Verdades secretas 47

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3605 palavras
Data: 08/04/2021 21:18:15
Assuntos: Gay, Tesão, Mistério, Sexo, Amor

Capítulo 43

As marcas da surra doíam mais na alma no que no corpo. O ódio que Sônia sentia por Ivan aumentou ainda mais, quando se viu derrotada e ferida. Desesperou-se por ter tido as provas roubadas. Vendo-se sem ter mais meios para obter dinheiro e outras vantagens financeiras, jurou para si que se vingaria do filho.

Arrependeu-se por não ter matado Felipe quando matou Armando. Temeu que a polícia o encontrasse e o jovem a entregasse como mentora da tentativa de assassinato do casal Matarazzo e do assassinato de Armando.

Com medo de ser rastreada, comprou um aparelho celular barato e ligou para Felipe avisando do ocorrido, o que o deixou furioso.

A mulher exigiu que Felipe sumisse de uma vez para não ser encontrado pela polícia.

Alguns dias depois, Felipe a ligou dizendo que estava no Rio de Janeiro, no município de Itaboraí, onde alugou uma casa mobiliada.

A residência ficava localizada no bairro de Marambaia. Em volta da casa era isolado, com apenas um matagal em volta e poucas casas a alguns metros de distância.

O jovem informou o endereço a Sônia e exigiu que ela fosse até o local, alegando que tinha algo muito sério para conversar com ela.

Sônia ficou revoltada com o retorno do rapaz. Achou burrice Felipe ter a desobedecido, retornando ao Rio de Janeiro.

Partiu para o local no dia e horário combinado, levando consigo o revólver, para usar se fosse necessário.

A casa não era nenhum muquifo, como Sônia imaginara. Tinha dois andares, uma escada de madeira, e na parte de cima um guarda corpo também de madeira, dando acesso ao corredor dos quartos. Havia uma piscina, garagem e um banheiro com uma banheira de hidromassagem.

Ao vê-la, Felipe se atirou em seus braços, a beijando. No entanto, Sônia permaneceu fria aos carinhos do amante. Observava o local a sua volta.

_ Isto aqui está longe de ser um palácio, mas até que não é nenhum barraco caindo aos pedaços.

_ Eu gosto de luxos.

_ Luxo já é exagero da sua parte.

_ Foi o que deu para alugar. O local é isolado. Eu não posso dar bobeira com a polícia na minha cola. Esta casa serve para pôr o meu plano em prática.

_ O que está se passando na sua cabecinha de minhoca?

_ Eu tenho um pen drive com o vídeo. Pus num cofre desta casa. A senha é esta. _ disse entregando um papel a ela, que guardou no bolso._ Acho melhor nós acabarmos com essa história de uma vez. Já que a polícia está envolvida, o jeito é arrancar uma grana muito alta do Ivan. Tipo bem alta mesma...coisa de uns três milhões. Um milhão e meio pra mim e a outra metade para ti.

'Pensei em marcar um encontro com o seu filho e fazer um acordo com ele: o desgraçado paga a grana, retira a queixa e nós damos o pen drive a ele metemos o pé do Brasil. Vamos viver numa linda praia no Caribe. Não é genial?'

_ É bem pensamento de pobre se conformar com míseros três milhões. Eu estou acostumada com luxos. Isso é mixaria.

_ Deixe de ser prepotente, que você não está podendo. O Ivan não é burro. É poderoso, conhece gente importante, tem capangas. Você acha se continuarmos com exigindo dinheiro mensalmente, ele não vai partir para o ataque? Ainda mais agora que ele está com raiva porque quase matamos o veadinho dele.

_ Se não fosse pela sua burrice, a essa hora aquelas duas bichas estariam mortas e nós ricos.

_ Não adianta chorar pelo leite derramado, loira. O jeito é fazer o que eu estou falando. Vamos propor esse acordo com o seu filho e vamos embora. Antes que nos fodemos mais.

Sônia ficou pensativa. Ela odiava admitir que Felipe tivesse razão, mas não restava outra alternativa, dadas as circunstâncias.

