E o tão ansiado momento enfim chegou. A partida da semifinal chegou ao fim com um empate, e a decisão foi levada aos pênaltis.
Era um dia nublado. A previsão tinha dado chuva, mas conseguimos levar toda a partida sem uma gota.
"Neymar Jr Jr" bem que tentou. Mas ao longo da partida só conseguiu cavar um pênalti, e o qual eu agarrei. Agora, nesse momento decisivo, ele teria a chance de se vingar. Mas eu não tinha medo, receio ou qualquer dúvida. Eu iria agarrar àquele chute
O saldo estava 3 gols nossos contra 1 apenas do oponente. Era o penúltimo chute. Se eu o agarrasse, nem precisariamos ir para a última rodada, já teriamos ganho
O jogador tentou fazer pose, me intimidando. Mas eu estava focado em seu olhar. Já conhecia seu chute, já sabia sua estratégia. Não me deixaria enganar por gingados ou investidas falsas. Bastava olhar para seus olhos, a verdade estava lá.
E naquele momento, ele se intimidou. Acho que sentiu que não encontrava qualquer dúvida em mim. Então hesitou. O apito tocou. A torcida gritava, vaiava sua indecisão. E assim, pressionado, o garoto acabou chutando de qualquer jeito. Eu não precisei fazer qualquer esforço, a bola foi direto para minhas mãos. E o lugar explodiu.
Nunca fui tão pego, jogado nos ombros ou abraçado em toda minha vida. Meu treinador me deu uns três afagões no cabelo, o time deve ter me abraçado uma dúzia de vezes.
- Você é realmente um garoto sensacional - Falou ao meu ouvido em um desses abraços acalorados - quando me soltou, recobrou a postura profissional e parabenizou o time Eu estava em êxtase, então nem liguei para sua tentativa de mostrar indiferença para comigo. Pois naquele dia, até aquele momento, Wagner tomou o cuidado de ser estritamente profissional quando falava comigo. Tentou, inclusive, parecer o mesmo desagradável de sempre. Não sei se conseguiu, pois minha opinião sobre ele já tinha sido modificada.
Mas eu não ia pensar nisso. Estava completamente satisfeito. Precisava comemorar. Não tínhamos outra escolha, tínhamos de comemorar. Então, dali fomos tomar um banho e partimos direto para um bar com pista de dança e enchemos a cara.
Guto chegou a chamar Wagner para ir junto, mas ele recusou. No caminho para o bar, não pude escapar da pergunta de Diogo.
- Mas conta ai, Fábio. Como foi o treino especial de sexta?
- Como assim ? - Alê quis saber.
- Fábio treinou sozinho com o Wagner depois das aulas. E hoje nosso treinador parece muito mais... Digamos, amável que de costume.
Guto deu uma gargalhada.
- Ih, não é que eu notei tambem.
- Foi porque ganhamos, galera. Óbvio que ele estaria mais feliz. - fiz pouco caso, embora soubesse que precisaria mais do que isso para escapar do instinto de detetive de Diogo.
- Sei não, hein - Você tambem pareceu mais relaxado hoje...
Então, decidi cortar aquilo. Forcei uma indignação só para alfinetar
- E se tivesse rolado algo? Qual o problema? Viraram fiscais de cu agora, é?
Eles riram, mas foi o suficiente para cortar o assunto.
- Se fudeu, Russo. Perguntou o que quis e levou a resposta que não quis. - Pedro zombou.
Diogo fechou a cara e parou de falar. Fiquei um pouco preocupado. Teria sido eu tão grosseiro assim? Não via minhas palavras saindo assim.
Mas o clima melhorou e quando chegamos, a pequena reunião que tivemos no caminho foi logo esquecida.
Brincamos, bebemos e até dançamos. Muito mesmo. Então, parados no bar, fomos rememorando os melhores momentos da partida..
- Caralho, mas tu viu a cara do Fábio? Parecia um assassino olhando a vítima. - Vicente lembrou, já alto - Caralho. O atacante se cagou e chutou igual um idiota kkkk - e ficou imitando meu olhar, me fazendo parecer um vidrado, concentrado no pênalti.
Todos gargalharam.
- Mas também, parecia que ele tava ameaçando. Diz aí, Fabio: o que tu tava dizendo com o olhar? Aposto que foi: " Tu vai errar essa porra. Vai errar e eu vou comer o teu cu!" - Pedro simulou.
