Terça 24 de Novembro de 2013
Véspera de Natal e meu espirito natalino tava na casa do caralho, acordei na força do ódio e morrendo de chorar, a Eriika que dormia ao meu lado acordou com o meu choro e tentou me consolar. Eu passei a manhã toda na cama chorando e ela sem saber o que fazer, até que deu perto do horário de almoço e minha mãe bateu na porta, então corri pro banheiro porque ainda nem tinha feito minha higienização matinal; tentei me recompor no banheiro e sai tentando disfarçar, eu não queria falar sobre com minha mãe, ela iria estrangular o Daniel quando o visse caso ela ficasse sabendo, então preferi fingir naturalidade e que nada tivesse acontecido. Descemos e fomos almoçar, o Heitor ficou me encarando o durante todo o almoço, e eu evitava até olhar, a Clara também estava querendo dizer ou perguntar algo mas se manteve quieta até depois do almoço quando a mãe e o Daddy saíram para buscar o Guga(Meu irmão) e minha tia Flora, que iria ajudar nos preparativos da ceia junto com a Lorrane, assim que saíram a Clara começou o interrogatório.
- Clara: Bora... desembucha, o que está acontecendo, eu não dormi a noite toda com o Daniel me ligando e mandando mensagem.
- Heitor: Nem eu, pode começar a falar.
- Eriika: Se vocês não dormiram, imagine eu, com o Hique chorando a noite toda e quando consigo dormir, ela me acorda chorando.
- Eu: Porra Eriika, cala a boquinha.
- Heitor: Terminaram?
- Eu: Sim, ele é um escroto, não quero nem ver a cara dela e não quero entrar em detalhes.
- Clara: Como assim? Mas porque? Vai ter que contar tudo e detalhadamente.
- Eu: Eu não, vou é pro meu quarto chorar, deixo por conta da Eriika pra passar os detalhes.
Fui para o meu quarto chorar e resolvi colocar uma música pra sofrer com estilo e dignidade, fechei a porta, e assim que coloquei na minha playlist, começou a tocar “The One That Got Away” da Katy Perry, eu não chorei normal não, comecei a cantar e a chorar e botei a música em repetição e passei horas escutando-a e cantando e chorando até que dormi. Quando acordei minha cabeça estava doendo num nível astronômico eu já sabia que ia passar mal, desci pra buscar remédio e toda minha família tava lá, fui direto pro armário pegar o remédio que não tinha mais no meu quarto e quando olhei no vidro eu estava acabado, a cara inchada, e todos perguntando se eu estava bem, até meu irmão quando veio falar comigo ficou preocupado.
- Guga: Mano, cê ta bem?
- Eu: Tô sim, só aquela maldita dor de cabeça, cadê a mãe?
- Guga: Tu tá destruído véi, ta bem não! A mãe foi buscar a Cida.
- Eu: Quando tiver tudo pronto tu me chama porque vou tentar descansar um pouco e ver se a dor de cabeça passa.
Fui pro meu quarto e peguei meu notebook, fui no skype pra falar com o Gustavo e assim que ele atendeu eu comecei a chorar, de saudades, de frustação, eu amava ele, meu melhor amigo, tudo que eu queria era a companhia dele me dizendo que ia ficar tudo bem, assim como ele fazia antes. Contei tudo que aconteceu e ele começou a me aconselhar, e do nada parou de falar e ficou apontando pra mim, e eu sem entender, até que ele diz.
- Gustavo: Feliz véspera Tia Margot.
Nesse momento eu gelei, eu não tinha trancado a porta e nem tinha visto minha mãe entrar.
- Mãe: Você ta bem? Seu irmão me falou que está preocupado contigo e que você estava com uma daquelas suas dores de cabeça, aconteceu algo?
- Eu: Mãe, a senhora sabe que não consigo esconder nada da senhora por muito tempo né, então vou contar o que aconteceu.
Comecei a contar a ela e vi a fúria nos olhos dela, pensei “Hoje o peru vai ser assado com a raiva dela”, tentei acalmar ela, e pedi pra não falar nada, e a abracei dizendo que a amava.
- Daniel: Posso entrar?
- Mãe: Não, e espero vá embora agora senão eu vou enfiar o peru da ceia você sabe onde...
- Eu: Calma mãe.
- Daniel: Nossa, o que foi que eu fiz? Tá todo mundo puto comigo, o que eu fiz?
