Apesar de não ter ocorrido da forma ideal, ou ao menos da maneira como eu queria, a DR com Guto serviu para expor o que me incomodava, e aquilo acabou escoando entre os demais membros do grupo.
Como resultado, tivemos nosso tempo de calmaria, após tanta intensidade sexual.
Foi necessário. Eu pelo menos podia dizer que precisava desse tempo pra mim. Me desintoxicar de toda aquela atmosfera de luxuria. Por as ideias no lugar.
E eu me abstive mesmo. Não tive nenhuma relação sexual, com eles ou com outros, durante semanas. E dado um tempo sem transar, o corpo começava a apresentar os sinais de abstinência. Começava a ficar excitado em momentos impróprios, meus testículos estavam doloridos e eu tive, digamos, um vazamento acidental uma vez, enquanto me banhava.
Mesmo com essas limitações, segui firme em minha busca pela iluminação. Embora, naquela altura do campeonato, eu já nem lembrava mais do porque fazer aquilo comigo mesmo.
Apesar de tudo, foi um período produtivo, onde enfocamos de corpo e alma nos treinos. Nosso time avançou a passos largos no campeonado e estávamos nas quartas de final. De acordo com Wagner, o nosso treinador, faziam 15 anos que o time da universidade não alcançava tal patamar. E tamanho feito, o qual pensei que tornaria nosso coach mais feliz, o transformou em um carrasco pior ainda.
A verdade é que eu sempre senti que Wagner pegava mais pesado comigo do que com os outros. Nunca expressei isso, pois poderia parecer que eu me sentia perseguido ou algo do tipo.
Mas há um tempo que eu tenho o observado a respeito. Ele não demonstra ter muita paciência comigo. Quando eu erro, é duro. Quando acerto, no máximo recebo um aceno afirmativo com a cabeça.
Tiveram duas vezes em que ele me acusou de "distrair o time". Acusação injusta, já que Diogo interrompia muito mais suas explicações com piadas que qualquer outro integrante. As vezes eu sentia que ele não gostava de mim e acho que se eu não fosse um golero tão bom, ele já teria me tirado do time na primeira oportunidade.
Mas agora, com as quartas se avizinhando, a sua tirania, em especial para comigo, ficou mais evidente.
De acordo com ele, era necessário eu, mais que qualquer outro, estar preparado. Pois o time com o qual íamos jogar era mestre em "cavar faltas". Eu havia pesquisado, e naquele campeonato, das 6 vitorias, 5 tiveram como elemento diferencial um pênalti pelo menos. Tal má fama era compartilhada por outros clubes. O apelido do atacante deles era inclusive "Neymar jr jr", pelas suas constantes quedas e pedidos de falta. Então, a preocupação de Wagner era até fundada, mas em compensação, eu era a principal vítima.
- O pênalti é o unico momento do jogo em que você não vai ter ajuda de ninguém. Será só você e ele. E você tem que estar preparado, Fábio. Não quero pôr pressão, mas está em suas mãos. Contamos com você.
Nesse dia, quando nosso treinador se afastou, Diogo veio ao meu lado, pôs a mão em meu ombro e, com deboche, consolou-me.
- Sem pressão, Fábio. Afinal, é só todo o campeonato, todos os meses de nosso treinamento e a honra do nosso time que estão em suas mãos - e riu.
A tentativa dele de me relaxar foi até boa, mas eu estava ficando tão tenso que não consegui nem rir, com excessão de um risinho nervoso quase inaudível. O que será que ele tinha contra mim? Eu pensava sempre sem querer imaginar que pudesse ser a resposta óbvia.
Quase não tivemos tempo de nos dedicar aos trabalhos da faculdade. Pois o resto de nosso tempo era dividido em reuniões, treinos, broncas e cobranças.
- Calma Coach, você precisa relaxar. - Vicente uma vez protestou, o que bastou um olhar de Wagner para ele se arrepender do que tinha dito.
