Continuação....
Eu: É mesmo? Então mostra! - disse zombando d
da cara dele.
P2: Você realmente gosta de brincar com o perigo moleque - disse ele p* da cara ( KKK )
Vou a pior ideia da minha vida, debochar da cara dele, foi 1 segundo de distração, BOOOM. Levei um baita socão na cara, atingiu em cheio o canto direito da minha boca, logo começou a sangrar muito, olhei com raiva e medo pra ele :
Eu: Tá louco cara, pra que isso? Não te... - recebi logo um chute no estômago.
P2: CALA ESSA BOCA, eu avisei você, não gosto que zombem da minha cara, você pediu por isso.
Recebi uma longa sequências de chutes, todas na região do estômago e coxas, não conseguia me defender muito, só protegia minha cabeça, uma fratura nela poderia resultar em minha morte, e ali naquele lugar ia demorar séculos para me acharem. Eu sangrava muito pela boca, meu corpo todo doia, minha cabeça também, apesar de não acertar chutes nela, ele tentava. Depois de uns 3 minutos me dando chutes e pisôes, ele para e diz:
P2: Aprendeu moleque, nunca, nunca mais zombe da minha cara.
Ele se calou por uns segundos, e continuou:
P2: Eu poderia muito bem matar você, porque concerteza você é mais um desses bandidos, mas não vai com a minha índole, vou deixar você aqui nesse lugar nojento, duvido alguém te achar nessa área - disse rindo - Aaa e se por um acaso, você sair vivo daqui, não abra essa sua boquinha pra ninguém, se não aquelas suas amiguinhas vão sofrer aqui ó - pegou no deu próprio pau. E saiu.
Eu tava muito debilitado, eu não conseguia levantar e ali ninguém ia me achar, não adiantava gritar aquela hora da noite, não iriam escutar, era estupidez da minha parte, além disso estava sangrando demais, não sabia o que fazer.
BINGO, o celular. Se eu tentar ligar pra alguém? Posso sair dali. Isso se ele não tivesse quebrado ele com todas aquelas pancadas. Mas pra quem iria ligar, pouca gente conhecia aquele lugar. Já sei, o Carlos.
Carlos era um colega meu, ele conhecia aquele morro como ninguém. Puxei o celular, com um pouco de dificuldade desbloquiei e achei o número dele, depois de chamar alguns segundos, ele atende:
Carlos: Eai LC meu aliado, tranquilo? - Lc era o jeito que os meninos de lá me chamavam.
Eu: Ca-Carlos.... Me ajuda, ajuda, eu preciso de.... ajuda!
Carlos: LC??? Tu tá bem irmão? Não sabia que você fumava, parece aqueles fumantes falando assim. - SEENHOOOORRR, que amigo burro eu tenho.
Eu: Me ajuda... Me bateram, eu tô aqui no abate, me ajuda.
Carlos: Tá falando sério? - ele me disse, nesse momento ele começou a acreditar no que eu estava dizendo.
Eu: Sim... vem logo.
Carlos: Tá bom. - ele desligou. Era a minha única esperança. Alguns minutos depois ele chega com a lanterna do celular acessa:
Carlos: Caralho LC, quem fez isso com você irmão? - ele disse avançando em sobre mim.
Eu: Me ajuda..... Me tira... daqui. - disse ofegante, na região do pulmão, doia demais.
Carlos: Vamo lá irmão, mas você vai ter que fazer uma forcinha, não aguento todo esse seu peso. - não podia esperar menos, Carlos parecia um esqueleto coitado ( KKKK ).
Ele me apoiou nos seus ombros, e fomos saindo, como disse no conto anterior, a passagem por ali era muito estreita, naquele estado que eu estava seria extremamente complicado sair dali, bati a cabeça umas 3 vezes, o que piorou a dor que eu tinha. Saímos de lá, com muita dificuldade, ele me colou sentado no chão, apoiado na parede, eu ainda sangrava muito. Ele puxou o celular e disse:
Carlos: Vou chamar os bombeiros! - foi a última coisa que ouvi antes de apagar.
Acredito que pela dor e cansaço eu desmaiei, e acordei direto no hospital. Abri os olhos aos poucos e lentamente, conseguia ver as silhuetas na minha frente, mas não sabia quem era, aos poucos minha visão foi ficando mais nítida, e vi que eram a minha mãe, o Carlos e um médico ( que provavelmente cuidou de mim ), meu corpo doia muito, principalmente na região da barriga. Minha mãe começou a falar:
Mãe: Meu filho, você está bem?
Eu: Mãe... Estou, mas meu corpo dói.
Médico: Isso é normal, você levou muitas pancadas e socos, demos um analgésico a você, para melhorar. Você vai ficar até o fim do dia aqui em observação, não haverá sequelas, porém seu corpo vai ficar com dores algum tempo, devido as pancadas. Afinal, o que aconteceu?
Eu só lembravam da ameaça que aquele policial fez:
Eu: Foi-Foi um garoto, eu não lembro do seu rosto, mas era da minha estatura....
Médico: Mas ele usou algo pra golpear você? Porque pelas pancadas, ele deveria ser muito forte ou ele usou alguma coisa para bater em você?!
PQP, médico bocudo.
Eu: não sei...- disse tentando disfarçar.
Médico: Bom... O importante é que você está bem. Vou deixá-los a sós.
Ele saiu, minha mãe disse:
Mãe: Descanse filho, em casa conversamos.
E eu dormi.
