Eu estudava à noite na época. Fazia faculdade de Humanidades.
Sou casado e tenho duas filhas, mas neste fim de semana minha esposa e as garotas tinham ido para a casa da minha sogra. Eu cheguei em casa já era tarde da noite, meia noite e meia. O meu bairro não é um dos melhores da minha cidade. É uma zona de risco. Tem drogas, alguma violência... mas nada demais pra quem cresceu por aqui e que é conhecido por todos.
Tem um rapaz da redondeza, algo em torno de 25 ou 26 anos. Negro, alto, aproximadamente 1,76cm (eu tenho 1,74). Ele era um pouco forte quando o conheci andando pelo bairro, mas agora está bem mais magro. Crack. Ele é trabalhador. Além de cumprir horário numa oficina de artesanato, as vezes consegue um bico de garçom, ou mesmo de algum trabalho braçal no quintal de alguém. Ganha alguma coisa e acaba desaparecendo por uns dias...
Eu sou um homem comum. Não há nada que chame a atenção em mim, à primeira vista. Pelo menos eu me vejo assim... Sou magro e também trabalho... passo despercebido em qualquer multidão.
Minha casa não tem portão automático. Então coloquei o carro na posição de entrar em casa, desci e fui abrir o portão. Não tem perigo de assalto, de verdade. Apesar do que eu já disse antes, é tranquilo... Mas eu levei um susto grande quando, sem fazer barulho, o cara chega atrás de mim...
— Ei cara...
— Eita cara, que susto. Chega assim não macho...
— Desculpa cara... num tá afim de comprar não? — Me perguntou, mostrando-me uma bermuda jeans, aparentemente seminova (creio que era dele...).
— Tô precisando de um trocado cara... R$ 15,00 conto, vai?
— Não cara, desculpa, tenho nada aqui não cara... tá difícil.
— É verdade cara... é que já faz cinco dias que não fumo cara... tá pesado... lá em casa, ninguém me ajuda.
— Desculpa aí, cara... é porque não tem mesmo...
E ele foi caminhando pela rua. Terminei de abrir o portão e fui voltando para o carro. Foi aí que pude olhar melhor pra ele. Ele estava usando um calção tactel azul, já velho, surrado. Dava pra ver o elástico da cueca aparecendo, escura. Calçava um chinelo "Havaiana". Usava também uma camiseta amarela. Os cabelos maiores, que o convencional, bagunçados. Foi nesse momento que meu instituto puto acordou. Raciocinei em questão de segundos. Ele já estava chegando no outro poste quando gritei baixo, que só dava pra ouvir porque era tarde da noite e não havia barulho.
— Ei! — Ele olhou pra trás. Fiz sinal pra ele voltar. Coloquei o carro pra dentro, desci e fiquei no portão. Ele já estava na calçada.
— Vou te ajudar. Entra aí. Que tá tarde pra ficar na rua. (Até parece!!!)
Ele já foi falando.
— Valeu aí cara. Tá me salvando — E foi mostrando a bermuda jeans, abrindo, pra mostrar que era de qualidade. Eu peguei, fingindo interesse.
— Essa bermuda não dá em mim não cara — devolvi.
— E eu já tenho várias. E outra coisa. Ela com certeza vale mais que R$ 15,00. Não vale a pena tu vender não, cara. Tem que ter cuidado com tuas coisas. Não desperdiça tuas coisas não.
Ele ficou só ouvindo, sem esboçar nenhuma reação mais visível.
— Vou fazer um negócio contigo. Eu vou te dar R$ 10,00 por esse calção que tu tá vestindo aí. Ele já tá velho, não vai te fazer falta. E tu pode usar o jeans que tu trouxe. É bom que tu ganha um e não vender ele também.
Ele olhou com admiração e espanto. Sem entender. Ficou quieto. Demorando a entender. Eu disse de novo:
— Macho, não tem segredo não. Tu tira esse calção aí, me dá, aí tu veste o jeans. Pronto.
Ele então, talvez querendo terminar logo com isso, começou a buscar no ambiente - uma área que servia de garagem, que estava com a luz acesa - um lugar escuro pra poder tirar o calção. Eu intervir logo. Não podia perder a oportunidade e R$ 10,00 à toa! (kkk)
Pode trocar aí mesmo cara.
