Estávamos em sua quitinete. Jake parecia um pouco constrangido comigo ali, mas eu não me importava sobre quem ele era, o quanto que possuía, o status familiar que carregava. Eu só me importava com uma coisa: estar dentro do seu coração.
“Jake...”. Coloquei minha mão sobre a dele enquanto ele retirava alguma blusa do guarda-roupa para encaixotá-la como fazíamos com as demais coisas.
Ele não respondeu. Apenas ficou parado. Com nossos dedos se tocando. A cada toque eu sentia uma energia furiosa perseguir o meu corpo. Não era apenas sexo, mas sempre acabava nisso.
“Por favor, fala comigo”. Pedi ansioso por ouvir sua voz.
“Ashton... Você tem certeza?”.
“Por que não teria?”.
“Eu não tenho muito o que oferecer. Em comparação com o seu apartamento, tão espaçoso, com uma vista incrível para a cidade, parece que tenho interesses...”.
“Não diga mais nada...”. Aproximei o meu corpo do seu. Suas costas contra o meu peito. Meus lábios encostando em seus ouvidos. “Você tem o que o dinheiro não pode comprar. Aliás, sou eu quem recebo de você algo que jamais poderia pagar. Eu me sinto amado, Jake. É por isso que estou aqui. Arrumando suas coisas. Levando a sua vida para a minha vida. Transformando nossas vidas em uma só”. Beijei seu pescoço com tranquilidade. Segurei em sua cintura com firmeza. Ele precisava saber que não eram as nossas condições que diriam alguma coisa, era o nosso amor.
“Eu amo você, Ashton”. Sussurrou tenso. “E eu prometo que isso ficará claro todos os dias”.
É claro que ficaria.
Como já estava.
“E se antes de deixar esse lugar no passado...”. Falei chupando a pele de sua clavícula. “... você tenha uma boa lembrança dele?”. Comecei a levantar sua camisa. Meus dedos entrando em contato com sua pele quente. Minha boca sentindo o sabor de seu corpo.
“Acha que pode me dar essa recordação?”. Perguntou provocativo.
“É bom que não duvide”.
De uma vez, arranquei sua camisa. Virei-o para mim. Encostei-o contra o guarda-roupa enquanto nos beijávamos enlouquecidos. Minhas mãos pareciam ter vida própria, percorriam em sua barriga lisa, sentiam a textura da única tatuagem que deixava seu peito ainda mais belo. Era uma águia. Seu símbolo de força e coragem.
Com uma das mãos ele desnudava o meu peito. Com a outra acariciava meus cabelos. Empurrava minha cabeça contra si. Fazia nossos lábios se encaixarem com maior intensidade. Nossas línguas se enroscavam por vontade própria. Aquele sentimento que nos unia fazia aquilo: descontrolava-nos e comandava cada sentido que possuímos.
Sem deixar de beijar sua boca insaciável, tirei minha calça. Meu membro saltitou firme. Eu queria senti-lo naquele instante.
Ele fez o mesmo. Parecia que estávamos apressados por nos sentirmos. Seu pau ereto parecia me convidar para o que eu estava prestes a fazer.
Joguei Jake em sua cama de solteiro.
Concentrei-me em sentir cada centímetro de seu sexo em minha boca.
Suas mãos puxavam os lençóis em sua direção. Seus lábios eram mordiscados com firmeza enquanto seus olhos permaneciam fechados. Sua respiração era densa. Sufocada. Seu corpo estremecia sobre o colchão enquanto minha língua molhada lambia a cabeça rosada de seu pau. Eu passeava pelo freio. Apalpava suas bolas. Intercalava com momentos em que engolia por inteiro o seu membro desesperado por atenção.
Com um dos dedos penetrei-o.
Encontrei seu ponto mais fraco.
Enquanto chupava-o com desejo, estimulava sua próstata. Seus gemidos aumentaram de volume. Seu corpo estremecia de forma mais intensa. Suas mãos se agarravam aos lençóis com mais firmeza. E sua respiração parecia ficar ainda mais complicada.
“Ashton... É melhor parar...”. Parecia suplicar.
Eu não parei.