Tinhamos nossas teorias do que poderia ser a causa do mau humor de Wagner. Pois nosso treinador não era sempre assim, algo estava o deixando mais estressado que o normal. Pelo que diziam, ele já havia trabalhado na universidade contra a qual jogariamos, então, nossa principal dedução é que ele não tenha saído de lá da forma mais amigável. Guto trouxe um dado interessante e alegou que sua falta de paciência poderia também se dever ao extresse do fim do casamento. Ele e a esposa tinham se separado haviam 3 meses apenas. Ou ainda, tudo aquilo podia ser o estresse de poder ser o primeiro treinador em anos a levar a taça pra casa. Enfim, as teorias eram muitas. Mas seja o que fosse, estava me arrancando o couro.
E foi numa tarde, sentado no jardim do Campus, que tive um dos raríssimos momentos de relaxamento. Faltavam dois dias para a semifinal e eu queria esquecer um pouco esse fato. E fiz isso comendo um sanduíche de ovo e ouvindo música abaixo da sombra de uma árvore.
Estava em transe, quase dormindo, quando uma presença ao meu lado me despertou.
Era Diogo. Sorrindo e se achegando.
- Fala, goleirão. Como está? Sozinho aí, isolado.
- Só relaxando - sorri - quer sentar? - e indiquei o lugar ao meu lado e ele sentou.
- E ai, fugindo do Wagner? - ele riu e eu concordei com um aceno de cabeça. - cara, queria dizer não, mas o maluco cismou mesmo contigo. Se não conhecesse, diria que quer te comer
Se não estivesse acostumado com a natureza direta de Ruaso, poderia ter me engasgado com a declaração.
Apenas ri, desprezando o comentário.
- Mas sério - e ria mais, parecendo levar na zoeira - vai por mim, eu conheço a alma humana. Só uma tensão sexual pra fazer ele ficar tão agressivo.
Não podia discordar, pois no episódio do vestiário, o que mais havia ali foi tensão sexual. E eu me lembrava muito bem das consequências. Mas optei por não me alongar no assunto. Queria relaxar e falar do nosso treinador não ia ajudar, com certeza.
Senti que ele queria me falar algo e aquilo tudo não passava de um pretexto. Então parei de vez o que fazia e lhe voltei total atenção..
- Diz aí, como você está? - fui direto
- To bem. - E pensou um pouco. - Só queria aproveitar e... Bem... Você sabe. Sinto que ficaram umas arestas entre nós. Digo. .. você e a galera.
Eu não falei nada. Apenas esperei
- Pois a coisa ficou diferente desde a nossa viagem e... o Guto falou comigo. Queria saber se ficou chateado. Se sim, foi mal. A culpa foi minha.
- Não - descartei, com calma. Sobre aquilo, eu já estava tranquilo, em paz.
- Que bom...
Ficamos em silêncio e então foi minha vez de querer saber. Uma dúvida que já pairava sobre minha cabeça.
- Russo, fala aí. Há quanto tempo você tava atiçando a galera?
Diogo riu, como uma criança arteira.
- Porque pensa que eu fiz algo assim?
- Só te conheço, e sei que não vale nada.
Ele riu mais.
- Ora, desde a noite na tua casa. - confessou - Eu falei que tava doido pra te ver distribuindo para a galera.
Ele, como sempre, sem rédeas na língua.
- E como você reuniu esse povo? - quis saber.
Diogo sorriu misterioso, me olhando de rabo de olho. Então deu de ombros e falou.
- Olha, eu sei que tu já tinha saídoido com alguém do pessoal antes de mim e do Alê. Você não falou nada, mas da pra sacar, sabe? O jeito que alguns te tratam, cuidadosos e tal. To te observando tem um tempo.
- Então estou sendo vigiado? - me fiz de indignado, mas sem levar a sério.
- Eu sou só observador. Por exemplo. E não precisa me confirmar, mas eu sei que tu já pegou o Vicente. Não sei o que rolou, mas é algo que deixa ele receoso de você com falar. Sei disso pois ele é cheio de dedos contigo. Quando você tá perto, ele fala tudo com cuidado, como se tivesse com medo de ser mal interpretado. Já reparou?
Eu fiquei calado, tentando não demonstrar nada com o rosto.
- Relaxa. Não to jogando verde não. Acho maneiro tu respeitar a privacidade da galera. Mas então, como ele, eu também suspeitei do Guto. Se ele ainda não tinha te pego, com certeza seria um que pegaria. Vou te confessar, não sei se você conhece o primo do Augusto, mas eu sim e já pus o muleque pra mamar - e fez cara de segredo, rindo - e ele me contou que o Guto botava ele pra mamar direto. E gostava quando ele mechia na bunda dele enquanto chupava. Mas segredo hein.
