Então gente, já não era sem tempo hehehehe.
Aviso que também está gigantesco.
XV
- Se você está feliz e ela te faz bem então vá em frente, meu irmão. Apenas fico na torcida para que não sejam pegos.
- Obrigado, Thomas. Eu tentei lutar contra o que estava sentindo mas foi mais forte do que eu.
O bom das férias ou se preferirem chamar de recesso do meio do ano é que eu podia descansar, organizar assuntos pendentes e dar uma atenção melhor à minha família mesmo morando distante dela.
Eu e o meu irmão caçula marcamos de conversar via Skype no sábado à noite, em um horário que nossos pais já estivessem dormindo. Já eram quase onze horas e eles sempre tiveram o hábito de dormir cedo. Era o único jeito de contar a ele tudo o que se passou comigo no último semestre.
- O que me espanta é você com a idade que tem, passar a trocar fraldas! - zombou - Tu não tem vergonha, não?
- Não. E a Nívea é diferente das outras meninas da idade dela. Pode não ter maturidade, mas é inteligente.
- E cadê ela? Tá aí na sua cama?
- Larga de ser imbecil! Eu e ela não transamos.
- Ainda. Você não é o tipo de homem que se enfia em um namoro casto.
- Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando resolvi te contar - suspirei em frente à tela.
- Eu sou o seu irmão ué, irmãos contam as coisas. Mas não muda de assunto não: Cadê a sua neném?
- Está em viagem de férias na Europa. Falei com ela ontem depois de voltar para a casa dos avós. Ficou 4 dias passeando em Viena.
- Então ela é de família rica?
- Você se esqueceu de onde eu estou dando aula, além da faculdade? O valor da mensalidade daquele colégio é de fazer qualquer um cair pra trás.
- Entendi... E quando voltar para o Brasil, vai transar com ela ou não?
- Eu quero, mas não depende só de mim.
- Hum... Foi se envolver com uma garotinha virgem agora tá aí, sendo obrigado a esperar.
- Eu espero porque não sou nenhum maníaco. Mas como estão as coisas por aí? - decidi mudar de assunto pois era a intimidade da Nívea que estava sendo exposta, algo que eu não queria - O pai e a mãe?
- Tudo tranquilo. Mamãe continua trabalhando na biblioteca mas fica meio período. Você sabe, se ficar parada ela adoece.
- Ela não tem mais necessidade disso - lamentei enquanto ajeitava o fone de ouvido conectado ao notebook - Trabalhou lá a vida inteira e podia estar curtindo a aposentadoria igual o nosso pai.
- Ela só vai na parte da tarde, Eric. Eles tomam café da manhã e almoçam juntos. E de noite jantamos nós três.
- E você no trabalho?
- Tudo normal também.
- Que bom.
- Nas festas de fim de ano, você vem pra cá?
- É provável, Thomas. Vou me organizar pra ir sim.
- Venha e seja uma das testemunhas do meu pedido de noivado. A Fernanda ainda não sabe. É surpresa.
- Finalmente vocês dois vão sair desse chove não molha!
- É, eu sei, já estava na hora.
- Vai dar tudo certo. Que vocês sejam felizes.
- Claro que seremos. A Nanda é adulta. Não tem 15 anos.
- Vai à merda! - E rimos os dois juntos - Eu vou lá irmão, a conversa tá boa mas o sono é mais forte.
- Tá certo. Eu também vou dormir e acordar cedo amanhã. O pai tá enchendo a porra do meu saco a semana inteira pra eu ajudá-lo a cortar a grama do quintal.
- Boa sorte. E manda um abraço meu bem apertado para nossos pais.
- Mando sim, sem falta.
- Boa noite, irmão.
- Pra você também.
Desconectamos a chamada, tirei o fone de ouvido e abri uma aba na tela clicando no Instagram via web. As fotos e stories que a Nívea postava eram a forma que eu tinha para matar a saudade.
***
- As aulas começam na próxima semana, ma petite. Quando você volta? - enviei uma mensagem pra ela na terça-feira da última semana de férias - Morro de saudades vendo as suas fotos...
Falei com a Nívea em um domingo após ela retornar da Disneyland em Paris. Depois disso, decidi não parecer o cara chato da relação e dei um tempo com as mensagens. Entretanto, estávamos na última semana de julho e ela ainda não tinha me falado nada sobre o dia que iria voltar.
- Realmente é estranho, Schneider. No início, logo após viajar, vocês dois estavam se falando normalmente - Luciana do outro lado da linha analisou - Mas deve ter acontecido alguma coisa, talvez ela esteja sem internet na casa dos avós.
- Eu já estou começando a ficar preocupado. Enviei mensagens pra ela e nada, nenhum retorno. As aulas recomeçam segunda-feira. Não é possível que a Nívea vá faltar na primeira semana.
Era início da noite da última sexta-feira de férias, quando eu e a minha chefe estávamos conversando e eu podia ouvir, mesmo de longe, a agitação na minha rua: carros buzinando, o falatório e a gritaria de jovens... No entorno da Universidade havia bares, restaurantes e os locais começavam a ficar movimentados. Eu precisava fechar a porta da varanda para conseguir algum silêncio.
- Fica tranquilo, meu amigo. Minha avó sempre dizia: notícia ruim chega depressa - ela brincou - O que pode acontecer é ela chegar no domingo e pronto, férias concluídas.
- Isso que me deixa chateado - suspirei deitado na cama e massageando as têmporas - Eu queria muito passar alguns dias junto dela. Ou pelo menos um dia inteiro.
- Se isso o que eu disse de fato acontecer, infelizmente você terá que adiar os planos.
***
Deitado na cama e, em meio a um filme que comecei a assistir no notebook, acabei cochilando. Acordei com o som de uma notificação do celular. Um pouco sonolento, peguei o aparelho no meio da cama, vi o canto da tela e era do Instagram. O relógio marcava 1h10 da manhã. Ao ver com mais atenção, eu tomei um susto: eram stories da Nívea pois havia ativado o sino de notificações do perfil dela e receberia suas postagens no momento que ela atualizasse algo. ''Como assim ela postando a essa hora?'' pensei de imediato. Cliquei no seu perfil e dei de cara com uma sequência de vídeos dela na boate detestável perto da faculdade. Toda sorridente ao lado de uma amiga ruiva e mal dava pra ouvir a música, apenas uma batida irritante. "Que merda é essa, Nívea? O quê que você tá fazendo na porra desse lugar?".
O desespero e a raiva tomaram conta de cada parte do meu corpo me fazendo dar um salto da cama. Deixei o notebook de volta na mesa, peguei a primeira muda de roupa que vi no guarda-roupa, calcei os chinelos e não sei como tive raciocínio para pegar objetos pessoais e colocá-los no bolso da bermuda tamanha era a pressa que eu tinha para chegar naquele lugar.
Tranquei a porta, desci as escadas correndo e saí do meu prédio andando a passos largos. Não conseguia pensar e ver mais nada na minha frente, só queria entrar e tirar ela de lá. Estava um vento frio de início de madrugada mas eu não me importei. A raiva aqueceu cada músculo do meu corpo. Eram mil coisas que estavam passando pela minha cabeça: ''ela chegou de viagem e não me avisou?'' ''Como conseguiu entrar em uma boate sem nem ter idade pra isso?''
Cheguei na entrada do local onde havia poucas pessoas na fila aguardando para entrar e um segurança mais alto e mais forte que eu verificando a identidade de cada um. Ao tentar entrar, o homem me barrou e me olhou de cima a baixo observando que eu não estava com roupas para a ocasião.
- Desculpe, senhor - ele me impediu de entrar com o braço esquerdo - Só é permitida a entrada com o ingresso!
- Eu não vou permanecer nem dez minutos nesse lugar! - falei em um tom de voz elevado chamando a atenção de todos ao redor - Eu vim buscar uma pessoa, só isso!
- Eu entendo senhor, muitas meninas saem escondido, os pais descobrem e vêm buscá-las - a tranquilidade ao falar quase me fez partir pra cima dele - Mas só posso permitir a entrada para buscar a sua filha com o ingresso.
Filha é o meu cacete.
Respirei fundo buscando não perder o juízo e me vi forçado a fazer uma coisa que eu desprezava. Peguei a minha carteira do bolso, tirei uma nota de cem reais e pegando no pulso do homem, no que ele abriu a mão, coloquei a nota com força na palma e fechando de imediato. Eu e ele nos olhamos nos olhos em um claro sinal de entendimento.
- O senhor tem dez minutos - e saiu da minha frente, liberando a minha entrada.
A pista de dança estava cheia, a temperatura era quente e abafada e a música era uma batida eletrônica que começou a me dar dor de cabeça bem no meio da testa. Mas eu nem me importei. Tudo o que eu queria era encontrar a Nívea e ir embora com ela dali o mais depressa possível.
Eu já estava ficando irritado pois olhava para todos os lados e eu não conseguia encontrá-la devido aos efeitos das luzes. Foi quando meus olhos se voltaram na direção do bar e vi duas meninas encostadas no balcão. Reconheci a ruiva dos stories que estava com uma garrafa de água mineral nas mãos e finalmente veio o alívio: Nívea estava ao seu lado usando um vestido preto e justo e parecia estar lendo alguma coisa. O efeito que os quadris dela causavam em mim fizeram meu pau reagir de imediato apertando a minha cueca.
