Verdades secretas 30

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 4088 palavras
Data: 21/03/2021 18:41:47
Assuntos: Gay, Tesão, Mistério, Sexo, Amor

Capítulo 30

Com muita tristeza Victor recebeu a notícia que foi reprovado em cinco disciplinas escolares, resultando na sua reprovação.

No pátio do colégio, enquanto chorava era consolado por Virgínia, que o abraçava. A menina estava indignada.

_ Não é justo que esses desgraçados fizeram isso contigo. Porra, será que eles não levaram em conta tudo que você passou? E a sua mão desse jeito?

_ Eu só quero ir embora. Não quero ficar mais um minuto neste lugar. Vamos comigo?

_ Claro. Não fique assim. Essa putaria não pode te abalar.

Caminhando em direção ao carro, Victor foi surpreendido com a aproximação de Ítalo, que veio correndo em sua direção.

_ Victor! Victor! Espere!

Ao perceber as lágrimas do menino, o sorriso de Ítalo se desfez.

_ Aconteceu alguma coisa?

_ Não.

_ Aconteceu sim. Graças aos malditos professores e a má vontade da sua mãe, o meu amigo foi reprovado. Mesmo se esforçando muito para passar de ano, estudando com dificuldades por causa do cérebro que não é mais o mesmo depois da covardia que fizeram com ele.

_ Eu sinto muito.

O motorista olhava para Ítalo desconfiado.

Há dias em que o violinista ia a porta da escola esperar por Victor. Eles conversavam por pouco tempo e sempre acompanhados de Virgínia.

É inegável que Ítalo esteja apaixonado por Victor. Deseja-o intensamente. Mesmo sabendo que o loiro é comprometido e ama o seu noivo, Ítalo ainda nutria dentro de si uma esperança.

Quando foi contratado, o mororista/segurança, foi instruído por Ivan que além dos serviços oferecidos, o homem teria que o informar caso visse algo que fosse suspeito. Logo, as visitas de Ítalo não passaram em branco.

_ Eu quero foto e nome desse sujeito...ou melhor o máximo de informações que conseguir.

A ordem foi cumprida. Disfarçadamente, o motorista/segurança conseguiu tirar as escondidas uma foto do violinista. E também, com cautela, conseguiu descobrir o nome do rapaz com uma conversa com Victor e Virgínia.

_ Aqui está a foto do sujeitinho. O nome dele é Ítalo. Ele toca violino e trabalha numa cafeteria.

_ Eu conheço esses cornos de algum lugar. Só não consigo me recordar de onde. Em que cafeteria ele trabalha?

_ Isso eu não sei informar, doutor.

_ Pera aí!

Ivan ligou a palavra cafeteria a lembrança que tinha de Ítalo, recordando do dia em que viu Ítalo olhando para Victor na cafeteria.

_ Eu já sei onde esse filho da puta trabalha. Mas, obrigado pelas informações.

_ Se precisar de mais coisas, estou a disposição do senhor.

_ Continue me mantendo informado.

_ Caso o senhor precise, eu posso dá um jeitinho no cara.

_ Ainda não. Só continue fazendo o seu trabalho.

_ Sim, senhor.

Ítalo abraçou Victor.

_ Eu quero te dar um presente.

_ Obrigado pelo apoio. E não precisa se incomodar.

_ Não é incômodo. O meu presente não é nada como o Ivan possa te dar, mas é de coração.

Ítalo retirou o violino das costas.

_ Primeiro eu quero te agradecer por ter me inspirado a compor essa canção.

O menino ficou emocionado ouvindo a música que Ítalo compusera para ele.

_ Gostou?

_ É linda! Eu nunca na minha vida imaginei que alguém poderia compor uma música tão linda pra mim.

_ É linda mesmo. Como se chama?_ perguntou Virgínia.

_ Luz da minha vida.

Victor ficou envergonhado por se sentir ainda mais atraído pelo violinista.