- Mãe: Não se faça de sonso não garoto, eu vou ter uma conversa, melhor, nos quatro vamos conversar, cadê seu pai? Chama ele lá pra mim.
- Daniel: Meu pai está em casa, chegamos agora de viagem, eu vim direto pra cá saber o que está acontecendo e meu pai foi pra casa, vamos sim, vamos conversar.
- Mãe: Viajando? Ué, você viajou também com o Magnum? - falou ela confusa.
- Daniel: Sim, viajei ontem à tarde. Por isso vim direto pra cá... Amor seu tu ficou chateado por eu ter perdido nosso dia, eu sinto muito, eu tinha tudo planejado pra...
- Eu: Pra me humilhar? Era esse seu plano, agir de forma fria comigo, transar comigo e depois humilhar daquela forma? Pois parabéns, super funcionou, e nossa que eu to com um odio tão grande que eu quem não quero olhar na sua cara – falei interrompendo-o.
- Daniel: Não, não, não, não, não, espera aí... eu não tô acreditando nisso, eu vou matar ele, eu vou, que desgraçado - falou dando um murro na porta.
- Mãe: Oxe, ta doido menino?
Ele saiu de lá puto da vida, com sangue nos olhos, e deixou a mochila dele cair no corredor, eu não estava entendendo nada.
- Mãe: O que deu nele, o que tu fez?
- Eu: Euuu? A senhora viu tudo, eu não fiz nada.
- Mãe: Bora atrás dele que ele vai bater em alguém... - falou ela me puxando, e eu só de pijama saí descalço.
- Clara: O que aconteceu? O Dan saiu daqui de um jeito que eu até fiquei com medo.
- Mãe: Bora com a gente que acho que já até sei o que foi.
Chegamos na casa dele, estava uma gritaria, o portão aberto, acho que todas as casas do condomínio escutaram a briga toda. Entramos e eu fiquei de cara, tinha dois dele. Fiquei confuso sem saber o que fazer ou falar, enquanto eles discutiam.
- Mãe: Era o que eu tava pensando mesmo, tu pegou foi teu cunhado seu lezo.
- Eu: Como assim, ele é gêmeo?
- Clara: Tu não sabia?
- Eu: NÃO!
Os dois começaram a trocar socos e a gente sem saber o que fazer.
- Eu: Vai lá Rafael, separa a briga, cadê seu pai, cadê o pessoal?
- Rafa: Eu não, nem me meto, o pai foi buscar a Nicole com a Soraia e o Nicolas.
- Mãe: JÁ CHEGA VOCÊS DOIS – ela deu um grito que até eu me assustei.
Ela foi até eles e separou os dois, mandou cada um sentar num sofá e disse que éramos pra resolver todos de forma mais pacifica e conversar antes que o Sr. Magnum chegasse e a situação ficasse pior que já estava, eu sei que ela conduziu a situação todinha, e eu já estava passando mal com eles dois e morrendo de ódio do Davi. As diferenças entre os dois eram poucas, o Davi era mais forte que o Dan, e o corte de cabelo era diferente, tirando isso até a forma como respirava com raiva era igual.
- Mãe: Vamos lá, Davi, porque você fez isso?
- Davi: Isso não é uma sessão de terapia, cê não é psicóloga.
- Dan: Fale direito com ela, tenha respeito seu escroto.
- Mãe: Então okay, eu queria tentar resolver, mas acho melhor seu pai resolver...
- Davi: Não, de boa...
- Mãe: Então comece, porque você fez isso?
- Dan: Tenho certeza que foi por vingança, porque eu fiquei com aquela garota que você gostava quando a gente era pequeno, a Kelly.
- Davi: Eu nem lembrava daquela vadia.
- Dan: Você sempre me odiou, sempre, até hoje você me culpa pela morte da mamãe, mas não precisa destruir minha vida, eu estava até querendo me reaproximar de ti, porque eu te amava seu filho da mãe, mas isso eu não perdoo.
- Davi : Vamos esquecer isso e pronto, hoje é natal.
- Dan: Esquecer? Você transou com o meu namorado caramba, você tem noção do que você fez?
- Davi: Eu não tenho culpa, se ele chegou aqui pensando que eu era você, todo cheio de fogo, tirando minha roupa, querendo fuder, mostrei como um homem de verdade fode. E obrigado pelo relógio... - falou olhando pra mim.
