PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO 22: DESCONFIANÇA

Um conto erótico de RafazinhoGostoso
Categoria: Homossexual
Contém 2551 palavras
Data: 29/04/2021 21:27:25

No capítulo de hoje, vamos explorar mais as relações e os sentimentos dos personagens, então não vai ter tantas cenas quentes. Tô guardando pra o próximo hehe

E obrigado a todos que estão comentando e compartilhando!

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PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO 22: DESCONFIANÇA

Ali, encarando um ao outro, com seus corpos peludos encharcados de suor e esperma, ainda com o pau meio duro dentro de Danilo, Daniel olhou fixamente o irmão, que retribuiu o olhar. Ambos não conseguiam falar nada, apenas se olhavam e terminavam de arfar, tentando recuperar o fôlego depois de tudo aquilo.

Do outro lado da porta, estava eu que havia acabado de chegar da escola, perplexo ao ouvir os sons estranhos que vindo do quarto do tio Danilo. E tentando entender o que significava tudo aquilo? Quem estava lá dentro com ele? Não parecia voz de mulher. Que doideira!

- Tio, Danilo, o senhor tá aí? - Perguntei, batendo na porta.

- Porra, se esconde! - Disse Danilo à Daniel, que se jogou embaixo da cama na mesma hora.

Danilo abriu a porta, com um lençol enrolado no corpo suado e nu. Eu logo saquei o que poderia estar rolando, ele estava transando ou batendo punheta vendo algum filme pornô (o que justificaria o outro gemido que eu ouvi além do dele). Pude notar que o peitoral dele ainda estava melado com seu esperma, ele nem deve ter se atentado a esse fato. Imaginar que ele havia gozado no próprio peito me causou uma excitação muito grande e pude sentir que meu pau começara a endurecer por dentro do uniforme da escola.

- Rafa, eu tava só... É... - Dizia Danilo visivelmente desconsertado e sem saber muito o que inventar.

- Tudo bem, tio. Seja lá o que for, fica tranquilo. Vou ver como o Biel está, tá bom? - Respondi.

No fundo eu adoraria inventar alguma coisa para fazer a conversa com meu tio Danilo render, isso faria com que eu conseguisse entrar no quarto, analisar melhor a situação e quem sabe até admirar mais dele com o lençol enrolado ou até sem ele, mas do jeito que o meu pau já estava visivelmente volumoso na calça, seria constrangedor se eu não saísse dali o mais rápido possível antes que ele notasse. Antes de sair dali para o meu quarto, perguntei:

- O senhor viu o papai? Ele saiu?

- Saiu. - Respondeu Danilo, visivelmente desconfortável. - Ele disse que precisava resolver algumas coisas do quartel, mas já voltava.

- Ah, tudo bem. Obrigado. - Exclamei enquanto tentava esconder discretamente com as mãos o volume que se formava em minha calça.

Eu queria muito conversar com o papai. Depois do que aconteceu na noite passada, as coisas ficaram estranhas entre nós. Será que ele ficou com raiva de mim pelo que fizemos? Isso me deixava extremamente nervoso. Eu queria conversar com ele para entender e fazê-lo entender que está tudo bem entre a gente e o que aconteceu foi apenas um monento inusitado entre pai e filho e não significou nada. O meu pai era a pessoa que eu mais amava em toda minha vida e eu odiaria perder a amizade e amor dele. Claro, antes do papai, a pessoa que eu mais amava era o Gabriel, e isso me faz lembrar que eu preciso mesmo conversar com ele e fazê-lo entender que eu estou do lado dele mesmo em meio a tanta coisa que ele está passando.

Eu amo o Biel, mas não podemos ficar juntos. Ele é imaturo, inocente, e além de tudo, somos primos. Me dói demais brigar com ele, mas se isso servir para manter o nosso amor separado e evitar problemas futuros, prefiro que seja assim. Apesar de tudo, preciso que ele saiba que dessa vez eu estou aqui por ele, o apoiando.

- Oi, Biel? - Respondi abrindo a porta do quarto dele. Gabriel estava deitado na cama, aparentemente tinha acabado de acordar. Não me admira que ele estivesse dormindo até aquela hora visto que passou a madrugada acordado com tudo o que houve.