_ Você não sabe o quanto é especial para mim.

_ Ítalo, Eu agradeço de verdade, mas...

_ Já sei. Você tem noivo. Eu sou paciente. Sei esperar.

_ Então, Espere deitado eternamente em berços plendidos, porque do jeito que o Vitinho é louco pelo Ivan você só teria uma chance talvez em outra vida.

Ítalo entregou um pen drive que tinha a música gravada. Victor guardou com carinho na mochila e deu um beijo no rosto de Ítalo como agradecimento. Ato que foi observado atentamente pelo motorista/ segurança.

_ O que aconteceu, meu amor?_ Ivan perguntou vendo Victor chorar desesperado tentando rasgar as provas. Por não conseguir, devido a paralisia da mão o nervosismo do menino aumentava ainda mais.

Virgínia tentava alcamá-lo sem sucesso.

_ Aconteceu que eu sou um inútil. Eu só queria ser motivo de orgulho para a minha família me formando no ensino médio e passando no vestibular. Mas, um psicopata deu uma pancada na minha cabeça e eu perdi a minha habilidade de adquirir conhecimento e de concentração. A minha maldita mão não funciona!

Victor gritava com a face vermelha. Chorava trêmulo.

_ Calma, meu bem. Pra tudo tem um jeito.

_ Que jeito, Ivan? Que jeito? O médico me disse que se a pancada tivesse acertado num centímetro a frente aqui, ó, eu teria ficado vegetal! Porra! Por que isso tinha que acontecer justo comigo?

A dor da culpa torturava Ivan. Sentiu vontade de chorar por ver o amado naquele estado por sua culpa, mas não conseguia, o que o deixou a sua consciência mais pesada. Abraçou-o com força.

_ Não fique assim, meu bem. Pra tudo na vida tem um jeito.

_ Não tem não, amor. Ninguém pode mudar essa merda._ Victor dizia chorando no ombro do noivo.

_ Há sim algo que você possa fazer. Use o seu dinheiro e poder para descobrir quem foi o demônio que fez isso com o Vitinho e põe esse desgraçado ou desgraçada na cadeia.

Ivan temeu que Victor, por influência da amiga, o pedisse isso e fez uma proposta para tentar desviar o assunto.

_ Como vocês entraram em férias hoje, que tal se fizéssemos uma viagem? Podemos ir a um resort maravilhoso na Bahia . Não vamos demorar muitos dias, porque tenho muitos assuntos de negócios para resolver.

_ Olha aí, Vitinho, uma luz no fim do túnel. Se eu fosse você ainda postava várias fotos só para aqueles professores merdas verem a sua volta por cima.

_ Você também vem conosco.

_ Eu?! Euzinha?! Você tá falando sério?_ Virgínia perguntava sorrindo.

_ Vai ser bom para o Victor te ter por perto. Como eu disse, eu nem poderia fazer essa pausa agora. Por isso, que haverá horas que vou precisar ter algumas reuniões onlines e você faz companhia para o Victor.

_ Ah, que foda! Eu nem acredito que vou viajar! Nós vamos no seu avião?

_ Sim.

_ Que fodaaa!

_ Mas primeiro vou precisar da aprovação dos seus pais. Eu não quero ter problemas.

_ Relaxa, que a minha mãe é de boa. Ela não é chata como a Andréia.

Por mais que a ideia animasse Virgínia, Ivan não se sentiu satisfeito por não vê a mesma empolgação em Victor.

Ivan acariciou o seu rosto e o beijou.

_ Eu odeio te vê triste.

Victor o abraçou e voltou a chorar.

Rebeca abriu a porta do escritório de Renato e entrou temendo receber algum sermão, já que o administrador não estava de bom humor.

_ Mandou me chamar, doutor Renato?

_ Sim. Diz a doutora Andréia para vir até a minha sala.

_ Doutora? Ela ainda não está formada, portanto é só uma estagiária.