- Eu: Você é um escroto, nojento.
- Davi: Você não achou isso ontem quando pedia mais e mais...
- Eu: Porque eu não sabia que era você, eu pensei que fosse o Dan.
- Dan: Você é a pior pessoa desse mundo... - Levantou e chorando e foi pra cima dele de novo.
- Eu: Parem, parem por favor – fui tentar separar e recebi um empurrão.
- Dan: Henrique, como pôde? Não percebeu que não era eu? Meu irmão velho, meu próprio irmão... Eu não quero ver nenhum de vocês dois. - Falou saindo dali.
Eu corri atrás dele e ele foi pra garagem e pegou o carro e já ia saindo, eu tentando impedir, fui pra frente do carro e fiquei parado, ele chorando dentro do carro e eu do lado de fora, e ele buzinando e alguns vizinhos indo pra porta ver a situação, o Heitor chegou com o Daddy pra ver o que tinha acontecido e o Daddy me tirou da frente do carro e deixou ele ir embora, e eu tentava sair dos braços do Daddy pra ir atrás dele mas não consegui, eu desabei ali na hora e depois disso só lembro de acordar na minha cama, já eram 23:37 quando levantei, minha cabeça estava pior que antes, eu peguei meu celular, desbloqueei o contato do Dan, liguei, liguei, mas ele não atendia, liguei pra Eriika chorando e contando e depois pra Ana. Depois desci e fui procurar o Heitor, quando chego na cozinha minha família ainda estava lá, e a do Sr. Magnum também, não falei com ninguém, eu estava morrendo de vergonha, não achei o Heitor e fui perguntar a Clara por ele.
- Eu: Cadê o Heitor?
- Clara: Ele foi atrás do Dan, pra evitar ele de fazer alguma besteira.
- Lorrane: Primo do céu, que noite hein, que noite, cheia de emoções, você conseguiu uma véspera inesquecível.
- Eu: Agora não Lorrane, por favor!
Voltei para a cozinha e o Sr. Magnum me chamou pra conversar e perguntar se eu estava bem.
- Magnum: Se acalme, descanse a mente e dê um tempo ao Daniel, ele vai voltar pra ti, e estamos aqui contigo. - falou me abraçando.
- Eu: Obrigado Sr. Magnum, eu não quero perder ele, não possoMeu natal foi sem graça, não consegui falar com o Dan, estava sem clima nenhum, o pessoal continuou lá em casa e festejaram, e a única notícia que eu tive do Dan foi que ele estava em um hotel, e que estava bem isso durante o restante da Semana, estávamos com passagens reservadas e hospedagens pagas pra gramado, onde íamos passar nossa virada de ano. E eu não sabia se viajava ou não, não sabia se ele também ia, como ia ser, então pedi pro Heitor tentar falar com ele, já que eram muito amigos e a resposta do Dan foi que eu fosse com alguém, pra não perder tudo porque tinha sido caro e que ele não iria, e eu não sabia o que fazer, ou com quem ir. Então tive a ideia de falar com a Eriika pra ir no meu lugar com o Matheus, já que o Heitor e a Jade não quiseram ir. E lá vai eu dia 30 com eles pro aeroporto, como já estávamos com tudo planejado, eu simplesmente dei tudo a eles, eles mereciam. Como a passagem de avião não pode ser transferida pra outra pessoa, cancelamos as que estavam reservadas e compramos outras pro mesmo voo e horário pra eles, depois eu fui pra casa com o Daddy e assim que estou entrando em casa vejo o Davi, e ele ainda acenou, muito cara de pau. Eu estava sem rumo, pra virada, sem animo e doido pra me trancar dentro do meu quarto e só sair durante uma possível invasão alienígena, quando recebo mensagem da Jade me chamando pra ir pra um espaço alugado pelo pessoal perto de Cachoeirinha, que é uma cidade aqui perto. Eu fiquei meio assim mas resolvi ir, eu não tinha mais o que perder, pelo menos ia beber, sabia que alguns conhecidos iam.
Terça 31 de Novembro de 2013
Acordei meio sem animo e minha mãe insistiu pra que eu fosse com os o Heitor e a Jade, que a Clara e o Rodrigo também iam, então eu fui né. Saímos a tarde, levando muita bebida no carro e muita besteira também, era previsto pra voltarmos dia 1 a noite já que o Heitor trabalhava dia 2 e a Clara não queria ficar muito longe do Pietro. Chegando lá o lugar era lindo, e estavam fazendo uma pilha de lenha pra fazer uma fogueira a noite, eu fui procurar logo um quarto desocupado onde eu pudesse ficar e assim que entro em um dos quartos dou de cara com o Daniel.
