Bom dia amigas e amigos leitores.
Manhãs geladas nesta época do ano, bom para um café forte bem quente e uma prosa boa.
Ontem conversei um bocado com meu compadre Dr. Pennafiel e minha queridíssima Iamara (menina Ya 🌹 Aramai). Dessas prosas, minha mente voltou anos atrás...
Devo ressaltar, que muitos com quem tenho conversado pelo chat cdc e e-mail, me animam a continuar com meus causos. Sei que não agrado uma parcela dos leitores, mas a vida é assim.
Meu novo contato : cowboypaulista21@hotmail.com
Vou mandar um abraço especial ao Dom Rodrigo, Suzy-Miau, Natália Pantera, Jasmim e Mário, MaestroLouco, Putakzada, Zandonai, Anna, Mauellagp, Digo Gaucho, e outros...
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Em certas manhãs, quando eu descia à cavalo para as bandas do rio que cortava as invernadas da fazenda onde nasci, serpenteando por entre a mata ciliar, meu olfato, sentido este, que em mim, sempre foi aguçado, me fazia sentir os aromas da natureza. Essa, sempre muito exuberante, e só quem viveu certas coisas, poderá compreender a fundo minhas palavras.
O farfalhar causado pelos cascos do meu cavalo castanho, amigo de lidas e lidas, que batizei carinhosamente de Ligeiro (era um raio o bicho), ia remexendo e revirando as ramas e ponteiras cheias de sementes do capim braquiária. A névoa que subia do rio, deixava no ar, cheiro de terra molhada, capim novo e flores do assa-peixe rosa.
O barulho da água na curva do tabocal era melodia aos meus ouvidos. Lembro de uma vara caída, bem na curva do rio, próximo à minha prainha particular, esta fazia borbulhas quando afundava nas águas claras do rio.
Do outro lado, ziguezagueando por entre as moitas de capim, uma siriema chegava em outra, que sobre um cupinzeiro, fazia seu canto ecoar pelas lonjuras, se assemelhando aos acordes de uma harpa bem tocada. Um espetáculo esplêndido. Era a exuberante natureza, em toda sua perfeição e beleza. Paisagens, cheiros e melodias…
Quisera eu poder voltar no tempo, admirar aquilo tudo com mais atenção e calma, pois somente hoje, com certa idade, sou capaz de recordar, avaliando com cuidado carinhoso, tais momentos de minha juventude. Tais recordações, trago comigo em uma caixa de ouro, cravejada de pedras preciosas!
O dia era de lida no curral, serviço de remediar a boiada. Era fim da década de 80, e uma tal de mosca do chifre, fazia míseras no gado.
A boiada ficava inquieta, se batendo, abanando barbelas e orelhas rabo e língua, tudo na tentativa de se livrar dos insetos infernais, que aglomeravam-se por cima do cupim e pescoço da rez, picando e tirando o sossego dos animais.
Disso, vinha a perda de peso e impaciência dos nelores. Era de fazer pena!!
Anos depois, a ciência que estudava essas pragas descobriu que as malditas moscas se proliferavam nas fezes dos animais, e desenvolveu determinados produtos para combater esse mal. Mas, à época, era passar a boiada no tronco, ou rodar nos curraletes, borrifando produtos à base de Deltametrina, o famoso e tóxico Butox. Devo dizer, que nem as mandingas do velho Miguelito foram capazes de auxiliar. Era coisa dos infernos!!!
Lembro que ouvia do meu pai e tio, sobre como os antigos boiadeiros e tropeiros haviam sofrido com os carrapatos…
Sei que era uma catinga dos diabos borrifar com bomba costal aquele produto, que se diluía o conteúdo de um vidrinho para 20 litros de água... sempre acabava com meus olhos irritados, e a pele das mãos coçando. Mas, sobrevivemos aos venenos!
Eu havia saído na frente da turma, pois às vezes, sentia vontade de ficar sozinho, com meus pensamentos longe, bem além das terras onde eu vivia. Era meu espírito inquieto, ansiando conhecer lugares, viajar, correr o mundo, descobrir os mistérios dos caminhos.
Assim que atravessei o rio, subindo às margens, que davam acesso as invernadas da cabeceira de nossa fazenda, logo acima de onde havia um pequeno capão de embaúbas, esbarrei o castanho Ligeiro, bati a mão no bolso, peguei minha carteira de cigarros, abri e balancei o maço, fazendo um pular para cima, depois, puxei com os lábios, e vagarosamente fui acendendo… Eram tragadas longas, saboreando o tabaco cheiroso, que só os apreciadores do velho Marlboro vermelho sabem do falo!