Mais risadas.
- Mas agora sério, tu foi foda. Com F maiúsculo - completou - se não tivessemos no meio de tanta gente, te dava um beijo na boca.
Eu ri, mas Diogo então deu um passo a frente e mandou
- Ah, que se foda - e pegou meu rosto e me deu um selinho
- Caralho, que muleque maluco - Guto riu.
- Ora bolas, alguém aqui vai pagar minha conta por acaso? - e olhou em volta, com cara de sonso - Sério, pessoal, se pagar, tudo bem. To meio liso mesmo.
Rimos mais ainda
A noite fluiu muito bem, eu estava feliz, me divertindo com meus amigos como há muito não fazia. Ganhei mais uns dois selinhos de Pedro e Alexandre, mas tudo na farra. Na verdade, só fiquei mais balançado mesmo no primeiro que Diogo me deu, mas provavelmente por conta da surpresa.
O que me surprendia era a maneira como meus amigos estavam se portando. Alguma coisa havia mudado em nossa relação. E eu sequer tinha notado. Estava mais... Na falta de uma palavra melhor: destacada. Digo isso pois, sempre que saíamos em grupo, eu era a pessoa quem tinha que me enturmar. Me misturar entre eles. Pois os assuntos, as formas de tratamento, tudo era no ambiente deles, hetero. Eu era, o que podemos chamar, o amigo gay a paisana.
Mas ali não. Era claro que eu era o diferente. Era o gay no grupo. Era reconhecido como tal entre eles, mas sem estigmas. Eu estava ali, ingressado, participando dos assuntos de forma plural. Eles comentavam das meninas como sempre faziam, e pediam minha opinião, não do ponto de vista da atração sexual, mas do ponto de vista estético mesmo. Eles também não se importavam em reparar quando um cara me olhava. Tentaram, Pedro e Guto, inclusive, colocar um garoto na minha fita. Eu quem recusei, pois não tinha saído ali pra isso.
Enfim, as coisas haviam mudado e só agora eu me dava conta. Eles tinham evoluído, aberto suas mentes para o mundo que estava bem debaixo dos narizes deles, mas até então ignoravam. Eu era, de fato, o viado do grupo, mas sem a conotação sexualizada que foi referida a mim em Angra. Na verdade, eu era visto e tratado como outro homem do grupo, com o diferencial que este homem, gostava de outros homens. Só então eu finalmente me senti completamente integrado a eles. Sem me disfarçar, como quando fazia, sem querer, quando estes ainda não sabiam de mim. Mas também sem ser o objeto sexualizado que eu havia deixado me transformar. Tive toda aquela epifania enquanto zoavamos e comemoravamos nossa vitória. Em um dado momento, até senti meus olhos marejarem. eu devia ter bebido demais, pois estava me emocionando a toa.
Enfim, fechamos a nossa conta no bar, comigo me sentindo leve. Porém, na saída, algo aconteceu que me desagradou.
Eram 2 da manhã e iamos nos dividir para pedir o uber quando noto uma cena que me embrulhou o estômago. Eram dois garotos, de aparência frágil, magros. Vestiam roupas bem coloridas e modernas. Estavam no ponto e, numa mesa próxima no bar, tinham uns três caras bebendo e fazendo gracinhas. Falavam alto, zoando a forma como se vestiam. Sem a menor intensão de serem discretos. Os garotos até tentavam ignorar, mas era incômodo àqueles caras falando tanta asneira sem se importar com nada. Os poucos demais que no bar estavam, não falaram nada, embora desse para ver que alguns se incomodavam com os bêbados.
- Babacas - Guto rosnou.
- Como tu ta , Fábio? - Pedro perguntou, solicito.
Eu me surprendi com aquela preocupação, mas também agradeci o gesto.
- Tô bem... Só.. com raiva - assumi.
- Cara, to ficando puto, vou lá tirar satisfação - Vicente se prontificou. De nós, ele era o que tinha bebido mais e acabei me preocupando com os rumos que aquilo ia tomar
- Pessoal, tenho uma idéia melhor - Diogo sorriu, naquele jeito travesso. Então, me pegou pelo braço - vem comigo.
Sem entender, obedeci. Ele então passou comigo pelo bar em direção ao ponto e falou, para quem quisesse ouvir.