- Nossa - fingi surpresa.
- Então. Aí sabia que se insistisse, ele cedia. E tinha também o Pedro. - completou - Vou ser honesto, não desconfiei dele de cara não. Mas aí ele deu mole e eu descobri - riu - primeiramente, eu investi nele pois vi potencial, sabe? Pois desde que ele terminou com a Carla, tem estado bem soltinho. Ta mais leve, fazendo mais piadinha. Até brincadeira de cunho sexual, que ele nunca fazia Então imaginei que ele tivesse mais mente aberta pra experimentar. Mas aí ele soltou uma, que se cagoetou legal - Diogo ria, rememorando - Vou te contar, uma vez, no vestiário, ele falou que tua bunda era lisa - e gargalhou - Cara, deu o maior mole, pois na hora ele ficou sem graça. Ali tivemos certeza, Alê e eu, que ele havia te provado.
- Sério? - me fiz de sonso, como se não soubesse da história. Afinal, ninguém sabia que eu estava fofocando escondido na cabine do banheiro naquele dia.
- Pois é. Ele eu tive certeza que já tinha te comido E se tinha feito, desculpa a franqueza, mas sabia que ia querer repetir. - e me olhou nos olhos dessa vez, deixando bem claro que falava sério.
- Fico lisonjeado - fingi indiferença.
- Para de palhaçada. Tu sabe que tem uma bunda gostosa. Desvirtua até hétero. Não é a toa que o treinador diz que você distrai o time. Rsrs. - e coçou o nariz, recompondo-se - Então, com esse time selecionado, eu investi nessa rapaziada. Faz um tempo que jogava um verde sobre enrabar você pra eles
A franqueza de Diogo tinha por dom deixar as pessoas sem palavras.
- Assim - continuou, tentando se fazer de despretensioso - Sei que você ta precisando de um tempo. Mas assim, quando passar essa fase, e quiser provar de novo. To aqui hein. Não esqueça do amigo aqui não.
Eu ri e prometi pensar.
- Cara, sério mesmo - pôs um pouco mais de ênfase. - Sei que exagerei. Acho que me deixei levar e... Ah, fala a verdade, tu até gostou. Mas não justifica, eu sei - se apressou em concluir - então... Se eu puder compensar de alguma forma... Só não queria que você me privasse de nossas brincadeiras.
Não respondi, apenas observei Diogo que, por algum motivo, parecia demonstrar constrangimento a medida que sua voz ganhava intensidade. Era a primeira vez que o via assim, sem aquele ar altivo, brincalhão.
- Sério. Tu escolhe como vai querer. Te pego com a galera, ou só nos dois. Meto com força, ou com carinho. Te trato como principe ou puto, não importa. Tu manda. Só deixa eu te comer de novo, por favor.
Nesse instante ele parou de falar, talvez se dando conta de que tinha dito demais. Foi um silêncio um tanto quanto constrangedor, mas ao mesmo tempo intrigante. Pois naquele instante, por um lapso de tempo, a máscara de Diogo havia caído e ele havia mostrado um lado dele que nem mesmo toda sua sinceridade intrínseca havia mostrado anteriormente. Uma que talvez nem ele tenha se dado conta até então.
Um lado meu ficou lisonjeado, afinal, não haviam apenas eles me marcado profundamente. Eu também havia desestalizado seus mundos.
- Mas... Pensa aí. - e tentou se fazer de indiferente.
E foi nesse instante que nosso treinador apareceu. Cortando nosso diálogo e salvando Diogo, de certa forma.
- Fábio. Hoje depois das aulas, quero você na quadra. Sem falta. O grande jogo é depois de amanhã e quero te deixar pronto. Amanhã você descansa, hoje vou arrancar teu couro.
- Mas Wagner - Diogo falou - hoje não dá. Eu vou ter um simpósio.
- Você vai a esse simpósio, Fábio?
- Não - respondi de imediato e já me arrependi. Devia ter mentido.
