Em 15 de junho de 2020, em meio a pandemia, uma aglomeração chamou a atenção de um certo policial rodoviário, no estacionamento de uma grande rede de conveniências em meio a estrada Rio Lagos.
Nos fundos do estacionamento ligado a loja e ao posto, o policial pôde perceber um grupo grande de homens. Deviam ser uns 20 ao todo, em torno do que parecia ser a atração principal.
Ao se aproximar, não foi percebido, com exceção de um ou outro mais próximo da borda do círculo, que ao ser notado, saiu rapidamente do grupo. O policial, percebendo se tratar de uma atividade no mínimo condenável, apressou o passo e adentrou o grupo
Para sua surpresa, não se tratava de nenhum tipo de venda de entorpecentes ou disputa ilícita, como de cara pensou, mas sim, de um jovem nu, sendo partilhado entre os homens ali presentes.
O segundo erro do policial, foi julgar que o jovem estaria ali contra sua vontade. Mas bastou um olhar mais atento para perceber que o mesmo gemia despudoradamente, e com as mãos, caçava o maior número de paus ali presentes para poder chupar.
Ninguém ali no centro pareceu perceber o policial, entretidos demais com o belo joven nu que era servido em meio ao estacionamento. Um belo garoto, louro, forte, costas bem desenhadas, cintura fina e uma anca larga, com uma bunda carnuda e firme que pouco oscilava diante dos fortes encontrões que os homens lhe davam a cada penetrada.
O policial só foi notado quando, em meio ao êxtase, o jovem rapaz acabou agarrando seu volume. Estranhando não estar para fora como os dos demais, tal características fez o jovem, por curiosidade, olhar para o dono do membro coberto. Foi então que, como num despertar de um transe, todos passaram a notar o policial.
O jovem mais três outros homens ali despidos foram levados a delegacia, sob o flagrande de atentado violento ao pudor e desrespeito as regras de aglomeração.
O jovem, Guilherme Aciari, veio até mim, pois suas motivações foram claramente apontadas pela defesa como oriundas de algum tipo de transtorno psicológico. Opinião a qual eu era favorável. Pois o que levaria um belo garoto daqueles a se sujeitar a tal situação?
Guilherme era modelo fotografico, tinha uma fama razoável nas redes sociais. Pesquisei um pouco de sua vida e carreira, e encontrei um jovem com muitos seguidores no Instagram, que gostava de postar fotos de cunho sensual, sem nada apelativo. Todas suas postagens tinham muitos comentários e curtidas. E Guilherme não deixava um dia sequer sem postar algo novo. Normalmente na cama, no chuveiro, na praia ou qualquer lugar em que pudesse aparecer com pouca roupa, ou mesmo nenhuma, como algumas mostravam. Seu corpo era escultural e seu rosto harmônico e tinha um belo sorriso.
Guilherme chegou muito tímido, não queria falar do ocorrido, então resolvi começar pelo que parecia ser sua fonte de orgulho: sua aparência, e chamei a atenção para algumas fotos dele ainda criança, em que participou de concursos de beleza.
***
Desde pequeno eu participava dos concursos, acabou sendo uma boa forma de ter uma renda extra para nossa casa e conseguir fazer um bom fundo para a faculdade.
Meus pais sempre tiveram orgulho de eu ser um garoto bonito, me exibiam nas festas para os outros pais e parentes. Eu... Bem, vou mentir se dissesse que não gostava também, me sentir mais bonito que os outros garotos... Numa dessas festas, uma mãe nos falou de uma agencia de modelos que trabalhava com crianças. Fui levado e lá me adoraram, logo fiz um book e dali em diante a coisa decolou. Fiz muitos comerciais, ganhei dinheiro. Recebi até convite para atuar, mas era um péssimo ator. Era bom com a câmera, isso eu sabia.
Crescer nesse meio foi... Foi legal. Eu não tinha dificuldades em arranjar ficantes. As meninas, praticamente, se jogavam aos meus pés. Não... Nunca me interessei por homens, embora percebesse que alguns, mais afeminados, também babavam. E sim... Rs. .. era divertido brincar com eles as vezes.
Não, na época nunca rolou nada, mas .. eu por exemplo, gostava de trocar de roupa no vestiário, sabendo que um desses meninos ficava lá olhando. Babando. E me divertia sabendo que eles iriam se masturbar pensando em mim naquele dia.
