Capítulo 32
O expediente se aproximava do fim. Rebeca estava ansiosa ir embora. Entrou na sala de Renato às pressas, entregando algumas pastas que o administrador havia solicitado. Tratavam-se dos gastos pessoais de Ivan, que Renato era responsável por administrar.
Ele reparou que ela não o entregou uma pasta preta e ficou curioso.
Fez sinal com a mão pedindo a pasta.
_ Sinto muito, doutor Renato, mas o doutor Ivan disse que esta aqui confidencial.
As desconfianças de Renato aumentaram.
_ Me dá isso agora.
_ Mas o doutor Ivan...
_ Eu sou o seu chefe e sou amigo pessoal do Ivan, acho que você não vai querer ter problemas comigo.
A secretária estava nervosa. Temia uma demissão, mas não sabia a quem obedecer. Ela tinha conhecimento do poder de Renato na empresa e na influência com o Ivan e isso era um bom motivo para temê-lo.
_ Tudo bem, doutor Renato. O problema é que eu morro de medo do doutor Ivan ficar bravo comigo. Eu preciso muito deste emprego.
_ Me entregue a pasta e fique de boca fechada com o Ivan que o seu emprego estará garantido.
Sem hesitar, Rebeca o entregou e permaneceu em pé diante dele. Renato fez um sinal com o olhar para que ela saísse do escritório.
_ O doutor Ivan quer esses documentos no escritório dele ainda hoje.
_ Vá. Daqui a dez minutos você retorna para buscá -los.
_ Sim, senhor.
Renato ficou surpreso quando se viu diante das escrituras de um apartamento no Leblon em nome de Felipe Moreira Barros.
Pôs a mão no queixo num gesto involuntário, intrigado querendo saber o porquê Ivan compraria um apartamento para Felipe, que por ironia era amante de Sônia.
_ Eu disse que tinha chantagens no meio disso. O que será que esse cara sabe do Ivan?
_ Dona Sônia, eu juro que não vi o seu computador. _ disse a empregada temendo ser acusada de roubo.
_ Como não sabe? O meu notebook estava lá na escrivaninha do quarto.
_ Mas eu não vi nada. A última pessoa que esteve lá no quarto no dia do sumiço do notebook foi aquele rapaz que vem aqui.
Sônia ficou séria. Sentia-se burra por facilitar que um delinquente a roubasse.
_ Puta que pariu! Eu mato aquele desgraçado!
O som do toque do interfone a deixou ainda mais irritada. Ela estava tão brava que não tinha cabeça para receber visitas.
_ Seja quem for, mande ir embora.
A empregada caminhou em direção ao interfone quando foi chamada por Sônia.
_ Espere. Se for o ladrão do Felipe mande-o subir.
A empregada informou que se tratava do doutor Renato.
_ Renato?! O que ele quer comigo?
_ Autorizo a subida dele, dona Sônia?
_ Sim! Quero vê o que esse infeliz deseja.
Renato entrou na sala portando um buquê de rosas vermelhas. Sorria como sempre fazia quando desejava Sônia, o que a deixou desconfiada.
_ O que você quer?
_ Eu estava com saudades de você, gostosa.
Renato a puxou com força e a beijou, acariciando as suas nádegas.
_ Eu sou louco por ti, Sônia. Sinto muito a sua falta. Por mais que eu lute, não tem jeito é a você quem eu quero._ Ele disse a entregando o buquê.
_ E a vadia loira? A que você disse que era uma mulher decente. Ela te deu um pé na bunda?_ a última frase foi dita num tom irônico.
_ Ela foi só um casinho que tive para tentar te esquecer. Mas, era sem graça. Não chega aos seus pés.
Sônia se desviou dos braços de Renato.
_ Que a horrosa não chega aos pés não é novidade pra ninguém. A novidade é a sua mudança repentina. Eu não sou idiota. Diga logo o que você quer?
_ Eu já te disse que quero você. Quero que tudo volte a ser como antes. Eu juro que não vou te cobrar nada. Só quero ficar contigo. E para te provar a minha lealdade, eu tenho algumas coisas para te contar.
_ É mesmo?
Sônia sentou cruzando as pernas e acendeu um cigarro. Deu uma tragada.
_ Sou toda ouvidos.
_ O seu mi...namorado esteve lá na empresa e chatageou o Ivan exigiu um apartamento no Leblon e o fez se ajoelhar diante de todos para que pedisse perdão ao pai dele, que o Ivan havia demitido.
Neste momento, Sônia arregalou os olhos. Lembrou -se do roubo do computador, onde tinha armazenado uma cópia do vídeo.
