Aqueles Olhos Azuis - Cap. 3

Um conto erótico de GuiiDuque
Categoria: Homossexual
Contém 6472 palavras
Data: 21/04/2021 23:30:15

~ continuando ~

#Uma Visita Inesperada#

ㅤQuando chegamos em casa, logo minha avó chegou atrás com o carro dela que eu havia ido para a faculdade pela manhã com a Manu. Sem dizer nada, eu fui para o meu quarto e lá me deitei, observando o teto vazio. Eu não conseguia tirar a imagem daquele rapaz dos meus pensamentos. Era possível existir um homem tão bonito quanto ele? Ele era simplesmente perfeito.

ㅤMinha avó entrou no quarto e veio se sentar ao meu lado passando a mão em meu rosto e depois verificou minha temperatura.

- Você está bem, Vini? – Perguntou ela.

ㅤEu concordei com a cabeça.

- Desde que te conheço por gente você não é de ficar assim por causa de um simples cheiro de sangue! – Retrucou.

- É que foi na frente da faculdade inteira, só isso...

- Certo, vou deixar você descansar um pouco e ai lhe chamo para o almoço. – Ela se aproximou e me deu um beijo na testa. Depois saiu do quarto, sem antes desligar as luzes e fechar a porta, deixando-me na solidão da penumbra.

ㅤLogo me vieram muitos pensamentos. Será que ele havia notado o modo que ele me deixava? Claro que sim, eu parecia um idiota. Tremi. O que era o corpo dele? O que era ele sem camiseta na enfermaria? Se a Manu notou, então ele deveria ter notado também. Lentamente fui adormecendo com esses pensamentos me atormentando a mente.

ㅤMeu celular começou a tocar e eu me levantei assustado na cama. Olhei para os lados e vi em meu relógio que já se passavam das 11hs. Peguei o celular e vi que era a Manu.

- Manu? Oi!

- Vinicius! O que foi aquilo? Você nos assustou! A turma inteira comentou a manhã inteira! – Ela não parava de falar e parecia preocupada. Eu, sonolento.

- Desculpa, não esperava que aquilo acontecesse ainda mais na faculdade.

- Eu imagino! Bem, avisa a sua avó que eu irei almoçar ai, eu e você precisamos MUITO conversar, ai já te levo a matéria de hoje!

- Descarada, mas eu aviso sim.

Despedimo-nos e eu voltei a me deitar. Pouco tempo depois minha avó entra no quarto trazendo o almoço.

- Fiz ensopado de carne para você!

- Vó, eu não estou doente e a Manu ligou avisando que viria almoçar aqui.

- Eu preparo alguma coisa para ela, agora coma. Seu avô foi trabalhar agora pouco.

ㅤLevantei-me e soltei um longo suspiro. Ela pôs a bandeja a minha frente e depois se retirou. Não nego que o ensopado estava muito bom. Minha avó era uma ótima cozinheira. Não era a toa que havia se formado em gastronomia, estudara fora e etc. Aproveitando a deixa, meu avô era advogado e tinha seu próprio escritório e trabalhando com ele, mais alguns outros advogados.

ㅤNão demorou muito e logo Manu chegou. Fui me juntar a ela na cozinha onde minha avó havia deixado o almoço para ela.

- Eu não sabia que você tinha pavor à sangue!

- Eu não tenho pavor, eu apenas não me sinto bem com o cheiro. – Respondi um pouco irritado.

ㅤEla me olhou com uma expressão estranha, mas eu já suspeitava o que ela estava pensando.

- Você estava hipnotizado por aquele cara que esbarrou em você e lhe ajudou.

- Dei muito na cara?

- Não sei, mas não tinha como não ficar hipnotizado com ele, ele é lindo demais. Pelo que soube ele faz pós-graduação.

- Nossa, uma ficha completa! – Eu ri.

- No intervalo ele me atacou e perguntou se eu tinha notícias suas.

ㅤHum, ele estava preocupado. Isto me animou um pouco mais.

- E você, o que disse a ele?

- Que não!

ㅤNessa hora ela voltou a comer.

ㅤConversamos um pouco mais sobre isso e depois copiei as anotações que ela havia feito pela manhã. Ser colega dela era bom pois se faltasse a aula, ela anotava até os gestos e expressões que os professores faziam na sala de aula. Era uma verdadeira nerd. Ou melhor, ela prestava atenção, pois junto da Rafaela, elas eram uma das que mais conversavam em sala de aula.

ㅤNaquele dia, a Rafa e o Eduardo haviam faltado e logo que souberam o que havia acontecido comigo me ligaram para saber como estavam.

ㅤPassei à tarde no computador, uma vez que fiquei proibido de pisar na rua. Então quando deu por volta das 18hs minha avó entrou no meu quarto e anunciou que tinha visita para mim. Levantei-me e me ajeitei rapidamente, esperava que fosse a Rafa ou o Edu, mas estava enganado. Quando cheguei à sala de aula fiquei surpreso ao ver o meu “Davi de Michelangelo” parado em frente a um dos quadros que havia ali.