O alívio deu lugar novamente à minha raiva de minutos antes. Me aproximei delas com calma e estranhamente a sua amiga ao me ver, arregalou os notáveis olhos verdes que possuía. Era como se tivesse me reconhecido. No entanto, desviei o meu olhar e atenção para a única pessoa que me interessava naquele local insuportável.
Ela não percebeu a minha presença e continuou olhando distraidamente o que parecia ser um cardápio, enquanto que a amiga continuava a me olhar como se eu fosse algum tipo de assombração. De repente, Nívea se voltou para a amiga que permanecia imóvel me encarando.
- Meli, o que foi? - a observei sacudindo o braço da amiga - você tá pálida.
A amiga continuava muda segurando a garrafa e de boca aberta. Não podia negar que era uma cena engraçada.
- Melissa! - ela sacudiu novamente.
- Muito bonito né, mocinha? Se estava evitando falar comigo e não me dizer quando ia voltar vai precisar ser mais esperta da próxima vez.
Ela se virou e ao me ver, ficou mais branca que do que já era.
- E- Eric?
- Vem comigo, isso aqui não é lugar pra você! - peguei em seu pulso e a puxei querendo levá-la embora.
- Eu não vou! - protestou puxando o braço de volta - Estou aqui no aniversário de um amigo!
- Nívea, vem comigo. Você não sabe como a noite nessa boate acaba.
- Eu não vou deixar a minha amiga sozinha, Eric! Amanhã a gente conversa...
- Amiga, tudo bem. Eu volto pra área vip e fico com o Felipe. Pode ir.
- E se eu não quiser ir? - os olhos dela me desafiavam - Você não manda em mim, sabia?
- Querem que me vejam com você, mocinha? - ameacei e uma expressão de susto se formou no seu rosto que eu tanto admirava - Então vamos sair daqui agora!!!
E a puxei pelo pulso com um pouco mais de força atravessando o lugar em direção à saída. Esbarramos em várias pessoas enquanto andávamos pela pista e deixamos o local. A raiva que eu estava sentindo era tanta que eu praticamente a arrastava pela calçada segurando o seu frágil pulso e ela tinha dificuldade em acompanhar meus passos mesmo sem usar salto.
- Eric, me solta, você tá machucando! - ela reclamou tentando me acompanhar.
- Pois era o que eu devia fazer mesmo! - vociferei olhando pra frente - Podia te dar uns bons tapas por estar essa hora fora de casa!
Em momentos assim, falamos coisas sem pensar. Nunca, jamais eu teria coragem de encostar um dedo nela com a intenção de agredi-la fisicamente. Nívea era a "ma petite", tudo o que eu mais queria era amá-la e quando a vi onde estava, imaginando que um bando de homens tentariam passar a mão nela, o ciúme me cegou totalmente.
***
Levei a Nívea para a minha casa e após caminharmos por uns poucos quarteirões chegamos até o meu prédio. A raiva em mim foi diminuindo pois ela estava comigo em segurança.
Fiz ela entrar no meu apartamento demonstrando relativa calma pois eu já havia a assustado o suficiente ao aparecer na boate. Era o momento de entender o porquê dela ter feito o que fez.
Cruzamos o pequeno corredor e sem olhar pra ela, fui tirando do bolso e deixando os meus objetos na mesa do notebook.
- Eric, me leva pra casa - ela pediu e eu senti o choro na sua voz.
- Primeiro eu e você vamos conversar - falei sério, retirando por último o celular colocando na mesa.
XVI
- Como você sabia onde eu estava?
Um meio sorriso irônico da minha parte se formou com o raro momento de ingenuidade que ela demonstrou possuir e me virei finalmente olhando nos seus olhos.
- Eu disse que você vai precisar ser mais esperta na próxima, não disse? E isso inclui chamar a atenção na Internet.
Ela suspirou pensativa.
- Eu não sabia que você morava aqui perto da boate.
- Você não sabe muitas coisas sobre mim. E quando apareceu a oportunidade de passarmos mais tempo juntos para nos conhecermos melhor, você viajou. E quando voltou, me evitou! Te enviei várias mensagens!
Continuamos em silêncio apenas nos olhando nos olhos. Nívea não tinha o que argumentar.
- Por que não me disse que estava de volta? Era isso mesmo? Estava me evitando?
- É, eu estava - a observei tirar a pequena bolsa do corpo deixando no chão e foi até a minha cama se sentando na ponta - Não sabia o que podia acontecer e fiquei com medo.
- Medo de quê?
- Medo do próximo passo, Eric. Você é mais velho que eu, é experiente com esse tipo de coisa.
- Esse tipo de coisa? - não segurei uma risada - que tipo de coisa?
- Não precisa rir de deboche, você sabe do que eu tô falando!
Fui até ela pois percebi que estava tentando não chorar. Ainda em pé, a puxei de leve pelo queixo.
- Duas coisas que você precisa saber sobre mim. Eu odeio ver você chorando e odeio quando você mente! Entendeu? - passei o polegar pela sua bochecha e ela balançou a cabeça afirmando.
Me sentei ao seu lado e peguei na sua pequena mão macia dando um beijo.
- Eu quero o próximo passo, sim. E estava certo de que você também queria depois de te sentir no carro.
- Querer eu quero, Eric, claro que eu quero. Me sinto segura com você. Aquela experiência foi a mais deliciosa que meu corpo tinha experimentado!
Eu ouvia e a olhava com atenção tudo o que me dizia e precisava deixar que ela desabafasse.
- Eu nunca fiquei com ninguém, você sabe disso. E, quando acontece, é com um homem mais velho! Eu posso sentir dor, eu posso sangrar! Essas coisas acontecem na primeira vez! Acha que isso não me deixa em pânico?
- Nós estamos juntos há quase quatro meses, pensei que você já estava pronta.
- Ainda não. Ou você quer que eu minta?
- Claro que não - neguei com a cabeça
- Você me leva pra casa?
- Levo sim.
Não seria daquela vez que eu teria a Nívea em meus braços. Ela estava assustada e não fazia sentido dar um passo tão importante naquelas condições. Precisava ser natural para nós dois. Mesmo frustrado, arrisquei para que ficasse mais tempo comigo antes de levá-la embora.
- Por que você não toma um banho antes de irmos? - sugeri observando seu lindo vestido - Pra tirar o suor do seu corpo. Aquela boate estava um nojo de tão quente.
- Posso mesmo?
- Claro que pode - sorri - E onde que eu consigo te negar alguma coisa?
Nossos olhos já possuíam uma conexão tão profunda que não era necessário dizer mais nada. Suas mãos levaram meu rosto para um beijo que ainda não tinha acontecido diante de uma noite tão tensa. O gosto doce daquela boca com a minha língua a invadindo... Minhas mãos ganharam vida própria e deslizaram pelas suas coxas puxando aquele corpo delicioso para ficar junto do meu. Não havia mais espaço para a raiva.
Nívea se afastou de mim sem que eu esperasse e tirou os sapatos indo rapidamente para o banheiro. Só me restava esperar e me deitei na cama com os pés no chão pensando em coisas fortemente broxantes na tentativa de acabar com a ereção inevitável que surgiu.
Ela não demorou muito. No entanto, percebi que ficou um tempo a mais no banheiro após ouvir que já havia desligado o chuveiro.
- Tá tudo bem, ma petite? Precisa de alguma coisa? - perguntei em um tom de voz elevado o suficiente para que me ouvisse da cama.
- Tá... Tá tudo bem - ouvi em resposta o que eu não estranhei e continuei esperando por ela ainda deitado.
Ouvi o barulho da porta do banheiro se abrindo e, mesmo com os pés descalços, senti seus passos se aproximarem. Até então eu continuava deitado mas ao me apoiar na cama com os cotovelos e vê-la em pé entre o corredor e o meu único cômodo, usando uma toalha branca e minúscula que mal cobria todo o corpo, meus olhos foram atraídos para onde não deveriam e minha excitação voltou com força total.
- Pode me emprestar uma blusa sua? - ela me pediu de um jeito tímido.
- Quer mesmo ir embora pra casa? - me levantei da cama, e sem tirar os olhos dela, abri minha bermuda deixando pelo chão.
Era tudo ou nada. Não poderia deixar de explorar aquele corpo delicioso que estava na minha frente, ainda que com a boca. Ela se assustou quando me viu de cueca e o susto imediatamente deu lugar à curiosidade. Suas coxas se uniram para conter o quanto aquela delícia ficara molhada e o lábio inferior foi levemente mordido.
- Não tenta disfarçar, ma petite - sorri - Você não quer ir embora. Não sem antes de nós brincarmos um pouquinho...
Estendi a minha mão para que ela viesse até a mim. Sem jeito e como agir, Nívea se aproximou e quando segurou nela, lhe puxei e a levantei do chão dando um abraço, unindo nossos lábios e a outra mão a segurou pela nuca por entre os fios ainda úmidos. Rapidamente, tirei a toalha a deixando nua e nossos beijos continuaram com seu corpinho cheio de curvas agarrado ao meu.