- Então, amor. Ta com cara que vai chover feio Vamos de Uber ou busão mesmo? - e, fazendo questão de parar bem ao lado deles, me deu um beijo.
Eu queria ter sido avisado, pelo menos assim não teria demonstrado tanta perplexidade com seu gesto. Mas isso não arruinou o teatro. E a isca foi mordida
- Puta que pariu. Outro? - um deles praguejou alto e Diogo se voltou imediatamente.
- Algum problema, parceiro? - disse engrossando a voz e espichando os ombros. Tal gesto os surpreenderam na hora. Acho que eles não esperavam que fossem tirar satisfação, ainda mais falando tão grosso.
Eu também não me deixei intimidar. Os três se recomporam e fizeram menção de se levantar quando Pedro me aparece atrás de mãos dadas com Alexandre.
- Algum problema aí, rapaziada?
Agora os três recuaram. Não só estavamos em maior número como Pedro e Alexandre eram mais fortes que eu e Russo, logo intimidavam ainda mais. O cheque mate chegou então quando Guto, o maior de nós, apareceu.
- Bichaaaa, o que ta havendo? - com uma voz forçada, espalhafatosa. Eu nunca na minha vida imaginaria ele fazendo uma coisa daquelas. Tive de me segurar para não perder o foco e cair na gargalhada ali mesmo. Diogo teve de fazer o mesmo esforço. Ninguém ali esperava aquilo.
- Meus amigos estão incomodando vocês? - continuou, falando com os caras - olha, não leva a sério, essas pocs hoje são tuuuuuudo abusadas - e pegou um dos copos dos caras da mesa - Cara, tô com uma sede. Você não se importa né? - e bebeu toda a cerveja dele sem esperar a resposta.
O membro deles mais sóbrio se apressou a pedir a conta e saíram sem falar mais nada
Quando se afastaram, caímos na gargalhada.
- Cara, tu foi um gênio - Eu o parabenizei
- Sabia que tinha uma bicha abusada dentro desse coração aí - Diogo completou.
- Só a menina ali que ficou decepcionada - Pedro observou, indicando uma das mesas.
E olhando, tinha um grupo de meninas, que riam da situação que criamos. E uma delas em especial, uma bela mulada com cabelos black power, olhava para Guto rindo, mas com uma clara desilusão nos olhos.
Nosso zagueiro tentou contornar imediatamente.
- Ah... Não, não gatinha, não. Eu não curto essas paradas não. Só tava... Digo - se enrolou - eu até curto, mas... Ai caralho - e começou a se desesperar - Não é nada demais. Só uma broderagemzinha. O fato é... Aí. Pqp. Só tô falando merda...
Minha barriga doída de tanto rir. Foi então que me lembrei:
- Gente, cadê o Vicente?
- Ali - Alê indicou. Ele estava no meio fio, vomitando
- Se dependessemos dele, estavanos é fudidos - Diogo constatou.
Os dois garotos acabaram pegando enfim o ônibus, mas antes acenaram pra gente em agradecimento. Aquilo me alegrou.
Percebi também olhares de aprovação entre os outros clientes do bar. Nem tudo estava perdido, afinal.
Ao fim, eu e Alê dividimos um Uber, com parada em minha casa e depois ele seguiria para a dele.
Ali, sentados no banco de trás, comecei a rir, lembrando dos últimos acontecimentos.
- Gente, o que foi o Guto hoje? - soltei.
Alê riu
- Roubou a cena - concordou. E então me olhou sério - Você ta legal? Vi que ficou bolado mais cedo.
- Estou bem... Só... Da raiva, sabe?
- Imagino. De fato, pensei que esse tipo de coisa nem existisse mais... Realmente tem que ter coragem pra assumir uma parada dessas.
Eu o olhei com gratidão, afinal, tinha acabado de receber um elogio.
Percebi que ele pensava bastante e esperei, pois senti que queria falar mais alguma coisa.
- Assim... Não tô tirando o meu da reta não, sabe? É que... É diferente... Curtir na farra e assimir isso pra vida. Não quero te ofender, cara... Só...
- Relaxa - e pus a mão da sua coxa.
- Sério. Pois tu deve pensar: "caralho, depois de tudo o que esse maluco fez, fica com esse papinho de hétero e tal"
Eu ri. E ele se soltou mais.
- Sério, cara. É que é esquisito pra mim. Assim, nunca pensei que faria metade das coisas que faço, sabe... E não sei se quero fazer isso pra sempre. Ainda curto muito mulher e penso em me casar com uma um dia e...