ㅤEle estava absurdamente lindo, pelo menos para mim é claro. Ele estava vestindo uma bermuda jeans, camisa social branca de manga curta por cima de uma camiseta azul, mas que ele fez questão de dobrar deixando a mostra os musculosos braços, e tênis. Eu fiquei parado ali durante alguns segundos o admirando até que sai do meu estado de transe.

- Abaporu! – Disse a ele.

- Sim, Tarsila do Amaral. – Ele virou-se e sorriu para mim.

ㅤEu gelei.

- Seus avós pelo jeito gostam de arte...

- Para falar a verdade, amam!

- Legal! – Foi sua resposta. – É a original?

- Não! – Comecei a rir. – Acho que meus avós mesmo gostando de arte não pagariam mais de um milhão de dólares por um quadro.

- Mas e ai? Como você está? Deixou todos preocupados lá na faculdade... – Nessa hora ele meneou a cabeça para o lado e ficou me observando.

- Desculpa, não era minha intenção, mas é que o cheiro de sangue não é algo que me faz bem! – Dei de ombros.

- Eu imaginei, bem, em todo caso me desculpa por ter esbarrado em você!

ㅤSe ele soubesse que ele ter esbarrado em mim foi a melhor coisa que aconteceu desde que eu pus meus pés para estudar lá, ele não teria falado nada.

- Capaz, não foi culpa sua.

- Foi sim, eu estava apressado e irritado com minha namorada.

ㅤQuando ele falou isso eu fiquei um pouco desanimado. Ele tinha namorada. Ou seja, hétero, se bem que isso não tem nada haver. Nisso minha avó entrou com a camiseta dele dobrada nas mãos.

- Meu querido, fiz questão de lavar e passar sua camiseta. Ela estava com um cheirinho de laranja muito bom!

ㅤEle não se aguentou e começou a rir com o comentário da minha avó. Eu fiquei observando os dois rindo e principalmente ele. Perfeito demais! Ele se aproximou dela e depois agradeceu e disse que não precisava se incomodar.

- Gostaria que você jantasse conosco em forma de gratidão pelo que fez pelo Vinícius e eu não aceito não!

ㅤEle então, não teve como recusar.

- Ah, desculpa, meu nome é Philip! Esqueci de me apresentar. – Novamente ele riu.

- Pode me chamar de Eliane ou vó! – Disse ela parecendo mais entusiasmada do que o normal. Até estranhei, mas ela sempre era assim com meus amigos, principalmente com a Manu.

- Vinícius ou Vini! – Disse para não ficar de fora.

ㅤEle sorriu mais uma vez. Como ele conseguia? Como ele podia me deixar daquela forma, totalmente sem reação. Eu não entendia, só sei que perto dele eu tinha sensação que tudo podia se tornar melhor e mais fácil. Que o que era preto podia virar branco, que o que era prateado, dourado e que um dia de tempestade podia se tornar um dia ensolarado. Era estranho esse pensamento no começo, principalmente para mim.

ㅤDepois nos sentamos e minha avó saiu para que ficássemos mais a vontade. Eu soube que o pai dele trabalhava como clínico geral e a mãe dele cirurgiã plástica. Ele tinha mais duas irmãs mais novas que também estavam seguindo este lado da medicina e ele era o único da família a optar por odontologia. Contou que seus pais até deram graças a Deus com a escolha dele, uma vez que praticamente todos da família seguiam para um ramo específico da medicina. Era meio que uma tradição.

ㅤApós a janta, com muita conversa, risadas e piadas por parte dos meus avós, ele decidiu que já estava ficando tarde e então o acompanhei até lá fora, após ele se despedir dos meus avós.

- Bem se cuida, então, Vini! – Disse me observando enquanto eu abria o portão – Não vai ser toda hora que eu estarei por perto para te levar à enfermaria! – Ele ficou sério por algum tempo, mas riu depois.

- Lembrar-me-ei disto, não se preocupe!

- Fiquei preocupado quando não me respondia... – Desta vez ele estava falando sério o que me fez achar ele mais fofo ainda.

- Eu pretendia ficar quieto até que você falou que me pegaria no colo, seria humilhante demais a faculdade me ver nos braços de um marmanjo!

ㅤEle se estourou na risada e então ameaçou me pegar no colo, mas eu recuei. Ai ele se aproximou e me deu um tapinha de leve no ombro.

- Boa noite! Até amanhã!

- Até.

ㅤMinha avó chegou por trás e me abraçou, pondo o queixo em meu ombro.

- Lindo ele, não? – Perguntou.

- É...

- Interessado?!

- Ele é hétero demais para mim, vó!

- Quem sabe?

ㅤEu virei o rosto para ela e ela sorriu seguida por uma piscada de olho. Depois entramos e fui para meu quarto.

(Fim da Parte 5)

-

#O Convite#

ㅤ***Philip estava parado a minha frente e mesmo estando com a cabeça baixa, pude perceber sua dificuldade em falar, até que finalmente ele levantou a cabeça e me olhou profundamente como somente ele sabia fazer.

- Desculpa, Vinícius, eu não te amo e nunca vou amar! Não podemos ficar juntos, não é isso que eu sonhei para mim, nem meus pais!