Ele colocou o jeans em cima do porta mala do carro (no que eu logo segurei...) e tirou o calção. Claro que o que vou descrever aconteceu em segundos, mas a descrição vale a pena.
Não tirei o olho dele. Ele levantou a camiseta, segurando com o queixo no peito. A barriga dele era inexistente. Era magro, havia pelos - mas não em excesso - e alguns gominhos (muito bom!). Os pelos que vinham da virilha se encerravam no umbigo. Ele começou a desamarrar o cordão que segurava o tactel. Puxou o velcro. Fez mais barulho do que imaginei. E deixou cair.
Coxas morenas, mas mais claras que o restante das pernas. Redondas. Os pelos negros se destacavam na pele amarronzada. E o volume... O que era aquilo! Mole. Pesado na cueca box frouxa. A cueca era de tecido fino, e já estava ralinha. Era preta e cinza. Dava para notar que os ovos pendiam para um lado e o pau mole dormia por cima dos pelos. Também era perceptível uma pequena mancha mais escura próximo onde ficava a cabeça da rola dele. Exalou um rápido aroma de mijo, o que me deu mais tesão. Ele se abaixou para pegar o calção e me deu.
— Coloca aí enquanto eu pego o dinheiro.
Ao invés de entregar o jeans pra ele, coloquei-o embaixo do braço e, com as mãos livres, fui procurando a carteira, demorando bem mais que o necessário. E ele me olhando, paciente, de cueca, cheirando a macho de rua, um pouco tenso. Esperando poder se cobrir. As mãos dele faziam uma concha mal feita na altura do pau, desnecessário. O volume era grande.
Eu estava excitado, mas não dava para notar ainda. Eu gosto de usar cuecas mais firmes e coladas no corpo. (Vivo de pau duro e não posso passar por nenhum constrangimento...)
— Quanto era o jeans?
— Me dá o que você quiser aí.
— Não cara. Tem que ser certo. O justo pelo justo.
— Era R$ 15,00.
— Pois vamos fazer assim: Vou te dar os dez pelo calção e mais cinco pela cueca. (Eu tive que arriscar... não falei muito seguro... mas... )
— Que é isso cara. Faz isso não.
— Tem nada cara. Tu vai levar os mesmos R$ 15,00.
Ele estava ficando mais apressado. Não pensou muito. Tirou a cueca. Eu já estava me tremendo de tesão. Adrenalina. Tentando disfarçar.
Quando ele tirou a cueca, a rola dele caiu e balançou um pouco, como um pêndulo. Os ovos também se movimentavam... Ao levantar uma perna e, depois, a outra, o pênis se movia pra lá e pra cá. Ele não era circuncidado. Era "uncut", sem corte. Mas dava pra ver a cabeça do pau aparecendo, meia coberta pela pele. Os pelos estavam maiores que o necessário; mereciam um corte. O cheiro de mijo agora estava mais forte.
— Pronto cara. Taí. Nem doeu!
— Ele deu um sorriso envergonhado.
— Toma aí. Dei a ele R$ 20,00. — Vai ficar me devendo cinco, viu. Dei e entrei o calção jeans pra ele.
Ele se virou de costas (pra quê?) e vestiu o jeans. Mas que bom que ele virou. Pude ver sua bunda. Branca! Ele era moreno, os pelos negros. As coxas amarronzadas. Mas a bunda era mais branca que as coxas. Meia magra, mas ainda assim boa para passar a mão e apertar. Só olhei.
Ele já vestido, olhou pra mim.
— Depois eu venho te deixar os cinco viu. Vai dá certo.
— Vai sim. Se preocupa com isso não.
Saiu sem dizer nada e foi quase correndo pela rua, desapareceu logo.
Eu peguei a cueca dele, que estava em cima do calção e ainda um pouco morna. Cheirei na mancha mais escura. Era mijo sim! Mas também tinha um cheiro de baba de porra. Acho que ele não transa faz tempo. Deve viver de pau duro que nem eu. Também cheirei o calção. O odor era de sujo mesmo, de rua. De suor e calçada. Mas tinha seu valor. O meu pau latejava dentro da cueca.
Coloquei as roupas numa sacola plástica e guardei no fundo da minha gaveta de cuecas. Eu estava só essa noite, mas todo cuidado é pouco.
Fui tomar banho e toquei uma das melhores punhetas da minha vida.
CONTINUA... O Cracudo precisava de dinheiro (II)