Este conto é puramente real, mas alguns detalhes foram mudados por questões de: não lembro de tudo. Quase dez anos já. O tempo passa muito rápido.
Eu sou eu mesmo, o Luis de sempre. Já faz um bom tempo que saí da faculdade, e isso aconteceu logo no primeiro ano, já nos idos de setembro. Desculpem se parecer lento, mas eu sempre fui um velho saudosista. Espero que sejam pacientes.
Mais um dia chato de aula. Conteúdo necessário, mas maçante. O mais interessante era vez o cara gatinho de quem eu era afim (e, que Deus me perdoe, por que ele namora, ainda acho muito gato. Se eu tivesse chance...) Também tinham outros carinhas bem bonitos na sala, e era a olhar pra eles que eu recorria quando já tava sem paciência ou neurônios para os conteúdos.
Fim da aula, eu sempre saía por último só para ver aquelas bundinhas balançando na minha frente, o que incluía as gostosas da sala. Bissexualidade, amados, é uma benção. Ás vezes uma maldição também.
Parada de ônibus, aguardar o sempre lotado ônibus. E peguei o modelo que eu mais gostava, que era meio dois andares. A parte do fundo mais alta que a frente. E como sempre tava lotado, eu sei que rolava umas putarias por lá, mas eu nunca sentei porque, realmente, nunca tinha vaga. Fora que era meio “meu lugar aqui” dos alunos mais velhos. Cadeiras cativas, sabe como é.
Eu ali, sentado, pensando na vida, e as velhas olhando o celular, com a mochila no colo. Uma mulher dormindo sentada do meu lado. Fiquei no corredor. Um cara pardo, alto, todo de branco, cabelo baixinho, olhos castanhos claros, encosta do meu lado, e acaba roçando no meu ombro. Deixei, afinal, o cara era bonito, e o calor do pau dele tava gostoso.
Começo a sentir a ereção dele crescendo. Ok, fricção. Acontece. Ele ruboriza, mas eu ignoro. Percebo toda a movimentação dele sem olhar pra ele. Era médio pra grande. Nem ligo. Eu tava relaxado, apesar de gostar do calor no meu ombro. Ônibus hiperlotado, e o vai-vem de pessoas fazia ele ter de se mover cada vez mais, mas sem desgrudar do meu ombro, que escondia o volume que fazia dentro daquela calça branca.
Passamos uns 20 a 30 minutos nisso. Sobe gente, desce gente. Aperta, folga, e ele sempre duro. A mulher que dormia resolve descer, e ele senta do meu lado, sem me olhar. Consegui reparar a área molhada, e percebi que ele já tinha gozado. Molhou um pouco a camisa, é verdade. Mas, coisas que acontecem.
Desci do ônibus na parada seguinte. E ri muito, no caminho para casa. Espero ter ajudado ele a ficar menos estressado. RS
Nunca mais aconteceu. Devemos ter nos desencontrado, ou ele sentava em algum lugar longe de mim, me reconhecendo, sem que eu consiga me lembrar melhor de como ele era.