Aline: Lucas? Lucas? O VIAADOOO, acorda.
Eu: An? Que que foi?
Aline: Que que foi???
Eu que tenho que dizer isso.
O que ele veio fazer aqui, e porque você tá desse jeito, parece que tá em outro mundo. Ele bateu em você, vocês discutiram?
Eu: Não. Não exatamente. Ele me falou alguma coisa e eu respondi ele.
Aline: Você é maluco, já apanhou uma vez, não tá satisfeito? ... Vou trabalhar que ganho mais, se ele aparece denovo você me chama tá?!
Eu: Você sabe que eu nunca saio por baixo em discussões. Tá bom vai lá, qualquer coisa eu te chamo.
Voltei a fazer meu trabalho, mas com a cabeça a mil.
MANO, AQUELE CARA SÓ PODE SER LOUCO. Do nada ele fica louco, parece que vai se transformar e quebrar tudo na frente dele. Mas, eu não sei explicar, eu não consigo sentir ódio, raiva sim, ódio não. No fundo, eu enxergo algo nele, tem que ter algum motivo pra ele fazer essas coisas, eu sentia isso.
Terminei o meu trabalho e fui para casa. Domingo era minha folga e era só fazer alguns afazeres em casa e descansar. Porém, aproveite o tempo para pesquisar algo na internet sobre ele qualquer coisa relacionada ao nome " Caio ", ( seria complicado, existem 1 milhão de Caio's no mundo ). NADA. Não achei nada. Facebook, Instagram, Twitter. NADA. Absolutamente nada. Que frustrante, o dia todo jogado fora e nada. Eu tinha que jogar as cartas na mesa e fazer do meu jeito. Mas por onde começo, não tinha ideia!
Quarta|
Trabalhei feito louco ( pra variar ) e a noite fui para o curso, graças a Deus era a dia, depois de 4 meses acabou aquela desgraça, não aguentava mais aquilo. Como todo último dia de escolaridades, teve comida e toda aquela melação de gente dizendo que vai levar você pra vida toda, mas quando te vê na rua, não olha nem na sua cara, mas beleza. Peguei carona com a Tati ( única pessoa que tinha de fato amizade no curso ), ela me deixou a uns 10mnts da minha casa, e dali eu iria a pé. Andei aquela rua enorme que parecia não ter fim, e vire a esquina ( para a esquerda, que já dava entrada no meu bairro ). Pronto, era só o que me faltava. Estavam lá, o Caio o Policial amigo dele, e um outro menino ( que parecia estar sendo enquadrado ). Pensei, em voltar, mas dar a volta no bairro todo iria demorar muito, e amanhã tinha que trabalhar cedo. Respirei fundo e fui.
Caio estava de costas para mim, eu atravessei do outro lado da rua para não passar perto deles, o policial amigo dele meu avistou, mas não falou nada ( ele parecia ser boa pinta, pelo menos não era esquentadinho igual o outro ), olhei pro Caio, e pela primeira vez reparei na bunda dele, era proporcional ao tamanho dele, parecia ser bem durinha, apesar da farda marcar seu corpo, por ser apertada e ele muito grande ( alto e forte ). Abaixei a cabeça e fui. Não olhei para os lados eu só ouvi ele dizer : " Tá liberado ".
Caio : Ei, ei....
Espera aí, não vai dizer um boa noite pro seu amigo aqui? - disse ele com aquele sorrisinho falso dele.
SEEENHOOOORRRRRR.
Eu: Eae....
Caio: Isso é jeito de falar comigo? Esqueceu que eu que mando por aqui?
Eu: Se duvidar, você não manda nem em você direito!
Caio: - Risos - Não me faça rir moleque, ninguém manda em mim, ninguém me prende a nada!
Eu: Existe uma primeira vez pra tudo, sabia?
Caio me olhou com um olhar duvidoso, e falou:
Caio: Você continua muito abusado sabia?! Não foi o suficiente a surra que levou?
Nesse momento o policial, companheiro dele ( que ainda estava do outro lado da rua ) começou a vir até nós.
Eu: Já levei tombos maiores na vida, aquilo não foi nada para mim.
Roberto: Caio, vão bora. Deixa o garoto em paz.
Caio: Vamo logo! - Me fritou com os olhos, virou as costas e saiu.
Ufaaa!!!Me savei de mais uma. MAAAAAAAS.
Agora eu já tinha por onde descobrir alguma coisa sobre aquele cara. Roberto.