_ Caralho!
_ Eu consegui saber que o rapaz...Felipe disse que vocês dois compartilhavam um podre do Ivan. Que vocês são sócios nessa.
Sônia o olhava em silêncio.
_ E o que você tem a ver com isso?
_ Quero ajudar. Propor sociedade. Eu posso conseguir muito mais do Ivan. Tenho acesso a muitas coisas pessoais da vida dele. Podemos conseguir muito se trabalharmos juntos.
"Esse Felipe é um moleque idiota. Com certeza vai fazer alguma besteira e acabar te prejudicando. Você conhece o Ivan. Sabe o quanto ele é esperto.
Mas, o Ivan confia em mim e assim facilita o nosso trabalho."
_ Então, Você quer chantagear o Ivan? Cadê aquele amor paternal que você tinha por ele?
_ Eu sonho em ter minha mansão, meu iate e jatinho.
_ Entendi. Mas, não estou segura a seu respeito. O que me garante que você não está mentindo para mim? Me dê uma prova de confiança. Me conte algo importante sobre o Ivan que eu te revelo a minha carta na manga.
_ Pois, bem._ Renato sentou ao lado de Sônia _ O Ivan me confidenciou que fez um testamento e pôs o Victor como único beneficiário.
Ela suspirou fundo. A raiva a dominava por completo. Ainda tinha esperanças de herdar a fortuna do filho.
_ Que filho da puta! Veado de merda! O desgraçado faz um testamento deixando tudo para uma bichinha maldita que está comendo ao invés da própria mãe! Por que eu não abortei essa cobra, meu Deus?!
Sônia penetrava os dedos entre os cabelos loiros.
_ Agora você tem a certeza que eu sou de confiança. Então, me conte qual é o segredo do Ivan.
Sônia o mirou no fundo dos olhos. A sua seriedade se converteu numa gargalhada, que deixou Renato surpreso.
_ E você acha que eu sou otária? Eu te conheço há anos, Renato. Sei da sua adoração pelo Ivan. Você acha mesmo que ia cair no seu papainho?
"Eu não vou te falar nada. Se quiser saber para ajudar o seu adorado vá e pergunte pra ele. Aliás, você deve ter perguntado, mas eu garanto que ele não quis te dizer. Agora pegue essas porcarias de flores baratas e fora da minha casa."
Renato saiu do apartamento furioso. Mesmo com a falha, não se dava por satisfeito. Estava disposto a ir até o fim para ajudar Ivan.
Na véspera da viagem, Virgínia e Andréia dormiram na casa de Ivan para partirem pela manhã. Era a primeira vez que Victor recebia a mãe em sua casa. Feliz, pediu para que Maria caprichasse tanto no jantar quanto no café da manhã.
Levantou mais cedo para certificar se estava tudo em ordem. Quis ajudar a cozinheira a arrumar a mesa, mas devido fazer tudo com uma mão, acabou derramando café na mesa.
Maria percebeu o nervosismo do patrão e sentindo dó, tentou acalmá-lo.
Quanto Ivan entrou na sala de jantar, Maria já havia ido à cozinha buscar o que faltava para compor a mesa. Encontrou Victor sentado.
De bom humor, com um sorriso beijou o amado.
_ Bom dia, meu solzinho. Acordei doido para te dá um beijinho e você já tinha descido.
_ Eu vim tentar ajudar a Maria com o café da manhã. Eu quis que fosse especial, já que é o primeiro da minha mãe aqui na nossa casa, mas acabei fazendo merda. Derramei café e sujei tudo.
_ Você não deveria se preocupar com isso. Há muitos outros empregados que podem ajudar a Maria.
Ivan pôs café na xícara e bebeu em pé.
_ Solzinho, eu tô indo nessa. Tenho que resolver um problema na minha nova empresa.
_ Você abriu uma nova empresa?! O que é? Outra construtora?
_ Não. Comprei uma cafeteria.
_ Jura?! Que legal!
_ Você vai adorar. Eu vou lá resolver o problema : expulsar um certo rato.
_ Você vai fiscalizar o serviço de detetização?
_ Por aí. _ Ivan disse com um sorriso irônico.
_ Mas, não vamos viajar daqui a pouco?
_ Sim. O Walace vai levar vocês para o aeroporto e eu os encontro lá daqui há duas horas. Agora, me dê um beijinho de despedida.
Victor deu um celinho em Ivan.
_ Com uma boquinha tão gostosa dessas você me vem celinho? É assim que eu quero ó.