- Então ótimo. Só preciso de você. O time já está afiado. Mas você eu preciso deixar pronto. 18h na quadra. - E saiu sem esperar questionamentos.
Diogo então pôs a mão no meu ombro e consolou da melhor forma que sabia.
- Eh cara, você ta fudido. E nem é no bom sentido pra você.
Eu dei uma risada seca. Pois nem mesmo a tentativa gentil de Diogo de me divertir foi capaz de tirar o nó em meu estômago.
***
- Anda, levanta - mandou quando eu havia acabado de rebater seu chute a gol.
Eu havia defendido quase todos os pênaltis que Wagner batia. Mas nada o deixava satisfeito. Levantei novamente e ele chutou. Desta vez errei o lado.
- Caramba, Fábio. Sério isso? Eu nem tentei te enganar dessa vez.
- Foi mal - falei já sem paciência. Estava me segurando pra não estourar.
- Foi mal? Foi péssimo isso sim. Nem parece que ta treinando tanto. Cometendo erro de muleque. Tu ta muito disperso. Qual o teu problema?
Eh, não consegui me segurar muito tempo e naquele momento eu explodi.
- Qual o meu problema? Eu tô cansado. Tô treinando direto há mais de uma hora sem descanso. To treinando a semana toda. Você está me infernizando a vida, mais do que a qualquer outro. Eu quem pergunto, qual o teu problema comigo?
- Ta arrependido? Pede pra sair. Eu arrumo outro que queira vencer.
- Eh mesmo? - e cruzei os braços em sinal de deboche. - Ta aí, boa idéia. Te vira pra arrumar um goleiro até domingo .
E peguei a bola e arremessei com força na direção dele. E então saí sem olhar pra trás, pisando forte.
- Fábio, volta aqui. Foi força de expressão.
Ouvia ele gritar comigo, mas sua voz ia sumindo a medida que eu entrava para o vestiário.
- Fabio, porra, volta. Cara, não faz isso...
Entrei no vestiario e tirei a blusa. Peguei minha mochila e fui catando minhas coisas para tomar um banho. Mas antes fui no vaso mijar, pois estava apertado tinha um tempo. Minha raiva era tanta que eu demorei para conseguir fazer qualquer uma das coisas. Ate abrir o feixe da bolsa estava difícil, pois estava muito bagunçado, energeticamente falando.
Então, Wagner entrou no vestiário.
- Fabio, fala comigo. Você vai mesmo sair do time?
Eu não respondi.
- Cara, não age como garoto. Eu... - ele parou quando o fuzilei com o olhar - olha, eu sei que eu posso ser um porre. Mas... É só porque eu sei que tu é bom. Tu é um puta goleiro. Só precisa de foco, pois as vezes parece que você tá pensando em outras coisas e não tta no campo.
- Acho que eu não preciso lembrar, treinador. Mas eu tenho vida. E as vezes problemas - expliquei como se tivesse tendo de ensiar o obvio para uma criança. - As vezes acontece.
Wagner então respirou fundo e olhou para o alto.
- Táa certo. Eu devia perguntar qual o problema ao invés de te cobrar sem dayber o que se passava
Eu não falei nada, ainda separando minha toalha e sabonete.
- Desculpa, sério... A parada... Que tu tava tendo. Eu posso ajudar?
- Já resolvi, obrigado.
- Entendi. De fato você tem voltado a agarrar tão bem quanto antes nos últimos treinos. Eu... Só queria te afiar mas, mas... Bem... Exagerei.
- Sério que você acha isso? - tive de ironizar - Eu agarrei tudo o que você me mandou. Se errei uma ou outra é porque você não me deixou parar nem pra mijar.
Ele riu fraco.
- Eh. Eu não quis dar o braço a torcer. Pois queria que você desse seu melhor. - e chegou perto e pôs a mão no meu ombro.- sei que você não quer sair do time. Não faz isso. Já basta eu fazer merda, não faz pirraça pra acompanhar.
Eu respirei fundo e olhei para o lado.
- Tu tá certo. Se ta dizendo que tua implicância ultimamente comigo é só por isso, eu acredito.
Wagner sorriu aliviado.
- Quer voltar a treinar? - sugeri.