- Relaxa, cara - e sorri, interrompendo. - Tu ta botando o carro na frente dos bois. Tu só ta curtindo. Se é uma fase ou não, relaxa.
- E como tu soube que era mais que uma fase? - perguntou.
- Olha, não faço ideia. Simplesmente um dia a ficha caiu e... Foi assim - eu realmente não saberia dizer quando exatamente me assumi gay.
Alexandre pensou bem e então assentiu.
- Assim... Acho bobeira se preocupar com isso agora. Você ta curtindo uma vibe nova. Aproveita. Acho que todos deveriam se permitir isso. Sabe? Sem grilo ou preconceito. E depois decidir se é disso que gosta, se é assim que quer seguir. Não simplesmente dizer não como se já soubesse de cara o que curte ou não.
Alê então se virou pra mim, e perguntou:
- Fabio, curiosidade, tu já experimentou mulher?
- Já - falei sem rodeios.
- E aí? - perguntou, curioso.
- Olha... Foi legal... Mas não é pra mim. Quis experimentar pra tirar as conclusões e não rolou.
- Hum...
- E você? - resolvi investir também - nunca me contou como foi com o Diogo
Alê ficou vermelho na hora. Mesmo bêbado, ainda guaradava muito de sua timidez.
- Olha... Foi... Diferente - e riu
- E como foi? Digo... conta logo, caramba - e soltei, ansioso já
- Foi na casa dele. Ele me chamou pra gente tomar uma cerveja e bater um papo - e deu um meio sorriso - Claro que eu não sou bobo. Sabia o que ele queria. Me recebeu de cuecas, o safado, e ficou mechendo naquele pau toda hora, enquanto conversávamos. Me fiz de sonso, até que ele soltou: "sabe que tu me prometeu uma parada, né?"
Eu ri.
- Russo é sempre direto - comentei.
- Demais. Mas ai... Ele veio naquele papo fácil, foi e me deu um beijo no pescoço, sabe, devagar. Desceu e me fez um boquete....
Alê ia voltando a mente.
- Foi ficando legal, sabe, gostoso. Ele ajoelhou deu aquela mamada gostosa. E aí, quando dei mole, ele foi me derrubando no chão, abriu minhas pernas e foi descendo a lingua. Chegou no saco, depois no rego, então... Bem, você sabe.
- Meus garotos. Aprenderam direitinho - parabenizei.
- Idiota - riu-se Alê. - mas foi legal. Foi. Diogo é um cachorro mas sabe ser carinhoso. Com calma ele se ajeitou, foi metendo e, dessa vez, eu estava menos travado. Doeu um pouco ainda, mas ele conseguiu meter.
- E ai?
- Olha - e revirou os olhos - vou ser franco, curti muito não - e riu.
- Sério, nem um pouco?
- ah... Não mesmo - e riu - achei até legal ver a forma como o Russo se deliciava e tal, fazer ele gozar assim, mas só ...
- Saquei - e me fiz de arrogante de propósito - Muito melhor comer o papai aqui né?
- Então... Também não - e deu um sorriso de desculpas.
Aquela última me pegou como um banho de água fria.
- Calma lá, agora tu me ofendeu. - disparei e Alê gargalhou - como tu fala uma parada dessas assim e na lata?
- Não, cara. Assim... Foi gostoso. Mas confesso que não foi tão bom como o que rolou antes.
Sem entender, olhei interrogativo e esperei
- Sabe... O lance antes. As pegadas, as chupadas. Quando tu chupou meu peito, por exemplo. Cara... Aquilo foi.. puta que pariu, muito bom rs... Mas a penetração em si foi... Legal só.
Eu então tinha entendido
- Saquei. Guinage.
- Que porra é essa?
- Isso que tu curte. Uma parada entre homens, uma brincadeira, uma roçada, mas sem penetração.
- Hum... Na minha época chamavam isso de meinha.
- Se atualiza, amiga.
Gargalhamos
Alê ria a vontade.
Era incrível, mas eles de fato estavam evoluindo. Assumiram para si aquela sexualidade ambígua sem preconceitos. Ainda estavam formulando os conceitos, mas o fato que aquela pinta enrustida estava abandonando eles aos poucos. Dava para sentir isso em seus papos e atitudes. Alê, por exemplo, estava ainda mais relaxado depois de nosso papo.