Eh... Pode se dizer que eu gostava de me sentir desejado. Não importava por quem, homem, mulher, velho, novo, bonito ou feio. Quando entrei pro Instagram, acho que o que mais me atraiu foi justamente a quantidade de público que você consegue atingir. E eu me empenho. Sim, as vezes abuso. Mas sempre tomo cuidado para não extrapolar o limite da plataforma. Não posto nada explícito.
Meu pais? Eles acham normal. Afinal, sou modelo, vivo do meu corpo. Não tenho vergonha de dizer isso e eles também não.
Conforme fui crescendo eles foram soltando as rédeas. Não tinha como eu passar a carreira sem ter de posar de roupa de banho, ou de cueca, ou qualquer outra coisa.
Os fotógrafos queriam me ver sem roupa, as produtoras também. Claro, sempre rolava assédio, mas isso é normal nesse meio, não?
Tinha um produtor em específico que fazia questão de ficar na sala em meus ensaios e pedia pra eu trocar de roupa ali mesmo. Falava que não tinha necessidade de eu ir para o camarim a cada troca.
Eu? Eu achei graça, claro. O cara queria me ver pelado, era óbvio, só não podia deixar isso tão escrachado. Então, numa noite, depois de um ensaio para uma marca de sungas, ele esperou acabar e dispensar todos
Sabe... Acho que ele foi o primeiro homem que eu deixei me tocar. Não, não o achava bonito e não, também não me ofereceu nada. Nunca precisei disso para subir na carreira, mas... Não sei exatamente o que foi. Creio que foi a forma como ele me olhou, pra início de conversa. Pois sempre me senti desejado, mas não daquele jeito. Aquela fome, aquele apetite. Me senti como um pedaço de carne, exibido para um cão faminto. E isso... Isso me excitou.
Ele chegou, passou a mão pelas minhas costas. Eu estava nu, tinha acabado meu ensaio e estava me arrumando para ir embora. Ele pediu que todos se retirassem pois queria ter uma prosa comigo.
Sua mão deslizou pelas minhas costas, acariciando as nádegas.
- Você é maravilhoso, Gui - falou de forma direta, me olhando de cima a baixo - Simplesmente maravilhoso.
Ele apertou minha bunda, chegou e cheirou meu pescoço.
- Maravilhoso. Você vai longe, garoto.
Não conseguiu falar mais nada.
E como que perdendo o controle sobre si mesmo, beijou minha boca, meu rosto, testa. Desceu e foi cheirando meu pescoço, meu peito. Foi quando começou a me chupar os mamilos.
- Maravilhoso...
Aquele homem estava totalmente entregue.
A devoção como me elogiava, o prazer com que me tocava. Me senti um Deus perante ele. Suas mãos atrevidas me apertavam a bunda, os dedos penetravam a fenda e tocavam o buraquinho.
- Mara...vilhoso.
Desceu mais e me chupou o pau
Eu estava bem, satisfeito. Me olhava no espelho e via o pelo homem nu no reflexo sendo devorado pelo seu agente.
Ele me tocou todo o corpo, cheirou, lambeu e beijou cada centímetro que pôde, completamente devoto a mim.
Não descansou até me fazer ejacular, e bebeu todo o sêmen como se fosse um líquido sagrado.
Rapidamente ele pareceu acordar do tranae, pediu desculpas e saiu da sala
- Você é maravilhoso - repetiu uma última vez. Eu ri e terminei de me arrumar para sair.
Foi naquele dia que percebi uma diferença crucial entre homens e mulheres. Não me leve a mal, sempre curti mulher, mas os caras tem um jeito diferente de cobiçar. Eles não tem tantos pudores, não se seguram em virar o rosto e olhar de cima a baixo quando algo lhes agrada. As mulheres são mais comedidas. Creio que culturalmente foram ensinadas a serem assim. Elas não demonstram interesse tanto quando os homens. Não com a mesma intensidade. E isso me fez querer experimentar mais o sexo masculino.
E naquele instante, eu percebi como haviam homens gays no mundo. Estavam por toda a parte. Comecei a reparar, sempre que fazia minha corrida matinal no calçadão de Ipanema, nos caras me olhando. De todos os tipos, altos, baixos, gordos, magros, velhos e novos. Alguns andavam de mãos dadas com suas esposas ou namoradas, e mesmo assim olhavam. Sem pudor.