- Não. Você já está afiado. Melhor relaxar. Vem cá, deixa eu te fazer uma massagem pra tirar essa tensão.
- Tranquilo. Eu tô bem. - descartei
- Favor... - insistiu e acabei cedendo. Afinal, ele estava tentando ser legal. Algo raro nesses últimos dias.
Ele me levou para o banco e me fez sentar de pernas abertas de lado. Sentou atrás de mim e começou a localizar os nós dos meus ombros.
- Caramba, quanta tensão - se surpreendeu. - Acho que parte disso é minha culpa. Rs. Vai doer um pouco.
E começou a massagear cada nó
- Ah... - gemi. De fato doeu.
Ele foi continuando. Dedicando um bom tempo aos ombros. Aos poucos, fui relaxando e a dor aliviou.
- Levanta o braço direito - pediu e eu fiz. Ele então o pegou e dobrou o cotovelo, forçando a mão a ir ao meio das costas e forçou ao máximo, até eu suspirar - bom. O outro - e repetiu com o esquerdo - os dois - e mais uma vez
Quando soltou, sua mão deslizou pela lateral do meu corpo e eu arrepiei. Por um instante, maldei o gesto, porém achei tal intuição ridícula e ignorei.
- Relaxa o tronco - e apoiou o joelho nas minhas costas e puxou devagar os ombros pra trás, envergando. - avisa quando chegar no limite.
- Ok - e suspirei - aqui.
Ele parou e segurou um pouco. Minha cabeça estava pendida para trás. Seu rosto estava colado no meu, seu hálito tinha cheiro de café.
Ficamos parados, cara a cara, naquela posição, o que pareceram minutos intermináveis.
- Bom. Agora pra frente, coluna reta, vai tentando encostar o peito no banco
Eu fiz e ele foi empurrando minhas costas até eu tocar toda a madeira.
- Muito bom, Fabio. Você possui uma Excelente mobilidade - parabenizou - confesso que quando você quis entrar, duvidei, pois não te achei forte o bastante. Goleiro normalmente tem que ter resistência, pra agentar as porradas. Mas você é mais forte que aparenta. E sua mobilidade te dá a desenvoltura de um gato. É capaz de alcançar a bola nos cantos mais difíceis.
- Valeu - soltei de forma sofrida, enquanto gemia pelo esforço.
Wagner então se achegou e encostou na minha bunda, puxou meu corpo de volta e me abraçou por trás. Tive de segurar o folego, pois um calor me invadiu imediatamebte.
Ele então segurou meu respoco e girou minha cabeça devagar pra um lado e segurou. Rosto encostado com o meu pescoço. Bafo direto na pele.
Depois virou para o outro lado e fez o mesmo. Seu peito estava colado em minhas costas, sua pélvis em minha bunda.
- Levanta os braços de novo, joga pra trás e toca as minhas costas, vai ao máximo.
Eu fiz. A barba dele roçava em meu rosto. Suas mãos seguravam meu tronco, os dedos, de vez em quando, me tocavam os mamilos.
- Ótimo. Agora volta e gira o tronco pra direita, sem mecher o quadril.
Eu fiz, o máximo que pude, deixando meu rosro cara a cara com ele. Wagner estabilizou minhas costas, me mantendo firme e preso ao seu corpo. Eu respirava fundo, sentindo aquele calor forte me borbulhar o sangue.
Não lembrava daquela vestiário ser tão quente.
Meu treinador me olhou de cima a baixo, parecendo ele também fazer profundos questionamentos a respeiro do andar das coisas. Engoliu seco e pediu para eu trocar o lado. Voltamos a ficar com os rostos frente a frente.
Então me voltei, ficando novamente de costas pra ele. Wagner segurou minha cabeça a pressionou para um lado, tocando a orelha no ombro
- Se incomodar, avisa - pediu.
- Ok - suspirei, enquanto ele trocava o lado.
Se levantou e mandou eu deitar de barriga pra cima.
- Mas antes - completou - tira a calça e os tênis. Fica só de cueca.