Paramos o assunto e ele se recostou. Todavia, quando olhou para frente, sua expressão mudou drasticamente. Seus olhos arregalaram e ele fez cara de espanto
Eu então olhei para a mesma direção e logo percebi o que o abalou.
Simplesmente tinhamos esquecido que não estávamos sozinhos ali. Pelo retrovisor, o motorista toda hora nos olhava. Estava claro que prestava atenção. A conversa rolou tão natural que simplesmente esquecemos que não estávamos sozinhos, que era um assunto de foro mais íntimo, não uma conversa trivial sobre futebol, que podia ser partilhada sem problemas
- Sorry - sorri sem graça.
- Tranquilo - o motorista falou apenas, parecendo achar graça de nosso constrangimento.
Alê e eu continuamos calados. Lá fora, as nuvens se juntaram mais e começava a relampejar.
Eu tive de me conter, pois toda hora que lembrava do mico, me dava vontade de rir. Além do que, Alexandre estava completamente sem graça. E se isso não bastasse, o motorista toda hora olhava pra trás. Acho que esperando se algo mais ia ser dito ou feito. Aquilo foi me dando uma vontade louca de aprontar. E eu sentia que iria sucumbir a tentação. Há muito tempo que não aprontava nada com um de meus amigos e, naquela noite, me senti confiante para arriscar de novo
Então, eu levei minha mão calmamente até o colo de Alê, como quem conduzia um pequeno boneco, e o cutuquei com meu dedo
Ele olhou sem entender, então, arregalando os olhos, fez que não com a cabeça. Eu, sonso, fiz que sim, e passei a mão na sua perna. Ele travou na hora e olhou em direção ao motorista.
Deslizei minha mão pela sua coxa, chegando entre suas pernas. Alê, apesar de fazer não, abriu as pernas para facilitar. Passei a mão em seu volume, enquanto segurava a vontade de rir. Meu amigo olhava toda hora para o motorista, não sei se com medo ou ansiedade. Então, num relance, nosso condutor olha pelo retrovisor e percebe. O vi estreitar os olhos e a partir dali passou a dividir a atenção na pista.
Ele estava indo bem devagar após isso, e fiquei feliz em perceber que estava sendo conduzido por um profissional responsável, mesmo que um pouquinho safado.
Abri o zíper de Alê e pus o pau dele pra fora. Sem hesitar, desci e começei a chupar
Alê segurou o riso e passou a olhar pela janela, vermelho como um tomate. Chupei bastante meu amigo, sentido todo o sabor daquele órgão quente. A cabecinha começava a soltar o líquido, previamente antes do gozo. Era salgado e provei como quem degusta uma iguaria Quando me dei por satisfeito, levantei sua blusa e passei a lhe chupar o peito. O gemido de Alê saiu na hora, como um suspiro. Peguei sua mão e a levei a minha bunda, a qual ele passou a acariciar timidamente.
Ergui-me mais e peguei seu rosto com uma mão, enquanto o masturbava com a outra. E o beijei. Alê correpondeu de imediato, me invadindo com sua lingua. Sua mão adentrou minha calça e começou a brincar com meu orifício. Gemi baixinho, entre os espaços dados por seus beijos. Foi então que parcebi o carro parado. Já estava em minha casa
Olhei para nosso condutor e ele esperava paciente e atento ao desenrolar.
- Quer entrar? - indiquei minha casa para ele.
Nesse instante, o motorista pareceu ter sido despertado violentamente de um sonho. Seus olhos se reviraram e ele respondeu constrangido.
- Não. Não, obrigado. Vou encerrar aqui.
Eu e Alê rimos e saímos. Tivemos de correr, pois a chuva começou a cair forte. Nos alojamos em frente a entrada do meu prédio para nos proteger da tempestade enquanto eu vasculhava minha mochila atrás das chaves. O carro saiu em disparada.
- Covarde - atestei com humor, pegando a chave.
- Caralho - ele praguejou.
- O que? - peguei a chave.
- O cara esqueceu de me deixar em casa
Então eu me liguei que realmente a corrida não acabaria ali. Eu tinha posto uma parada em casa e Alê seguiria para a dele. Mas na confusão o motorista encerrou tudo sem concluir
Rimos bastante e eu sugeri para meu amigo dormir por lá. Escolha óbvia dada a tempestade que caia.