- A brincadeira hoje é outra - falei baixinho na ponta do seu ouvido e minha língua lambia o lóbulo da orelha - Agora é a vez da minha boca te sentir de verdade.
A peguei pelo colo, um círculo com as suas pernas se formou na minha cintura e a levei para a cama fazendo se deitar com calma.
Nívea estava ali só pra mim com o medo dominando seu rosto e o corpo recuando para o meio da cama até parar na cabeceira sem ter para onde escapar.
- Minha coelhinha assustada... - a expressão do seu rosto me arrancou um sorriso e tirei a blusa ficando apenas com a minha peça íntima - Não precisa ter medo - falei tranquilo com o joelho apoiado na ponta da cama e comecei a engatinhar na sua direção - Não vou te forçar...
E não iria mesmo, embora o meu pau estivesse implorando pelo contrário de tão rígido e latejante que estava. ''Ela é virgem, Eric!'' era esse o pensamento que me fazia ainda manter a razão.
Me aproximei dela e puxando suas pernas, me deitei na cama ficando por cima. Eu a admirava tanto que era impossível explicar. O rosto perfeito que chamou minha atenção na segunda aula estava ali tão perto de mim em um momento tão íntimo. Sua respiração estava carregada pelo medo e talvez pela excitação.
- Abre de novo essas pernas, pra mim, abre... - lhe pedi enquanto minhas mãos percorriam pelas suas coxas chegando e sentindo os quadris - Vai ser mais gostoso agora...
Um beijo sem pressa deixou Nívea mais tranquila o suficiente para nossas mãos entrelaçadas parassem no alto da sua cabeça e finalmente ela relaxou seu corpo me deixando senti-la entre as pernas.
Puta que pariu, como podia existir uma buceta tão gostosa, úmida e quente? Eu ainda não podia gozar naquela hora mas era um teste literalmente de fogo uma vez que o corpo dela estava rendido ao meu.
- Eric... - ela sussurrava meu nome fazendo meu corpo inteiro querer mais.
- Tá gostando, princesse? É bom assim? - lhe dei um beijo na pontinha da orelha perguntando baixinho.
- Muito...
Meu corpo implorava por ela em todos os sentidos e meu coração batia acelerado de um jeito que eu nunca tinha sentido antes na vida. Era isso o que as pessoas chamavam de amor verdadeiro? A pergunta devastou meus pensamentos no momento que Nívea estava ali entregue a mim mas não era a hora para pensar a respeito. Eu só queria provar daquele corpo.
Minha boca começou a passear pelo seu pescoço, colo e cheguei até seus seios redondos e macios com as minhas mãos segurando-os e suguei um dos bicos com desespero fazendo sua pele se arrepiar totalmente.
- Sonhei com isso todos os dias, com cada partezinha do seu corpo... - e deslizava a minha língua, sugando a ponta e dando beijos.
- Sua boca é tão....
- É você é uma delícia...
Continuei o caminho de beijos pela sua barriga chegando até onde eu realmente queria chegar. Ansiava em prová-la e abri suas pernas com as minhas mãos deixando seus joelhos presos, expondo a sua buceta macia e suculenta. Seu corpo se contorceu e arqueou após um beijo meu no seu grelo inchado.
- Dou mais um beijo nela se você pedir. - esfreguei a ponta do nariz junto da barba na sua virilha.
- Eu quero...
- Não ouvi... O que você quer?
- Eric, por favor...
Terminei a tortura depositando vários pequenos beijos naquela bucetinha deliciosa que começou a molhar melando os meus lábios.
- Seu gosto é tão bom... E é todo só pra mim...
O corpo dela implorava por mais daquilo que sentia, com suas mãos enfiadas nos meus cabelos e seus quadris na direção da minha boca.
- Não para...
Minha língua habilidosa e experiente explorava cada cantinho íntimo da "ma petite" e minhas mãos sentiam sua pele quente. Ela era deliciosa!
- Eric...Eu vou...
- Goza bem gostoso na minha língua, vai...
Seu corpinho perfeito ficou tenso com as mãos afundadas no lençol no momento em que chupava seu grelo inchado e toda sua doçura quente escorria na minha boca não deixando escapar nenhuma gota.
- Já te disse o quanto você é uma delícia, não disse? - perguntei em meio aos beijos que não conseguia parar de deixar fazendo o caminho de volta até a sua boca.
Ela respirava com dificuldade após eu ter dado à ela um orgasmo tão intenso e beijos e mais beijos eu deixava pela sua bochecha.
- Te quero tanto, ma petite... Tanto...
- Também quero, Eric... De verdade - seus braços envolveram o meu pescoço quando ela me disse baixinho.
Imediatamente parei de beijá-la e meu dedo polegar passeou pelo seu lábio inferior pois eu queria ter certeza do que eu estava ouvindo.
- Tem certeza disso? - fiz a pergunta olhando em seus olhos.
- Eu ainda sinto medo - me disse acariciando o rosto - mas a vontade de ser sua é maior.
Eu mal conseguia acreditar no que acabava de ouvir e fitava os detalhes do seu rosto dando tempo para que eu pudesse processar cada palavra na minha mente pegando na sua mão lhe beijando a palma.
- Podemos continuar apenas brincando, princesse. Já disse que não vou te forçar...
- Me acha uma criança para continuarmos brincando?
Sorri ao ouvir algo tão ousado uma vez que não combinava com seu jeito tímido e meigo. Nossos dedos se entrelaçaram e um beijo aconteceu onde eu me encaixei por entre as suas pernas levando uma das suas mãos até a minha cueca.
- Pega nele, ma petite... - sussurrei no seu ouvido - ele tá duro só pra você...
A mão dela pequena e tensa fazia um carinho devagar no meu pau junto da minha.
- Aaah, que mãozinha é essa hein, mocinha? - provoquei abrindo um sorriso grudado no seu rosto.
- Não está gostando?
- Você vai me fazer gozar, isso sim - olhei em seus olhos impedindo de tirar a sua mão - Continua... Sua mão pequena é uma delícia...
Nívea não sabia como me tocar e então fazia do jeitinho dela. Mesmo assim era gostoso demais... Senti como meu corpo fosse entrar em chamas e eu sabia que não ia conseguir segurar o gozo por muito mais tempo. Me livrei da minha cueca assustando-a um pouco devido ao tamanho e certeza de que ela nunca tinha visto um homem nu. A reação dela me fez rir.
Ainda assim, ela abriu mais as suas pernas em uma permissão silenciosa de que queria ser minha.
- Tem que ficar mais meladinha, ma petite...
- Ela fica desde o dia que eu te vi a primeira vez...
Ri ainda mais e me esfreguei devagar na sua buceta, brincando com a minha cabecinha na vulva ensopada. Eu gemia incontrolável na curva do seu pescoço e me contive um pouco quando me lembrei de que estava sem proteção.
Foda-se! Era um risco enorme que eu e ela estávamos correndo mas fazer dela minha mulher era algo maior. Se eu estava sendo homem para querer o que eu queria eu seria homem o suficiente para assumi-la diante de todos caso eu a engravidasse.
- Eu tô enlouquecido demais de tesão pra parar e proteger nós dois... Mas eu tô limpo... - lhe dei um beijo em que nossas línguas começaram a brincar uma com a outra.
Explorei a sua boca numa tentativa de distraí-la deixando-a com mais tesão. Mas sabia que a dor seria inevitável e fazer devagar só prolongaria mais o sofrimento daquele instante único para ela.
Fiz de uma vez só. Em um tranco senti sua carne sensível rasgar. Meu coração também rasgou ao ouvir o seu grito de dor e as suas lágrimas surgirem pelo seu lindo rosto.
- Não podia ser de outro jeito, princesse... - Falei secando seu rosto dando pequenos beijos - Vai passar logo, eu prometo.
Acomodei as suas pernas em torno da minha cintura e continuei a explorar seu corpo estocando firme. O corpo que passei a cobiçar em sala de aula naqueles meses de convívio estava se tornando finalmente meu. E era mais delicioso olhando naquele lindo oceano que eram os seus olhos.
- É tão apertadinha... Que me deixa com mais vontade...
Era apertada e macia, o que me obrigava a fazer um esforço monumental para não gozar.
- Continua dentro de mim, Eric... Quero que a dor acabe... - ela me pediu com as unhas fincadas nas minhas costas após trocarmos um beijo.
A dor que Nívea sentiu foi se tornando apenas uma lembrança após perceber seu corpo menos tenso com as minhas investidas. Sua buceta pulsava gostoso no meu pau e seus gemidos ainda contidos faziam com que eu continuasse a ficar dentro dela. Ela sorriu e eu correspondi da mesma forma.
- Cadê aquele mel bem gostoso pra melar o meu pau, hein?
- Você já provou dele - falou mordendo o lábio .
- Eu quero mais, mocinha - continuei socando gostoso - Essa bucetinha gostosa tem muito a oferecer.
Seu corpo começou a perder o controle quando meu dedo acariciou o seu grelinho, uma das minhas mãos segurava a sua coxa e sua delícia quente e úmida me impedia de parar de fodê-la.