ㅤEntão eu senti minha visão ficar turva e meus olhos se encherem de lágrimas. Ele então se virou e começou a se afastar de mim.

- Por favor Philip, não vá, fica comigo, por favor! – Eu chorava cada vez mais, meu mundo ali se acabava. Eu não sabia o que fazer. Ele ia sumindo do meu campo de visão sem se importar comigo.***

ㅤLevantei-me chorando e com meu coração batendo forte. Olhei para o relógio e vi que era 5h50min. Eu não sabia o que estava sentindo e este sonho havia mexido muito comigo. Eu estava mal e ainda continuava a chorar. Aquele sonho parecia ter sido muito real, real demais. Olhei novamente para o relógio e agora eram 6hs em ponto.

ㅤLevantei-me e segui até o banheiro e fiquei me observando no banheiro. Observando o estado em que estava, em como Philip conseguia mexer comigo. Lavei o rosto e segui para a cozinha onde procurei algo para comer. Depois fui para meu quarto e lá me vesti esperando que à hora passasse rápido para eu poder ir para a faculdade. Eu precisava da Manu, precisava conversar com ela.

ㅤQuando meus avós se acordaram eu já estava um pouco melhor, mas mesmo assim não deixei transparecer, apenas disse que havia dormido mal. Minha avó disse que se eu precisasse era só ligar que ela iria me buscar.

ㅤQuando chego ao estacionamento da faculdade e saio do carro a primeira pessoa que vejo é a Manu. Ela veio em minha direção e logo começou a perguntar como eu estava e etc. Contei tudo a ela, da visita de Philip e do meu sonho.

- Você está apaixonado por ele amigo! – Disse ela.

- Eu não posso, Manu, eu me nego a isso. – Eu começava a ficar desesperado. – Ele é perfeito demais para mim.

- Talvez sim, talvez não, mas isso é algo que você não pode negar. Você está gostando dele.

ㅤEntão comecei a chorar. Eu não entendia por que. Quando vi, Rafa já estava ao meu lado preocupada. Como ela sabia sobre minha opção sexual, como da Manu e nós dela, Manu contou para ela.

- Ain amigo, não fica assim! – Dessa vez era a Rafa que me abraçava e fazia carinho em meus cabelos.

ㅤAquelas duas me davam a maior força. Sempre que eu precisava estavam ali para ajudar e eu a elas. Desde a primeira vez que nos conhecemos foi “amizade” a primeira vista. Eduardo era o único que não sabia sobre nós, mas em breve saberia. Ele digamos, era a parte mais engraçada do grupo, vivia nos fazendo rir com suas histórias. Sem ele, com certeza o grupo não seria a mesma coisa.

- Vamos para a aula antes que nos atrasemos! – Disse limpando minhas lágrimas e seguindo com elas para a sala.

ㅤNo meio do caminho tentei tirar ele dos meus pensamentos, mas era quase que impossível, principalmente quando passamos em frente ao bar onde tudo havia acontecido.

ㅤAquele dia eu esperava vê-lo, mas nenhum sinal dele e assim passou a semana, procurando ele por todos os lugares, esperando vê-lo, ouvi-lo.

ㅤNa sexta-feira no intervalo quando eu ia entrando no bar eu dou de cara com Philip falando com um amigo dele que por sinal era lindo, com um sorriso de malandro e que quando passava uma garota ele dava uma boa olhada. Philip o acompanhava, mas não se demorava muito. Quando me viu ele abriu um largo sorriso e veio até mim.

- E ai, como está? Não andou mais passando mal por ai?

- Sai fora, vira a boca para lá! – Disse rindo e ele também.

- Vinicius...

- Vini! – Disse.

- Certo, certo! Amanhã vou completar 25 anos e meus pais estão organizando uma festa lá em casa e estou convidando meus amigos para irem e já que você se tornou um deles, gostaria que fosse.

ㅤQuando ele falou que eu havia me tornado amigo dele também senti meu coração subir pela garganta e descer novamente. Amigo? Que amigo o que?! Eu queria mais do que isso, queria muito mais do que ser um simples amigo dele, mas pelo menos isso já era um começo, um avanço.

- Ahn... Claro! – Respondi vendo que Manu, Rafa e Edu entravam no bar também e me davam uma boa olhada, curiosos para saber o que estava acontecendo.

- Se você quiser pode levar uns amigos seus para você não ficar meio perdido lá, mas não se preocupe, vai ter minha família, eles são gente fina! – Enquanto dizia ele retirava sua mochila das costas e de dentro dela um convite.

ㅤHoje ele estava de regata, bermudão e tênis. As garotas passavam por ele e só faltavam comê-lo com os olhos o que me deixava extremamente irritado.

- Certo, bem... ahn.. vou indo! Nos falamos amanhã! – Mesmo não querendo sair de perto dele, peguei o convite e fui até a mesa onde os garotos estavam sentados.

- E ai? – Perguntou o Edu.

- E ai o que?

- Ain Vini deixa de ser besta, o que o Philip queria? – Perguntou a Rafa.

- Convidou-me para ir ao aniversário de amanhã?

- Você vai? – Perguntou a Manu.

- Nós vamos!

ㅤEles se entreolharam e logo a Manu perguntou.

- Como assim?