- O que você quer? - Respondeu Gabriel de forma ríspida. - Eu quero ficar sozinho, você pode respeitar isso? Ou nem isso eu tenho mais direito?

- Ei, calma aí. Não desconta em mim! Respeito você sempre teve de mim. Eu tô aqui justamente pra te dizer que eu sinto muito por tudo que tá acontecendo e tô do seu lado independente do que acontecer. - Falei, tentando parecer calmo para controlar a fera.

- E do que isso ajuda, Rafa? Sério? É muito fácil chegar aqui e dizer que tá do meu lado depois de tudo que você fez pra mim! Você me usou, brincou com meus sentimentos, depois me abandonou e finge que eu mal existo! Você sabe o quanto é difícil pra mim? - Disse Gabriel, com a voz começando a embargar.

Naquele momento, pensei que ele iria começar a chorar. Gabriel era o tipo do menino emotivo e chorava por absolutamente qualquer motivo, mas naquele momento eu senti um real peso na sua voz, um tom mais maduro e realmente ressentido. Eu sei que o que tudo que ele dizia era genuíno e o quanto doeu nele e em mim. Ainda com a voz embargada, mas agora ficando cada vez mais firme e direta, ele continuou com o monólogo enquanto eu apenas ouvia.

- Eu sempre odiei o fato de que eu adoro a mamãe e ela foi pra longe depois que ela e o papai se deixaram. Eu sempre sofri em como o papai ficou distante de mim e focado no trabalho dele depois que a mamãe foi embora. Eu sempre fui muito sozinho, mas aí você apareceu e fez com que eu não me sentisse mais sozinho! O papai começou a se importar mais comigo e a nossa vida ficou muito mais agitada, mas aí chegou esse sentimento entre a gente e tudo piorou. Agora minha vida tá uma bagunça com a mamãe voltando enquanto a gente tá nessa briga eterna. Eu tô muito destruído por dentro. - Disse Gabriel.

Acho que ele esperava que eu fosse pedir desculpas e voltasse com ele, que dissesse que tudo que falei e fiz foi por amor a ele e que faríamos uma trégua, mas eu sabia o quanto essa relação entre nós só estava causando mágoa aos dois e enquanto eu insistisse nisso, continuaríamos assim. No fundo, meu inconsciente dizia que eu precisava terminar aquilo de alguma forma.

- Me desculpa, Gabriel, por tudo que está acontecendo com você. - Falei, olhando diretamente. - Mas o que aconteceu entre a gente é errado e não pode voltar a acontecer. Não pode! Pra mim não importa se o titio ou a sua mãe vivem brigando e ferrando com o seu psicológico, não coloca as suas frustrações e esperanças em cima de mim! Eu sou teu primo, e tô aqui pra te ajudar, mas isso tudo é muita pressão!

Eu sou péssimo em conversar. Aquela altura, o meu tom de voz já tinha passado de super calmo e fofo para grosseiro e hostil. Eu deveria estar ali para ajudar ele, mas acabei falando o que não deveria. A expressão facial de Gabriel mudou, parecia que ele ia me devorar com os olhos.

- Quer saber? Foda-se! E sim, eu falei palavrão e tô pouco me fudendo! Eu te odeio por tudo que você representa e me odeio por, como você mesmo disse, colocar todas as frustrações da minha vida fodida em você! - A voz dele não soava mais embargada, mas a mágoa soava como um trovão em cada palavra.

- Gabriel, calma aí, eu... - Falei, tentando contornar a situação ao perceber o quanto o que eu disse podia tê-lo magoado ainda mais.

- Vai se fuder, Rafael. Eu desejo do fundo do meu coração que você e o titio possam ir embora o mais rápido possível e deixem a minha vida e a do papai em paz! - Disse Gabriel berrando enquanto pegava sua mochila e saía do quarto.

- Gabriel, espera aí! - Falei, tentando ir atrás dele.

- Chega, Rafa! Eu cansei disso, cansei! Não aparece mais na minha vida! - Esbravejou Gabriel em meio a sala da casa, abrindo a porta e saindo em direção ao elevador do condomínio.