_ E com uma ordem minha para executar e você tá aí plantada na minha frente, perdendo tempo corrigindo o meu vocabulário.

_ Me desculpe. Eu vou indo.

Andréia sabia que não foi solicitada para falar sobre assuntos relacionados ao trabalho. Contudo, foi até a sala de Renato. Como ele tinha um cargo alto na hierarquia da empresa, ela não quis causar confusão.

Entrou séria como Renato nunca a vira. Para aumentar a tortura do administrador, ela estava linda com um decote em V, e uma saia longa e justa de cintura alta, que realçava as suas curvas. O seu perfume o agradava e os seus lábios pintados de vermelho o deixava louco.

_ Pois não, doutor Renato. Em que posso ajudá-lo?

_ Pare com isso de doutor Renato, Andréia. Eu preciso me explicar...

_ Doutor Renato, apesar de ser a sogra do proprietário desta empresa, eu sou uma profissional muito dedicada ao cargo que o Ivan me confiou. Portanto, não pretendo resolver os meus assuntos pessoais durante o expediente. Caso o senhor queira falar sobre trabalho, eu estou a sua disposição. Caso contrário, eu peço licença para me retirar e voltar a cumprir as minhas funções.

_ Você está sendo injusta. Podemos conversar depois do trabalho?

_ Não. Agora posso ir? Ou terei problemas com a doutora Carla caso ela precise de mim. E creio que o senhor não tem nenhuma intenção de atrapalhar o trabalho dos seus colegas. Posso ir?

Renato abaixou a cabeça. Suspirou fundo lamentando ter perdido a mulher por quem estava apaixonado. Concluiu que se forçasse uma conversa pioraria ainda mais a situação.

_ Tudo bem. Está dispensada.

_ Pois não. Com licença, doutor Renato.

Vê Andréia sair pela porta fria o deixou ainda mais triste. Por alguns instantes, lembrou da noite de amor que teve com ela e disse a si mesmo sorrindo:

_ Quer saber de uma coisa? Eu não vou perder essa mulher. Vou lutar por ela. Eu ainda vou pôr uma aliança naquele lindo dedo.

_ Que merda!_ Ivan exclamou ao perceber que havia esquecido de carregar a bateria do celular.

Ele necessitava fazer uma ligação para Renato para falar de algum assunto relacionado aos negócios. Foi até o banheiro, onde Victor se banhava na hidromassagem.

_ Amor, me empresta o seu celular? Esqueci de carregar o meu.

_ Claro, meu amor. Está na minha mesa de cabeceira. A senha nova é "biscoito ".

_ "Biscoito ". Olha a senha do cara.

_ Foi a primeira que me veio a cabeça.

Retornou para o quarto e pegou o celular de Victor. Após terminar a ligação, viu que chegou uma mensagem via Whatsapp. Para a sua raiva, era Ítalo.

Calculista, Ivan respondeu a conversa como se fosse Victor para saber do que se tratava.

_ Boa noite. Eu não paro de pensar em ti. Eu sei que você já me disse muitas vezes que não quer nada comigo por amar o seu noivo, mas eu não consigo controlar os meus sentimentos. Eu tô na sua.

Ivan lia com ódio. Como esse sujeitinho de quinta se atrevia a dar em cima do seu Victor?

A contra partida, se sentiu aliviado por perceber que Victor não correspondia às investidas do violinista.

_ Tudo bem. Eu quero falar com você. Mas não pode ser agora porque o Ivan está por perto. Vamos nos ver amanhã?

Do outro lado da tela, Ítalo sorriu esperançoso. Ele sabia que Victor sentia atração por ele. O loiro demonstrava pelo olhar, mas sempre lutara contra esse desejo por respeito ao homem que realmente ama.

O suposto convite de Victor o fez ter mais esperança do que de costume. Eles marcaram num restaurante no mesmo shopping center que fica a cafeteria que Ítalo trabalha.

O violinista marcou as dezenove horas, depois do seu expediente.