Não questionei, e fiquei deitado, esperando ansioso o desenrolar da trama. Uma coisa, na verdade, me chamou a atenção. Notei um volume maior que o comum em sua calça. Mas como era folgada e preta, não pude ter certeza
Ele pediu para eu juntar a sola dos pés, e pressionou, pernas em posição de "chinês", meus joelhos até o máximo que pôde em direção ao chão, alongando minha virilha. Então pegou perna por perna, dobrando o joelho e o levando ao encontro de meu peito. Terminou e as voltou pra baixo, deixando-as com as solas apoiadas no banco
- Ahhh - suspirei fundo. Mas foi então que suas mãos quentes deslizaram pela minha coxa e adentraram a fenda da perna da cueca - ohhh - estremeci na hora.
- Desculpa - riu-se - devia ter avisado - e começou a pressionar os dedos contra minha virilha - há muita tensão nessa região também.
E continuou. Eu ergui o rosto, mirando o teto, sentindo meu pau inchar rapidamente enquanto seus dedos alisavam, hora ou outra, o saco. Ficou um bom tempo ali também, de vez enquanto deixando seu dedo deslizar por entre minhas nádegas.
Tentei lembrar de respirar enquanto ele falava.
- Vou te dizer, quando entrou no time, tive minhas dúvidas, mas hoje não me arrependo de te ter aqui. - foi falando baixinho - mas fiquei, ainda assim, preocupado de você distrair os demais o time. Ainda mais depois das coisas que vi nesse vestiário.
Na hora o olhei de esgoela, tentando reconhecer suas expressões. Wagner tinha o olhar calculista, de quem mede muito bem as palavras. E naquele momento, me lembrei como nosso treinador era um homem bonito. Cabelos volumosos e encaracolados. Barba cheia. Rosto bem masculino. Os olhos azuis eram claros e expressivos. O corpo era forte, sem grandes definições, mas com muito volume muscular. E as pernas... Nossa, eram as pernas mais bonitas que eu conheci pessoalmente.
- Eu vi uma vez... Você e o Vicente, naquele canto. Você estava com a mão dentro do short dele e... Bem... Parecia que brincava com a bunda dele.
Engoli seco, mais pela ansiedade do que por qualquer coisa. Não sentia medo, mas uma profunda curiosidade de saber onde ele queria chegar.
- Pensei em entrar na hora e parar aquilo no ato... Mas não fiz. Vocês dois estavam tão entretidos, que eu não chamei suas atenções. Você enfiando seu dedo na bunda dele..
Wagner pegou minhas duas pernas e as ergueu.
- Mantém esticada, - voltando rapidamente o assunto para o alongamento - eu vou te jogando pra trás até onde aguentar. Se conseguir tocar a ponta dos dedos no banco atrás, melhor.
Aquilo era fácil pra mim. Fazia o tempo todo. Wagner foi me guiando. Apoiei meu peso nas escapulas e parte do pescoço. As pernas foram sendo jogadas para trás e eu ia envergando e ficando com a bunda pro alto.
- Eu não me meti. Afinal... - continuou - Não dizia respeito a mim a vida privada de vocês. Embora aquele não fosse o lugar e no fundo eu me preocupasse que essas coisas os distraissem dos treinos - continuou, segurando minha bunda e me mantendo naquela posição, massageando minhas nádegas com os polegares - mas então, eu vi de novo. Dessa vez com o Pedro, no chuveiro. Ele te comia com vontade.
Respirei fundo e esperei, sentindo meu ânus dilatar a cada palavra.
- Fiquei irado. Naquele dia eu ia parar com àquilo, mas não consegui. Você dava com tanto gosto. Aquilo ia acabar com o time, se vocês ficassem se pegando daquele jeito e esquecendo do campeonato... Mas não consegui fazer nada. Vi vocês ali e fiquei quieto enquanto você gemia com gosto.
Ele parou e esperou, para ver se suas palavras causavam efeito. Então, passou a mão por dentro de mimha cueca e despiu parte da minha bunda, deixando o orifício bem na direção de seu rosto.
- Você me tirou o sono por muitos dias... - suspirou - Fiquei puto. Você tava avacalhando a concentração do time... E... Bem, eu... Não devia pensar nisso, mas... - vi sua boca se abrir devagar e a lingua sair, conforme ele se aproximava. Quando tocou, arrepiei e voltei a gemer quase que instantaneamente.