- Rafa, que gritaria é essa? - Dizia meu pai Daniel saindo do banho.

- Ai, pai, foi o Biel, ele tá muito mal com tudo isso. Ué, o senhor não tinha saído? O tio Danilo disse isso. - Perguntei, confuso.

Meu pai ficou vermelho de vergonha e teve que inventar uma resposta rápida.

- Er... Cheguei agora pouco e fui direto pro banho, nem tinha te visto chegar da escola. Saiu mais cedo? - Perguntou ele, mudando de assunto.

- Cheguei. Liberaram a gente mais cedo.

- E sobre o seu primo: Deixa ele sozinho um pouco. Acho que é algo que ele precisa resolver com ele mesmo, com o pai dele e com a mãe. Não tem nada a ver com você, então não pega essa responsabilidade. - Disse ele, passando a toalha pelos cabelos e vestindo a camisa.

Meu pai estava errado. Apesar de tudo que estava acontecendo com o Gabriel, eu sabia que em parte eu tinha sim muita responsabilidade em tudo que estava acontecendo com ele. Eu deveria pedir desculpas? Deveria. É isso que faria, assim que voltasse da casa da Amanda. Tá na hora de eu finalmente parar de ser tão cuzão com o Gabriel e fazer ele entender que eu só não quero que as coisas deem mais errado do que já está caso a gente resolva ficar junto.

Na recepção do condomínio, num misto de raiva, tristeza e ansiedade, Gabriel discava o telefone.

- Tá ligando pra quem, garoto? - Disse Seu Miguel, o porteiro do prédio.

- Pra um amigo, seu Miguel, fica tranquilo. - Respondeu Gabriel.

Do outro lado da linha, um homem atendeu o telefone. A voz que ouviu o fez dar um leve sorriso.

- Gabriel? Oi! Tudo bem? - Disse Cabo Carlos, em sua sala na delegacia.

- Oi, seu Carlos. Eu sei que o senhor já perdeu tempo demais comigo, mas eu queria saber se aquela proposta ainda tá de pé. Eu não quero passar o dia em casa hoje, tá tudo muito estranho. - Respondeu Gabriel.

- Ah, claro que está! Eu já estava de saída do meu turno na delegacia. Meu filho vai adorar te conhecer! Se estiver tudo bem pros seus pais, eu passo aí e te pego agora. - Disse Carlos pegando a chave do carro na gaveta.

- Eles deixaram sim, Seu Carlos, muito obrigado! - Respondeu Gabriel soltando o primeiro sorriso genuíno no dia inteiro.

- Beleza, em 30min passo aí. - Respondeu Carlos desligando o telefone e logo após trancando sua sala.

É meio estranho pensar que ao primeiro sinal de simpatia e algo que pareça paterno, o Gabriel tenha se agarrado ao Cabo Carlos, mas não tenho como julgá-lo na condição em que ele se encontrava.

- Cadê o Gabriel, Rafa? - Meu tio Danilo perguntou saindo do quarto, agora devidamente vestido e limpo.

- Ele desceu para o térreo. Ele tá meio triste, e eu acho que acabei piorando. Eu sou um péssimo primo... - Respondi.

- Ah, isso não é culpa sua. É minha e da Marisa, essa nossa briga tá acabando com ele. Acho que na verdade é mais minha culpa por ser um pai ausente e irresponsável que de qualquer um. - Disse ele, meio triste em assumir. - Mas vamos parar de falar nisso e vamos almoçar, por favor.

Meu tio e eu sentamos à mesa, mas meu pai ficou no quarto. Eu realmente estranhei, visto que assim como meu tio, meu pai sempre presava pela presença de todos à mesa. Fui chamá-lo, mas ele estava irredutível em se sentar para almoçar comigo e com tio Danilo? O que teria acontecido para ele estar assim?

Depois de muito insistir, meu pai foi até a mesa para almoçar comigo e com o tio Danilo. Dessa vez ele se sentou na ponta esquerda da mesa e não do lado do titio como costumava fazer. Durante o almoço ele mal trocaram duas palavras além de "Me passa o sal" e "Obrigado". O olhar entre eles era de desconforto e vergonha, mas isso eu só posso perceber hoje. Na época eu só conseguia ficar confuso tentando entender o que estava acontecendo ali.