Ivan o beijou intensamente fazendo as pernas do loiro ficarem bambas. Com a boca ao pé do ouvido sussurrou:
_ Se prepare que mais tarde eu vou te comer gostoso.
_ Hum! Que delícia!_ disse Victor sorrindo maliciosamente.
Andréia entrou na sala de jantar, logo após a saída do genro. Victor a recebeu com um sorriso e os braços abertos.
_ Que saudade que eu estava deste abraço, mãezinha. Você dormiu bem?
_ Mais ou menos. Confesso que estou um pouco ansiosa por ter que viajar no avião.
_ Relaxa, mãezinha. Na minha primeira vez também fiquei nervoso, mas aí o Ivan foi me acalmando e depois foi de boa.
_ Nossa! Pra que esse banquete todo, meu filho? Parece até café da manhã de novela!
Maria entrou trazendo na bandeja uma taça de sobremesa com iogurte grego com granolas e frutas vermelhas.
_ Olha só o que eu trouxe para o meu patrãozinho querido.
_ Ah, que linda! Assim eu vou acabar ficando mimado.
_ É para ficar mesmo. Você sabe que eu tenho um carinho muito grande por ti, menino.
_ É recíproco.
Andréia ficou satisfeita em vê que o filho estava sendo bem tratado e que estava feliz.
_ Maria, esta é a minha mãe. Mãe, esta é a Maria, que cuida muito bem da nossa alimentação, que você tanto me pergunta se estou fazendo corretamente.
_ Nossa! A sua mãe é tão linda e jovem!
_ Obrigada.
As mulheres se cumprimentaram com um aperto de mão.
_ A senhora pode ficar tranquila que eu e o seu Ivan cuidamos muito bem do seu menino.
_ Que bom. Eu fico até aliviada. Obrigada.
Quando Maria retornou à cozinha, Regina, entrou fingindo querer limpar com a intenção de ouvir alguma coisa para contar para Sônia em troca de dinheiro.
_ Gente, a Virgínia ainda não acordou? Essa menina é folgada, hein. Tá se comportando como se tivesse em casa.
_ Ainda não. Mas, deixa ela dormir mais um pouco. Daqui a pouco, ela levanta.
_ Filho, eu preciso falar contigo. Em particular.
Victor pediu para que a empregada se retirasse, o que a deixou frustrada.
_ Tem alguma coisa errada acontecendo com o Ivan.
_ Como assim, mãe?
_ No outro dia, ele mandou reunir todos os funcionários da empresa no hall do prédio e se ajoelhou diante de um funcionário, o pedindo para voltar a trabalhar na empresa e ainda pediu perdão. O curioso é que se via claramente que o Ivan estava desconfortável, se sentindo humilhado. Eu achei aquilo tudo muito esquisito.
Victor ouvia o relato da mãe preocupado. Recordou-se da noite em que Ivan chegou em casa aflito e desabou em lágrimas. Relatou a Andréia, o que a deixou mais desconfiada.
_ O Ivan não me disse nada sobre isso. Eu não tô conseguindo entender. O que eu devo fazer?Conversar com ele?
_ Não. Se ele não quis te dizer no dia, não vai querer te dizer agora. Pode até ficar bravo. Só fique de olho. Estude bem o homem que você pretende se casar. Eu sei que você o ama, mas não deixe que o amor te cegue.
_ Tudo bem.
Andréia o beijou no rosto.
_ Agora coma um pouquinho, que você precisa se alimentar bem, meu amor.
Vê Ivan entrando na cafeteria sorrindo com um ar de superioridade, não foi nada agradável para Ítalo e Luíza.
O antigo proprietário reuniu todos os funcionários antes de abrir o comércio e os apresentou a Ivan como o novo proprietário do local.
Ítalo ficou enojado por Ivan ter comprado uma cafeteria só para demiti-lo. Pensou consigo como alguém tão bom como o Victor estava fazendo com um sujeito tão baixo e sem escrúpulos como Ivan.
Luíza ficou preocupada. Acreditou que Ivan teria comprado a cafeteria para demiti-la com a intenção de irritar Gael.
Após a reunião, Ivan solicitou que Ítalo fosse até o seu novo escritório. Os dois estavam a sós.
Ao contrário do que Ivan imaginava, Ítalo não demonstrava medo ou preocupação. A cabeça erguida e o ar de superioridade prevelaciam, irritando o empresário.
_ Sente-se.
_ Estou bem de pé. Vamos economizar tempo. Você me demite logo, mas vê se me paga o que me deve. Estou sabendo pela Luíza que você deu um calote num engenheiro, pai de um amigo dela, que trabalha na sua construtora. Que feio, hein! Tão rico e caloteiro.
