Quem leu o conto BOLINHAS não se surpreendeu com o fato de eu não ter hesitado em satisfazer a luxúria de Jorge no oral e no anal (em troca de bolinhas de gude), porque deixei claro, no relato, de que eu não era neófito. O que Jorge, no entanto, não sabia. Porque eu era novo na redondeza e a minha iniciação havia acontecido em outro bairro.
Era um bairro um pouco afastado, limitado por um matagal. Era lá que nos escondíamos para nossas sacanagens. Quando me juntei ao grupo, eles já praticavam um arremedo de sexo anal. Vocês sabem: esfrega-esfrega, mas não entra. (Eu gostava de ser “esfregado”.) E também uma modalidade leve de sexo oral (um chupava um pouquinho o pinto do outro, depois se invertia).
Quanto a mim, desde que dei a primeira chupadinha, não quis saber de revezamento. Eu só queria chupar. Adorava. Até hoje não esqueço os formatos dos pênis durinhos e dos cheiros.
Eu era o mais novo da turma. De modo que a puberdade chegou primeiro para os outros. E comecei a sentir na boca não apenas a diferença de volume, como também o sabor do esperma. Como, nos primeiros tempos, a quantidade era pouca, fui me acostumando a engolir aquele líquido cremoso que, com o passar do tempo, engrossava e aumentava de quantidade.
A essa altura, eu já era o único que chupava. Os demais, aguardavam a vez de gozar na minha boca. O membro viril me fascinava. Eu acariciava os pentelhos, os testículos. E chupava com gula.
Nem sempre estávamos em grupo. Às vezes íamos só eu e outro.
Um desses outros, era o Toni. Bem grandinho, quase adulto, ele me pediu, enquanto eu chupava seu pau:
— Dá o cu pra mim?
Recordando os antigos esfrega-esfrega (lembram que eu gostava de ser “esfregado”?), não hesitei. De bruços, bunda nua empinada, senti a cabeçorra bem posicionada na entrada do meu cuzinho, que se dilatou, como se eu estivesse fazendo cocô (só que de dentro para fora), e lá se foi minha virgindade anal.
Ele perguntou se estava doendo, eu disse que sim; mas não estava.
Na verdade, eu estava adorando.
Como adorei dar outras vezes para ele. E também para os outros da turma.
Assim foi a minha vida durante algum tempo, até que nos mudamos para o outro bairro, onde fiquei longo tempo sem satisfazer minha predileção. Até que surgiu Jorge...
Este relato foi revisado por Érika.
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