Entramos, tomamos um banho e eu lhe emprestei uma samba canção pra dormir. Eu sempre tinha um quarto de hóspedes livre, pois era comum receber familiares. Quando nos despedimos, lembro de ficarmos parados nas entradas de nossos respectivos quartos, olhando um para o outro.
Minha vontade era de continuar o que começamos no carro, mas hesitei um pouco. O fogo do carro havia diminuído e agora aquele leve receio voltou. Fazia um tempo que não arriscava nada com um amigo desde a minha explosão com Guto. E nisso já se passaram quase dois meses. Alê também parecia preocupado em respeitar meu espaço, e nada falou.
Ao fim, acabamos desejando boa noite mesmo e cada um seguiu o seu caminho. Senti que meu pau duro me daria trabalho para dormir aquela noite...
Mas a madrugada ainda aguardava surpresas. Pois lá pelas 3h30, acordo e vejo que ainda chovia muito. A janela estava fechada com as cortinas abertas, e a água batia violentamente contra o vidro. Foi bom ele ter dormido aqui, pois com o volume de água, as ruas deviam estar alagadas.
Mas então, quando olho para o lado, vejo meu amigo de pé ao lado da minha cama. Eu levo um susto.
- Caralho... Ta fazendo o que aí? Parece um psicopata. - e pus a mão no peito. Meu coração acelerado.
A luz do corredor estava acesa. E ela e a pouca luz que entrava do poste da rua eram a unica luminosidade disponível. Mas o pouco que eu podia ver, era sem dúvidas tentador. O corpo bem feito de Alê, em especial a entrada de deu abdomem que ia até o short e se perdia lá dentro. As pernas musculosas. O peito largo.
- Foi mal - pediu ,- vim até aqui e... Fiquei sem graça de te acordar.
- Mas o que te trouxe aqui, afinal? - perguntei, já recuperado do susto.
Alê então sorriu e arriou o short. O pau duro saltou pra fora na hora, oscilando no ar.
Aquilo me deu água na boca na hora. Então eu joguei o cobertor de lado, abrindo caminho pra ele. Sem mais nada, meu amigo subiu na cama e, deitando por cima de mim, começou a me beijar.
Alê jogou todo o peso sob meu corpo, foi arriando meu short enquanto me beijava, deixando-o no meio da coxa. Nossos paus se espremeram entre nossos corpos e ele começou a roçar, promovendo uma gostosa fricção.
Peguei seu rosto e beijei mais. Abri minhas pernas de forma a melhorar o contato. Alê foi gingando, igual fez quando me comeu a primeira vez, só que desta vez sem penetrar, só roçando. O pau dele encaixava na entrada da minha bunda, mas não entrava, escapulia e deslizava pelo meu saco. Como desejei que ele metesse de uma vez, mas era tão gostoso ver como ele se divertia assim. E tinha de admitir, trabalhar com essa tensão causada pelo desejo de ser penetrado era excitante demais.
Alê beijou meu rosto, queixo, e foi descendo, pelo pescoço, ombros. Levantou meu braco e me lambeu as axilas, depois foi descendo pela lateral do meu corpo, beijando e mordendo de leve, até chegar a cintura. Beijou então minha coxa, canela, até ficar sentado e me pegar um pé. O levou a boca e começou a chupar, dedo por dedo. Olhou pra mim e sorriu, então mordeu meu calcanhar com força. Eu protestei, mas não de dor e sim de susto. Ele riu como um garoto e mordeu de novo. Desta vez não reclamei, estava preparado e foi gostoso. Ele voltou a subir, roçando o queixo na pele de minha perna e de minha coxa. Chegou até minha virilha e lambeu, me fazendo cócegas.
Ele se divertia me vendo rir cada vez que me lambia a região, então, enfiou a cara de uma vez, roçando o nariz em meu saco, cheirando tudo. Então, abocanhou meu saco e agarrou uma bola com os lábios.
Parei de rir de imediato e segurei a respiração, no susto natural por ser atingido em uma área tão sensível. Ele chupou varagosamente a região, deixando-me deliciar com a tensão.
- É disso que eu tava falando, amigão - ele sussurrou.
- Agora eu te entendo. - suspirei.
De fato, eu já tive muitas experiências, mas como aquela, foi a primeira. Explorar cada centímetro de meu corpo, tocando áreas até então não entendidas como erógenas e fazer com que elas aflorassem. Alê era um verdadeiro gênio nessa arte e fiquei feliz em ajudar ele a desenvolver tal habilidade.