_ É impressionante que mesmo na merda você não abaixa a crista. _ Ivan disse sorrindo.
_ Eu não estou na merda. Você achou mesmo que iria me rastejar aos seus pés para implorar por um emprego?_ Ítalo expressava nojo ao falar, fazendo Ivan se sentir ridículo._ Eu procuro outro, mas não me humilho.
O moreno gargalhou.
_ Oh, palhaço, eu queimei o seu filme com todos os empresários do Estado. Se já está difícil para vocês pobres conseguirem emprego, agora pra você vai ficar mais difícil ainda.
"Ah! Sabe o cancelamento das suas apresentações no Teatro Municipal de Niterói? Eu que estou por trás. E eu garanto que você não tocará a sua musiquinha de merda e nenhuma casa cultural do país. Eu faço gordas doações para várias. Creio que elas não vão abrir mão de um bom patrocinador por causa de um violistazinho de merda."
Ítalo sorriu girando a cabeça negativamente.
_ Você é mau caráter e o Victor tem decência. É uma questão de tempo pra ele descobrir quem você é e te dar um belo pé na bunda. E será na minha cama que ele vai terminar. Gemendo nos meus braços. E gozando de um jeito que você não é capaz de fazê-lo gozar.
Ivan sentiu uma raiva tão grande, que levantou com o punho cerrado para socá-lo. No entanto, Luíza bateu na porta.
_ Entre.
Percebendo a raiva do empresário, Ítalo sorriu debochado.
_ Posso entrar? Ou interrompo alguma coisa?
_ Pode entrar, Luiza. O sujeitinho aqui já está de saída. Feche a porta quando se for._ Ivan dizia sem tirar os olhos de Ítalo.
Luíza entrou e Ítalo saiu deixando a porta aberta, irritando ainda mais Ivan.
_ Então, eu tô demitida?
A expressão preocupada da jovem despertou nele uma incomoda sensação de culpa. Pensou que estava sustentando duas pessoas odiosas, devido as chantagens, enquanto a a irmã foi prejudicada por ele sem nunca o ter feito mal.
Ivan nunca a amou ou reconheceu como irmã, mas também nunca a odiou.
Observou-a vestida com o uniforme e pensou que ela deveria está em aula. Recordou do dia em que retornou ao Brasil e foi bem recebido por ela, de quando ela o disse que gostava de estudar e falava empolgada dos seus planos para o futuro.
Ivan se sentiu egoísta e mesquinho por tê-la prejudicado por causa de um capricho.
_ Não. Você permanece aqui.
_ Ok._ Ela respondeu aliviada._ Posso ir?
Ivan confirmou com a cabeça.
Quando ela estava quase saindo na porta Ivan a chamou.
_ Luíza!
A jovem olhou para trás.
_ Como você está?
_ Não precisa fingir interesse, senhor Matarazzo.
Ao sair do cafeteria, Ivan ligou para Renato e pediu que antes do administrador sair para o aeroporto, que entrasse em contato com o seu advogado para que transferisse a cafeteria para o nome de Luíza.
_ Mais uma exigência do Victor?
_ Desta vez não.
Renato ficou espantado. Sorriu admirado em vê que Ivan estava usando por conta própria o seu lado generoso. Sentiu-se orgulhoso do amigo como um pai sente orgulho quando um filho comete uma boa ação.
_Cara, isso aqui é muito foda! Eu nem acredito que estou vendo um jatinho de perto.
Virgínia dizia deslumbrada, tocando na palavra Matarazzo escrita na aeronave.
_ Vitinho, bate uma foto minha para eu postar no Instagram?
_ Já que quer aparecer, faz logo um story.
_ Boa idéia, Andréia.
Vendo a menina fazer o story, Andréia se arrependeu da ironia, que foi levada a sério. E revirou os olhos para cima.
O seu foco nos adolescentes foi desviado com a chegada de Ivan acompanhado de Renato.
Ele sorriu ao vê-la. Reparou no quanto ela estava linda com seu vestido estampado de flores azuis. Os seus cabelos presos num coque, deixavam a nuca branca a amostra, que ele desejava beijá-la.
Ivan fingiu não saber da história dos dois e apresentou o amigo a Andréia e a Virgínia.
_ Muito prazer, doutor Renato.
_ Não precisa fazer cerimônia, você sabe muito bem que já nos conhecemos, Andréia.
_ Sério ?! De onde vocês se conhecem, mãezinha?
_ Do escritório. Mas, só de vista.
Renato achou graça na mentira de Andréia. A forma como ela ficou com o rosto corado envergonhada, o deixou ainda mais encantado.