Meu pai acabou o almoço primeiro e rapidamente se levantou, antes que tio Danilo tivesse a chance de falar algo ou se levantar também, meu pai foi direto para o quarto de hóspedes e se trancou lá, dizendo que iria trabalhar em alguns documentos do exército e não queria ser incomodado. Tio Danilo ficou visivelmente incomodado com a cena, mas procurou não demonstrar.

Na porta do prédio, um homem alto, pele parda, agora sem o uniforme da polícia, apenas de camisa polo e calça jeans, parou com seu carro e buzinou. Gabriel acenou para o homem, que acenou de volta. Ele entrou no carro de Carlos, enquanto seu Miguel observava a cena na guarita do condomínio.

- Obrigado e desculpa o incômodo, seu Carlos. - Disse Gabriel, ajeitando o cinto de segurança enquanto Carlos arrancava o carro.

- Relaxa. Eu adoro receber visitas e eu e meu filho vamos adorar ter um amigo para passar o dia Hahaha - Disse Carlos, enquanto dirigia.

Após uns 15 minutos, o homem e o garoto chegaram a uma casa no centro da cidade. Uma casa modesta, mas muito bonita, com fachada texturizada em cores pastéis e um canteiro de plantas.

- Chegamos, essa é minha casa. - Disse Carlos enquanto desligava o carro.

Carlos girou a maçaneta e ambos entraram na casa. Era um pouco maior do que o apartamento de Gabriel e Danilo, além de ser visivelmente mais bem decorado. Carlos ganhava bem o suficiente para decorar sua casa com móveis e utensílios de extrema qualidade e de boa reputação financeira.

- Lucas, cheguei, filho! Vem cá. - Disse Carlos, em voz alta.

- Oi, pai, tô no quarto! Tô indo, pera. - Disse a voz abafada que vinha do segundo quarto do corredor.

Um garoto extremamente esbelto saiu do quarto. Um pouco mais baixo que Gabriel, mas visivelmente mais forte, cabelos loiros e de óculos de grau (que pareciam ser de grau bem alto), o garoto olhou de cima a baixo Gabriel em sua frente e ficou confuso.

- Ah, oi. - Disse Lucas estendendo a mão para Gabriel. - Quem é você?

- Ah, filho, esse é o Gabriel. Um amigo que eu conheci lá na delegacia. Convidei ele para vir jogar aqui com a gente, tá bem? - Respondeu Carlos antes que Gabriel pudesse responder.

- Tudo bem, sim! Prazer, Gabriel. - Disse Lucas ainda com a mão estendida.

Gabriel retribuiu o aperto de mão.

- Prazer em te conhecer também, muito obrigado. - Disse Gabriel.

No fundo, Gabriel estava paralisado e um pouco confuso ao sentir algo diferente ao ver aquele garoto pela primeira vez. Algo parecido com o que ele sentiu ao me conhecer...

CONTINUA...

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É isso, galera. Desculpa pelo capítulo longe e explicativo, mas eu precisava desenvolver esses sentimentos dos personagens e suas relações. O sentimento estranho e conflitante entre Rafael e Gabriel, o estranhamento de Danilo e Daniel após a loucura de transarem loucamente mesmo sendo irmão e Gabriel novamente depositando seus sentimentos em uma possível nova figura paterna na figura de Carlos e dando de cara com um sentimento novo ao conhecer Lucas, o filho dele. O que será que vem disso tudo aí? Só digo que a história vai sofrer uma reviravolta básica nos próximos capítulos, que darão início aos acontecimentos finais da trama.

Continuem comentando se estiverem lendo e dando ideias! Valeuzão!

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Comentários

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Daniel e Danilo irão trepar loucamente...🔥🔥🔥🔥🔥🔥

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Daniel e Danilo irão trepar loucamente...🔥🔥🔥🔥🔥🔥

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Será que agora o Gabriel finalmente vai ser feliz? Espero que sim hehe.

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Esse conto tem o poder de te deixar viciado. Estou louco pra ler o próximo capítulo.

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