- Eu: Desculpa, pensei que estava desocupado.
- Dan: O que você está fazendo aqui, pensei que tinha viajado, o Heitor disse que você tinha viajado....
- Eu: Não tinha sentido eu viajar sem você, então a Eriika e o Matheus foram.
- Dan: Ah, entendi... Se quiser pode ficar nesse quarto, você não vai achar outro quarto vazio, eu e Sofia quase não encontramos esse.
- Eu: Hummm... não quero incomodar – falei saindo dali morrendo por dentro, eu só conseguia pensar “Quem é Sofia?”, e eu já estava arrependido de estar ali.
Fui até o Heitor e disse que não tinha mais quartos vazios e ele disse que o Ítalo tinha separado dois quartos pra gente, eu dei amém, primeiro porque o Ítalo estava lá e não tinha como não se divertir perto dele e segundo porque qualquer coisa eu ia entrar pro quarto e chorar, fui atrás do Ítalo e o achei.
- Ítalo: Oxe, tu por aqui, que saudades eu estava de tu rapaz...
- Eu: Eu também estava morrendo de saudades, agora me bote em um quarto que minhas coisas estão todas dentro do carro e eu preciso de um banho e de bebida.
- Ítalo: Falou com o cara certo, arrumo o quarto pra ti, ainda te ajudo com a carregar suas coisas e te dou bebida e se quiser posso dar também o banho.
- Eu: Continua ousado como sempre né kkkkk!
Fomos atrás da Clara e depois fomos pegar as coisas no carro, eu tomei um banho e voltei pra lá, com o coração na mão pelo fato do Dan estar ali, eu queria sentar e conversar com ele sobre a gente, eu vesti minha roupa e fui me juntar com o pessoal, estavam todos comportados até esperando dar 23:00 pra começar a bagaceira, mas eu não ia aguentar esperar tanto tempo, e ainda faltava algumas pessoas chegarem, e a Ana era uma dessas pessoas e eu não percebi mas estava virando uma cerveja na força do ódio enquanto olhava pro Dan conversando com uma menina, era ela, a tal da Sofia, e ela era muito linda, a menina não era linda normal não, eu fiquei com ciúmes na hora e já tava aceitando que tinha perdido o Dan, então era só sofrer e beber.
- Nicolas: Caralho, vai devagar na bebida porra, senão quando for o horário combinado tu já vai tá porre.
- Eu: Me deixa em paz Nicolas.
- Nicolas: Só estou sendo legal contigo, porque me odeia tanto?
- Eu: Eu não te odeio, só não enche meu saco – falei e virei pra ir atrás da Clara e vi que o Dan estava olhando eu conversar com o Nicolas.
Indo procurar a Clara, senti vontade de ir ao banheiro, fui no primeiro que vi, na volta vi o Dan de costas perto da varanda então fui lá conversar com ele, eu não estava bêbado ainda...
- Eu: Olha Dan, eu sei que tá chateado comigo mas eu te amo e eu não quero te perder.
- Davi: Está falando pra pessoa errada – falou virando pra mim.
- Eu: Ah... é você. - falei dando as costas e saindo, mas ainda escutei ele falar.
- Davi: Também foi bom ver você cunhadinho...
Eu sai dali na força do ódio, parece que eu era o próprio cão com raiva, só faltava morder alguém, sorte minha que a Ana chegou e foi me socorrer, eu não aguentava de ciúmes quando via o Dan conversando com a Sofia e de sorrisinhos e bem íntimos, demorou pra dar 23:00 e ninguém queria deixar eu beber, mas finalmente quando chegou as 23:00 o Ítalo disse que ia dar pt junto comigo e Ana disse que ia acompanhar, a Clara disse que cuidaria de mim, que era pra eu esquecer que o Dan tava ali e me divertir, então comecei a beber, eu bebi como se não houvesse o amanhã, toda vez que algum garoto, podia ser quem fosse, chegava perto de mim, o Ítalo mandava ir embora, e a Ana também, até mesmo o Rafa eles não deixaram falar comigo direito, eu lembro quando deu 00:00 a gente pulou na piscina, eu estava com meu celular no bolso inclusive.