Fiquei escorado na cabeça do arreio, firmado nos estribos, aguardando meus companheiros de lida.
Esperei por uns 20 minutos, passava um pouco das 6:30 da manhã. O astro rei, com seus raios amarelados, despontava no horizonte leste, anunciando outra bela manhã iluminada e quente, de céu azul, sem nenhuma nuvem acima de nossos chapéus.
A natureza, sempre generosa com seus fiéis observadores e amantes, me presenteou com uma bela revoada de graciosas garças brancas. As belas e delicadas aves, davam rasantes, e pousavam às margens do rio, próximas às partes encharcadas entre as taboas. Sempre pescavam peixinhos naquele local.
Vindas das matas da fazenda vizinha, outra revoada, só que agora, barulhenta. As encrenqueiras maritacas e seus primos menores, periquitos. Verdes com detalhes em amarelo, outros vermelhos… era um chilrear barulhento de todo tanto! Pousavam nos coqueiros, caçando frutos, pesando as folhagens, fazendo uma festa daquelas.
Ah que saudade!
Logo a peonada atravessou o rio, naquele falatório, me tirando do meu transe contemplativo.
Estávamos em quatro cavaleiros, e assim que chegamos às terras planas da pastagem, fomos nos separando.
Pelo horário, a boiada estaria lá na cabeceira da fazenda. Fomos em passo lento com nossas montarias, sem pressa, para não espantar o gado.
Em dia de lida de curral, tudo que não precisa, é da boiada espantada, negando porteira, ariscos, querendo fugir a todo custo.
Levou uns 30 minutos mais ou menos, e logo começaram aparecer os primeiros bois. Todos inquietos por conta das moscas, que contrastavam sua cor escura com a branca dos afetados nelores.
Era lida de calma, assobiar baixinho, chamando, aboiando: - vem vem vem… vâmo vâmo vâmo… êra boi vem...êra ôh… vem vem vem em em em...
Os bichos nos olhavam com seus grandes olhos negros, orelhas para frente, esturrando em berros curto,sismados, sempre prontos para fugir em carreira perigosa.
Mais uns 10 minutos, apontei para meus companheiros subirem margeando a cerca do lado direito, e eu, na companhia do índio, subiria pela esquerda, tirando boi do trio, jogando para o meio da pastaria.
Naquela invernada, havia quase 500 bois, e alguns que ouviram nossos chamados, foram descendo em fila indiana. Torciam seus pescoços, tentando alcançar com suas ásperas línguas compridas seus cupins infestados de moscas do chifre.
Era triste de se olhar!
Como a boiada vinha descendo, não necessitando uma cavalgada até o limite da fazenda, assobiei e pedi para a turma esperar pelos últimos bois que vinham chegando em trote mais apressado.
O Miguelito balançava a cabeça, fazia fumaça com seu cigarro de palha, penalizado pelo gado estar naquela situação. Olhava para o céu, resmungava em seu dialeto, parecendo estar se queixando com seu Tupã, sobre aquela praga que assolava as boiadas de toda a região.
Passado o último lote de bois, que seguiam pelo trieiro formado por eles mesmos, pedi aos companheiros para ir descendo na culatra da boiada, até atravessarem o rio. Depois era fácil, pois do outro lado, indo para a sede e curral, era só cercar e empurrar a boiada pelo corredor que levaria à remanga. Era um pasto muito prático de se lidar. Às vezes, sozinho se fazia um serviço daqueles.
O Miguelito, sempre muito atento, firmou suas botinas nos estribos, ficando em pé nas tralhas, abaixou ainda mais a aba do seu velho chapéu de carandá, fixou os olhos mais acima na cerca, apontou seu dedo, mostrando uma coisa coisa em desordem.
Eram cavucados de cascos, com fitas de capim arrancados do nosso lado, e um dos mourões da cerca meio torto. Aquilo era sinal de briga entre touros de pastos vizinhos.
Chamei o castanho nas esporas e fui olhar de perto a anarquia, acompanhado pelo meu velho amigo índio. Este, com seus experientes olhos de mateiro laçador de bois arribados, balançou a cabeça e sentenciou:
-Má os boi brigô e um dos de cá, varô pra lá… E tão se peganu ainda...má...óia os batido, muleco…
O Miguel era mais inteligente que um americano de caça com pedigree, para lidas de rastreio de boi alongado. E o baixinho, como sempre, estava certo!