- Eric...
- Isso, ma petite... Goza de novo, goza... Minha delícia...
O néctar gostoso despejado era o que faltava para acontecer o mesmo comigo. Continuei a invadir o corpo dela sem parar até despejar tudo o que estava acumulado e pedindo para sair desde a hora em que a vi de toalha após o banho, rs... Meu corpo caiu sobre o dela tamanha era a exaustão. O cheiro de sexo e suor se misturavam nos nossos corpos e nossas testas, junto de um beijo apertado que selou o nosso momento.
- Maintenant tu es ma vraie petite princesse... Seulement la mienne ...
(Agora você é a minha pequena princesa de verdade... Só minha...)
***
Ao acordar naquela manhã e olhar para o lado esquerdo, vi uma linda menina dormindo profundamente como um verdadeiro anjo com o corpo coberto apenas por um lençol branco cobrindo os seios e deixando os ombros à mostra. Fiquei alguns minutos admirando seu rosto e o acariciei bem devagar para não acordá-la. Depositei um beijo na sua testa, levantei rapidamente da cama e me vesti com as roupas da noite anterior. Fui até a minha mesa de trabalho e olhei na tela do meu celular: eram 6h da manhã. ''Se fosse em um dia de semana qualquer eu já estaria atrasado para o trabalho'' pensei.
Guardei o aparelho no bolso junto da carteira e o meu chaveiro e peguei a pequena bolsa dela que estava no chão colocando-a na mesa. Fui até a varanda e abri a porta. Ainda não havia amanhecido totalmente mas tudo levava a crer que seria um dia de Sol. Ao voltar minha atenção para a cama, Nívea se remexeu um pouco mas não a ponto de acordar virando-se na direção de onde eu estava. Me aproximei, sentei na ponta admirando e mais uma vez me peguei hipnotizado observando-a dormir.
Observava e absorvia todo o acontecido na noite anterior: eu transei com a minha própria aluna de apenas 15 anos, tirando a sua virgindade. Em dez anos de trabalho eu nunca imaginei viver algo parecido. No entanto, eu não estava nem um pouco arrependido afinal de contas eu a desejava completamente. Não era apenas desejo, também era amor. Sabia que era esse sentimento tão profundo que tomava conta do meu peito pois não o havia sentido por nenhuma mulher antes. Diante dessa certeza, decidi mantê-lo guardado apenas comigo e esperaria o momento certo para contar à ela. Era algo recente crescendo dentro de mim.
Olhei o lençol que cobria o colchão da cama e não vi nenhum vestígio de sangue. Levantei lentamente o lençol que cobria o seu corpo e também não tinha nada por entre as pernas. Mesmo assim, fiquei tranquilo pois era de fato a primeira vez dela devido a dor que sentiu quando a penetrei e nem todas as garotas obrigatoriamente sangram na primeira vez.
Dei a volta na cama e abri o criado-mudo pegando uma caneta e um pequeno bloco de anotações no qual eu escrevi um bilhete com o intuito de tranquilizá-la caso acordasse e não me encontrar.
Precisava sair e ir na padaria e na farmácia comprar a pílula do dia seguinte em uma tentativa de conter a consequência daquela transa. De uma maravilhosa transa. Fui ao banheiro apenas para lavar o rosto e escovar os dentes e saí trancando a porta do lado de fora deixando a Nívea segura.
Enquanto caminhava pela rua, podia sentir o doce perfume dela na minha pele e sorria feito um bobo. Só em lembrar da nossa noite, meu coração acelerava e meu corpo reagia como não deveria pois eu estava na rua.
Minha ida até à farmácia foi tranquila e comprei o que precisava mas ao invés de ir na padaria andei mais duas quadras e fui ao mercado que por sorte estava vazio. Comprei coisas que uma adolescente poderia gostar de comer no café da manhã e voltei para casa. O Sol já começava a aparecer mas não muito forte.
No momento que entrei em casa com as duas sacolas, ouvi a voz da Nívea e estranhei. Passei bem devagar pelo corredor e ao virar na direção da mesa, vejo ela nua, sentada, olhando na direção da parede e falando no celular com alguém que deduzi ser sua amiga da boate. Estava tão entretida na conversa que não percebeu a minha presença.
Segui para a cozinha e guardei o que tinha comprado na geladeira e outras coisas no pequeno armário da dispensa. Voltei e andei devagar para que ela não escutasse os meus passos, me sentando na ponta da cama atento ao que ela falava.
- Ah sim... Então tá... Não sei Meli. Não sei de nada ainda... Tá bom, eu prometo... Prometo. Beijo.
Ela desligou o celular e se distraiu a ponto de não perceber que eu a observava.
- Tranquilizou sua amiga? - questionei fazendo ela dar um salto da cadeira e finalmente se virando pra mim.
- Tá aí há quanto tempo?? Você é ninja?
- Sou - respondi com sarcasmo - Tanto sou que você nem me ouviu entrar de tão envolvida que estava na conversa. Mas eu também não fiz barulho quando entrei.
- Não mesmo, nem ouvi a porta abrir.
- Vem cá, senta aqui - Chamei por ela fazendo um gesto com uma das mãos e abri espaço entre as minhas pernas para que se sentasse. Nívea deixou o seu celular na mesa e veio sentando-se, me permitindo abraçá-la pela cintura. Aquele perfume... Mesmo com o rápido banho que ela tomara na noite anterior, o aroma natural e delicioso da sua pele ainda permanecia impregnado me deixando entorpecido. Afastei seus cabelos e minha boca e língua começaram a provar daquele sabor.
- Você tá dolorida? - perguntei quase em um sussurro levando uma das mãos até a sua buceta acariciando de leve e meu outro braço contornando sua cintura - Eu te machuquei?
- Não - me respondeu tomada pela timidez - só sinto arder um pouco...
- Você gostou? - minha voz causou um efeito gostoso no seu corpo principalmente onde estava a minha mão entre as suas pernas.
- Foi muito bom... - me disse de um jeito tão acanhado que não conseguia olhar pra mim. Tudo bem, foi a primeira vez dela e era esperado que reagisse assim, ainda mais sendo tão tímida. Mas seu corpo reagiu diferente: sua buceta começou a pulsar na minha mão e os bicos dos seus seios ficaram pontudos.
- Deixa a sua mão nela, Eric... Quero mais...
- O que mais você quer, ma petite? - os pêlos da minha barba roçaram em dos lados do seu rosto e a mantive presa pela cintura - Me fala...
Nívea apenas se entregou novamente ao meu toque deixando suas pernas abertas e os pés apoiados no chão. Definitamente, ela havia gostado da "coisa" mas era encabulada demais para demonstrar com palavras.
- Se não gozar na palma da minha mão, vou te deixar de castigo, ouviu mocinha? Esfrega bem gostoso...
Sentir a parte mais sensível do seu corpo ficar quente e úmida novamente me fez perder o controle e um gemido rouco saiu da minha garganta perto do seu ouvido sem que eu percebesse. Minha mão correspondeu o gesto, esfregando devagar pois eu poderia machucá-la, e eu já estava a ponto de rasgar a bermuda sem precisar usar as mãos.
- Ah Eric, mon prince...
Sorri com as suas reações pois em apenas uma noite eu já o conhecia aquele corpo, cada vibração e sabia que ela iria gozar logo. Apenas uma das minhas mãos a fez ir ao céu novamente sem muito esforço.
- Quer ver como você me deixou? - perguntei tentando buscar o fôlego - Abre aqui a minha bermuda...
- Não - ela riu com o corpo recostado no meu.
- Não? Gosta de me provocar é? Vai ser desse jeito então?
- Vai - ela continuou rindo de um jeito sapeca e eu sugava seu pescoço, mordia sua orelha abraçado ainda na sua cintura.
- Vai ficar de pernas abertas, mocinha! - falei no momento em que ela tentou fechá-las e eu impedi - Quero te ver gozando de novo.
- Ah é? E você? - se virou pra mim, olhando nos meus olhos com a expressão fechada.
- Eu sou seu professor e você é a minha aluna obediente. E agora quero mais uma jorrada da sua doçura quentinha nos meus dedos.
- Não vou te obedecer - sorriu e me beijou.
Sentada por entre as minhas pernas, ela ergueu a minha blusa regata e eu a ajudei jogando pelo chão. As unhas das suas pequenas mãos arranharam meu tórax e o beijo foi tão intenso a ponto dos seu lábios já carnudos incharem ainda mais.
- Chupa mais os meus lábios, Eric...
- É o que eu mais amo em você, princesse... Aliás amo tudo em você...
Eu saboreava lentamente cada pedacinho daqueles lábios perfeitos até ela tomar a inusitada iniciativa de me beijar pelo pescoço e o tronco usando a língua calmamente até ficar ajoelhada. Beijando o meu abdômen, tomei um susto ao perceber que ela abria o zíper da minha bermuda e a abaixou junto da minha cueca.
- Ei, ei mocinha! - a segurei pelos punhos impedindo de continuar - O que você pensa que está fazendo?
- Você não disse que ama meus lábios? - me olhou e sorriu.
- Disse, mas...
