois e da tropa.

Fui voltando, devagar, sem pressa nenhuma de chegar, e seguindo no passo lento do pampa, cheguei no ponto onde sempre nadava, bem no rumo do mangueiro.

Apeei do cavalo, puxei ele até a sombra de uma goiabeira que enroscava os galhos em uma velha macaúba e amarrei a montaria.

E já que estava ali, fui aproveitar a água fresca e dar um mergulho.

Tirei as botinas, a rancheira encardida, as meias e o chapéu, joguei na areia e fui entrando na água devagar.

Quando cheguei na parte mais profunda do canal, dei umas braçadas e afundei dando um mergulho.

Eu adorava nadar naquele lugar, e sempre que podia ia dar umas braçadas naquela água fria e limpinha!

Passei tempo naquela brincadeira solitária, quando um barulho vindo da parte mais acima do rio me alertou.

Pelo que eu conhecia de mato e beira de brejo, apesar da pouca idade, era jacaré, ou alguma capivara mergulhando.

Fiquei encafifado, pois a muitos anos não se via capivara por ali, coisa que só na época em que meu avô formou a fazenda, chegando a ter matado onça e sucuri naquele lugar!

Sai da água, fui caçar um pedaço de pau perto de onde havia deixado o cavalo amarrado. Nada, não havia nenhum galho caído por ali.

Então fui de mãos limpas caçar o bicho que estava fazendo barulho no meio das taboas na beira d'água!

Andei por fora, dei uns 50 passos e o barulho foi aumentando conforme me aproximava da fera selvagem.

Tinha umas moitas de taboca do brejo antes da matinha que cercava aquela parte do rio, que era um pouco mais rasa.

Passei das tabocas, e fui entrando devagar, pisando igual um gato, olhos atentos para qualquer sinal de perigo.

Ouvir quase não se conseguia pelo barulho da água corrente, e fui indo para o rio perto de uns guatambuzeiros, que mais adiante tinha uns 10 metros de chão firme antes de começar o encharcado todo cheio de taboas.

Lembro da curva em S que fazia naquele ponto, e ao me aproximar das taboas, andando meio abaixado, creio que pelo instinto e criação mateira, consegui avistar, não uma, mas duas feras se pegando no meio da várzea!

😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂

Do outro lado do rio, que naquele ponto devia ter uns 15 metros de largura, no meio das gramas e das taboas, o peão que tinha ido pescar, e uma moça, que depois vim saber que era filha de um outro velho peão da fazenda vizinha!!!

Os dois estavam aproveitando o local isolado, e trepavam igual dois bichos no meio daquele brejo!

Eu era safadinho, já tinha comido umas bucetinhas na beira daquele rio, local este, onde vim conhecer buceta pela primeira vez, iniciando uma longa trajetória de sacanagens e muita fudelança !!!

Naquela época eu também via muita revista de mulher pelada, contrabandeadas pelo meu tio, e me acabava, mas aquela cena de sexo explícito, bem na minha frente, me deixou com as pernas tremendo.

Eu nunca havia presenciado adultos transando!!!

Me joguei no chão, ficando igual um jacaré na espreita. Meu coração parecia que ia sair pela boca, que também estava seca igual uma palha!

O casal estava quase na minha frente, e para não ser visto, recuei um pouco e fui procurar um lugar melhor pra espiar a trepada dos dois.

Oculto pelas taboas e pelo barulho da água corrente, fiquei mais à direita do meu lado, fui até uma parte onde as taboas eram mais altas.

Fiquei de joelhos, deixei umas ramas tapando a visão, e tentei me camuflar no local que me permitia assistir a trepada.

Minha rola vibrando de tão dura, saquei a jeba que já era bem criada, e fui aproveitar o show particular naquele lugar esquecido do mundo.

A impressão era que podia ouvir as batidas do meu coração, tamanho era o meu tesão!

O sujeito estava deitado de costas, calça arriada até os joelhos, e a moça, uma morena clarinha, estava pelada, peitos balançando na cara do rapaz, cabelo comprido preto, sentada em cima, rebolando e mexendo a bundona.

O peão apertava a bunda da morena, dava beliscões e tapas, mamava e esfregava o rosto nos peitos da moça, que balançava a cabeça para os lados sem parar.

E eu na punheta, que àquela altura, já tinha dado umas 2 gozadas, e a rola continuava dura igual uma pedra!!!😂

Moleque é bicho do cão mesmo, já estava bom a cena, mas eu queria ver mais!!

Me abaixei outra vez, voltei onde havia encontrado os dois, e me posicionei com a barriga no chão, levantando um pouco, escorado no braço esquerdo, e com a mão direita por baixo, fiquei punhetando o cacete, que parecia uma ponta de eixo de tão dura!😂😂

Foi lindo ver aquela cena amorosa!

Eu escondidinho ali no meio do mato, a poucos metros, conseguia ver a buceta de lábios salientes, beiradas roxinhas, bem peluda, engolindo a rola branquela do peão.