Ela saltou do cavalo, me entregou o cabo do buçal, e foi assuntar o causo.
Olhou, analisou, atravessou a cerca para o lado do nosso vizinho, se abaixou… e assim que terminou sua perícia, me contou o que as marcas falaram para ele.
Um dos nossos bois brigou com o holandês do vizinho, que estava cercando alguma das vacas leiteiras, que com toda certeza estava no cio. E a briga foi no fim da madrugada, o nosso nelore havia pulado a cerca, e foi se pegando com o holandês para as bandas da velha mata, local onde eu buscava lenha dos antigos cafezais cortados, em decorrência da maldita geada de 1975.
O índio ia gesticulando e mostrando os rastros e os capins tombados pelos cascos brutos dos animais.
O bugre voltou para o nosso lado, montou em seu cavalo e quis saber o que eu ia fazer. Se iria atrás do boi, ou se ia para o curral bombear veneno nos bois.
Fiquei pensativo, mas fui descendo o pasto junto do índio, e quase no rio, decidi ir com ele buscar o boi no laço.
O índio quase não gostava de uma bagualeada (pegar boi fugido na carreira no laço) deu uns apitos e gritos bem à moda paraguaia e ficou todo aceso.
Os bois haviam atravessado o rio, e já estavam quase na boca do corredor, quando alcançamos os outros companheiros.
Eu e o Miguelito fomos pelo outro lado, à galope, e assim que chegamos no terreiro, saindo por um portão de madeira perto do galpão onde guardávamos nossas tralhas de serviço, meu pai e meu tio vieram saber do que se tratava.
Miguel se adiantou e relatou o acontecido, contando em detalhes toda a anarquia que os bois fizeram na beira da cerca.
Meu pai coçou o bigode, olhou para meu tio e decretou:
-Pega as formiga, um laço a mais cada uma, e vão buscá o arribado… trais ele pela portera do canto da divisa… nois se vira sem ocêis hoje… antes passa na sede e pede licença pro cêis pega nosso boi...
Achei foi bom, pois havia passado 4 dias ajudando meu tio em sua fazenda e nos arrendamentos. Estava até com nojo de olhar a tal bomba costal da Jacto, de cor azul, tampa e manivela alaranjada (Abraço Dr. Pennafiel- recuerdos da famosa D-20 litros), que no bombear, fazia um som característico inesquecível! (tutruqui-tutruqui-tutruqui)
Meu tio, muito do apelador, rindo me disse:
-Se livrô né, cabocrim veiaco...
Fiz cara de quenga, sorri mostrando todos meus dentes, e fui pegar outro laço e as formigas (peça para trazer boi de arrasto, preso pelas ventas - vide causo Cheiro da Mulata Dona Creuza).
O Miguel pegou mais um laço de nylon, e seu arriador (chicote de estalos), eu troquei o meu de couro, por dois iguais aos que o índio estava prendendo na garupa da sua montaria.
Era assim, quando se ia laçar um boi em pasto sujo, de capoeira, ou com árvores, o risco de quebrar a corda de couro trançado era grande.
E havia um risco à mais naquela empreitada. Bois brigando por causa de vaca no cio. Os animais ficam perigosos, imprevisíveis, e do nada, podem parar com a briga e atacar o cavalo e o cavaleiro. Vi muito serviço mal feito em lidas como aquela.
Até hoje é um serviço perigoso!
Como estávamos livres daquela lida catinguenta de borrifar veneno no lombo dos bois, arrumamos nossas montarias com calma. Apertamos as barrigueiras, amarramos os laços nas garupas dos cavalos, eu no castanho e o índio no brancão. Duas máquinas na lida de boi!
Assim que arrumamos tudo, chamei o índio para mais um café. Chegamos em casa, minha mãe estava terminando de estender umas roupas no varal, e assim que entramos no alpendre, ela nos mandou entrar e pegar um café e umas bolachas de pinga.
O Miguel sorria, esfregava as mãos e lambia os beiços.
Tiramos as esporas e fomos filar a cozinha.
O índio nem precisava pedir, eu o conhecia desde sempre, e fui enchendo uma caneca de cocada cremosa com doce de leite, abri a lata de bolachas… coloquei um copo grande de café com leite para meu amigo bugre. Era apenas uma merenda leve!