Meu treinador devorou meu rabo. Agarrou minha bunda com forca e enfiou a lingua o mais fundo que pôde, olhos fechados e em delírio. Abri a boca na hora, mas o gemido ficou preso na garganta.
Devia ser a abstinência, ou talvez meu treinador fosse muito bom com a língua, melhor até que Pedro, me atrevia a dizer. Mas seja o que fossez aquilo me deixou louco. Sentia a carne esponjosa de sua lingua alisar a entrada e penetrar aos poucos. Seus lábios beijavam e chupavam o orifício, a barba me arrepiava a pele.
Quando parou, respirou fundo, como quem submerje de um longo período debaixo d'água.
- Fiquei com tanta raiva. Pedro te comendo daquele jeito e eu... Só vendo. So teu professor caralho, não tinha que pensar nisso, mas.. - e desceu de novo, chupando meu cu. Gemi mais alto ainda. Estava ficando sem fôlego, tamanha a intensidade.
A posição era desconfortável para o ato, mas eu não me atreveria a pedir para parar, nem em mil anos.
Minhas mãos tatearam seu corpo a procura do volume e o encontrei quente e duro. Wagner retirou o órgão num movimento rápido e eu o agarrei. Como era grande. Queria chupar, mas eu não o alcançava.
- Não era justo. Eu vendo o time se perdendo, distraídos e imaginava que cada um daqueles estava te fudendo... Por isso estavam tão dispersos.
- E você doido pra me fuder também - completei com um sorriso faceiro.
Wagner parou, me encarando num misto de vergonha, culpa, mas também cumplicidade.
Ele respirava pesado, como um touro.
- Fiquei em dúvida - continuei, falando naquela posição desconfortável - você começou falando de me expulsar do time... Agora com esse papo. O senhor está tentando me seduzir ou me chantagear?
Meu treinador riu baixinho e então me olhou com aqueles belos olhos azuis e fez uma carinha de questionamento.
- O que você prefere?
Aquela pergunta me acendeu como um farol. Na hora me senti acuado naquela posição, a mercê de seu corpo. Na hora me veio a fantasia de meu professor me chantageando, mandando eu dar pra ele ou me expulsava do time. E todo aquele prazer oriundo da submissão voltou a me corroer por dentro
Mas essa foi uma onda que eu tive de segurar, pois sabia a sensação vazia que me daria após de concretizado o prazer. Eu não havia lidado muito bem com isso da outra vez. Então, como bom dependente químico em reabilitação, eu suprimi o desejo e resisti a tentação. Não respondi nada, apenas sorri. E foi o bastante para ele descer meu corpo e deitar sobre mim. Seu peso fazendo pressão contra meu corpo.
Ele pegou meu rosto e o virou de lado, beijando meu pescoço com intensidade. Então, arriou o próprio short e terminou de tirar minha cueva. Com os joelhos, abriu minhas pernas e se encaixou, mas não meteu. Ficou parado, esperando.
- Tá querendo um convide? - falei entre os genidos causados pelos seus beijos.
Antes de responder, me deu um beijo de tirar o fôlego.
- Isso não ta certo - falou por fim - se alguém descobre eu perco meu emprego.
- Perde também se eu contar qualquer coisa que aconteceu aqui - lembrei - o que é uma penetração depois de tudo o que já fizemos?
Ele me olhou com desafio, então perguntou:
- Está me chantageando
Eu ri e respondi
- Como prefere?
Nesse momento, ele abriu um largo sorriso, agarrou meus ombros e enfiou de uma vez, como quem crava uma lança.
Gritei, mas um grito de êxtase.
- Vai - pedi - forte.
Ele foi. De novo e de novo. Pegando impulso e encravando fundo. Eu o agrassei, me segurando em suas costas. Eu então fui de 0 a 100 km em segundos. Como se uma faísca tivesse soltado em um tanque de gasolina. Me queimando por dentro na hora.
- Vai. Vai... Mete... Mete mais forte - sem me controlar, fui implorando.
Eu não tinha ciência do que fazia, apenas tinha uma sensação que eu queria calar desesperadamente. Toda a abstinência, tensão do dia, do treino, saber a razão de tanta raiva reprimida que o treinador sentia por mim... Culminando naquele momento íntimo o qual desfrutavamos...