O sacana entre tapas e apertões naquela bunda linda e molhada, que brilhava ao sol do fim de tarde, vez por outra tentava enfiar o dedo médio no cuzinho da moça.

Ele dava tipo uma coçadinha e quando enfiava a ponta do dedo, ela erguia a cabeça, em claro sinal de excitação pelo estímulo em seu cuzinho moreno, que pela pouca distância, me permitiu constatar que não era muito peludinho.

E tome punheta, esfolando a rola na areia fria da beira d'água.

Em certo momento, a coisa que estava boa, melhorou!

A morena se levantou, deu uns dois passos de costas e pegou água com as mãos e lavou o rosto.

Na sequência, se virou, ficando bem de frente onde eu estava escondido igual uma sucuri! 🐍😂

Ela tinha uns peitos grandes, mamilos marrons bem bicudos, as coxas eram meio peludas perto da virilha, e a buceta a coisa mais gostosa, com aquele volume dos lábios saltando no meio da pentelheira negra !!!

E tome tchoqui tchoqui tchoqui… punheeeeta mardiiiiiiiiita … eu tava quase tendo um enfarto! 😂😂😂😂😂

A moça mostrando certa habilidade, olhou para trás e foi tateando a perna do peão com a mão, e com a outra, pegou no mangalho do felizardo, e foi direcionando a cabeça da rola na entrada da buceta.

Encaixou e com uma sentada firme, fez sumir a rola do amante dentro daquela buceta morena linda.

O peão pegou aquela gostosa de jeito, agarrou com as duas mãos aquela bunda redonda e ficou apertando com força, enquanto ela agachada, seguranva nas pernas do rapaz... subia e descia, rebolava e ralava a anca, com os olhos fechados, boca entreaberta, suspirando com os longos cabelos negros igual carvão molhados e grudados nos seios.

Eu já tinha gozado umas 5 vezes, e a rola não baixava nem por decreto!!!!

De onde estava não consegui ver, mas pelo gesto que o peão fez com a mão, e pela reação da morena, ele deve ter socado o dedão no cuzinho dela, e pela leitura labial, a moça balbuciava alguma coisa tipo ai ai ai ai meu cú...ai ai ai meu cú…

Que tesão foi assistir de camarote aquela cena meu povo!!!

E ficaram naquele sobe e desce bonito de se ver mais um tempo, até que a morena foi ficando agitada, dando tapas na perna do peão, umas reboladas fortes, com breves paradas, algumas retrações no abdômen, jogando os cabelos, até acalmar e jogar as pernas para trás, alcançando os braços do rapaz, que por sua vez, esfregava um pé no outro, como se agoniado com alguma coisa!

Estavam gozando os dois assanhados!

Ele alisou as costas da moça, fez uns carinhos, deu umas batidinhas na bundona, a moça encostou a cabeça nas canelas do peão…

E ficaram se recuperando do sexo gostoso que haviam terminado de fazer, sem nem desconfiar que tinha um rapazinho escondido do outro lado do rio!!!😀

A morena foi se alinhando, recolheu as pernas e ensaiou se levantar. Estava acabada pelo orgasmo que acabara de ter à beira do rio, mas foi arrumando os cabelos, passou as mãos nos peitões, e com um esforço pouco, foi se levantando.

Quando se desgrudaram, puder ver a porra branquinha escorrendo daquela buceta morena, para as coxas grossas da moça.

Ela passou as mãos, alisou os pentelhos espessos com a palma, enfiou um dedo no meio dos grandes lábios da buceta, mexeu lá e cá, tentando tirar a porra que descia empelotada, fazendo aquele contraste com a pele morena daquela delícia de fêmea!!!

Gozei outra vez, assistindo aquela morena gostosa fazer aquilo tudo, de forma natural e espontânea, sem nem imaginar que tinha um moleque curioso espiando aquele momento tão deles!!!

A cabocla deu um passo e se jogou dentro do rio, dando braçadas e pernadas, refrescando o calor daquele corpo jovem, lindo, entalhado com curvas sinuosas e cheio de vida!!!

O meu conhecido pulou na água, rolou um pouco, molhou os cabelos, e finalizou aquele momento maravilhoso entre eles, e eu ali escondido, com um abraço carinhoso e um beijão na boca carnuda da morena.

Foram saindo da água, entraram pelas taboas do outro lado do rio, pegaram as roupas na outra margem, que deixaram escondidas ao lado de um esteio de aroeira de uma antiga cerca que havia naquele local, da época do meu avô.

A moça colocou a calcinha, vestido e calçou as botinas. O peão colocou a camisa, arrumou a calça, fechou a cinta, chapéu na cabeça, pegou as varas de pescar, um embornal com as tralhas e foi puxando a morena pela mão.

A tarde estava acabando, e lá na baixada do rio, o sol no fim do dia iluminava a copa alta das árvores com faixos amarelados de luz.

Aquele lugar era lindo demais!!!!

Eu só fui me levantar quando vi o casal a uma boa distância da beira do rio, subindo pelo trilheiro do gado, até uma embaúba, onde o trilho do gado se dividia.