Era até engraçado vê-lo comendo. O baixinho pegava uma colherada cheia de doce, enfiava na boca, ia mascando e virando os olhos. Era um formigão para doce o bom Miguelito!
Minhas irmãs estavam assistindo desenho na televisão e tomando café.
Ficamos uma meia hora enchendo a pança na cozinha, e depois de pegar uma meia dúzia cada um, de bananas maçã, fomos saindo pro terreiro. Do curral, ouvíamos os gritos da rapaziada. Os bois morriam de medo das borrifadas, e era um tropel que faziam, levantando aquele poeirão. Ainda brinquei:
-Hoje escapamos índio...por pouco!
Calçamos as esporas, montamos, fomos até o piquete da tropa, seguindo em sentido à fazenda vizinha.
Assim que saímos do piquete, entramos na invernada da frente, e coisa de 20 minutos em trote ligeiro, chegamos na porteira que dava acesso à outra fazenda.
Aquela porteira havia sido colocada por meu pai, assim que o vizinho começou a lidar com gado de corte em uma quantidade maior. Ainda é comum se fazer aquilo, uma vez que facilita a retirada de um boi que atravessou para o lado oposto.
A porteira era meio estreita, uns 2 metros e pouco de largura, mais ou menos, presa por corrente em dois pregos, amarrada com alça de arame liso e rodinha de arame farpado. Em alguns casos se usam cadeados!
Assim que entramos, deixamos a porteira presa pela corrente, e fomos subindo a cerca, seguindo para os rumos da sede.
Gastamos uns 40 minutos em passo lento, poupando o fôlego dos nossos cavalos.
Assim que saímos no corredor, atravessamos uma outra porteira, entramos no terreiro sendo anunciados pelos inúmeros vira-latas.
Não tardou, o dono da fazenda apareceu na porta para nos recepcionar:
-Dia ismininu...bao...vâmo se achegando...apeia dos cavalo!
Era um sujeito bem veião, bigode comprido,cabelos bem grisalhos e crescidos.
Assim que apeamos, fomos cumprimentar o homem, e avisar o porquê da nossa invasão às suas terras.
O homem ouvia a tudo e coçava o bigode, e ao final do meu relato, o homem disse em tom pesaroso:
-É, vou ter que matar esse holandês...boi brabo demais...ta fazeno muita arte por aqui!
O homem criava bois de corte, mas mantinha umas vacas leiteiras, e no meio, para tirar boas crias da raça, deixava o tal touro holandês.
Pela minha experiência em lida de gado, posso falar com tranquilidade e muita certeza sobre isso. Ao contrário do que muitos pensam, os touros de raças européias, são muito mais perigosos que os zebuínos de corte com origem indiana. Destaco o holandês, charolês, simental e jersey. Sim, os atarracados jersey!! Aquilo tem mais ranço e ódios guardados, que lobisomem de primeira metamorfose.
Vi um na região de Avaré, derrubando um imenso touro guzerá e quase matá-lo à golpes com sua pesada cabeça cor de caramelo.
O nosso vizinho nos ofereceu um café, mas pelo avançado da manhã, cerca das 9:30hs, declinamos do convite.
Ao montar em nossos cavalos, ouvimos do velho que se fosse o caso, mandaria seus peões nos auxiliar.
Agradeci, mas recusei o auxílio, eu e o índio éramos mais que capazes de fazer realizar o serviço.
O homem se despediu, deixando autorizado o nosso transitar por suas terras.
Eu e o Miguel conhecíamos bem aquela fazenda, fomos indo para trás da casa, seguindo para os rumos do curral.
Ao atravessar o local, havia um corredor que desembocava na invernada onde o nosso boi deveria estar.
Passando pela janela da cozinha, sentimos os cheiros bons das comidas que vinham das panelas sobre a chapa do fogão à lenha.
A uns 10 metros da porta da cozinha, após um velho alpendre, havia uma horta cercada por tela de arame. Não fosse o Miguelito me cutucar, eu teria perdido aquela maravilhosa visão.
Eu havia esbarrado meu cavalo, me distraindo enquanto acendia um cigarro, mas o índio, com seus olhos de rastreador, não deixou passar despercebido aquela belezura de moça.
Era uma mulata das mais cheias de curvas, lenço prendendo seus cabelos, abaixada em um canteiro de alface, colhia algumas. Ela também estava distraída com seus afazeres, que nem havia reparado em nós dois ali parados.