Na academia, eram muitos. Não havia uma semana em que eu não percebesse que alguém vigiava meus exercícios. Quando percebia, tentava não expressar reação e deixar a pessoa livre para me admirar exercitando meus músculos.
Mas as vezes a tentação era grande e eu tinha que olhar. Uns se acovardavam e desviavam, outros não. Outros sorriam, faziam sinal positivo com a cabeça. Alguns iam além, e pegavam no próprio pau.
Uma vez, um deles fez sinal em direção ao vestiário e foi. Meu coração disparou e eu o segui. Lá, foi a primeira vez que fiz algo naquele espaço. Ele era forte, barbudo, cara de voraz. Me olhou de cima a baixo com aprovação. Apertou meu pau, depois me olhou nos olhos e me beijou. Eu me entreguei. Deixei ele abaixar e arriar meu short, me chupar o pau. Não me importei quando ele me virou de costas e me beijou o orificio, quando enfiou a lingua. Apenas aproveitei. E no final, ele se ergueu novamente, encaixando firme o pau atrás de mim, e penetrando.
Não senti dor, com exceção da primeira fincada. Apesar de ser virgem, meu tesão escapava pelos poros.
Deixei ele me usar naquele banheiro ouvindo ele sussurrar a palavra "gostoso" inúmeras vezes.
Depois daquilo, foi um vício. Pois eu passei a encarar de volta todos àqueles que me fitavam na academia. Alguns se intimidavam, outros não. Continuavam encarando, sorrindo, puxavam algum assunto trivial. Mas quase todos, mais cedo ou mais tarde, faziam a dupla de movimentos que eu queria. A pegada no volume e a indicação do vestiário. E lá, eu me deixava usar, despir, chupar ou ser chupado. As vezes um desavisado entrava no banheiro e nos pegava no flagra, e eu não me intimidava. Continuava como estava.
As vezes, o cara saia, outras, se juntava a brincadeira. Outras vezes, com quem eu estava saia e era substituído pelo recém chegado. Não importava qual, eu já estava satisfeito de ser olhado com tanto desejo.
Uma vez, um professor da academia largou seu aluno de personal só para me enrabar. Era um belo homem, forte de olhos verdes. Traços bem masculinos. Ele me colocou diante da pia, elevou minha perna, apoiando no mármore, e me penetrou. Eu estava nu, sob o pretexto de ir tomar banho. De frente para o espelho, acompanhei toda a cena. Apesar do professor ser um belo homem, meus olhos não desgrudavam do jovem delicioso que era devorado no reflexo.
Fazer esses caras se exporem a tamanho risco apenas para ter alguns momentos de prazer comigo era... Era... O céu. Eu me sentia um belo anjo, cobiçado pelos demônios famintos.
Quando viajei para São Paulo, fiquei impressionado com o número de encontros em banheiros públicos. Era eu entrar em um, que sempre havia alguém que olhava de cima a baixo, e gostava.
Não tinha prazer maior que me deixar ali, e permitir que aqueles caras me tocassem, apertasse, beijassem, despissem.
Não tinha gostos. Não me importava quem estava lá. O que eu gostava era de sentir o desejo no olhar deles. Uma vez um senhor, com idade pra ser meu avô, veio e me levantou a blusa, só para poder chupar beu peito. Noutro dia, um garoto, com uniforme escolar, me arriou as calças e fudeu ali mesmo, mas por pouco tempo, pois bastaram três estocadas para ele gozar. Foi engraçado, acho que fui a primeira vez dele.
Uma vez, curioso, fiquei no mictório de madrugada, calça arriada e bunda de fora, fingindo mijar por um tempo interminável. Só para perceber as reações. Alguns, claramente desaprovavam de início, mas não resistiam a ficar olhando ela inúmeras vezes enquanto ali estavam. Mesmo os homens héteros admiravam minha bunda. Outros ficavam ao meu lado, esperando um convite. Eu fiquei Imóvel em todos eles, indiferente. Não fiz convites ou insinuações com o olhar. Queria que eles tivessem toda e qualquer iniciativa. Induzir, incitar a coragem.
A maioria se limitava a ficar do meu lado, olhando igual cachorro faminto, doido para por a mão em mim. Alguns, mais corajosos, passavam a mão na minha bunda, pegavam no meu pau. Eu, deixei todos, só não incentivei
E alguns, mais corajosos ou apenas indiferentes a minha passividade, quebravam todas as barreiras, pegavam minha bunda e metiam sem dó.