Andréia reprimiu a si mesma, em pensamento, pela felicidade em ver Renato. Ela sabia que a atração que sentia por ele era muito forte, mas, orgulhosa, não queria ceder aos desejos que gritavam no seu corpo.
Ivan havia combinado com Virgínia para que ela deixasse que Renato sentasse de frente para Andréia. Explicou as escondidas para a menina a situação do casal.
Durante a viagem, Andréia permaneceu fria com as investidas de Renato em puxar assunto. Ela respondia com palavras monossílabas ou onomatopeias. Oprimindo a sua vontade de beijá-lo.
Propositalmente, Ivan pediu três suítes presidências: uma para ele e Victor, outra para as mulheres e uma só para Renato, suíte essa de casal, já que tinha esperanças que Andréia se mudaria para lá com o decorrer dos dias.
Victor ficou admirado com a visão do quarto: era um lado da praia reservado somente para eles. A piscina era grande, com gramas verdes no chão em volta dela e grandes e belas palmeiras.
_ Olha isso! Desculpe o meu deslumbramento, mas isto aqui é o paraíso.
Ivan o abraçou por trás.
_ Eu amo te vê deslumbrado. Você fica tão lindo com esse sorriso e esses olhinhos brilhando.
Victor o beijou.
_ Amor, isto não é um quarto é um apartamento! Todos os cômodos da casa da minha família cabem aqui.
_ Exagerado esse menino.
_ É sério!
Victor envolveu os braços pelo pescoço de Ivan. Ergueu a cabeça e beijou o seu queixo e disse:
_ Eu estou no paraíso com o meu anjo.
_ Você está feliz?
_ Muito.
Um beijo molhado foi celado. As mãos do empresário percorriam as costas do loiro por baixo da camisa. O pescoço nu de Victor era um convite que Ivan fez questão de aceitar. Beijou-o, provocando arrepios do corpo do amado.
Os olhares se encontram em sintonia, expressando desejo de se entregarem um ao outro. O calor da paixão invadiu os seus corpos, fazendo se despirem de roupas e pudores.
Os seus corpos nus sedentos de tesão eram explorados por toques e beijos recíprocos.
O olhar inocente e carinhoso de Victor deixava Ivan totalmente ao seu domínio. O empresário foi à loucura quando sentiu a boca do seu amado beijar o seu peito, chupando os mamilos. Deslizava a língua sobre a sua barriga e virilha, terminando ajoelhado diante ele beijando o seu membro, em seguida brincava de engolir os seus testículos.
Victor gemeu sentindo o seu objeto de desejo penetrar a sua boca. Chupavo-o deixando o empresário em êxtase.
Os dedos de Ivan invadiam os cabelos loiros de Victor, puxando-o para si e beijando a sua boca. O loiro sentia as mãos de Ivan apertando as carnes de suas nádegas. Gemeu baixinho, quando os dedos do noivo invadiram a sua intimidade. O calor e o aperto do ânus de Victor abriram o apetite de Ivan, que o jogou na cama. Subiu em cima do passivo, prendendo as suas mãos para cima, deixando o seu belo corpo magro e juvenil a sua disposição.
A boca beijou o pescoço, que Victor inclinava a cabeça se entregando sem nenhuma resistência.
Vibrou sentindo língua do noivo nos seus mamilos e uma das mãos deslizando por todo o seu corpo, enquanto a outra prendia os seus braços.
_ Ivan, me fode. Eu sou todo seu._ Victor sussussurava se contorcendo de prazer.
O olhar safado e o sorriso malicioso de Ivan o deixava louco. Seu corpo gritava para ter aquele homem dentro de si.
Sentiu as suas pernas serem abertas e a umidade da língua do moreno invadir o seu cu rosado.
_ Ah, caralho! Que delícia! Aaaaaa!_ dizia com a voz manhosa e semelhante a feminina, deixando Ivan ainda mais excitado.
O moreno pegou o lubricante em uma das malas. Ergueu as pernas de Victor, pondo-as em seu ombro e penetrou devagarinho, olhando-o nos olhos expressando o seu amor.
Victor gemia como um gatinho e mordia o lábio inferior.
Faminto pelo amado, Ivan acelerava nas estocadas deixando o passivo louco.
Beijaram-se entre gemidos e sussurros. Seus corpos eram embalados no movimento da paixão até que o orgasmo do ativo aconteceu, satisfazendo também o passivo, por sentir aquele líquido quente dentro de si.
Victor abaixou as pernas cansadas e Ivan permaneceu em cima dele acariciando o seu rosto, curtindo aquele momento só deles.
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