- Ele disse que para eu não me sentir excluído podia levar alguns amigos meus!

- Não vou poder perder isso, mas nem morta! – Disse a Manu.

ㅤEu, Rafa e Edu tivemos que rir dela. Edu já sabia de nossa opção sexual. Contamos a ele nesta mesma semana quando nos reunimos em casa para fazer um trabalho da faculdade. Já não aguentávamos ter que ficar falando, ou mudando de assunto quando ele estava por perto. Assim poderíamos ser mais liberais. Ele pouco se importou desde que eu não o agarrasse por ai.

- Vini, deixa de ser besta. Pouco me importo se tu é bi, se gosta de homem e de mulher ou só de um ou outro.

- Sério?!

- Sério!

- Bah, tu nem sabe como eu fico mais aliviado com isso!

- Eu sou liberal, desde que não saia me agarrando por ai!

Todos riram.

- Só a Manu e a Rafa podem fazer isso!

ㅤMesmo que pudesse agarrar, jamais faria isso. Eu via no Edu um irmão que eu nunca tive. Além d’eu achar ele atraente (pele morena que ele brincava dizendo que era da cor do pecado, olhos cor de mel, forte e cabelo estilo militar), o tipo que qualquer garota ou garoto ficaria, eu jamais pensaria nisto. Confesso que a primeira vez que o vi ele até meio que mexeu comigo, mas depois que nos tornamos amigos eu descartei essa possibilidade.

ㅤNo final da aula, como não nos veríamos a noite, prometi que no outro dia eu os pegaria de carro para ir ao aniversário do Philip e assim aconteceu.

(Fim da Parte 6)

-

#"O meu pior aniversário!"#

ㅤNaquela tarde sai para comprar um presente para Philip. Fiquei andando de um lado para o outro procurando alguma coisa que talvez ele gostasse. Então, lembrei-me que ele ficava lindo de camisa social e comprei uma para ele em tom de rosa claro toda amassadinha de manga curta.

ㅤÀ noite quando deu por volta das 20hs fui de carro pegar a Manu, a Rafa e o Edu e fomos para a casa do Philip. Eles puderam notar que eu estava um pouco nervoso e não parava de tamborilar os dedos no volante.

- Vini? – Chamou a Manu.

- Hum?

- Você está bem?

ㅤNessa hora a Rafa e o Edu pararam de falar e voltaram sua atenção para mim.

- Ah sim, apenas... Ansioso e nada mais!

- Então acalme-se!

- Okay!

ㅤNotei que tanto a Manu, como a Rafa e o Edu estavam muito bonitos. A Manu usava uma jeans, saltos e uma blusinha preta com um laço prateado na cintura e seus cabelos nas raízes estavam lisos e à medida que ia descendo iam formando pequenos cachos. A Rafa usava um vestido preto e os cabelos estavam presos e o Edu. Humm, sem noção. Lindo! Até quando ele entrou no carro brinquei com ele. Ele trajava jeans, camisa social por dentro da calça e tênis. Eu, por fim, jeans para variar, sapato social que havia comprado a pouco tempo todo trabalho a mão, uma camiseta verde e por cima camisa social preta solta. Todos estavam um “arraso”, cada um com seu estilo.

ㅤQuando chegamos em frente a casa dos pais de Philip a Rafa disse:

- Que humilde!

ㅤNa verdade não era bem uma simples casa, mas sim uma mansão. A Manu e o Rafa ficaram estarrecidos.

- Eu acho que eu vou voltar para casa para vestir um smoking! – Brincou ele.

- E eu um longo! – Soltou a Manu.

- Vamos parar de frescura, garanto que depois do terceiro copo de cerveja todos nem vão se lembrar se são ricos ou não! – Disse enquanto saia do carro e pegava o presente.

ㅤHavia carros e carros naquela rua. No portão principal até a entrada da mansão havia longas fitas azuis e prateadas que se enrolava uma na outra e formavam uma espécie de caminho. No chão havia um tapete de veludo azul que ia se encaixando na pequena escadaria. Perguntei-me o porquê de tanto azul, mas nem precisei ir muito longe. Os olhos dele.

ㅤPor fora, os jardins estavam deslumbrantes e a medida que os convidados iam chegando todos ficavam maravilhados com tamanho capricho com a decoração.

Quando chegamos à entrada da casa, um segurança nos parou e então perguntou meu nome.

- Vinícius...

- Ah sim, você e seus amigos podem entrar!

ㅤLá dentro havia espalhado, pelo o que parecia uma enorme sala, várias mesas redondas cobertas por tecidos brancos e azuis, bem como suas cadeiras. Encima das mesas havia pratos de porcelana, talheres, copos e taças, guardanapos de linho e no meio um belo arranjo de flor dentro de uma espécie de vaso de vidro de mais ou menos 40 cm com três velas a sua volta dentro de suportes também de vidro.

ㅤAs paredes também estavam totalmente decoradas e a cada canto havia tecidos nessas cores colocadas de forma estratégicas e atrás delas algo que parecia canhões de luzes. O segundo andar também tinha as mesmas decorações e ele era aberto dando visão para o térreo. Eu, Manu, Edu e Rafa estávamos boquiabertos. Eu nem tanto, meus pais sempre davam festas deste estilo em nossa casa em Porto Alegre, para se aparecer para os outros, diferente dos pais de Philip que pareciam ser super simpáticos.