Quarta 01 de Janeiro deEu: Socorro Ana, meu celular no bolso.
- Ana: Sai da piscina, sai, vamos botar no arroz o celular...
Saímos os três e fomos procurar um pacote de arroz pra colocar meu celular dentro, achamos e estávamos rindo muito, voltamos a beber e eu fiquei muito, mas muito bêbado, eu comecei a vomitar, queria ir embora, comecei a chorar, comi massa de miojo crua, e lembro da Clara me botando no banheiro pra tomar banho e o Dan na porta.
Quando acordei, eu estava deitado na cama junto com a Jade e o Heitor, então levantei e fui atrás de água, meu corpo pedia urgentemente por água, quando achei me engasguei com o Dan acordado também.
- Dan: Bom dia...
- Eu: Cof, cof... bom dia, cof – falei tentando me desengasgar.
- Dan: Está melhor? Você exagerou ontem...
- Eu: É o que acontece geralmente quando se leva um pé na bunda.
- Dan: Eu não te dei um pé na bunda, você quem me deu um par de chifres, e com meu irmão.
- Eu: Eu não sabia que não era você, e você seguiu em frente muito rápido né... acho que ela tá te esperando... - falei apontando com a cabeça pra Sofia, que estava na porta da cozinha olhando.
- Dan: Ela é só minha amiga...
Eu saí dali e fui andar, pela estrada que dava acesso ao local, eu comecei a chorar e andar e andar, quando fui ver eu não sabia nem onde tava, resolvi voltar, e estava perdido, até que depois de um tempo eu achei o local de volta. Quando entrei o pessoal já estavam acordados e bebendo de novo, vi o Davi com uma menina sentada no colo dele e ele beijando ela e olhava pra mim. E eu dei graças porque não teve confusão entre o Davi e o Daniel, fui até onde as meninas estavam e deitei no colo da Clara que estava perto da piscina, ficamos ali conversando, até que a Clara começou a passar mal e acabou desmaiando, eu tava desesperado sem saber o que fazer e acabei apagando também. Quando acordei eu estava dentro do carro, estávamos indo pra casa, a Clara já estava acordada e bem, mas mesmo assim depois que chegamos em casa fomos pro hospital com ela e passaram mais exames pra ela, sendo que os que ela tinha feito antes não tinham saído o resultado ainda, foi quando o médico chamou minha mãe e eu só vi minha mãe chorar e comecei a chorar também, eu nem sabia o que era. Comecei a ficar nervoso e ela não falava nada, e só chorava ai quando a gente entrou na sala dela, o medico veio e anunciou.
- Medico: Então, possivelmente você pode estar com câncer, mas precisamos do resultado dos exames que você já tinha feito antes, pra podermos ter certeza.
- Eu: Como assim Doutor?
- Mãe: Deixa ele falar...
- Médico: Como os resultados saem dia 07, eu vou precisar que vocês voltem aqui amanhã só pra gente fazer uns exames de rotina.
Eu estava torcendo pra que aquilo fosse mentira e que a Clara não tivesse com câncer, eu não podia perder ela, eu comecei a chorar, eu comecei a gritar, fiquei nervoso e tive que tomar um ansiolítico e acabei ficando meio grogue e dormi, quando acordei já era em casa, era noite e eu estava no meu quarto, eu tava muito preocupado com a Clara, eu não saberia o que fazer da minha vida sem ela, eu não sai do quarto preocupado com ela´-
Quando chegou o dia do resultado dos exames a gente ficou todos apreensivos e já esperando o pior, e o que a gente esperávamos foi o que aconteceu. Leucemia Mieloide Aguda, foi o diagnostico dela e isso abalou toda a nossa família, nesse período eu nem tive tempo pra saber do Daniel, eu simplesmente só pensava na Clara, mas eu as vezes o queria ali comigo pra me dar forças. Nesse período também ele tinha saído da casa do pai, estava numa casa própria, ele só voltou pra casa do pai pra pegar as roupas dele desde o dia do acontecido, eu mal ouvia falar nele, ele não tava nem aí pra mim e eu tava super aí pra Clara, foi o que mais nos afastouÉ galera, a sorte não estava ai meu favor, meu namoro durou apenas 1 mês kkk e depois disso minha vida foi só ladeira abaixo.