_ Só te peço que não entre em contato comigo até amanhã, tenho medo que Ivan desconfie. Às vezes, ele usa o meu celular.

_ Tudo bem. Eu tô louco para te vê. Beijos, lindo.

O empresário apagou a conversa antes de devolver o celular para Victor. O seu maior sacrifício foi disfarçar a raiva com um sorriso. A sua vontade era gritar, cobrar satisfação do porquê Ítalo ter o seu número de telefone.

No entanto, optou por manter a calma, já que o motorista/segurança garantiu que Ítalo e Victor nunca tiveram a sós. E além disso, pelo histórico da conversa, Ivan descobriu que Victor sempre rejeitava as investidas de Ítalo.

A recepcionista foi instruída a levar Ítalo a uma mesa reservada num canto isolado do restaurante. O violinista estava tão feliz que trazia contigo um boquê de rosas vermelhas.

Planejava beijá-lo e convidá -lo para ir a um motel. Estava tão apaixonado que não temia o risco que corria por se relacionar com um homem comprometido.

O seu sorriso se dissipou ao vê Ivan sentado à mesa, sorrindo. Não sentiu medo e sim raiva. Ergueu a cabeça e sentou.

_ Pontual. Coisa rara de se ver aqui no Brasil. Tá aí uma coisa que me irrita nos brasileiros. Lá na Europa a pontualidade faz parte dos bons costumes. Parabéns.

_ O que você quer?

_ Eu sei que você trabalha como servente. Mas, não precisa se comportar dessa maneira a todo momento. Aqui você é um cliente. Deixe que o garçom me faça essa pergunta.

Ítalo o olhava sério. Imaginando ser humilhado por Ivan e não pretendia abaixar a cabeça para nenhum riquinho metido a besta.

_ Não precisa ficar preocupado. Provavelmente, você não tem dinheiro para pagara conta. Mas, como é meu convidado, é tudo por minha conta.

Ivan chamou o garçom com um gesto com a mão.

_ Eu vou querer uma Salada verde com pera, nozes, sorvete de queijo de cabra e molho de mostarda e mel e uma taça de vinho branco para acompanhar. E você?

_ Não quero nada. Diz logo o que você quer comigo.

_ Mas alguma coisa, senhor?

_ Por enquanto não, obrigado.

_ Com licença.

O garçom se retirou. E Ivan olhou para as flores sentindo ainda mais raiva. Porém, manteve a expressão serena, enquanto Ítalo não fazia questão nenhuma de disfarçar a raiva.

_ Eu não tenho tempo a perder com um playboy como você. Vamos logo ao ponto.

_ Nervosinha você. Mas, vou ser direto. O que você quer com o meu noivo?

Ítalo sorriu.

_ Não me faça pergunta difícil.

_ Responda.

_ Eu o quero pra mim. Mas não é só para transar não. Quero que seja meu namorado. Eu estou apaixonado pelo Victor.

Ivan ficou sério. Não esperava que Ítalo seria capaz de tamanha ousadia.

_ E você diz isso na minha cara sem nenhuma vergonha?

_ Vergonha de quê? De está apaixonado? Não vejo vergonha nisso.

_ O que te passa pela cabeça que ele possa querer ter algo contigo tendo a mim?

_ Você quer me passar a imagem de seguro, mas a verdade é que está com medo. Caso contrário, não teria armado esse teatro todo para me encontrar.

_ Você é abusado.

_ É só isso?

_ Se afaste do meu noivo.

_ Você pode mandar nos seus empregados, Mas não manda em mim. Não é ninguém para me dizer o que devo fazer.

_ Ou você se afasta do Victor ou...

_ Ou? Não adianta me ameaçar. Eu não tenho medo de você.

_ Deveria.

_ Cão que ladra não morde.

Ivan o olhava fixamente. O garçom chega com o pedido e deposita na mesa.

Ítalo levanta.