_ Tudo bem. Mas temos que levar conosco uma cópia do vídeo. Para garantir. Vai que um dia precisaremos dele?

_ Está certo. Então, como a polícia está na minha cola. Eu não posso dá bobeira. Quero que você marque um encontro com Ivan, mandando ele vir aqui. Para trazer a grana.

_ Você é idiota mesmo? Três milhões é muito dinheiro. Você acha que dar para carregar nos bolsos?

_ Do jeito que a coisa anda, o Ivan não pode fazer depósitos. Isso pode ser usado como uma prova de extorsão futuramente. Tem que ser dinheiro vivo.

_ Ah, é? Como ele vai trazer esse dinheiro, sua anta?

_ Não precisa me ofender. Eu pensei em tudo. Diga ao Ivan para trazer dentro de um carro novo. Ele espalha no porta-malas, dentro dos bancos e portas do carro. O carro deve ser novo. Comprado no seu nome. Assim ficará mais fácil atravessarmos a fronteira para o Paraguai. Lá damos um jeito de depositar nas nossas contas e partirmos para outro país.

_ Olha, até que a antinha está ficando inteligente. Esse é o resultado quando se usa a cabeça de cima no lugar da do pau.

Felipe sorriu, pondo a mão no pênis.

_ Eu também uso a do pau._O rapaz a segurou, a atirando na cama._ E você sabe como uso muito bem.

Sônia sorriu satisfeita. Sabia o que estava por vir.

_ Não dá mais para manter esse segredo. Você tem que contar a verdade para o Victor! Tudo isso está indo longe demais!

Renato estava extremamente preocupado com o rumo que a história do segredo de Ivan estava tomando. Ele ouvia, com impaciência, Ivan contar sobre a ligação que recebeu de Felipe.

Nem tinha mais disposição para trabalhar. A ansiedade estava a mil, junto com a raiva por Ivan continuar tentando manter o segredo.

_ Eu não posso. Será que você não entende isso, Renato?

_ Entender o quê? Até quando você quer continuar refém daqueles bandidos? Se o Victor souber a verdade por você as chances de ele te perdoar serão muito maiores, Ivan. Ou você prefere viver desse jeito? Olha pra você. Está tenso, magro e com olheiras. Vai ficar ficando doente.

_ Eu não me importo comigo. Depois de tudo que fiz. Até mereço adoecer.

_ Se não se importa contigo, se importe com o Victor. Eles tentaram matá-lo uma vez. Você acha que não tentarão novamente se você retirar a queixa?

Ivan o olhou assustado. Temeu pela vida do marido. Por um lado, temia desobedecer a Felipe, pelo outro se apavorava só de pensar que Victor estaria exposto ao perigo.

_ O bom mesmo seria se eu morresse. Assim Sônia nunca teria chance de herdar nada e o meu Victor ficaria seguro.

_ Não diga bobagens. Victor te ama. A sua morte só traria sofrimento a ele. É isso que você quer? Agora, se a polícia continuar investigando e chegar na Sônia como mandante da tentativa de assassinato, aí sim ela nunca teria chance de herdar nada.

'Você deve contar a verdade para o Victor, se livrar da chantagem daqueles dois e deixar a polícia fazer o trabalho dela.'

O celular de Ivan tocou naquele momento, interrompendo a conversa.

_ Quem é, Ivan?

_ Número desconhecido. Deve ser o Felipe.

Ivan atendeu com as mãos trêmulas. Não era Felipe, como ele imaginava e sim Sônia.

_ Eu quero falar com você. Vamos acertar alguns detalhes de uma vez por todas. O nosso encontro será no restaurante japonês do Barra shopping. Às três da tarde, porque é um horário de baixo movimento. Não tente nenhuma gracinha, levando os seus cãos de guarda.

_ Eu não sou maluco. Não confio em você.

_ Você acha que se eu quisesse te matar faria isso num restaurante de um shopping? Deixe de ser idiota, Ivan!

'Às três da tarde. Sem nenhum minuto de atraso.'

A mulher desligou o telefone.