Roberto Antunes. ( eu já sabia o sobrenome dele, naquela noite do ocorrido ).
Era por ele que iria descobrir tudo. Cheguei em casa tomei um banho, jantei e fui pesquisar sobre esse nome. Uns 5 minutinhos procurando, bingo. Tava lá. O perfil dele, não era um homem de se jogar fora ( Hahaha ), mas a intenção não era essa, pelo menos agora. KKKKKKK
Ele tinha 36 anos, casado , tinha um filho de uns 6 ou 7 anos, e era policial ( óbvio).
Tá, beleza! Mas e agora? Como me aproximar dele? Não tinha nenhuma foto dele com o Caio, o que eu ia fazer? --- agora vocês podem me achar um psicopata, mas foi a única ideia que eu tive, que no final deu certo KKKK ---
O filho dele. A coisa mais preciosa de um pai? É a família. ( provavelmente ).
Eu tinha que dar um jeito de me aproximar daquele garoto. E já sabia como.
Em uma das fotos, o garotinho estava de uniforme, uniforme esse, que era de uma escola particular da cidade. Era isso. Só precisava de mais uma coisa....
No dia seguinte....
Eu: Ei o Vs, cola aqui!
Victor Santos/ Vs: Salve Lc.
Eu: preciso de um favorzao seu - mostrei a foto do garotinho e expliquei o que ele tinha que fazer - Se tu fizer direitinho, te arrumo o número daquele ruivinha lá no TA!
Vs: CARALHO Lc, pode deixar!
Fui trabalhar.
Cheguei a tarde.
Vs: Eae Lc.
Eu: Eae mano, deu certo?
Vs: Deu sim, ele fica sentado naqueles bancos na frente da escola, vai um cara buscar ele por volta das 11: 40, ele saiu era lá pelas 11 : 25.
Eu: Beleza Vs, já tá de bom tamanho, toma aqui o número da menina!
Vs: Caraca, tu já pegou?
Eu: Para de ser ingênuo Vs, eu semrpe tive - ele me olhou assustado KKKKK.
Tá. Agora era só ir lá e botar o plano em prática. Troquei a minha folga, com um dos caras lá do mercado, e fui lá na escola na quarta feira.
Tudo como o Vs disse, ele ficava sentado nos bancos, sozinho. Esperei uns 2 minutos até a maioria dos alunos irem embora e fui lá conversar com ele.
Eu: Eae garotinho, tudo bem? - ele me olhou, mas não respondeu - Eu sei que seus pais devem dizer pra você não falar com estranhos, mas eu sou do bem. Sou amigo do seu pai, o Roberto - sorri amigavelmente para ele.
Ele: Você conhece meu pai? - AAAA ele era muito fofo mano.
Eu: Sim. Prazer, Lucas.
Ele: Oi. Eu sou o Lorran.
Eu: Que nome lindo! Então, você fica sozinho aqui?
Ele: Sim. Não tenho muitos amigos, eles dizem que meu pai é mal, e que vou ser igual a ele quando crescer. - Me deu um aperto no coração, coitadinho.
Eu: Não liga pra isso, você é um pirralhinho muito fofo, não tem o porque ligar pra essas coisas, cada um segue o que quer, e se torna o que deseja. Me diz, você quer ser oque quando crescer?
Ele: Não sei tio Lucas - AAAI QUE FOFO - Gosto muito de desenhar. - ele puxou uma folha da mochila dele. Um desenho do Sasori, do Naruto.
Eu: Caraca pirralho, que desenho perfeito! Você gosta de Naruto também?
Ele: Sim. Você também gosta tio?
Eu: Claro, já assiti todo o animeblablabla.
A gente ficou conversando um tempo, ele era muito fofo e papo sobre Naruto tava muito legal. Mas nem tudo é perfeito né?! Eu fiquei de papo e esqueci do plano ( LKKKKKKKKKKKKKKKKK ). A ideia era ganha a confiança do garoto, dizer pra ele falar que eu deixei lembranças pro pai dele, e voltar um outro dia e abordar o pai dele na frente dele, ele iria me reconhecer como Lucas, ou o tio Lucas haha. Mas eu fiquei conversando e esqueci ( MDS KKKKKKK ).
Parou um carro, um baita de um carrão na nossa frente, e o Roberto desceu:
Lorran: Ooiiii pai, olha aqui, o tio Lucas.
Roberto: O que você tá fazendo aqui?
Eu só dei um sorrisinho, tipo: Aí que merda, lasco!
Continua.....
É foda ser burro.