Anteriormente...
Ele deletou, fiz questão de ver ele esvaziando a lixeira.
- Você é doente!
Peguei o balaio de roupa suja dele, e fui lavar a roupa.
Minha tia após o almoço se despediu de nós, e disse que a próxima vez, iria trazer mais roupas.
- Estou ansiosa tia para ver o que você irá trazer. Feliz da vida!
Minha tia deu um beijinho em nós, e voltou para a casa dela.
Continua...
Depois de um dia cheio, esgotada por limpar a casa, cansada de tanto pular e chacoalhar nos treinos, com o cair da noite, vou para meu quarto, tirei a roupa e fui tomar um banho para dormir.
Estava curtinho a água quente que escorria pelo me corpo quando vejo a porta se abrindo.
Entra meu irmão.
Eu olho arregalado para ele, e ele fica lá parado me admirando.
- Dá para sair daqui! Ordeno ele.
- Tudo bem! Já vou indo! Deveria ter fechado a porta!
Ele sai, eu vou lá correndo e tranco a porta.
O estranho é que eu tinha certeza de ter trancado a porta.
Terminei banho e voltei para o meu quarto, peguei uma calcinha de lycra pretinha, coloquei minha camisola, e fui dormir.
Acordo com o raiar do dia, super animada.
Então fui para a cozinha decidida a fazer o melhor café da manhã para os meus pais.
Fiz uma vitamina de mamão e umas torradas com geleia e fiz também uma garrafa de chá quente e uns bolinhos de banana.
Coloquei tudo em uma bandeja, e levei para o quarto de meus pais.
Bati na porta.
- Posso entrar?
- Sim, claro querida!
Então entrei no quarto de meus pais, de camisolinha branca transparente o que fazia contraste com a calcinha preta que estava usando e na mão a bandeja surtida de comida.
Meu pai olhou admirado, minha mãe com um sorriso imenso.
- O que os senhores desejam? Tem chá, vitamina, bolinho de banana, e torradinha com geleia.
Meu pai foi de vitamina com bolinhos de banana e minha mãe foi de chá com torradinhas com geleia.
- Está ótimo. Falava minha mãe.
- Muito bom! Elogiava meu pai.
Terminaram e me deram um beijinho na bochecha.
Sai feliz da vida, toda orgulhosa de mim.
Então eu resolvi fazer um agrado para o meu irmão.
Levei a bandeja, o qual ainda sobrava um pouco de bolinhos e torradas.
Bati na porta do quarto do meu irmão e perguntei.
- Posso entrar?
- Sim pode!
Ele ainda estava na cama.
Ele me olhou, viu eu de camisolinha e podia ver através dela meus mamilos, dava de ver a cara de tarado que ele fazia.
- Pare com isso se não eu levo de volta a comida.
- Tá desculpa! Desculpa!
Então sirvo ele.
Todos mimados, então eu volto para o meu quarto. Só tinha mais a blusinha de alcinha e a saia jeans para estrear.
Resolvi dá uma volta pelo quarteirão vestida de menina.
Fui até o parque e depois fui no campinho de futebol e depois fui até o shopping ver as lojas.
Estava fascinada em andar e sentir menina.
Voltei para casa, minha mãe tinha um presente para mim, ela me deu um estojo de maquiagem com cílios postiço, rímel, blush, sombras, base, e tudo que tinha direito, me deu também um batom e um esmalte e um alicate de cutículas.
E assim terminou meu fim de semana.
Na segunda feita, estava pronta para ir para a escola, tinha feito as cutículas, pintei as unhas passei o batonzinho, minha mão fez uma trancinha raiz, e fui para o colégio.
Andava pelas ruas como que anda em uma passarela, um pezinho na frente do outro, provocando uma reboladinha, sentindo o vento sombra por baixo da saia, dando sempre a impressão de como se não estivesse usando nada, que era só quebrado quando a coxa arrastava na barra da saia.
Já no colégio, os meninos salivavam ao me ver passar, pareciam matilhas de lobo pronto para atacar uma coelhinha indefesa.
A única coisa que me incomodava, era a chamada, fazendo me lembrar que ainda era um menino.
- Daniel?
- Presente professora.
O que faziam a classe voltarem o olhar para mim.
Contava as horas para o recreio, até que bateu o sino para o recreio.
Fui até a sala do club, onde sou recepcionada pela a menina que me convidou, sempre radiante, não dava para dizer que ela era um menino, me deixando sempre de queixo caído.
- Que bom que você veio! Deixa-me apresentar as meninas.
Então foi apontando o dedo e dizendo o nome de cada uma.
- Essa é a Pan.
Pan, tinha cabelos e olhos castanhos, corpo prefeito, seios fartos, usava um gloss laranja.
- Essa é a Bia.
Bia, parecia uma bonequinha, pele branquinha, cabelos loirinhos todo encaracolado, usava duas presilhas ao lado do cabelo deixando toda a parte de trás solta, usava um batonzinho rosinha claro.
-Essa é a Priscila.
Priscila, uma moreninha, cabelos com milhares de micro trancinhas que ia até um pouco abaixo do meio das costas, usava também um batonzinho rosinha claro.
- Essa é a Fabi.
Fabi, era loirinha de cabelos quase brancos, olhos verdes, cabelinho lisinho, pele branca que nem neve, usava um gloss vermelho.
Essa é a Gabi.
Gabi, tinha os cabelos negros iguais a da Fran, tinha os olhos negros, parecia que eu estava olhando para o universo.
E eu sou a Fran.
Parecia uma diva, com seus cabelos negros e seus lindos olhos azuis.
Todas lindas, todas menino.
- Prazer em conhece-las todas vocês, eu me chamo Dani.