Renato perguntou o que ela queria e Ivan relatou a conversa.

_ Você vai? Fará essa loucura?

_ Não me resta outra alternativa.

_Essa sua teimosia está me irritando. A minha vontade é eu mesmo abrir o jogo para o Victor e te livrar dessa.

_ Não se atreva! Eu nunca mais olho na sua cara! Eu vou dá um jeito de acabar com essa história... Eu vou.

No horário marcado Sônia o aguardava no restaurante.

A mulher aparentava tranquilidade. Usou muita base para disfarçar os hematomas e óculos escuros para esconder o roxo do olho.

Olhava para Ivan com ódio. Ele se aproximava tenso. Mas, erguia a cabeça, vestido de arrogância para não dar o braço a torcer.

_ Vou direto ao ponto.

Sônia fez a exigências conforme Felipe havia instruído, o que deixou Ivan um pouco aliviado com a possibilidade de se livrar de uma vez por todas daqueles dois.

O que mais o deixou feliz foi a garantia de que teria o pen drive nas mãos. Aceitou a proposta sem reclamar.

O encontro foi marcado para a tarde do dia seguinte.

Assim que saiu do restaurante, foi a concessionária com a mãe para comprar o carro no nome dela. Em seguida, Sônia foi para a casa num táxi e Ivan no carro novo. Ligou para Walace para que o segurança fosse buscar o seu carro.

Victor estava preocupado com a saúde do marido e com o seu estado emocional.

Reparara que Ivan não dormia bem, fumava mais do que de costume e quase não se alimentava. Estava emagrecendo.

Decidiu que faria um esforço de fazer um bolo de fubá para agradá-lo. Pegou a receita com a sua avó e preparou com a ajuda de Maria um delicioso bolo com calda de goiabada.

Ivan chegou um pouco mais tarde que de costume. Inventou uma reunião como desculpas.

_ Eu fiz uma surpresinha pra você, bebê.

_ É mesmo? O que o meu Solzinho andou aprontando?_ perguntou abraçando e beijando o seu loirinho.

_ Eu fiz o bolo da felicidade da vovó. Quando eu ou alguém lá em casa estamos tristes, ela sempre faz um bolo de fubá divino. Aí eu peguei a receita e fiz para o meu amorzinho.

_ É sério? Amo fubá. _ mentiu Ivan, que detestava bolo de fubá, mas não queria estragar a alegria do marido.

_ Mas você não deveria fazer esforços com a mão. Se machucou?

_ Não se preocupe. O médico me disse que devo ir usando a mão. Isso vai ajudar na recuperação. E a Maria me ajudou. Usamos aquela batedeira foda daqui de casa.

Victor o conduziu até a mesa de jantar e pediu que Maria entrasse com o bolo. Mesmo com dificuldades, quis servir o amado.

Ivan provou o bolo fingindo satisfação, o que deixou Victor muito feliz. Ele acariciou o rostinho sorridente de Victor.

_ Você é muito importante pra mim. Eu te amo demais, menino. _ disse beijando as mãos de Victor.

Ivan temia o encontro que teria com Felipe no dia seguinte. Tinha um pressentimento ruim.

Pensou que talvez morreria e ficou por alguns segundos admirando o rostinho do amado como se fosse a última vez.

_ Meu amor, você anda muito tenso. Aconteceram tantas coisas nestes últimos meses. Eu estava pensando de nós viajarmos neste carnaval. Irmos com o Renato e a mamãe para um lugar tranquilo. A casa de Angra é uma boa. Eu estou querendo fugir da folia e agitação. Para descansar mesmo. Você está precisando.

_ É uma boa. Eu topo sim. Vamos subir?

_ Agora? Ainda é cedo.

_ Quero fazer amor contigo, meu Solzinho.

Victor sorriu e o beijou.

No silêncio da madrugada. Enquanto Victor dormia, Ivan foi até o escritório com Walace.

Contou ao capanga o que havia acontecido e pediu a ele que o ajudasse a pôr o dinheiro no carro. Ivan guardava em casa uma boa quantia em dinheiro para caso de emergência. O resto que faltava ele sacou do banco e pretendia sacar mais no dia seguinte.