Fiquei de joelhos, sem perder os dois de vista, então pude ver um último beijo entre eles, antes de cada um seguir por um caminho.

Eu conhecia até os buracos de tatu daquela fazenda, e pelo jeito, ela seguiria até quase o fim da nossa invernada, entraria do lado esquerdo, perto de uma forma nova de café daquela fazenda, desceria pela roça até chegar na colônia da fazenda.

O peão seguiria subindo o rio, atravessando a cerca um pouco a frente de onde eu buscava lenha e chegaria pela frente da sede da fazenda!!!

E eu...bom, deixei um buraco no chão por conta da minha punheta.

Sai meio sem acreditar em tudo que vi, mas feliz da vida!😂😂😂

Voltei correndo até onde deixei o cavalo amarrado, peguei minhas roupas na beira do rio, antes bati mais uma punhetinha, me vesti, e voltei à galope até em casa.

Quando subi para o plano da invernada, o sol ia sumindo no horizonte oeste, lá pras bandas do Mato Grosso...

Encostei o cavalo perto do galpão, vi que meus pais acabando de chegar. Minha mãe estava abrindo a porta da sala, e meu pai manobrando o fusca embaixo da Sete Copas.

Minha mãe perguntou onde eu estava, que cheguei naquela carreira e todo sujo, sem camisa!😀

Contei que fui nadar no rio, e acabei esquecendo da vida…

Logo que meu pai chegou, me deu um abraço e mandou tirar as tralhas do cavalo e ir tomar um banho ligeiro, que logo mais estariam voltando para a vila.

Era sábado, minha mãe ia na missa, meu velho ficaria na praça falando com os amigos e eu comendo sorvete e aprontando arte com a molecada!!

Depois daquele dia, nunca mais encontrei os dois por lá, e acredito que tenham arranjado um local mais próximo e discreto para namorar!

Lembro que os dois se casaram no ano seguinte, minha família foi convidada e não deixamos de ir na festança, que foi oferecida pelo dono da fazenda, que estimava muito o pai da moça.

Minha mãe foi em Presidente Prudente e comprou um jogo de cama e umas toalhas bonitas para o casal.

Durante a festa no antigo terreirão de secar café, os dois sentados em frente ao bolo, rindo, dando atenção a todos, nem imaginavam o que eu tinha visto eles aprontando na beira do rio, igual dois bichos selvagens!!!

Quando chegou minha vez de cumprimentar os noivos, eu não sabia como disfarçar a cara de cachorro ladrão de ovo!!!

Lembro do peão dizer que estava muito contente em me ver todo feliz por ele estar se casando... 😂

Eita tempo véio...

E moleque, é ou não, bicho do cão! 😈

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Comentários

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veio meu cumpadi, seus cointos sao realmente historias causos descritos com perfeiçao, onde vc com muito talento consegue reunir um misto de doces lembranças que me transporta porestas estradas das saudades daqueles tempos, em que agente era felizes e nao sabia, que relato maravilhoso parabens

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Obrigado compadre!

Sim, 99% dos "causos" que conto, são lembranças, recordações... Algumas não são tão boas.

E nesse causo, quem morou na roça sabe. Serviço de moleque era lenhar, e garantir o abastecimento do fogão para a semana inteira!

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"que na época eu achava normal, mas hoje, sinto uma saudade miserável" isso me fez escorrer um suor do canto do olho direito por lembrar do meu finado irmão...saudade grande ! Foi um pai pra mim !

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Adorei essa história que o senhor contou. Também tive oportunidade de espiar um casal transando na praia. Nem preciso dizer que me acabei na siririca kkkkk

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Sensacional esse relato compadre parabéns

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O cumpadi, Brechador kkkkkk faz tempo que não ouço isso kkkkk.

Eh Guinão Véio, o senhor é do oco da taboca mêmu!!!

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Muito bem, muito bem, mediante o conteúdo do conto o meu cumpadi Betão tambem teve seus episódios de brechador. Rsss . Ta certo uai !

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Ah , eu fui ler Guimarães Rosa depois de velho...

E a minha vida era aquela mesmo, e posso lhe afirmar que tive a minha própria Sagarana... Fui uma espécie de Manuelzão e Miguilim!!!

Como eu contei no primeiro causo que postei aqui no CDC, só estudei depois de velho, sem falar que o corretor ortográfico até tenta me ajudar, mas burro velho empacador dá um TRABAIU!!!!

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Bom dia, eu sei que o povo gosta de uns trem mais pesado, mas os meus leitores curtem esse meu jeito de cobtar os causos...

Sei que não agrado muito, mas quem tem mais de 50 anos me manda muito e-mail...

Agradeço sua visita.

Um abraço!!!

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Vou ler os outros. Lembra, no estilo, as narrativas do G. Rosa.

A turma aqui gosta de algo mais hard.

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O Parafusita, agradecido demais, e se gostar de uns causo iguar qui nem os meus, fique à vontade para ler e comentar!

Eu conto os causos de quando eu era moço, tinha coragem...

Muito obrigado viu !!!

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