Só me acalmei quando os espasmos em seu corpo ficaram mais enérgicos. Quando eu tive certeza de que não teria retorno se eu continuasse.
Levantei-me.
De joelhos me arrastei sobre a cama.
De quatro, encontrei seus lábios carnudos. Beijei-o enquanto ele me agarrava com fúria. Fazia-me sentir seu corpo aquecido contra o meu. Seu coração estava acelerado. O vapor de sua respiração contra mim era a gota para o tesão me desgovernar um pouco mais.
Posicionei-me em seu colo. Segurei suas mãos para trás de sua cabeça. Guiei o seu pau melado contra o meu ânus que ardia em desejo. Pela primeira vez eu seria penetrado pelo homem que amava.
“O que está fazendo?”. Ele me perguntou surpreso. Tentava trazer as mãos para mim, mas eu o fazia permanecer imóvel.
“Eu quero você”. Sorri apaixonado. “Só você”. Sentei de uma vez.
Ele arfou com tesão. Eu gemi pela dor momentânea.
Seu membro era médio, mas a grossura embriagava a qualquer um que o desejasse.
Comecei a me mover. Subia e descia lentamente. Precisava me acalmar com o membro que deslizava e pulsava ao mesmo tempo.
Seus olhos me encaravam com tesão, ele queria me tocar, sentia isso só de encará-lo, mas continuei fazendo força contra os seus braços potentes.
Comecei a rebolar. Acostumar-me com aquele pau vigoroso. Ganhar ritmo no que fazia.
“Já esteve em alguém assim antes?”. Perguntei curioso. A forma como ele estava tenso denunciava a resposta.
“Você é o primeiro”. Respondeu com a voz quente, rouca, sensualmente arrastada.
“E espero ser o único”. Libertei suas mãos colocando as minhas sobre o seu peito suado. Minhas sentadas se tornaram mais velozes. Seu pau passou a me invadir com maior vigor quando o seu quadril começou a se mexer por conta própria. Suas mãos apalpavam o meu peitoral, seus dedos se molhavam pelo suor que escorria de meu corpo. Seus olhos me olhavam com um fogo que eu não conhecia. Um fogo que acendia o meu próprio. Um fogo que me fez arquear sobre o seu corpo.
Chupava seu pescoço enquanto ele passeava com a língua sobre o meu. Suas estocadas eram ágeis e prazerosas. Suas mãos se arrastavam por sobre as minhas costas, deslizavam junto ao suor que me dominava.
Meu pau se esfregava contra o seu abdômen. Eu já não sabia dizer se o líquido que tornava o contato mais fácil era pelo suor que se misturava ou pela porra que começava a sair de mim.
Seus gemidos eram mais graves. Seu coração palpitava com mais força. Suas estocadas ficavam mais fortes me fazendo sentir como se fosse tomado por eletricidade em cada minúsculo canto do meu corpo.
Quando menos esperava, meu pau saltou com energia. Era o gozo me tomando enquanto eu sentia o sabor viciante da boca de Jake na minha, enquanto sentia suas mãos ágeis percorrendo sobre o meu corpo, enquanto sentia seu próprio pau pulsar de uma maneira mais vívida e transbordar em um líquido quente que me invadiu com fartura.
Havíamos alcançado o clímax.
Exaurido, fiquei deitado sobre o seu corpo sentindo o calor que dele emanava.
Sorridente, respirando com intensidade, Jake removeu seu membro de dentro de mim permitindo a porra escorrer fartamente.
Ele me abraçou.
Eu o envolvi.
“Não poderia ter me proporcionado recordação melhor”. Falou ao meu ouvido.
(Quero agradecer a todas as leituras e comentários que tenho recebido com o conto Mais que Desejo que nasceu de uma maneira tão despretensiosa e já está na sua parte 5 sem previsão de finalização rsrs. Alguém sugeriu que gostaria de conhecer um pouco mais sobre o passado dos personagens, pretendo fazer isso nos próximos capítulos tentando, claro, intercalar com cenas eróticas. Se tiverem alguma sugestão, sintam-se à vontade! Muito prazer para todos nós!)