Era como se uma necessidade devastadora nascesse em mim. Eu não só queria, eu precisava ser fudido por ele. Precisava calar todo aquele tesão que começava a me queimar por dentro. Fiquei muito feliz por estar nos braços fortes de um homem tão experiente, que fodia tão bem. Acho que fiquei tanto tempo acostumado a ensinar meus amigos, que esqueci como era bom ser conduzido por um homem que sabia o que estava fazendo.
- Mete... Mete vai... Por favor, fode. Fode, caralho...
Wagner me agarrava com força, prendendo meu corpo e o aquecendo com seus músculos. Ele beijava, lambia e mordiscava meu rosto. O roçar de seus dentes em minha pele me arrepiava dos pés a cabeça.
Eu falava alto, por sorte era tarde e o lugar estava fazio. Mas eu não conseguiria agir diferente mesmo que o lugar estivesse cheio de freiras em um funeral. Eu simplesmente não conseguia calar aquele desejo.
Seu pau era enorme, mas entrava fácil. Era muito bem recebido pelo meu corpo que clamava por ele. Ele poderia, inclusive, me rasgar ao meio e eu ainda sim o desejaria. Era como ter uma coceira forte, bem dentro de mim. E o pau dele tentasse e tentasse, mas não alcançava o foco do comichão. E eu pedia, implorava, pra ele meter. Pra ele coçar.
- Vai, por favor. Me come. Me come como tu queria ta fazendo a tanto tempo. Fode sem dó. Fode porra, fode que nem homem... - quase gargalhei, me lembrando de Guto. Parecem que as nossas reações espontâneas tinham a mesma raízes.
- Me morde. - falou então
- O que?
- Me morde. Agora - mandou.
Eu então, sem questionar, cravei os dentes em seu peito. Ele urrou e eu parei
- Não mandei parar. De novo
Então eu voltei, desta vez em seu ombro. Com um pouco mais de força
- Isso. Isso - ele urrou e então sua intensidade dobrou, não, triplicou. As metidas, agora rápidas e potentes, balançavam meu corpo. Eu tive de me agarrar com mais afinco para não ser arrastado.
Foi então que eu sabia o que preicava fazer. Parei, respirei fundo e voltei a entravar com forca os dentes. Agora no músculo do braço. Wagner metia como um animal no cio. Me fazendo delirar naquele tipo de prazer ímpar.
Acho que naquele instante, eu retornei ao prazer primitivo, que todo bebê desfruta ao morder tudo o que encontra, saciando aquele desconforto causado pelo nascer dos primeiros dentes. E eu, sentindo aquele choque que percorria toda a minha arcada, somado ao entrar e sair daquele pau grosso... Eu simplesmente estava preso aquele momento, me agarrando a ele com tudo. Como se eu estivesse em uma correnteza e minha única esperança fosse me agarrar àquele carvalho. Eu tinha que me segurar com tudo, unhas e dentes se fosse preciso, para não ser arrastado e me afogar
- caralhooooo!!! - Wagner soltou quando contraiu o glúteo pela ultima fez e despejou todo o sêmen em mim.
Só então me dei conta do que estava precisando, do que estava buscando até então. Pois seu gozo me inundou por dentro e foi apagando aquilo que me consumia.
Wagner ainda meteu forte por um tempo, empenhado em ordenhar cada gota do seu leite e despehar em mim, até cair quase desfalecido sobre meu corpo
Ali, suados e exaustos, respiramos fundo, aos poucos voltando ao mundo real.
Ele então se levantou, limpou o cabelo suado do rosto e sentou. Me olhou com um pouco de constrangimento, rindo sem graça. Eu olhei as marcas vermelhas em sua pele e pedi desculpas.
- Por isso? - e riu - Não garoto. Não mesmo. Foi... Ual.
Eu ri
- Eu tava precisando disso... Não imaginava, mas estava - admitiu .
- Eu também - concordei. Também não sabia, mas de fato estava precisando de uma foda daquelas.
- Sem querer ser grosseiro - começou, cauteloso - mas isso poderia ficar entre nós?
Eu fingi pensar a respeiti.
- Acho que posso guardar um segredo - e sorri.
Então, sem trocar mais palavras, fomos nos banhar.