_ Eu poderia ficar aqui batendo boca contigo, mas tenho mais o que fazer. Bom apetite. Ah, entregue as rosas para Victor por mim. Diga que eu mandei um beijo.

Ítalo saiu, deixando Ivan tão irado que socou a mesa.

_ Você tinha que vê a ousadia do filho da puta, Renato! Me disse na cara que estava apaixonado pelo meu Victor! A minha vontade era enfiar a faca na garganta daquele veado atrevido.

_ Eh! ...abusado o sujeito, hein. Mas, e o Victor? Ele está te traindo?

_ Não.

_ Como você tem tanta certeza?

_ Eu mandei haquear o celular dele vi que Victor sempre o rejeita. O desgracado que insiste. Aliás, insitia. O meu amorzinho é tão decente que o bloqueou. E também Victor não vai a lugar nenhum sem a companhia do Walace. E ele é de extrema confiança. Me garantiu que os dois não se encontram.

_ A Andréia é incrível.

_ O que tem a Andréia a ver com isso?

_ Tudo! Foi ela quem educou o filho a ter princípios morais. Você deu sorte, Ivan.

"Mas, voltando ao que interessa, você comprou a cafeteria só para demitir o rapaz? Isso que é o ápice do mimado."

_ Não só isso. Também queimei o filme dele com todos os empresários que conheço. Será difícil o desgraçado conseguir algum emprego aqui no Estado do Rio de Janeiro.

"E o infeliz é metido a artista. Chegou até a compor uma musiquinha para o meu noivo. É muito abusado mesmo, né? Ah, mas ele que se prepare porque além de ter as apresentações canceladas no teatro municipal de Niterói, eu estou movendo os meus pauzinhos para que não se apresente em nenhum espaço cultural. Se quiser bancar o artista, que toque violino na sarjeta."

_ Ivan, eu quero morrer seu amigo. Você é carne de pescoço.

_ Eu vou viajar por alguns dias, quero que me preste alguns serviços antes da minha viagem.

_ Você tem muito o que fazer aqui na empresa por esses dias. Por que não deixa essa viagem para o próximo mês? Que será Janeiro, mês ideal para viajar em férias.

_ Não se preocupe que não ficarei fora por muito tempo. E estarei online para contato. Victor está triste. Não conseguiu a aprovação no colégio e quero que ele se distraia.

"Renato, eu quero que vá até este endereço ._ Ivan entrega um papel a Renato, que estava em cima da mesa._ Vá até este colégio e ofereça este cheque a diretora para que a infeliz aprove o Victor."

_ É sério que você quer que eu suborne uma diretora para que ela aprove o seu namorado?

_ Qual é o problema? O menino nem deveria ser reprovado. Sempre foi um bom aluno, mas devido as sequelas tem dificuldades de concentração. Aqueles professores foram covardes com o Victor. Eu ainda estou sendo bonzinho em resolver desta forma. Eu poderia entrar com um processo judicial. Mas, isso me daria muito trabalho e eu quero o Victor feliz pra ontem.

_ Tudo bem, Ivan.

_ Eu estou aqui falando de gente filho da puta e esqueci de perguntar. E a sua noite com a Andréia?_ Ivan perguntou sorrindo.

Renato narrou o ocorrido sério.

_ Que merda, hein! Você tinha que ter tirado as chaves da Sônia há tempos...Alias, nem deveria ter dado chave nenhuma a ela.

_ O pior de tudo é que estou louco pela Andréia e ela me trata com a maior frieza. "Doutor Renato "_ Diz as últimas palavras afinando a voz.

_ Andréia é dura na queda mesmo. Eu sei bem como é. Mande flores para ela.

_ Eu já mandei entregar na sala dela. E sabe o que ela fez? As deixou lá jogadas, sem dá nenhuma importância.

Ivan ficou pensativo.

_ Eu não sei o que fazer para reconquistar aquela mulher. Eu estou louco por ela. Me ajude? O que devo fazer?