- Shiiuu - seu dedo indicador veio até a minha boca e a ansiedade se revelou em mim enquanto eu respirava - Então vai amá-los pra valer.
Ainda sentado na beira da cama e enquanto a observava, Nívea terminou de tirar a minha bermuda me deixando como cheguei ao mundo. Um pequeno beijo seu na ponta da cabeça do meu pau aceso se revelou em uma chupada lenta contornada por aqueles lábios perfeitos.
- Ma petite, espera... Aaaahhh - Dei um urro ao mesmo tempo que me enrijeci por inteiro. Aquela boquinha deliciosa me chupava bem devagarinho e ia sugando aos poucos avançando sem pressa alguma.
- Tira a boca daí! - falei segurando Nívea pelos ombros com a intenção de fazê-la parar. Idiotice minha. Ela foi esperta e abraçou a minha cintura ficando mais confortável na posição que estava, não parando um segundo. Sentir sua boca tão quente me envolvendo fez com que eu me entregasse àquele momento.
- Que boquinha é essa... - minha respiração pesou e uma das minhas mãos penetrou pelos seus cabelos com meus quadris se movimentando correspondendo ao vai e vem - Isso, continua...
Onde ela havia aprendido a fazer sexo oral tamanha maestria se era, até então, inexperiente em estar com um homem? Foi a pergunta que dominou os meus pensamentos e os lábios quentes que ela possuía estavam me surpreendendo e me excitando mais e mais a cada minuto.
- Engole mais, minha delícia...
Nívea me provava e explorava sem nenhum pudor como se o tempo não passasse. Minhas mãos ficaram presas com as suas e eu não tinha outra saída a não ser desejar que não parasse. Dizia palavras desconexas ao senti-lo chegar perto da sua garganta e meu corpo inteiro se contorcia ao ponto daquela excitação toda pulsar na sua boca descontroladamente.
- Solta, ma petite... - Eu não vou conseguir segurar por muito tempo...
Foi um pedido jogado ao vento. Ao ouvir, ela continuava a chupar e deslizar a língua já que estava todo na sua boca. Não havia mais onde meu corpo poderia se contorcer e só encontrei um jeito de aliviar o meu desespero pelo gozo que implorava pra sair. Segurei firme na sua nuca despejando quente e direto na sua garganta junto de um palavrão. E a mocinha não parava, mesmo após o meu momento de alívio. Sugou cada canto sem deixar escapar nada.
- Tá bom, mon amour... Já sei que você é boa no que faz e faz muito gostoso. Eu me rendo à sua boquinha, viu? - Fiz um carinho nos seus cabelos e sentindo minha respiração voltar ao normal.
Sua boca macia foi saindo aos poucos, terminando de me chupar na ponta com pequenos beijos e lambidas. Nossa troca de olhares foi intensa e aos poucos fui me dando conta do que havia acontecido. Quem era aquela menina que estava ali sentada no chão? Não era a minha aluna quieta e tímida de todas as segundas-feiras.
Nívea levantou-se e sentou na minha coxa, me dando um selinho.
- É bom ser desobediente, viu?
- Onde você aprendeu a fazer isso? - questionei tentando fazer o ar voltar aos meus pulmões.
- Isso é um segredo meu! - falou saindo de cima de mim engatinhando na cabeceira da cama se encostando em um dos travesseiros me olhando com um jeitinho sapeca.
- Segredo??? - não acreditei no que estava ouvindo, acompanhando seu corpo se afastar de mim - Você mal conseguia chupar o meu dedo naquele dia antes de viajar e quando volta, parece uma prostituta do Bois de Boulogne* fazendo o que fez!!!!
- Eu não sou uma prostituta!!! É isso o que eu sou pra você???
Péssima comparação. Os olhos dela inundaram como se fosse chorar.
- Claro que não, princesse! - precisava limpar a merda que havia dito, fui na sua direção e ficamos de frente um para o outro com as suas pernas na minha cintura e seu rosto perfeito nas minhas mãos - Nunca vou achar isso... Só quero saber onde você aprendeu a fazer um boquete assim me deixando alucinado. Me conta...
- Eu treinei - me respondeu de cara fechada.
- Treinou?? - não contive o riso - Treinou como?
- Com sorvete.
- Sorvete??? - a gargalhada veio no modo automático deixando ela encabulada mas riu depois junto comigo - Quero entender isso em detalhes, ma petite...
- Sempre que eu e meus primos saíamos para passear em Lyon, a gente ia pra alguma sorveteria. E a minha prima de 16 anos que é uma completa depravada, me ensinou a chupar o sorvete como se fosse o membro de um homem. Os quatro dias em Viena foram a mesma coisa. Mas a gente fazia isso escondida dos nossos tios.
- Então o meu pau na sua boca, vira um sorvete?? É isso mesmo?? - meu dedo deslizou pelo seu lábio inferior inchado e vermelho.
- Se eu não sinto nojo, então é bom...
- Sua boca é uma droga viciante, ma petite.
Um beijo apaixonado fez com que nossos corpos se conectassem. Nos deitamos na cama e me encaixei por entre as pernas dela com meu pau dando sinal de vida sem invadi-la. E ainda assim, ela correspondeu pulsante querendo mais.
- Não fica desse jeito, mocinha... - Assim, a gente não consegue conversar...
- Sobre o quê?
- Sobre ontem - acariciei o seu rosto - quando eu te fodi, a gente não se protegeu.
Imediatamente o seu rosto foi tomado por um vermelho que ia até o pescoço.
- Ficou vermelha por quê?
- Você falando desse jeito... - se virou para não continuar olhando pra mim.
- Que jeito? Que eu fodi você? - sussurrei no seu ouvido - que eu trepei com você, que eu soquei bem gostoso na sua bucetinha deliciosa? Desse jeito?
- É... É estranho pra mim...
- Você faz o que bem entende com o meu pau na sua boca e fica com vergonha de meia dúzia de palavrinhas que dão tesão?
- Vou tentar me acostumar... - voltou a me olhar dando um selinho - Une Princesse que é como você me chama não ouve esse tipo de coisa...
- Mas é a minha e vai ouvir coisas bem piores na hora que eu estiver enfiado em você daqui pra frente. E falando em daqui pra frente - a beijei no rosto - Agora de manhã eu saí porque fui na farmácia comprar uma pílula pra você.
- Mas pra quê?
- É a do dia seguinte. Eu devia ter te dado desde a hora que eu cheguei mas aí te vi nua na minha frente e perdi o foco.
- Não precisa, Eric.
- Como assim, não precisa?
- Você acha que eu não sou esperta mas eu sou - sorriu - desde que começamos a sair eu já me protejo.
- Tá falando sério?
- Estou. Sabia que ia acontecer um dia. Mas a minha mãe não sabe.
- E como você foi ao médico?
- Fui escondida com a Meli, a minha amiga. E durante esses meses eu venho me cuidando. Além de você ter me dito que está limpo. Ou não está?
- Estou sim, ma petite. Fica tranquila.
Não apenas a Nívea ficou tranquila. Eu também fiquei ao ouvir aquilo. Não era inteligente somente em sala de aula. Muito menos ingênua.
Perdi a conta de quantos beijos deixei pelo seu rosto e nos abraçamos apertado. Se eu pudesse ficaria assim com ela para sempre.
XVII
Deixei a minha pequena bandeja de café da manhã junto da outra, que a Nívea usou para comer, na cama e fui para a minha mesa de trabalho ver o que se passava na Internet. A "ma petite" continuou na cama em seu celular apenas com o lençol cobrindo o seu corpo.
Uma chamada que não era do meu aparelho desviou um pouco a minha atenção que estava voltada para a tela.
- Quem está te ligando? - questionei sem me virar com os braços dobrados e repousados no alto da cabeça olhando para notebook, recostado confortável na cadeira.
- Quer conhecer a voz de Dona Helena Toledo?
- Fique à vontade.
Continuei lendo o mais recente artigo literário que a faculdade de Letras da Sorbonne havia lançado quando inevitavelmente me peguei ouvindo a conversa entre mãe e filha que Nívea havia colocado no viva voz.
- Oi mãe, bom dia!
- Oi meu amor, bom dia. Como você está? Acordou agora?
- Mais ou menos. Quase não dormi.
''Como assim acordou agora?'' pensei e parei a leitura para ouvir a conversa ''Os pais dela não estão em casa?''
- Como foi a festa do Felipe? Vocês se divertiram?
- Ah, foi legal. Mas aí teve briga na boate e viemos embora.
- É mesmo? Vocês se machucaram?
- Não, não. Estamos bem, não se preocupe. E você e o meu pai? Como estão?
- Tudo correndo bem, o Congresso está maravilhoso.
- Que bom.
- Você e a Melissa vão fazer alguma coisa hoje?
- Ah mãe, não sei, a Meli está dormindo ainda. Talvez role shopping de tardinha, como a gente sempre faz né...
Me virei na cadeira após ouvir ela falar da amiga que estava dormindo e então fui entendendo o que estava de fato acontecendo.
- Tá certo então. Como que está o saldo da sua conta? Você tem dinheiro?
- Acho que sim. Ainda não olhei o aplicativo do banco hoje.