ㅤLogo que me viram vieram me cumprimentar e perguntar se não havia acontecido mais nada comigo. Estranhei.

- Olá, querido, você é o Vini, certo? – Perguntou a mãe dele.

- Sim... – Respondi meio que sem graça. – Estes são o Eduardo, a Manuela e a Rafaela! – Disse enquanto apontava para cada um.

- É um prazer conhecê-los, me chamo Jacqueline e este é meu esposo, Alberto.

ㅤPhilip tinha as mesmas feições que o pai dele, a não ser os olhos azuis que eram de sua mãe. É claro que eu não preciso dizer que o pai dele era muito atraente e sua mãe, linda, loura e esbelta. O tipo de mulher que aparece naquelas revistas dedicadas a decorações de casas onde tem a família e a esposa sorridente, super elegante e simpática.

- Philip me pediu para que os colocasse sentados junto com a família para não ficarem meio que excluídos e se precisarem é só falar comigo ou com o Alberto.

ㅤEla fez sinal para que a seguíssemos e então assim fizemos. Sentamo-nos ao lado da mesa deles que diferente das outras, não era redonda, mas sim retangular com cinco cadeiras, provavelmente para Philip, suas duas irmãs e os pais.

ㅤOs convidados iam chegando pouco a pouco. Alguns iam sentando em lugares específicos enquanto outros sentavam perto de nós, a “família”. Era estranho, pois alguns nos olhavam curiosos para saber quem éramos.

ㅤA musica rolava solta, desde MPB até Dance. Eu e os guris já estávamos bem soltos. Conversávamos e ríamos, até porque já havíamos bebido um pouco. Nada demais. As mesas já estavam lotadas e eu ansioso demais para ver o Philip. Como ele estaria vestido, qual seria sua expressão ao ver todos ali ou até mesmo eu.

ㅤPude perceber que uma das irmãs do Philip não parava de olhar para o Edu e logo que as meninas notaram isso não pararam de pegar no pé dele.

- É hoje que o Edu dá o golpe do baú!

ㅤQuando percebemos que ele começava a se irritar com isso, logo tratamos de mudar de assunto até porque Philip entrara pela porta e todos se postavam em pé para cantar os parabéns a ele. Ele parecia muito feliz. Sua felicidade me deixava feliz. Ele usava calça social, sapatos e uma camisa branca com os quatro primeiro botões abertos, deixando quase que a mostra seu peito nu.

ㅤSeus pais e suas irmãs foram abraçá-lo até que sei pai pediu a palavra e todos, pouco a pouco, foram se silenciando. Não lembro hoje o que ele disse exatamente, mas uma de suas frases me chamou muita atenção, onde os filhos, ou o Philip era uma joia preciosa de raro valor e que desde que nasceu foi lapidado todos os dias e hoje para ele era um filho de estimado valor. Foi basicamente isso.

ㅤDepois do discurso seu pai retirou do bolso uma pequena caixinha e então lhe pôs um anel no dedo que pelo que soube era passado de pai para filho.

ㅤEle estava radiante. E eu não parara de olhá-lo por sequer momento. Mais uma vez meus pensamentos eram tomados com coisas do tipo: "como ele conseguia ser tão perfeito, tão carinhoso, tão atencioso, tão família. Tudo isso em apenas um homem só. Ele devia ter algum defeito, por menor que fosse". Eu já mal prestava atenção no que acontecia ao meu redor quando percebi que ele vinha em direção a nossa mesa nos cumprimentar. Ele cumprimentou todos e por último eu.

ㅤDeu-me um abraço apertado que eu retribui com gosto. Tive que me segurar para não deslizar minhas mãos por suas costas e virar meu rosto e beijá-lo em frente a todos ali. Mesmo com esses pensamentos, eu era covarde demais para isso. Ficamos assim, neste gesto por pouco tempo, mas que pareceram horas. Depois ele se afastou e disse.

- Fico feliz que veio!

ㅤSenti minhas pernas tremeram. Sentei-me, pois tinha certeza que eu desabaria ao chão.

ㅤRidículo! Ridículo ao extremo. Era uma sensação totalmente nova para mim. Eu não sabia o que fazer, não sabia como agir. Eu era obrigado a me controlar, pois se não iria dar muito na cara e não era isso que eu queria. Estávamos recém no início de nossa amizade e antes ser somente amigo dele do que não ser nada. Só o simples motivo de estar ao lado dele já era algo que eu até hoje não consigo explicar.

ㅤO tempo foi passando e Philip ficava mais conversando com os amigos dele do que com a família. Como eu e os demais não conhecíamos o resto, ficamos em nosso canto conversando. Não adiantava nada eu ficar ali, babando por ele e não fazer nada, ficar parado como uma coluna do templo (Are baba!). Então sua mãe nos convidou para irmos lá para trás nos jardins onde havia uma pista montada. Nem sabíamos disso. Quando chegamos ficamos estarrecidos com a pista, sem contar no belo jardim e nas luzes que iluminavam o local bem como a decoração. Do outro lado da pista havia um pequeno palco armado com um DJ. Como já havíamos jantado, fomos dançar.