_ Primeiro é parar de dizer que a Sônia é louca, porque isso é muito usado pelos homens abusivos, querendo enganar a atual culpando a ex pelos erros deles. As mulheres já sacaram isso e ficou batido.

_ Mas no meu caso é verdade. Sônia é louca!

_ Louca não! Ela é mau caráter. Esqueça a Sônia. Peça desculpas, diz que Andréia tem razão por está brava. Se mostre compreensivo. As mulheres gostam de se sentirem donas da razão.

_ Você está certo.

_ Ah! Venha comigo à Bahia. Eu vou mandar reservar um quarto pra você e vou mandar o Victor convidar a Andréia. Vitinho com aquela carinha linda de anjo, com certeza, conseguirá convencê-la.

"Aquele paraíso tropical , clima quente e romântico, ou seja, tudo perfeito para reconquistar a mulher."

_ Ivan, a ideia é boa, mas eu não tô podendo gastar tanto. Só a diária desses resorts que você frenquenta é o preço do meu salário.

_ Não se preocupe com gastos financeiros. Deixe isso por minha conta. Foque na mulher.

_ Ok. A sua intenção é mantê -la afastada do Victor, mas isso não irá acontecer. Ela o ama muito. Preocupação de mãe não diminuiu por causa de homem.

_ Eu sei. Mas, o que mais me preocupa é a sua felicidade.

Renato ficou emocionado ao ouvir essas palavras de Ivan. Ele gosta muito do amigo desde que Ivan era criança.

_ Você não sabe o quanto me deixa feliz em me dizer isso.

Renato o abraçou e Ivan deu dois tapinhas em suas costas.

Os gemidos de Sônia ecoavam pelo quarto. Nua, rebolava no pau de Felipe, levando-o ao orgasmo.

Ofegante, Felipe se joga na cama sorrindo. Sônia acende um cigarro e o objeto é tomado da sua mão por ele, que dá uma tragada sorrindo.

_ Você hoje caprichou, hein.

_ Eu sempre capricho.

O celular dela tocou. Era Regina, uma das empregadas da casa de Ivan. Há meses Sônia a suborna para a manter informada de tudo que ocorre na casa do seu filho.

Regina informou sobre a viagem que Ivan fará com Victor e Virgínia e ainda acrescentou que o patrão disse que tinha a intenção de convidar Renato. Sônia se despediu da doméstica prometendo transferir o dinheiro naquele mesmo dia.

_ Eu entendi direito? Você suborna a empregada do seu filho pra espioná-lo? É isso mesmo?

Sônia sorriu tomando o cigarro de volta.

_ Ele mesmo paga a empregada para o espionar._ disse gargalhando.

_ O que você faz para o Ivan comer na sua mão desse jeito?

A loira apaga o cigarro num cinzeiro e beija Felipe.

_ Assuntos de família, bebê.

_ Sei. Então, eu tenho uma ideia para um programa para esses dias.

_ Não vai rolar. Eu vou viajar.

_ É mesmo? E pra aonde vamos?

_ Você quer dizer eu vou, né? Vou ao resort onde o meu filho estará. Um lugar para pessoas que possuem um alto poder aquisitivo. Coisa que está bem longe da sua realidade.

_ Você paga ora! Muitas coroas por aí bancam o seu garotão.

Sônia a olhou com raiva. Odiava ser chamada de velha.

_ Nem pensar. Ainda mais que o Renato vai estar lá e você por perto só vai atrapalhar.

_ Ah, saquei. Você tá querendo reconquistar o coroa. Bom, como você mesma disse que pegou ele comendo uma mulher mais nova, creio que ele não vai te querer mais não.

_ Como você é desagradável. Só presta calado e metendo.

Sônia saiu da cama e foi tomar um banho. Felipe gritou do quarto:

_ Esquece o velho. Você tem a mim. O que ele pode ter que eu não tenho?

_ Utilidade. Você só presta para foder... E além disso, também é uma questão de honra. Eu não vou deixar aquela puta de quinta sair ganhando._ Sônia respondia de dentro do banheiro.