Walace executou as ordens do patrão com eficiência. E sugeriu ir junto para protegê-lo.

_ Não. Eles exigiram que eu fosse sozinho.

_ Mas pode ser perigoso, doutor.

_ Eu sei. Eu vou armado.

_ Se me permite uma sugestão. Não vá armado. Os dois podem revistar o senhor e o fato de ter uma arma pode ser bem mais perigoso. Eu posso ir pra lá agora. Ficar de butuca dentro do carro, no meio daqueles matos. Eu conheço o local. Fico lá aguardando até amanhã. Qualquer coisa o senhor me dê um toque no celular e eu entro de bicho.

_ É uma boa. Vá com alguém de sua confiança.

_ Pode deixar, doutor.

Felipe recebeu Ivan com um sorriso debochado.

_ Quem diria que eu ainda ia voltar a ver essa carinha linda de filho da puta que você tem? E olha como é chique essa bicha. Veio vestido com traje para ser chantageado. Ah, já sei! É para mentir para a sua "mulherzinha " que iria trabalhar não é? Oh, bichinha burra é essa que você foi arrumar, hein.

_ Vamos pular a parte das suas gracinhas e irmos direto ao ponto? Você pega a sua grana e eu o pendrive. Mas, quero que me garanta que não voltará a encher o meu saco.

_ O futuro a Deus pertence. Cadê a chave do carro?

Ivan entregou a Felipe.

_ Cadê a Sônia?

_ Foi ao cabeleireiro ficar ainda mais gata que já é. Sabe como são as mulheres. E olha que ela nem precisa. O que ela tem de linda, tem de gostosa. E você, hein? Será que é tão bom quanto a mamãe e o Gael? Já deu o cu alguma vez na vida? Ou o seu cuzinho é lacradinho?

_ Isso não é da sua conta. Cadê a porra do pendrive?

_ Primeiro vou conferir a grana.

Ambos foram até o carro e Ivan mostrou o dinheiro espalhado pelas partes internas dos bancos, portas e porta mala do veículo.

_ Beleza. Espero que esteja tudo aqui. Porque se tiver faltando um real, eu volto e como o seu rabo.

_ Agora a porra do pendrive.

Felipe o olhou de cima para baixo com malícia.

_ Vamos para o quarto. Está lá em cima.

Ivan subiu as escadas observando tudo em volta.

Assim que o empresário entrou, Felipe fechou a porta. Pegou um dos pendrives, que estava na gaveta e entregou a Ivan.

_ Quero garantia de que este é o vídeo.

Felipe pegou um notebook e conectou o dispositivo móvel, dando a certeza que Ivan tanto queria.

O empresário pôs o objeto no bolso e caminhou em direção à porta para sair. Mas, foi detido por Felipe, que o segurou pelo braço e beijou o seu pescoço.

Com raiva, Ivan o empurrou, fazendo Felipe cair na cama.

_ Bravinha ela. Assim que eu gosto.

_ Não toque em mim, seu nojento!

_ Toco sim. Eu não sou vou tocar em ti, como vou te comer gostoso. Não vou embora sem ter tido a chance de provar o poderoso Ivan Matarazzo.

Ivan caminhou ignorando Felipe, mas parou ao ouvir as seguintes palavras:

_ Se atreva a sair por aquela porta que hoje mesmo a sua "mulherzinha " fica sabendo que você tentou abrir a cabeça dela.

_ Que caralho você tá querendo?! Eu já te dei a porra do dinheiro e a porra do carro! Gastei muito dinheiro contigo! Que merda! Me deixe em paz, porra!_ Ivan gritava.

_ Calma, princesa! Eu só quero me divertir um pouquinho contigo. Uma fodinha só como despedida. A sua mamãe não vai chegar agora. Temos tempo.

_ Pra que isso?_ perguntou Ivan, com ódio nos olhos.