ㅤEdu já havia se arranjado com a irmã de Philip e então sobramos eu, Manu e a Rafa que ficamos dançando de um modo muito engraçado. O pessoal já havia bebido mais do que devia e todos já não estavam nem ai. Até entrar em uma roda com a família dele que se abraçavam e pulavam eu entrei. Estava muito engraçado.

ㅤEntão quando me afastei da roda fui até onde havia uma tenda com dois bartenders que, por sinal, eram muito gostosos. Junto com eles havia uma garota, mas não fiquei muito tempo observando-a.

- Vai ficar muito tempo me ignorando?! – Disse uma voz que eu não reconheci na hora, mas quando me virei para o bartender que me oferecia uma bebida, meu queixo caiu. Era o Alex.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntei assustado.

- Trabalhando, oras, depois daquele dia meus pais cortaram minha mesada e aluguel do apartamento, então tenho me virado!

- Hum, entendo. – Disse olhando para os lados procurando ver se ninguém nos escutava.

- Pensei que iria me ligar, gostei de ter ficado com você! – Sussurrou ele.

- Ah, é que eu andei muito ocupado e pensei em dar um tempo até você se acertar com teus pais. – Disse sem ter o que responder, o que era a mais pura verdade, mas só que depois que conheci Philip, não tive mais vontade de ficar com ninguém. – Vou voltar para a pista.

ㅤPeguei a bebida da mão dele e ele fez questão de deslizar seus dedos pelos meus. Manu estava de longe só observando e quando voltei a dançar com ela, logo perguntou se ele era o rapaz que eu havia ficado e eu disse que sim. Depois perguntei pela Rafa e ela me disse que ela estava ficando com um garoto e o Edu havia sumido com a irmã do Philip.

ㅤAlgum tempo depois vi o Alex fazendo sinal para eu seguir ele por uma trilha que seguia pelos jardins e sumia na escuridão. Eu vi ele se afastando e então esperei alguns minutos e o segui. Vi que logo adiante havia uma piscina e quando ia passando por ele senti as mãos do Alex me puxar pelos braços e me fazer entrar na casinha onde ficava o motor da piscina. Ele fechou a porta e ficamos ali um de frente para o outro no escuro.

- Fugindo de mim? – Sussurrou ele no meu ouvido fazendo com que eu sentisse minha espinha se arrepiar.

- Não! Eu já disse que...

ㅤSem me deixar terminar de falar ele me beijou. Beijou-me com vontade, enquanto me enlaçava com um de seus braços e com a outra acariciava meu rosto. Pus então meus braços envolta do pescoço dele e deixei me levar por aquele momento. Se não podia ter o Philip, ficaria com o Alex que de uma forma ou outra mexia muito comigo.

ㅤNossos beijos iam se tornando cada vez mais quente até que ele pôs uma de suas coxas entre as minhas de uma forma que só ele sabia me desarmar. Pude sentir seu membro enrijecido na calça e o movimento que ele fazia no quadril para me provocar.

- Vamos aproveitar que o Philip está com os amigos dele. – Disse uma voz masculina do lado de fora.

- Não! Você é primo dele e eu a namorada!

ㅤNesse instante eu parei de beijar o Alex e ficamos ouvindo o que estava acontecendo. Ele tentou voltar, mas eu virei o rosto. Então ele ficou apenas beijando meu pescoço e lambendo, de vez em quando mordiscando minha orelha.

- Só um beijo vai! – Insistiu o primo dele.

- Okay, seu tarado!

ㅤEntão alguma coisa bateu na parede da casinha onde eu e o Alex estávamos. Provavelmente eram os dois se pegando. Nos afastamos e ficamos próximos um do outro. Se eles resolvessem entrar ali seria o meu fim. Me encostei na porta e o Alex, nada safado, veio por cima de mim, me prensando contra a mesma, roçando o corpo dele no meu.

- Nem nessas horas você dá uma trégua!

- Isso me deixa com mais tesão ainda! – Sussurrou pegando em minha mão e colocando por cima do seu volume que a essa altura já estava mais duro que uma rocha.

- SEUS FDP! – Dessa vez ouvi o Philip berrando. Por um momento pensei que ele havia nos visto ali, mas não. Ele havia visto a namorada dele e o primo se agarrando.

- Sua vagabunda, suma da minha casa! – Berrou ele. – E você?! Eu confiava em você e você estava me traindo dentro da minha própria casa!

ㅤNessa hora, pelo barulho, ele deu um soco na cara do primo dele e começou a chorar. Parecia que não estava acreditando no que estava acontecendo. Neste momento eu queria sair dali para confortá-lo, abraçá-lo, dizer que ela não o merecia. Alex me segurou, pois ele percebeu o que eu estava prestes a fazer. Então o choro de Philip foi silenciando até que discretamente eu abri a porta e vi que ele estava do outro lado da piscina. Alex saiu primeiro e foi de volta para a tenda onde estava e depois eu sai e fingi estar caminhando por ali.