- Tá, vou fazer uma transferência pra você passar o fim de semana. Amanhã de noite, estamos de volta tá bom? Estamos morrendo de saudade, meu amor.
- Eu também mãe, manda um beijo pro meu pai.
- Mando sim, vou ter que desligar agora, temos uma programação marcada para as dez da manhã. Beijo.
- Beijo.
Permaneci sentado com os braços cruzados e as pernas esticadas olhando para Nívea que terminava a ligação. Eu não conseguia acreditar naquela conversa. Ela sentiu que eu a encarava sério e então virou-se na minha direção.
- O que foi? .
- É isso mesmo o que eu entendi? Seus pais não estão em casa?
- Não. Por que acha que passei a noite com você? Se na minha casa tivesse telefone fixo aí sim eu estaria encrencada caso minha mãe ligasse pra lá.
- Sim, ouvindo a conversa e você me falando isso, consegui ligar uma coisa na outra - minha voz já soava irritada - Nívea, você desembarcou ontem sozinha voltando de viagem e ninguém foi te buscar?
- Claro que não. O Lipe e a Meli foram me buscar. Meus pais viajaram na quinta-feira. Ontem nós três saímos e o resto você já sabe.
- Então, para os seus pais, você está agora na sua casa?
- Isso mesmo.
- E sozinha?
- Acertou. Foi a primeira vez que isso aconteceu, Eric. O prédio onde moramos tem uma boa segurança. Já aconteceu dos meus pais saírem e eu ficar em casa sem eles. Não tem perigo.
Era assustador o modo que ela falava todas aquelas coisas como se fosse a coisa mais natural do mundo. Que tipos de pais são esses que viajam e deixam a filha sozinha em casa?
- Seus pais te criam totalmente solta no mundo. E você só tem 15 anos.
- Eles trabalham muito e são bons pais.
- Bons pais? Deixando a filha adolescente ir para boates?
- E qual o problema? Eu estava com os meus amigos!
- Sabe o que poderia ter acontecido com você se eu não tivesse ido te buscar ontem? Sabe? - a minha voz se alterou sem que eu percebesse tamanha era a minha indignação - Eu sou professor daquela universidade que fica na esquina! E conheço todo o tipo de gente que frequenta aquele lugar! Te tirei de lá porque sabia exatamente como a noite ia terminar: em pancadaria! Não foi o que sua amiga disse no telefone?
- Era a minha primeira vez indo sair pra dançar, Eric - ela continuava calma - E como você falou, os meus pais permitiram!
- Ótimo, muito bom, não sou ninguém para apontar o dedo, com certeza você sabe o que é certo e o que é errado. Além disso, eles te mimam o suficiente a ponto de rechearem a sua conta bancária, desde que seja uma boa filha e que não dê a eles dor de cabeça. Pais atenciosos pra quê né?
Eu estava invadindo um terreno que não me pertencia e não tinha direito algum de fazê-lo. Mas era inaceitável ficar calado diante de saber que existiam pais tão ausentes. Eu já devia saber disso desde o primeiro dia em que pus os pés naquela escola no instante em que soube da política de ensino integral: pais ocupados demais com seus trabalhos para darem a devida atenção aos filhos. A solução? Deixá-los o dia inteiro estudando como se estivessem em um colégio interno.
- Por saber o que é certo e o que é errado, eu retribuo sendo uma boa filha sim e excelente aluna mas isso você, melhor do que ninguém, sabe! Não sou rebelde, não bebo e não uso nenhum tipo de droga. E me mimam o tempo todo mesmo! Tudo o que eu peço eles me dão em um piscar de olhos. Ou você se esqueceu que eu sou une princesse?
''Isso não é o suficiente mon ange!'' era o meu pensamento.
- Qual o problema com você, Eric?? Não tô entendendo esse sermão todo! Eu já tenho pai, se chama Jacques Martin e ele nunca me deu bronca. Eu não preciso de outro, entendeu?
Confirmei tudo o que ela acabara de jogar na minha cara balançando a cabeça, me voltando para a tela do notebook inspirando e soltando o ar para aliviar a tensão que se formou nos músculos dos meus ombros. Eu estava em total desvantagem nessa questão e não poderia interferir. Eram os pais dela.
- Agora é sério, eu preciso voltar pra casa.
- Só vou te levar de volta amanhã à tarde antes dos seus pais chegarem - rebati continuando a ler o artigo sem olhá-la de volta.
- Eric, eu estou sem roupas aqui. Eu só preciso pegar algumas coisas e depois voltamos. Pode me esperar dentro do carro.
- Você não precisa de roupas enquanto estiver aqui comigo. Fica mais fácil quando eu abrir suas pernas.
- Eu já te disse que eu não sou uma vadia barata dos parques de Paris!!! Se você não me levar, eu vou embora sozinha!!!
Percebi que ela saiu da cama, andou batendo os pés no chão e ligeira, seguiu na direção do banheiro. Consegui ser mais rápido e a puxei pelo braço trazendo junto a mim e lhe dei um abraço.
- Me solta!! - ela tentava se desvencilhar mas não conseguia - Se você não me soltar, eu vou gritar!
Com a minha força e tamanho, Nívea não conseguiu sair dos meus braços e seu corpo nu ficou junto do meu e suas lágrimas voltaram a cair.
- Pardonne-moi, ma petite - falei baixo junto de vários beijos que dei nos seus cabelos, ainda abraçados - Por favor, me perdoa. Eu não vou mais te tratar assim. Eu prometo.
- Você sabe que eu não sou esse tipo! - ela chorava sem parar.
- Não é. Tu es ma princesse. E mais nada além disso.
Nívea se rendeu ao meu carinho me abraçando de volta. Realmente eu fui um estúpido ao compará-la com uma prostituta barata.
Peguei ela pela sua pequena e macia mão levando a até a cama. Tirei meus óculos colocando-os no criado-mudo e nos sentamos na ponta. A puxei pelo queixo onde nossos olhos se encontraram.
- Se eu te disse tudo aquilo é porque eu me preocupo com você - acariciei o lindo rosto na minha frente secando as suas lágrimas - te acho muito vulnerável, sozinha. Esses meses que estamos juntos, acha que eu não te observo dentro do colégio? Sem amigos, não conversa com ninguém da turma.
- Eu sempre fui sozinha, Eric. Mas nunca me importei com isso. Eu reconheço que meus pais são ausentes, mas também são bons comigo. Eu não quero que você interfira, por favor. Nós dois estamos bem assim.
- Tá bom. Não vou mais falar disso. Mas eu também não vou deixar de cuidar de você.
Ela me olhava e o silêncio pairou sobre o ambiente.
- Você me perdoa?
- Sim.
- Mesmo? Eu odeio te ver chorando, mas acabo sendo o responsável pelas suas lágrimas - afirmei passando o dedo indicador pela minha bochecha.
- Eu te perdôo, Eric.
- Então me prova - sorri, lhe dando um beijo no rosto seguindo até o ouvido - deixa eu te foder um pouquinho? Depois eu te levo em casa, prometo.
Seu corpo perfeito reagiu de imediato com aquela pergunta e sabia que estava implorando por mais do que aconteceu na noite anterior.
- Deixo... - ela permitiu segurando no meu pescoço - mas só se gozar dentro de mim...
- Quantas vezes você quiser - ri na mesma hora, tirei a minha cueca e dei uma punheta rápida para que ele ganhasse vida.
Ainda na cama, transamos com toda paixão em forma de suor saindo dos nossos poros. Ficamos no básico ''papai e mamãe'' pois era a posição em que a minha pequena se sentia mais confortável. Antes de chegarmos ao êxtase máximo, a peguei no colo pela cintura com uma das mãos e a outra no seu bumbum para que o encaixe do meu pau não saísse dela. Nívea agarrou no meu pescoço com as suas coxas em volta da minha cintura e assim fomos para o banheiro.
A água gelada do chuveiro jamais seria suficiente para apagar o nosso fogo. Ergui uma das suas pernas para sentir seu corpo de forma íntima e deliciosa. Era maravilhoso e cada músculo meu latejava percebendo de que ela ainda era apertada, o que tornava tudo ainda mais apetitoso. Nossos corações batiam em um intenso ritmo e nossas línguas se buscavam em um beijo lento.
- Eric... Tá vindo... - ela falou encostada na parede, com a cabeça inclinada pra trás e a água caindo entre nós dois. Agarrei com mais força no seu bumbum quando senti sua buceta palpitar em torno do meu pau e uma das pernas contornando a minha cintura.
- É, ma petite? - continuei a estocar dentro dela com carinho - vai me lambuzar com essa doçura de novo?
A doçura quente que eu senti me deixou alucinado e gozei quase junto com ela. Nos abraçamos calorosamente e nos sentamos no chão do box para relaxarmos. Nívea ficou com seu corpo junto ao meu peito depositando vários beijos e eu aspirava o perfume delicioso dos seus cabelos negros e úmidos envolvendo meus braços na sua cintura.
Eu tinha absoluta certeza de que havia encontrado o meu paraíso!
****
Levei a Nívea de volta em casa apenas para ela preparar uma bolsa com roupas limpas e pertences pessoais. Decidi esperar por ela dentro do carro, onde estacionei na esquina da rua do seu prédio e nisso o meu celular tocou. Não esperava por outra pessoa além dela. Aceitei a chamada e relaxei no banco do carro.