_ Eu sou um cara boa pinta. Sempre tive o homem e a mulher que quis. E não vai ser diferente contigo. Eu te quero e vou te ter. Você é bonito, cheira bem, se veste bem, é arrogante, marrento, o tipo de ativo que dá gosto de arrombar. Será um prazer te fazer minha putinha.

Felipe se aproximou de Ivan e começou a beijar o pescoço do moreno. Cheirava os seus macios cabelos negros e deslizou as mãos para a bunda de Ivan.

_ Agora me diga: Já deu a bundinha alguma vez na vida?_ perguntou sussurrando no ouvido de Ivan.

O moreno sentia um misto de ódio e nojo.

_ Não. _ respondeu entre os dentes.

_ Então, vai ser melhor do que eu imaginava. Vou foder uma bundinha virgem. Que honra que serei eu a arrombar o senhor todo poderoso Ivan Matarazzo. Quando você chegar em casa o seu veadinho vai beijar essa boquinha com o gosto do meu beijo e do meu pau. Hum! Que delícia!

Felipe o beijou como se o devorasse, fazendo o ódio percorrer pelas veias de Ivan.

_ Tem uma banheira aqui. Vá até lá e me aguarde pelado dentro dela. Anda, porra! Tô mandando!

Ivan obedeceu. Despiu-se diante da banheira e entrou com muito ódio no coração.

Felipe chegou em seguida, também estava nu.

A expressão de raiva de Ivan o deixava ainda mais excitado.

Entrou sorrindo e abraçando Ivan, o beijou.

_ Sabe o que ficaria melhor? Se a sua mãe e o Gael estivessem aqui. Eu sempre quis foder vocês três juntos. Mas, ela é homofóbica não toparia.

_ Você é doente! O Gael está por trás disso?

_ Gael?! Ele nem sonha que você é louco o suficiente para tentar matar o Victor. Se ele soubesse, não teria conversa. Te entregaria na mesma hora. Aliás é covardia da sua parte, o Gael se sente culpado. Sendo que o verdadeiro culpado é você.

'Que puta que pariu, hein! Que tipo de psicopata é você que se apaixona pela própria vítima? Você não foi aprovado na escola de psicopatia. Agora deixemos de conversa e vamos para os finalmentes. Sente em mim.'

_ Eu não quero. Te pago mais. Mas, me deixe ir embora.

_ Você não tem querer.

_ Eu não quero transar com você. Me obrigar a isso será estupro.

_ Estupro? Que isso, bebezinho? Que palavra forte! Eu não estou te forçando a nada. Você pode levantar, vestir as roupas e ir embora...ou pode ficar aqui e evitar que o Vitinho receba o vídeo e salvar o seu casamento. A escolha é sua.

Ivan respirou fundo.

_ Se for ficar, faça uma massagem nas minhas costas.

Ivan se posicionou atrás de Felipe e começou a massagea-lo.

_ Esse negócio de ser mau cansa, sabia? Deixa tenso. Não sei como você aguenta.

Tomado pelo ódio, Ivan se viu com uma boa oportunidade de se livrar de Felipe de uma vez por todas.

Com força, afogou o rapaz na banheira, mantendo-o dentro d'água.

Felipe se debatia desesperado, tentava escapar, mas de nada adiantava. Ivan o afundava ainda mais até que Felipe parou de se mexer.

Ivan respirou aliviado e saiu da banheira. Vestiu a cueca e quis sair dali o mais rápido possível. Pensou em chamar Walace para se livrar do corpo antes que Sônia chegasse.

Seu coração bateu acelerado quando ouviu um forte barulho de água. Ao olhar, viu Felipe pulando para fora da banheira gritando:

_ Seu desgraçado! Eu vou te matar, seu merda! Eu vou te matar!

Assustado, Ivan saiu correndo e Felipe foi atrás. O moreno correu para o quarto, se pondo atrás da porta para bloquear a entrada.

Felipe tentava abri-la com socos e chutes, fazendo Ivan tremer do outro lado da porta, arrependido por não ter levado o revólver.

Felipe se distanciou da porta e jogou o corpo sobre ela com muita força. Estava fora de si. Possuído pelo demônio do ódio.