ㅤQuando ele me viu, rapidamente limpou as lágrimas e tentou sorrir, mas em vão.

- Aconteceu alguma coisa Philip? – Perguntei preocupado, mas já sabendo o que havia acontecido.

- Não eu só estava querendo ficar um pouco sozinho!

- Ah, okay! – Ameacei me virar e sair dali, mas ele disse.

- Espera!

- O que?

- Eu não quis ser rude, é que eu vi minha namorada, ex ou sei lá o que, me traindo com meu primo!

ㅤNisso ele começou a chorar e se sentou na cadeira em frente à piscina. Eu rapidamente fui até ele e puxei uma cadeira e pus a sua frente.

- Pôh, não fica assim, Philip! Se ela fez isso é porque não te merecia mesmo!

- Ou por que eu não tenho sorte mesmo! – Retrucou limpando as lágrimas.

- Vai ver você não achou a pessoa certa ainda.

ㅤEu era a pessoa certa! Eu nunca faria ele chorar! Eu nunca o trairia!

- Cara, esse foi o meu o meu pior aniversário!

- Não fala isso, há várias pessoas ai que gostam de você! – Falei me levantando.

- Aonde você vai? – Perguntou ele levantando a cabeça e me olhando.

- Vamos voltar para a festa antes que estranhem!

- Não, fica aqui comigo! A essa hora eles nem devem mais se lembrar que eu sou o aniversariante!

ㅤSem dizer nada eu voltei a me sentar e fiquei o observando. Eu queria secar as lágrimas dele, fazer carinho, abraçá-lo. Ele incrível que mesmo chorando, mesmo com uma expressão triste ele ficava lindo.

- Vamos para sua casa?

- O que? – Perguntei sem acreditar. Ele queria ir para minha casa?

- Sua casa, não estou com paciência para ficar aqui hoje!

- Certo, eu vou avisar o pessoal e te espero lá na frente.

ㅤSem dizer nada eu me levantei e segui para a festa. Eu não estava acreditando que ele queria ir para minha casa, deixar todos ali, deixar a festa que fizeram justamente para ele. Será que ele queria algo mais do que isso. Não! Definitivamente não. Ele estava triste e queria simplesmente sair daquele ambiente. Descansar, arejar a cabeça.

ㅤQuando cheguei, vi a Manu dançando com um rapaz e então sussurrei no ouvido dela.

- Eu estou indo para casa com o Philip. Ele viu a namorada traindo ele...

- Não creio! – Disse chocada.

- Pode crer!

- Vê se não se aproveita da tristeza dele, Vini!

- Como se eu fosse capaz!

ㅤAntes que eu ouvisse a resposta dela, pedi para avisar para o Edu e a Rafa, e então segui para fora da casa. Philip já me aguardava no portão e trazia consigo duas garrafas de cerveja abertas que ele bebia alternando uma para a outra. Aquilo não ia acabar bem.

ㅤQuando entramos no carro ele sentou ao meu lado já meio zonzo. Antes mesmo de eu partir ele já havia bebido tudo até que jogou as garrafas pela janela.

- Agora chega, Philip!

- Eu não entendo! – Nessa hora ele começou a rir.

ㅤEle era fraco para bebidas, com apenas duas garrafas já estava neste estado.

- O que você não entende? – Perguntei.

- O motivo de ela ter me traído... Eu fazia tudo o que ela queria!

ㅤNisso ele ficou mudo e seu olhar vago.

- Vai ver era isso. – Respondi.

- Isso o que?

- Você fazia tudo para ela!

ㅤDurante o caminho ele ficou falando sobre ela. Ora ele ria, ora ele chorava. A situação seria cômica se não fosse trágica. Ele realmente gostava muito dela e isso me fazia sentir cada vez pior. O modo que ele falava dela, o modo como ele admirava ela era como eu gostaria que ele me visse.

ㅤQuando chegamos em casa, eu pus o carro na garagem e sai. Quando ele se levantou, bateu a cabeça com tudo na quina da porta do carro. Quando vi o sangue escorrendo pelo seu rosto, me desesperei. Eu não sabia o que fazia, se eu ia socorrê-lo ou se eu saia correndo chamar ajuda. Então retirei minha camisa e a enrolei, colocando em frente ao meu rosto.

ㅤEle já havia se dado conta do que havia acontecido e estava tão desesperado quanto eu. Não por ele, mas por minha causa.

ㅤFrente a ele, pus a camisa na sua cabeça para estancar o sangue. O cheiro já começava a me deixar tonto. Ele tratou de me segurar pela cintura, colando meu corpo com o dele enquanto se escorava na parede.

- Cara, vamos para o banheiro! – Eu disse enquanto me afastava dos braços dele, mesmo não querendo.

ㅤEu segui até o banheiro e o fiz por a cabeça debaixo da água gelada da pia enquanto lavava sua cabeça. Não tive coragem de mandá-lo tirar a roupa e entrar no chuveiro. Eu com certeza sairia fora de controle e não daria por mim.

ㅤEnquanto ele lavava a cabeça eu peguei alguns curativos. Estanquei mais um pouco o ferimento com minha camisa e depois sequei enquanto colocava o curativo. Ele de vez em quando gemia de dor e pedia para parar.