- Alô.
- Vai fazer o quê hoje?
- Terminar o que eu comecei na noite de ontem: fazer amor com a aluna mais deliciosa que já passou pela minha vida.
Ela ficou muda.
- Luciana?
- Isso é alguma brincadeira?
- De jeito nenhum. Acha que eu ia brincar com algo tão sério?
- Como assim, Schneider? O quê que aconteceu?
- Aconteceu muita coisa, não dá pra conversar por telefone.
- Você tá aonde?
- Bom, no momento eu estou dentro do carro na esquina do prédio dela. A Nívea foi pegar uma muda de roupas e mais algumas coisas. Estou esperando pra voltar com ela pra minha casa e enfim, passarmos o fim das férias juntos.
- Meu Deus... Então vocêsSim, nós transamos.
- Meu Deus do céu.
- Não precisa se preocupar, eu e ela estamos bem. Conversamos com calma depois.
- Se você diz... É que eu ainda estou em choque com você me jogando tudo isso de uma vez. Vai me contar tudo!
- Sem faltar nenhuma vírgula.
- Então tá, beijão e se cuida.
- Você também.
Desligamos. Esperei por mais uns dez minutos até finalmente ver a Nívea apontar na esquina com uma mochila de tamanho médio diferente da sua do colégio.
Ao ver a ma princesse naquele vestido verde que moldava os seios redondos, eu não pensava em outra coisa a não ser tirá-lo e transar com ela como se fosse a última coisa para fazer se soubesse que eu teria poucas horas de vida.
- Onde eu posso deixar a minha mochila?
- Pode colocar dentro do guarda-roupa.
Logo que ela guardou seus pertences e fechou a porta, a agarrei por trás deslizando para baixo as alças finas do seu vestido e aspirei o perfume do seu pescoço.
- Eric, espera.
- Eu disse que você aqui comigo, não vai precisar de roupas, não disse? Não igual a uma prostituta, mas como une princesse...
- E se eu sentir frio de noite?
- Eu te empresto um moleton.
Nua só para mim, a levei para a cama com os lençóis bagunçados e a fiz ser minha pela... Àquela altura, era irrelevante saber quantas vezes já tínhamos nos amado.
Carinhosamente, Nívea me deu de presente dois livros de presentes contendo poesias e passamos a tarde deitados sendo que eu lia para ela em meio aos carinhos nos seus cabelos, onde ela se recostou no meu peitoral e nossas pernas entrelaçadas por baixo dos lençóis.
Não foram as férias como eu havia planejado mas fiquei feliz por conseguir estar ao lado dela pelo menos um fim de semana, ainda que fosse o último. Infelizmente ficamos em casa todo o tempo pois era muito arriscado se alguém nos flagrasse juntos por aí. Nossa relação dera um passo a mais nos tornando, de fato, amantes por completo. E o segredo seria necessário.
E pensar que por pouco eu recusei lecionar naquele colégio de adolescentes ricos e mimados. Mal sabia do presente maravilhoso que o destino estava preparando pra mim. Nívea foi a melhor coisa que me aconteceu!
Era fim de tarde de domingo quando finalmente a deixei em casa e assim, poderia aproveitar as últimas horas para descansar antes de recomeçar mais um semestre de trabalho, sendo que no dia seguinte, meu personagem carrasco e sério teria que entrar em cena mais convincente do que nunca para os meus jovens alunos, pois seria difícil revê-la e ser obrigado a demonstrar indiferença após amar aquele corpo.
****
Cheguei no meu horário de sempre e observei a pequena reforma que o colégio havia passado. Na verdade, apenas uma pintura. Na sala dos professores alguns colegas já estavam presentes e os cumprimentei normalmente conversando coisas banais sobre o retorno às aulas. Dias antes, eu já havia recebido por email o conteúdo do bimestre.
Ainda eram 7h00 quando tive a ideia de ir para a sala da primeira turma do dia. Eu não tinha o costume de fazer isso mas eu queria vê-la entrar. Pedi licença aos outros professores e saí. Uns três alunos estavam sentados no longo banco de madeira no corredor que ficava ao lado da porta da sala e ao me verem chegar, prontamente se levantaram entrando junto comigo. Também os cumprimentei mas de modo bem seco. Que teste de resistência eu passaria dentro de alguns minutos!
Coloquei o meu material na mesa e fui até o quadro escrever o título do período literário que estudaríamos no bimestre: ''Període Classique''. Me sentei novamente, cumprimentei outros alunos que chegaram e comecei a fazer algumas anotações na lista de chamada quando o doce e inesquecível perfume que senti no meu primeiro dia de aula se fez presente. Continuei com atenção na lista quando ouço uma pequena batida na porta.
- Excuse. Bonjour - me cumprimentou com a voz bem baixa e uma expressão de surpresa.
Me virei apenas para vê-la e não esbocei a menor reação, voltando para a lista.
- Entre. La cloche n'a pas encore sonné - falei bem seco.
(Entre. O sinal ainda não tocou).
Parei o que estava escrevendo e disfarçadamente a observei de costas para mim, tirando sua mochila colocando em cima da mesa junto do fichário. As pernas dela estavam tremendo, era isso mesmo? Não conseguia conter o nervosismo ao me reencontrar. Por dentro eu não conseguia parar de rir. Peguei meu celular no canto da mesa e digitei: "Está nervosa por quê, ma petite? Ou acha que eu já não conheço o seu corpo o bastante para vê-lo tremendo?" Deixei pronta mas não enviei de imediato esperando o momento certo. Nívea não conseguia olhar nos meus olhos e mecanicamente ela se sentou, abrindo a sua mochila retirando o seu celular colocando na mesa, seu estojo e o livro de literatura. Olhou para o quadro lendo o que eu deixei escrito, pendurou a mochila na cadeira e abriu o estojo colocando do seu lado o lápis, caneta e borracha. Uma cena hilária! Guardou o fichário embaixo da mesa e abriu a apostila.
Me encostei com a cadeira na parede e feito! Enviei a mensagem e seu celular vibrou imediatamente. Nívea desbloqueou a tela com a senha e leu o que eu tinha enviado.
Ela continuou a agir normalmente ou pelo menos pensando que estava. Sentada, vi suas pernas abertas e a saia erguida quase no meio das coxas. Aquilo tanto me irritou quanto me deixou excitado. ''Fecha essas pernas e senta direito! Você sabe muito bem quando tem que abrir e não é em sala de aula!!!! E quando se levantar da cadeira, abaixa a porra dessa saia! Esses babacas da turma não precisam ficar olhando para a sua bunda!'' digitei e enviei de imediato interrompendo o que ela estava escrevendo. Mais uma vez e impaciente, ela leu a mensagem seguinte e rapidamente ajeitou a sua postura na mesa continuando a olhar para o aparelho.
''Muito bem. Minha melhor aluna e obediente como tem que ser... E muito gostosa!'' enviei como provocação.
Finalmente ela me encarou, eu retribui com um sorriso de canto e pisquei para ela rapidamente. Era um risco gigantesco se algum aluno flagrasse o que eu havia feito, mas por ela a adrenalina me permitia fazer certas loucuras. A naturalidade que tentara expressar não adiantou de nada.
Todos os alunos estavam em sala e então o sinal tocou dando início à minha rotina de trabalho.
XVIII
- Les étudiants qui ont terminé les exercices peuvent laisser la feuille sur mon bureau!
(Os alunos que concluíram os exercícios podem deixar a folha na minha mesa)
Após o estudo que realizamos sobre o poeta francês François de Malherbe, passei no quadro meia dúzia de questões discursivas sobre a sua obra. Assim que anunciei o que era pra ser feito, alguns alunos vieram até a minha mesa e deixaram suas folhas, entre eles o aluno que se não me falhava a memória, era o representante de turma mas que eu não conseguia decorar o seu nome.
Ao perceber que ele havia me entregue duas folhas, não acreditei quando vi que a segunda pertencia à ela. Olhei sério na sua direção me questionando por que ela não me entregou pessoalmente. Estava achando que eu cometeria a insanidade de fazer algo a mais do tipo pegar na mão? Bom, vontade não faltaria rs.
"Desde quando eu tenho uma aluna preguiçosa a ponto de não vir até aqui me entregar uma folha?"
Enviei a mensagem quase no fim da aula esperando a sua reação que não foi nada amigável e após ela desbloquear e ler, inesperadamente recebi sua resposta:
"Desde o momento em que ela recebe "ameaças" do professor sobre o tamanho da saia!!!"
Me levantei da mesa, comecei a guardar meu material na mochila e a vi de relance no que eu sorri discreto. Nívea praticamente jogou o celular na mochila já irritada e na mesma hora o sinal tocou indicando o fim da aula. Saí e me despedi rapidamente da turma.
***
Terminei de almoçar e após ir ao banheiro, voltei para a sala dos professores. Queria confirmar nosso encontro de todas as segundas e então lhe enviei uma mensagem:
- Você tá aonde?
- Descansando no jardim do colégio.
- Vou ficar te esperando no nosso lugar de sempre, ma petite.