Então sentamos e a Fabi ficou em pé e falou.
- Meninas! Tenho uma novidade para vocês! E um pedido também.
Todas a observava.
Minha mãe conseguiu uma clínica para operar, se conseguimos mais de uma pessoa para operar, conseguimos um desconto, e sairá bem em conta a operação, quanto mais, melhor.
- Que operação? Eu perguntava.
- Mudança de sexo, trocar o seu pingolim por uma xoxotinha!
Eu fiquei vermelho na hora e baixei a cabeça.
- E aí topas? Pergunta a Fabi com seus lindos olhos verdes.
- Vou ter que ver com meus pais, não sei se tem dinheiro para pagar.
- Ok, vamos ver quantas vão querer, que faço a conta e passo o valor para vocês.
Então eu passei o meu número para a Fabi e ela passou o dela para mim.
Meio que foi unanimes, com minha exceção todas iriam fazer a operação, que se tornou o assunto daquela reunião.
- O que vocês irão fazer depois que operarem, pergunta a Fabi para todas.
A Gabi respondeu que iria arrumar um namorado o que foi acompanhada pela Fran e Priscila.
A Pan falou que a primeira coisa que queria fazer, era mijar sentada, o que fez todos caírem na gargalhada.
A Bia falou que queria ir em um spa no meio das meninas.
E a Fran disse.
- Eu vou da praia de biquini, o menor que tiver!
Todas olharam e gostaram da ideia e combinamos de ir à praia assim que se recuperarem da operação.
E assim terminou o recreio e o meu primeiro dia no club Meninas.
Passaram as horas, terminou as aulas, e eu vinha para casa, radiante como sempre.
Chegando em casa dei um imenso bom dia para minha mãe.
- Bom dia! E dei um abraço e um beijo na minha mãe, minha felicidade transbordava.
- Nossa filha! Tais contente eim, como foi a aula hoje?
- Bem legal, eu entrei em um club de menina, só que todos são meninos.
Ela olhou dando uma risadinha meio encabulada.
- Como assim? Um club de meninas, mas, não tem meninas, só meninos?
- É que todas, são iguais a mim, são meninos vestido de meninas.
Ela riu novamente e falou.
- Isso é bem incomum. E deu risadinhas.
- Elas pretendem operar e virar menina completamente.
Minha mãe olho sério para mim e disse.
- Como assim? Me conta mais sobre isso.
- É que elas estão combinando para fazer uma operação, e trocar de gênero, quanto mais meninos operando, mais barato fica.
- E você? Não quer fazer?
- Eu até quero, mas, vocês vivem falando que não tem dinheiro nem para cortar o cabelo.
- Ah filha, pode operar sim, eu arrumo um trabalho se for necessário.
Eu dei um sorriso, e pensei: poderia ir na praia com elas.
- Tá bom mãe, vou ligar para ela, falando a novidade.
Pego o telefone para ligar quando minha mãe arranca meu telefone da minha mão.
- Não senhorita! Quem vai falar com ela vai ser eu! Não quero que nada dê errado!
Eu fiquei pasma, mas rindo dela.
- Tá bom! Se acertem aí que vou para o meu quarto.
Então vou para o meu quanto, tiro minha blusinha e minha sainha e minha sapatilha e meias, coloco a sainha rodada com a blusinha ciganinha, dou uma giradinha na frente do espelho, me sentia demais!
Então volto para fazer o almoço, minha mãe falava, combina, perguntava ao telefone, tinha totalmente se envolvido com a Fabi e deixando todo o almoço para que eu fizesse.
Terminei o almoço e fui chamar o Pedro.
Então eu pensei: quer ver como ele deve estar batendo punheta novamente.
Abrir a porta de supetão para pegar ele.
Ele me olhou, arregalou o olho.
- Não sabe bater não?
Olhei para um lado, olhei para o outro, e tudo normal.
- Ué, hoje não tem punheta não? perguntei rindo.
Ele sério, só falou para deixá-lo em paz.
- Desculpa maninho, mas, tá na hora de almoçar, tá pronto.
- Brigado maninha eu já vou então.
- Não demora tá! Te amo! e saio dando risadinhas.
Passou alguns minutos, estava Pedro na cozinha, eu o servi, ele almoçou e foi para o colégio.
Minha mãe então veio feliz da vida.
- Dani, consegui tua operação para hoje.
Eu arregalei os olhos.
- Hoje? Que pressa!
- Você quer que eu marque para outro dia?
- Não, não, está bom. Hoje é um bom dia! Falei com um sorrisinho.
Então almoçamos e fomos para o hospital, lá encontrei as meninas ou melhor, os meninos.
Estávamos todas nervosas.
Uma a uma entrava no consultório fazia exames, e ia para um quarto.
Tive que tirar minhas roupas colocar um roupão que tinha abertura nas costas, totalmente pelado.
Fui então levado para a sala de cirurgia, onde o anestesista pediu para eu contar até dez
Um
Dois
Três
E apaguei, acordando na sala do pós-operatório.
Eu ainda meio anestesiado, olho para o lado, era um borrão que ganha forma.
Era minha tia, minha mãe e meu pai.
- O que aconteceu? Perguntei ainda meio perdido.
- Você foi operada. Deu tudo certo, agora é só descansar. Falava minha mãe.
- Como está se sentindo campeão? Digo minha princesinha?
- Estou legal, eu acho.
Minha tia não se conteve e veio me beijar!
- Agora só falta um namorado! Dizia ela.
Eu fiquei roxo, ainda não tinha caído a ficha.
Veio então um enfermeiro e disse.
- Deixem ela descansar, o horário de visita terminou!
Então eles me deram um beijo e saíram.
E assim, deixei de ser menino para ser menina!
Continua...
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