Ele então subiu novamente e deitou de novo por cima de mim, voltando a me beijar.
Minhas mãos deslizaram por suas costas e agarraram sua bunda, sentindo ela contrair a cada gingado que ele fazia, pressionando seu pau contra o meu.
Então, o peguei e girei seu corpo, me colocando por cima daquela vez. Me deslizei por tras dele, passei seu braço por trás do meu pescoço, de forma a ter melhor acesso ao seu peito. Chupei o mamilo enquanto enfiava a mão por entre suas pernas e massageava seu saco. O ouvir gemer daquele jeito me valeu umas 10 taças do campeonato universitário. Alê se contorcia, enfiava a cara no travesseiro para abafar. Parecia em agonia, pau duro como tora, babando.
Passei minha outra mão por baixo dele e massagei o outro peito, a mão em seu saco deslixou um pouco e passou a brincar com o orifício. Tive de prender bem meu amigo com meu corpo, pois ele a cada hora se contorcia mais. Seus braços, livres, não saviam exatamente o que fazer. Horas ele levava as mãos ao rosto como quem quer abafar un grito, olhando o teto sem parecer entende o que acontecia com ele.
- Caralho, Fábio. Que isso, mano...
Eu ri, sentindo seu cuzinho piscar.
- Quer me foder? - sua pergunta me pareceu um pedido. Creio que, para além de querer me agradar, naquela noite ele bem que queria sentir de novo como era ser penetrado. Mas eu tinha outra ideia.
- Hoje não - falei rolando por cima dele e o beijando novamente. - essa noite quero testar essa parada de guinage que tu tanto curte.
Ele sorriu e pegou no meu pau e eu no dele. Sem combinar nada, começamos a nos masturbar. Olhar focado um no outro,
respiração quase que sincronizada. Um atento as expressões do outro, captando cada mudança, cada traço de tesão.
Aos poucos seu rosto foi se contorcendo e eu senti o meu também. Eu ia gozar e ele também. Sua mão apernou meu pau e a minha idem, estrangulando seu órgão.
Quando veio, foi um estouro. Na hora vi tudo embaçado. Só fui capaz de sentir meu próprio órgão sofrer espasmos enquanto minha mão era molhada com o leite quente que saia do pau de Alexandre.
Continuamos gemendo ainda por um tempo após o gozo, voltando aos eixos. Ele me olhou e sorriu, eu correspondi.
- Caraca - soltou
- Caraca - não fui capaz de pensar em nenhuma resposta melhor.
Nos beijamos e então fomos juntos tomar um banho. Lá, a brincadeira continuou. Entre beijos e carícias, nossoa instrumentos rapidamente se reacenderam.
Meu amigo me pôs de costas pra ele, e enquanto estava escorado com o peito na parede, ele brincava de roçar na minha bunda, esfregando aquele pau por entre as nádegas. Isso enquanto a água quente e a caricia de suas mãos relaxavam meu corpo.
Eu lutei contra a vontade de implorar que ele me penetrasse cada vez que seu membro passava encostado no orifício. Para aumentar minha aflição, Alê ia beijando meu pescoço e mordiscando minha orelha e minha nuca vez ou outra, me ocasionando intenso arrepio.
Mas lutar contra o desejo de ser penetrado, enquanto era tão habilmente estimulado, fornecia um novo tipo de prazer bastante promissor. Meu segundo gozo veio desta forma. Sujando todo o azulejo.
Foi minha vez de lhe entreter, ajoelhei e o empurrei contra a outra parede. Agarrei seu órgão e lhe dei a minha chupada mais caprichada. A cada lambida, olhava atentamente, acompanhando cada passo de seu prazer, cada gemido, cada contorção e enrigecimento de seus músculos. Olhava para seu rosto, como um bebê espera a amamentação.
E quando a mamadeira ficou pronta, pus apenas a cabecinha em minha boca e suguei todo o liquido, como quem bebe de canudo. Alê levou mais uma vez as mãos ao rosto, abafando o grito de prazer.
Saimos do banho e fomos para o quarto. Foi engraçado, pois Alê sequer cogitou voltar para seus aposentos. Deitou comigo em minha cama e me abraçou. Nada falei, até porque seu corpo quente era muito bem vindo em uma noite tão fria.