Acordei no fim da tarde com o médico dizendo que eu havia ganhado alta, e estava liberado pra ir para casa. Agradeci e fomos embora.
Chegamos em casa, minha mãe entrou e foi preparar algo para comer, enquanto eu e o Carlos ficamos sentados na varanda:
Carlos: LC... Abre o bico.
Eu ( Me fazendo de desentendido): An? Tá falando doq?
Carlos: Eu sei que não foi bem um " garoto " que fez isso. Quando eu saí as pressas, lá do alto do morro, eu vi 2 polícias e uma viatura na baixada, e só há duas formas de entrar lá no abate.... Andando ou sendo forçado. Você acha que eu sou burro? Somos faixas irmão, fala pra mim!
Eu olhei pra ele todo desconcertado, não sabia o que dizer além da verdade.
Eu: Você tá certo. Foi um daqueles policiais, ele apontou a arma pra mim e me obrigou a entrar lá. Você sabe que sou esquentadinho, acabei respondendo ele.
Ele ia começar a falar, mas o interrompi:
Eu: Não fala nada pra minha mãe cara, não quero ela metida nisso, ele ameaçou umas colegas de trabalho, e ele fará o que disse se eu abrir o bico. Promete que não conta nada pra ninguém?!
Ele me olhou duvidoso, mas cedeu.
Carlos: Aaa, tudo bem LC, mas me promete que se ele continuar te perseguindo, você me avisa que coloco uns " crias " de escolta em tu. Combinado?
Eu: Tudo bem, combinado.
No decorrer da noite a minha mãe me deu os remédios, e fez aqueles remédios esquisitos que toda mãe faz, conversei com as meninas que estavam preocupadas comigo, contei toda a história para elas, pedi para elas ficarem de boca fechada, principalmente, a Margarete que como vocês viram, tinha a boca do tamanho do mundo. Além disso, tinha pegado 3 dias de atestado que passaram igual raio, nem pude aproveitar direito, voltaria só no sábado. Chegou sábado, há estava bem melhor, meu braço direito ainda doia, mas ponhei uma faixa que ajudou um pouco na dor. Fui trabalhar, minha rotina tinha voltado ao normal, mas aqueles 3 dias foram muito estranhos, eu não parava de pensar naquele policial desgraçado, eu estava com raiva dele, mas era um sentimento diferente.
Na sexta a tarde tive um pesadelo com aquelas cenas, virou um pesadelo pra mim. Aquele homem era um mostro. Mas meu extinto sexual, via ele como um Deus Grego.
Cheguei para trabalhar, todo mundo veio pra cima querer saber de tudo, inventei a mesma história pra todo mundo e despistei todos.
Aline: Tem certeza que não é melhor falar a verdade?
Eu: Sim, tenho. Melhor assim. - Não havia falado para elas da ameaça que ele fez, não queria assustar elas duas.
O dia foi corrido, fiz todo meu trabalho na minha seção ( limpeza ), e fui ajudar o menino da parte de bebidas, afinal, fim de semana o povo só toma os gole.
Isso era umas 15 da tarde, eu estava repondo a última geladeira, onde ficava as bebidas mais caras, importadas. Vi que parou alguém atrás de mim, mas como o vidro estava embaçado ( Por causa do meu calor e do frio da geladeira) não conseguia ver quem era. Fechei a porta e olhei em direção a pessoa que estava ali.
MEU DEUS. Aqueles olhos, nunca iria me esquecer daqueles olhos verdes, era ele, o policial.
Ele: Ora, ora, olha quem está aqui. Quem é vivo.... sempre aparece. - disse ele irônico.
Eu fiquei mudo, não sabia o que dizer, eu estava com medo ( Ele não podia fazer nada ali, mas eu não esquecia daquela noite ).
Ele: Sai moleque, deixa eu pegar uns drinks.
Sai e deixei ele pegar. Pegou 4 Whisky's, do mais caro, e eu só observando cada movimento dele. Eu tinha raiva? Sim! Mas ele era muito gostoso, não tinha como não olhar ( puberdade é foda cara, qualquer macho e eu ficava acesso já ), ele pegou, virou, me olhou, sorriu de um jeito cafajeste e disse:
Ele: Aprendeu a respeitar quem deve?
Eu: ( finalmente falei ) Olha, só não respondo você, porque estou em ambiente de trabalho.
Ele: KKK você deve me odiar né?
Nesse momento chegou um amigo dele:
Amigo: Vamos Caio, vamos logo - descobri o nome dele, Caio. Lindo igual ele.
Ele: Vai passando lá, tô trocando uma ideia com esse meu amigão aqui. - sinico.
O amigo dele saiu, mas antes me deu uma olhada de cima a baixo, que ele percebeu.
Ele: Você deve me odiar né?
Eu: Não. Eu tenho amor e humildade no coração pra pedoar as pessoas.
Ele: Não me faça rir, isso é só pra pessoas ridículas. Combina com você.
Eu: Você diz isso porque não sabe amar... Ou nunca recebeu amor.
O semblante mudou, o que era um homem fazendo piada, virou um homem com raiva, aquele mesmo homem daquela noite.
Ele: Nunca mais diga isso, nunca mais. - disse apontado o dedo na minha cara, e saindo feito touro.
Quando ele chegou no fim do corredor, bateu de frente com a Aline. Encarou ela, e foi embora. Ela veio em minha direção.
Aline: Lucas????
Eu fiquei mudo, perplexo.
O que aconteceu ali?
Continua....
AAAAAIIII MEU DEUSSS