- Não vai dar pra ir.
Ler aquilo acabou com o meu dia.
- Por que não???
Enquanto vi que ela me enviava um áudio fui até a minha mochila e peguei meu fone de ouvido. A mãe dela iria buscá-la para que ambas chegassem mais cedo em casa e assim ela contaria tudo para os pais sobre as férias.
- Logo hoje?
- Pois é, não tinha como negar.
- Tudo bem. Ainda hoje eu te falo quando podemos nos ver.
- Tá bom.
- Je t'adore, ma petite* ...
- Moi aussi, prince*...
***
Fim de um dia de trabalho e estava no portão de saída do colégio quando encerrei uma ligação que tinha recebido de um colega meu da faculdade. Ainda atento à tela do aparelho, senti alguém tocar meu braço e ao levantar meu olhar, me surpreendi com a beleza daquela mulher dona de lindos olhos azuis. Olhos que me fizeram ter a sensação de já ter visto antes. Os lábios carnudos também chamaram a minha atenção.
- Professor Schneider? - ela perguntou muito simpática.
- Sim, eu mesmo.
- Helena Toledo - me estendeu a mão e de imediato a cumprimentei - é um prazer conhecer o professor de Literatura da minha filha.
- Claro... E qual o nome da sua filha?
- A minha princesa se chama Nívea e está no primeiro ano.
A beleza naquela família era algo hereditário.
Olhei além e vi rapidamente a ma petite junto da amiga na fila da carrocinha da pipoca visualmente constrangida olhando para nós dois.
- Nívea é aluna daqui desde o jardim de infância, professor - ela me explicava gesticulando com as mãos - e espero que ela seja comportada nas suas aulas.
- Completamente, senhora Toledo. Ela é uma aluna muito atenciosa. Fique despreocupada quanto a isso.
- Ah, que bom! Filha, vem cá! - chamou por ela ao se virar para trás.
- Tudo bem mãe, eu te espero aqui! - ela acenou de onde estava sem sair do lugar e mesmo assim, a amiga a puxou pelo braço vindo na nossa direção. Acabei sorrindo ao ver as duas se aproximarem e Nívea completamente sem saber o que fazer e com o olhar vago.
- Então, meu anjo, estou contando pro seu professor que você é aluna daqui desde criancinha!
- É, mãe, legal - estava sorrindo mas com a expressão fechada e o rosto tomado pela vergonha de tão vermelho. Tive que me segurar ao máximo para não começar a rir. Conhecer a mãe da garota com quem havia transado no último fim de semana de fato, era algo inesperado.
- A Nívea é a minha melhor aluna, Senhora Toledo. Você e o seu marido possuem uma filha de ouro.
- Ela é o meu orgulho. Por isso que eu e o pai dela a mimamos desde sempre! - olhou para a filha com evidente ternura fazendo um carinho em seu rosto.
- Tenho certeza que sim. - confirmei com a cabeça e sorri de modo irônico pra Nívea.
Enfim, eu estava tendo a confirmação do óbvio no que dizia a respeito da criação que ela recebera.
- Podemos ir embora, mãe? O trânsito até em casa deve estar nojento.
- Verdade, minha querida, vamos sim. Professor Eric - me estendeu a mão - foi um prazer conhecê-lo. Infelizmente eu não participo com mais afinco das atividades escolares da Nívea porque eu trabalho muito. Mas se ela é a sua melhor aluna, sei que está em ótimas mãos.
- O prazer foi todo meu - cumprimentei de volta - e sobre ela estar em ótimas mãos, a senhora está certíssima.
''Ela está nas minhas mãos e eu estou entre as pernas dela'' pensamentos depravados em péssimas horas.
- Vamos, mãe! - ela a pegou pelo braço nitidamente querendo sumir dali.
- Mas espera, a Melissa não ia comprar pipoca?
- Tem problema não, Dona Helena. Perdi a vontade - a amiga ruiva a ajudou para que fossem embora o mais rápido possível.
- Tchau, professor! - se despediu rápido - Até semana que vem.
- Tchau - respondi sorrindo de lado e continuei a observar as três se afastando e atravessando para o outro lado da rua.
Olhei novamente para o meu celular e busquei pelo número da Luciana caminhando ate o estacionamento. Após o segundo toque ela me atendeu.
- Olááá - a voz me parecia animada para uma segunda-feira à tarde.
- Ainda no Campus?
- Sim, mas devo encerrar tudo por aqui em meia hora. Por quê?
- Estou saindo do colégio agora. Te espero naquela cafeteria aí do lado da Universidade pode ser?
- Claro! Alguma razão especial?
- Você sempre fala para eu cumprir com as minhas promessas.
- Como assim? - ela pensou - AH MEU DEUS, CLARO! O seu fim de semana!
- Te espero lá então.
- Tá certo.
Cheguei no local combinado e a minha chefe estava sentada em uma mesa bem ao fundo. Luciana sabia que o assunto era reservado e por isso escolheu se sentar em um lugar de acordo. Nos cumprimentamos e então confidenciei à ela sobre o fim de semana mais intenso que eu já havia passado. Óbvio que não entrei em muitos detalhes mas revelei para ela sobre o sentimento que crescia comigo fazendo com que eu me sentisse mais leve.
***
▶️Uma coisa sou obrigado a admitir: sua mãe é maravilhosa.
Enviei o áudio para Nívea já deitado na cama pronto pra dormir.
- É, eu sei - me respondeu de volta com um emoji de olhos revirados - Mas você sabe que ela é casada né? Lembra disso?
- Eu sei, ma petite. Eu só tenho olhos para a filha da Senhora Helena Toledo. Ela sim me tira o sono.
A mãe era realmente linda mas foi pela filha por quem me encontrava perdidamente apaixonado.
- Você já tá indo dormir?
- Daqui a pouco.
- E vai dormir vestindo o quê?
- Às vezes eu durmo sem nada.
Custei a acreditar no que estava lendo e enviei um novo áudio no mesmo instante.
▶️Ah, então quer dizer que aquela mocinha que ficou nua pra mim quase que um fim de semana inteiro também fica peladinha no próprio quarto? Quando você ia me contar?
- Você tem razão príncipe, esses meses todos juntos e sabemos muito pouco do que cada um de nós gostamos. Mas agora você sabe: gosto de ficar nua no meu quarto.
- E os seus pais sabem disso?
- Eu só fico assim depois que eles vão dormir. Por sorte, ontem à noite eles vieram no meu quarto falar comigo chegando de viagem e eu estava de pijama.
- Entendi... Muito interessante saber.
- E daqui pra frente só pra você.
- Mesmo? Então me prova.
- Como?
- Me manda uma foto agora do seu corpinho nu delicioso.
- O quê??? Não vou fazer isso!!!
- E por que não?
- Você vai mostrar para os seus amigos!
- Eu mostraria sim, ma petite, se eu fosse um adolescente imbecil. Manda uma foto, vai...
- Você jura que vai guardar só com você?
- Juro.
- Então espera aí.
Esperei por alguns instantes e já estava com a minha mão no meu pau, tocando uma punheta de leve me lembrando de estar com ele enfiado na buceta mais apertada que já tinha fodido na vida.
As fotos vieram para o ápice da minha excitação: Nívea estava totalmente nua de frente para o espelho de corpo inteiro e fazendo uma pose com o quadril de lado com celular bem na frente do seu rosto. Foi o suficiente para uma ereção completa.
- Pronto, pode escolher aí.
- Tô com a mão no meu pau agora tocando uma bem gostosa pra você. Quer ver?
- Não. Não ligo pra isso. Te enviei apenas porque você pediu.
- Você é um vulcão adormecido, ma petite. E precisa entrar em erupção urgente.
- A erupção aconteceu, Eric. Na sexta-feira por várias vezes naquela noite. Depois no sábado e também no domingo de manhã.
- Mas ainda falta despertar muitas coisas em você, princesse. Só não sabe disso ainda.
- Tá bom, vou acreditar. Quando a gente se vê essa semana?
- Na quinta-feira você pode ir?
- Posso.
- Te espero lá. Melhor você ir dormir, agora. Bonne nuit, mon ange.
- Bonne nuit, mon Prince.
Joguei o celular na cama e fui ligeiro para debaixo do chuveiro terminar a punheta que tinha começado. Pensar na Nívea debaixo de mim sendo amada na forma mais gostosa, era o bastante para que eu apoiasse uma das mãos na parede, com a água sobre o meu corpo enquanto a outra aliviava o tesão pulsando não apenas no meu pau mas em cada parte do meu corpo. A vulva molhadinha que só ela tinha veio nos meus pensamentos ao mesmo tempo com os jatos fortes que escorreram pelo chão em meio à água.
Com o corpo saciado saí do banheiro enrolado em uma toalha branca me jogando na cama e parecia que estava deitado em nuvens. E contando os minutos para o nosso encontro de quinta-feira onde eu a teria em meus braços novamente. Amando o seu corpo. E o meu coração sendo preenchido por esse sentimento reagindo com batidas desenfreadas.
Continua...
Para quem teve a paciência de chegar até aqui, não tenho palavras para agradecer. Nunca terei! Adoro vocês demais.
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