Aproveitando, Felipe se vestiu e pegou o notebook dela, que estava em cima da escrivaninha, e pôs dentro da mochila.

_ Tô indo nessa. Tenho um compromisso com o Gael.

_ Mas, já?! Vem tomar um banho comigo. _ Pediu Sônia, dentro da banheira.

_ Fica para a próxima.

Como o notebook tinha senha, Felipe pagou para um amigo desbloquear a máquina. Vasculhou todos os arquivos até encontrar um vídeo nomeado de "Ivan". Ao abri -lo, Felipe se surpreendeu com o empresário confessando desesperado que havia acertado a cabeça de Victor.

_ Puta que pariu! Ivan é completamente louco!

Ele ficou alguns minutos digerindo a informação que acabava de descobrir. Estava boquiaberto.

Lembrou dos luxos que Ivan banca para Sônia por chantagem da mulher e do quanto Ivan era apaixonado por Victor.

_ Ivan se livraria fácil, fácil dessa. Mas, mesmo assim ele come da mão da Sônia. Ele tem muito medo de perder o Victor.

Felipe sorriu pensando nos benefícios que conseguiria por ter um tesouro nas mãos.

Em reunião, Ivan olhou a mensagem que recebeu no celular por imaginar ser de Victor, para a sua surpresa, era um vídeo mandando por Felipe via direct. Ignorou pensando se tratar de alguma provocação. Mas, para o seu medo, recebeu a seguinte mensagem:

_ Eu sei da porrada que tu deu no seu macho, bicha louca. Eu tô aqui na portaria da empresa. Ou você me autoriza a entrar, ou eu vou agora mesmo mandar essa sétima arte para o seu namoradinho.

O coração de Ivan batia tão forte, que parecia que sairia pelo peito. Ficou trêmulo, frio e pálido.

Interrompeu a reunião no mesmo instante e mandou autorizar a entrada de Felipe. Mandou encaminhar o rapaz para a sua sala.

_ Aconteceu alguma coisa, Ivan? Você está pálido!_ perguntou Renato preocupado.

_ Não houve nada.

Ivan saiu as pressas, entrando nervoso no escritório. Afrouxou a gravata e acendeu um cigarro tremendo.

Felipe entrou sorrindo com os braços abertos.

_ Meu queridão! Você não sabe o prazer que é te vê.

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Comentários

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Olá, simpático... Foda-se com um estranho em sua cidade - GAYS24.CLUB

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Peço desculpa ao autor mas a história deixou-me sem interesse..... Começou bem, mas ficou monotomo.

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São três as possibilidades: 1) Ivan vai se render às chantagens do Felipe e dar um bom cala boca na conta bancária dele; 2)Ivan vai se libertar e contar a verdade para o Victor correndo o risco dele não perdoá-lo e então dar uma chance para o Italo; 3)Ivan conta a verdade, Victor sente muita raiva a ponto de não querer vê-lo nunca mais, mas no fim acaba perdoando. Mas eu achei sacanagem o Ivan fazer o que está fazendo com o Ítalo. Alguém poderia dar um toque nele.

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Gen

Muita emoção para um só capítulo, onde essas chantagens vão parar. Ansiedade a flor da pele.

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O mais engraçado é que Ivan destruiu a vida do Ítalo e a ainda sim você se preocupa com as chantagens que estão fazendo com ele. Kkkkkk Eu amo isso. ❤

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Poxa vida, que maldade o Victor ter sido reprovado na escola, ele não merecia isso. O Ivan vai ter que abrir o jogo sobre o que aconteceu ou então essas chantagens vão se tornar uma bola de neve pra cima dele. Não demora pra postar não! Às vezes você fica 2 dias sem postar capítulo eu fico morrendo de ansiedade hahahahaha Falou aquela cujo último capitulo da própria história foi postado dia 09/03 kkkkkkkkkkkk

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