A Princesa e o Corno
Acordei cedo. A noite havia sido muito longa. Também, não teria como ser diferente.
Eu finalmente tinha aceitado ser corno da minha Princesa. Sem enganação, após dois anos trabalhando a ideia, minha Princesa me convenceu.
Fui tomar um banho. Sentia um misto de excitação, vergonha, incômodo e medo, claro.
Ao sair para me arrumar, dei de cara com minha Princesa na cama. Ela segurava um cinto de castidade. Fiquei mudo.
Princesa: está pronto? Quero que use isto enquanto vai ao trabalho.
Demorei alguns segundos para dizer sim, mas pareceram uma vida inteira.
A Princesa me deitou na cama e colocou o acessório. Usou um cadeado de plástico. Todo o acessório era de plástico ou silicone. Tinha que ser assim. Pois eu passaria por vários detectores de metais durante o dia.
Era rosa. Bem “mulherzinha”, segundo a Princesa.
A Princesa me ajudou a vestir o terno, colocar a calça e os sapatos.
Princesa: está pronto pra ir? Posso avisar pro meu comedor que vc está saindo?
Gaguejei, mas disse que sim, sem muita convicção.
Fui para o presídio. O trajeto de uma hora pareceu durar uma semana. Antes de descer do carro e entrar, olhei o celular..., nenhuma mensagem..., minha cabeça estava a mil.
Passei pelos diversos detectores de metais. Nenhum apitou. Mas a adrenalina era altíssima. Atendi vários clientes, mas confesso, minha mente estava dividida. Mil coisas passavam por minha cabeça.
Depois de algumas horas, saí, voltei para o carro e ansioso peguei o celular.
Nada. Nenhuma mensagem.
Mandei uma mensagem para a Princesa para avisar que eu estava voltando para casa. Para não “pegar ninguém de surpresa”, afinal, eu não sabia como seria minha reação... “ok”, foi a resposta dela. Não sabia o que pensar. Estava “ocupada” ainda? Tinha dado algo errado?
A viagem de volta pareceu ainda mais longa do que a de ida.
Quando cheguei no estacionamento do condomínio, nova mensagem. Abri e eram fotos e vídeos. A bunda da princesa a mostra, com um pau atrás dela. Inconfundível, pois dava para ver a tatuagem linda e sexy que ela tem no cóccix.
Tinha acontecido. E agora?
Não sabia se era tesão, ou raiva, mas senti meu sangue ferver e meu rosto ficar vermelho.
Peguei o elevador, cheguei em casa, abri a porta... dei de cara com ela sentada no sofá. Consolo enorme na cintura.
“Tira a roupa”, ordenou. Tirei.
Continua...