Quando faziam, eu ficava satisfeito, pois era o que no fundo eu queria. Saber que era irresistível. Eu venci. Naquela noite, venci um total de 6 vezes até decidir que era hora de voltar ao hotel.
Mas eu tive de começar a me policiar, pois estava abusando. Eu tinha construído uma carreira sólida, e tinha conquistado uma fama nas redes. Se em algum momento alguém filmasse, ou eu fosse preso, poderia arruinar tudo
Começei então a reduzir minhas idas aos banheiros, meus encontros nos vestiários. Mas o tesão era tanto. Com a pandemia, tudo piorou. A internet ajudou. Me exibi muito nos bate papos, abri até uma conta no onlyfan, só para poder me exibir. De máscara, sempre. Pra evitar minha exposição. Mas não era a mesma coisa.
Pela tela, não conseguia sentir o desejo dos outros, aquela vontade irresistível de tocar o objeto de desejo que estava logo ao alcance da mão.
Era óbvio que eles me desejavam, mas saber e sentir de verdade eram coisas muito distintas.
Foi então que cometi o erro que me trouxe aqui hoje. Eu simplesmente não consegui mais segurar... Eu.. eu dirigi horas. Queria estar o mais longe possível de casa.
Peguei a estrada e parei naquele ponto. No fim do estacionamento, vi uns caminhoneiros. Três. Etacionei o carro e fiquei encarando. Não demorou e eles me notaram.
Abri a porta do carro e deixei eles me verem. Estava de roupa ainda. Eles riram e tentaram me ignorar. Isso me atiçou mais. Eram típicos machões, não demonstravam ou não queriam demonstrar. Mas não foram capazes. Olharam uma, duas, três vezes, e começaram a comentar entre eles
Tirei a máscara e percebi que meu rosto os atraiu mais. Começei então a acariciar meu peito, minha barriga, meu volume.
Eu podia ouvir as engrenagens em seus cérebros, processando tudo o que estava acontecendo. Hora ou outra pegavam nos paus. Riam entre eles ainda, mas apenas para fingirem para seus pares que achavam aquela minha investida ridícula, e que não estavam nada interessados. Mas continuaram olhando. Bastava um deles... O primeiro, e o restante cairia como um efeito dominó.
E eu esperei. Continuei, começaram a cochichar novamente, provavelmente criando um pretexto, para abusar de um belo jovem sem que isso comprometesse suas frágeis identidades sexuais.
Mas no fim, vieram...
Colocaram os paus pra fora e eu chupei.
Olhava para eles enquanto mamava ... Como senti saudades daqueles olhares...
Me tiraram do carro, e começaram a me despir. Como uma onda, a coisa foi ganhando força, sem controle, arrastando o que tivesse a frente. Chegaram outros curiosos. E mais. Eu estava cercado. Mas não tinha medo. Estava adorando ter tantos ali. Meu corpo era puxado de um lado a outros, minha bunda penetrada sem descanso. Eu não via mais quem era quem. Estava enebriado. Toda a cena me passou como um borrão, com exceção dos olhos. Eu consigo me lembrar de cada olhar, tipo, cor, desejo...
Por isso, quando vi os olhos do policial, eu despertei, pois era o único ali diferente, o único que não me desejava... Só me julgava.
...
Guilherme teve várias sessões comigo. Por sorte dele, seu incidente não repercutiu na grande mídia e sua reputação foi preservada.
O que eu achei que fosse um caso de Satirismo, se revelou uma profunda necessidade de atenção, canalizada e orientada pela pulsão sexual. Tivemos um longo trabalho a frente, mas produtivo. Guilherme reconhecia seu problema e era extremamente cooperativo. Se afastou da carreira de modelo. Não era o melhor pra ele afinal, e só alimentaria seu próprio problema. Hoje, ele está casado, tem uma filha e trabalha como engenheiro, profissão na qual se formou. Nossos encontros acontecem cada vez mais espaçados, por orientação minha. Aos poucos tiravamos suas rodinhas e ele pedalava por distâncias maiores sem meus auspicios. E assim se seguiu, um dia de cada vez, um desafio de cada vez, ate sua plena cura.
Semana que vem, retomaremos o conto "Broderagem"