Ivan caiu no chão com o impacto.

Felipe pulou sobre ele dando socos no rosto. Para se defender, Ivan o chutou com a perna e conseguiu derrubá-lo.

Quando tentou levantar, Felipe o segurou pela cueca e o jogou na cama. Subiu sobre o moreno. Tinha as pupilas dilatadas, os olhos vermelhos, tinha as narinas abertas e babava como um cachorro bravo.

Apertou o pescoço de Ivan com muita força.

_ Eu vou te matar! Vou acabar contigo. Fazer o que deveria ter feito há muito tempo. Eu odeio você! Odeio a sua arrogância e prepotência! Era só ter dado pra mim numa boa, mas quis bancar o esperto. Eu vou te mandar para o inferno.

Ivan não conseguia respirar. Seu rosto estava ficando roxo e a língua estava para fora. Se debatia lutando para viver, mas devido a determinação de Felipe, já se considerava morto. Depois de muito lutar e o ar o falta, decidiu se entregar para que o seu sofrimento se acabasse mais rápido.

_ Depois que te matar, vou voltar e matar aquela bicha loira. Vou estuprar aquele veado e vou fazê-lo sofrer muito antes de morrer. Vocês dois vão se encontrar no inferno!

Ivan sabia que Felipe era ruim o suficiente para cumprir com o prometido. E o amor por Victor o fez querer lutar novamente para viver e salvar o amado.

Tateaou até a mesa de cabeceira e pegou o abájur feito de ferro. Felipe estava com tanto ódio que nem notara o feito de Ivan.

_ Eu vou matar a sua bicha. Logo, logo a loirinha vai chegar no inferno toda arrombada.

Ivan golpeou a cabeça de Felipe com o abájur. Devido a dor, Felipe o soltou segurando a cabeça sangrando. Ivan lançou mais três golpes, despejando neles toda a sua raiva.

Gritava feito um louco.

Com a respiração ofegante e o ódio dominando o seu corpo, Ivan parou e percebeu que Felipe jazia deitado na cama com a cabeça sangrando, morto com os olhos abertos.

_ Ninguém toca no Victor! Ouviu, desgraçado? Ninguém toca no Victor, porraaaaa!

E-mail para contato: letrando@yahoo.com

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Comentários

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Olá, querido... Melhor site para encontrar sеxo -- www.gays24.club

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Caso alguém esteja espantado com as atitudes do Ivan, eu digo que era de se esperar, já que Ivan sempre se mostrou mau caráter desde o início da história.

Ele tem dois lados e usa ambos com força. Quando ama, cuida e protege até o fim, como faz com Renato e Victor, pelo último foi capaz de lutar para sobreviver e matar o cara q ameaçou ceifar a vida do seu loirinho amado.

Mas, não podemos esquecer que fez mal há várias pessoas: Victor, Gael, Luíza e Ítalo, é tbm foi o responsável pela morte do pai.

Eu não sei se todos leram a minha história anterior Borboletas sempre voltam, mas Ivan é muito diferente do outro protagonista, o Jonas, que apesar de tbm ter dois lados, não era capaz de cometer nenhum terço das maldades do Ivan e mesmo assim era muito odiado e o Ivan é muito amado por vcs. Eu acho isso incrível kkkkk

Concordo com o Daniel Lopes que o Ivan está surtando e que tem um sentimento de possessividade com o Victor, mas quem nunca deu uma crise de ciúmes diante da possibilidade de ter sido traído? Quem não perde a cabeça quando alguém diz na sua cara que vai conquistar e roubar o seu namorado? (Agora sou eu que estou passando pano kkkkk)

Obg pelos elogios, Daniel Lopes.

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Caralhoooo!!! Muito foda esse conto!!! 👏👏👏👏👏👏

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Por essa eu não esperava. Felipe já foi tarde, e ainda bem que ele não consegui estuprar o Ivan.

Agora só está saber o que Sônia fará.

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Eeeeeita... finalmente esse idiota morreu, mas prevejo merdas acontecendo. Ansioso por mais

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