- Vini, se tu não parar, eu vou te socar!

ㅤQuando ele falou a palavra socar eu não pude conter a ereção e tentei disfarçar do jeito que pude. Sim, fui malicioso nesse momento.

- Fica quieto antes que eu arranque teu coro cabeludo!

ㅤEnquanto eu fazia o curativo foi essa briguinha chata até que terminei e ele pôde respirar aliviado.

- Valeu, Vini.

- Vai tomar um banho antes que eu passe mal aqui! – Disse me dirigindo a pia, ligando a torneira e passando água nela para tirar o sangue que havia ali.

ㅤEle sem pudor algum foi tirando a roupa na minha frente até que ficou somente de boxer preta. Naquela hora eu olhei de canto de olho e quase tive um enfarte. Ele era perfeito demais e estava ali na minha frente, quase que sem roupa, somente de cueca. Não preciso dizer o quão musculoso ele era e que somente um braço dele era uns três do meu. Para não dar na cara eu peguei a toalha do armário e entreguei a ele, e sai do banheiro passando mal. Não por causa do sangue, mas por causa dele.

ㅤEle não demorou muito no banho. Logo que me viu no corredor sentado no chão veio quase que correndo até mim.

- Vini, você está bem?

- Mais ou menos...

- Como você consegue ser tão vulnerável assim por causa de sangue!?

- É o cheiro!

- Como assim? Que cheiro o sangue têm? – Perguntou enquanto colocava os musculosos braços por debaixo dos meus e me levantava.

- Sei lá, cheiro de ferro com sal misturado com algo doce!

ㅤEle me olhou e fez cara de desentendido. Era meio que óbvio. Como alguém podia sentir cheiro de sangue? Só eu e meus problemas mesmo. Eu, com um cara mais gostoso na minha frente, apenas de cueca, quase que me agarrando, ok, me ajudando, e eu passando mal?! Sério, quando me lembro disso tenho vontade de me atirar no poço com uma pedra amarrada no pescoço!

- Onde é seu quarto?

- No final do corredor...

ㅤEle me ajudou a caminhar até o quarto por causa de minha tontura e me deitou na cama. Depois tirou meus sapatos e voltou do banheiro com suas roupas. Ele fechou a porta e ficou me observando. Sua expressão era de extrema preocupação. Isso me preocupava. Eu não passava de um simples amigo ou quem sabe um irmão mais novo que ele ficava extremamente preocupado. De vez em quando eu ficava olhando para ele, mas não me demorava muito pois logo começava a ficar excitado e do jeito que eu estava não tinha como esconder.

- Você vai ficar ai em pé? – Perguntei enquanto olhava para ele.

ㅤSem dizer nada ele deu a volta na cama e deitou com a cabeça para o outro lado de bruços. Nessa hora fiquei excitado demais. Que bunda! Ela era bem redondinha e empinadinha. Uma mão para aquilo tudo era pouco. Deu-me uma vontade louca de ficar por cima dele, beijar suas costas, seu pescoço e fazer amor com ele. Eu estava cada vez mais louco por ele, mais apaixonado.

- Se precisar de algo a noite é só me chamar! – Disse ele virando a cabeça para trás.

- Certo, você também.

ㅤEle piscou o olho para mim e então voltou a abaixar a cabeça. Quando eu estava quase pegando no sono ouço sua voz.

- Vini?

- Hum?

- Está dormindo?

- Se eu estivesse, não estaria te respondendo! – Então comecei a rir e ele também.

- Obrigado! – Agradeceu ele.

- Pelo o que? – Perguntei sem entender.

- Por estar demonstrando ultimamente esse amigão que você é!

- Valeu.

ㅤEntão ficamos quietos e eu acabei por dormir não muito tempo depois com ele em meus pensamentos e sonhos.

(Fim da Parte 7)

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~ aaaaoooowww galeris! vi que apareceu gente nova por aqui e antigos leitores! muito obrigado por comentarem, viu?! façam mais vezes hahaha, assim fico motivado, e deem nota em cada post, please. obrigadinho. espero que gostem da postagem de hoje, caprichei! até amanhã sz ~

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Comentários

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Excelente conto. Tenho uma trilogia de acontecimentos com minha sogra que você vai gostar. Leia todos os 6 capítulos e se gostar me dá umas estrelas. Abraço.

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Esse conto é incrível, adoro gays olhos azuis são lindos e intensos. Acho que os olhos azuis tem esse poder de deixar a pessoa sem chão e ao mesmo tempo deixá-la com os pés bem enterrados na terra.

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O CONTO É EXCELENTE. MAS CONTINUA ERRANDO AO INFORMAR 'OPÇÃO SEXUAL' E NÃO 'ORIENTAÇÃO' SEXUAL.

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Oii. Procuro um conto do Orkut faz anos. A história é de dois amigos heteros que acabam se apaixonando mas demoram a se entregar para esse novo amor gay. Eu lembro que na iminência da paixão eclodir, um deles canta para o outro "eu preciso dizer que te amo" do Cazuza ao redor de uma fogueira onde estão vários amigos. Se vc tiver esse por favor me chama.

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