Eu, muito do safado, tossi e raspei a garganta, alertando a mulata. Precisava olhar aquela belezura em pé.
Assim que nos olhou, arrumou a barra do vestido, que estava caprichosamente presa entre suas coxas. A pele da moça brilhava de tão lisinha!
Levantou-se e nos comprimentou com muita gentileza:
-Dia us moço...tudo bão…
Devorei a moça com os olhos, obrigando a coitada arrumar o decote do seu vestido folgado:
-Bom dia moça bonita, não me lembro de você, é nova por aqui?
-O pai veio trabaiá pra cá fai doi meis…
-Prazer moça, sou o Beto, vizinho aqui do lado…
-Eu chamo Ana, moço… e esse índio aí? (olhando curiosa para o bugre)
O Miguel sorriu e se apresentou, fazendo ela perder a sisma, por constatar que o mesmo falava nossa língua.
Era assim, algumas pessoas olhavam para o Miguel, como se ele fosse selvagem!
Eu, de cima do cavalo ia analisando os volumes e as curvas que aquela potra possuía nas extremidades de seu jovem corpo. Seios pequenos, coxas grossas, rosto de beleza discreta, com lábios grossos bem convidativos.
Delícia!
Ela travou, me olhava no fundo dos olhos, mas não dizia nada, limitando-se a tentar arrumar seus volumosos cabelos crespos por debaixo do lenço.
Sorria sem graça, espetando as ramonas em seus cachinhos enrolados e no tecido do lenço.
Tendo serviço a fazer, me despedi e disse que qualquer hora a encontraria para outra conversa.
Ela sorriu sem graça, disse que a qualquer hora nos veríamos.
Afastei o cavalo, dei uma tapa na aba do chapéu, mandei o sorrisão de amansar onça, e fui indo para nosso destino.
Alguns metros adiante, olhei para trás, encontrando a moça encostada na tela da horta, me olhando e acenando discretamente os dedos.
Aquilo atirou lenha seca à fogueira de minhas paixões e taras por moças de corpos avantajados em seus atributos.
Foi preciso o índio me chamar à razão, pois naquele instante, igual a milhares de outros, eu era só instinto.
Já sentia a incomoda ereção fazer meu cacete avolumar-se dentro da zorba. Pretinha linda, gostosa!
Refeito de meus pensamentos libidinosos com a moça, joguei a bituca do meu cigarro, que queimou sem quase ser tragado, acendi outro e falei pro Miguelito:
-Vamos buscar o boi meu amigo Véio… vai ser por bem, ou na formiga!
O Miguel riu, aproximou-se com seu cavalo, me deu um tapa no ombro, e mandou eu largar a mão de ser namorador, para na sequência cair na melhor de suas gargalhadas.
Digo sem receios, que o índio Miguel me conhecia tão bem, ou mais que meus familiares!
Atravessamos o curral daquela fazenda, seguimos por um corredor que nos levaria para a beira do rio. Trotando por uma meia hora, logo avistamos o rio. Mas pelas análises do índio, seguimos à direita, e assim que atravessamos o rio, uns 100 metros, sem perder nossa cerca de vista, encontramos mais rastros da briga dos dois bichos.
Por orientação do bugre, seguimos com calma, passo lento com os cavalos…
Uns 15 minutos naquele caminhar lento, olhando os amassados no capim e algumas áreas reviradas de terra, avistamos o capão no entorno da mata, onde a anos atrás, eu lenhava madeira no machado para minha mãe.
Não tardou para ouvirmos galhos quebrando e esturros de touros marrucos. O índio sugeriu seguir com calma até o local do entrevero, sem alardear nossa presença. Ficamos em distância segura, assistindo de camarote os dois se enfrentando.
Mais para o fundo, quase dentro da mata, algumas vacas leiteiras, possíveis causas da briga entre os machos.
Os touros, com suas cabeças encostadas, testavam a força um do outro. Em breve momento se afastaram, riscaram o chão com os casco, para nova onda de ataques.
Pelo cansaço daquela peleja, o nosso nelore recuou sua cabeça, para na sequência receber uma cabeçada violenta na paleta, que fez o bicho sentir o baque.
O holandês investia contra ele igual uma patrola.
Não fosse o Miguel, o holandês teria matado nosso nelore. Aquilo era só força bruta e raiva.
Enquanto vi o índio soltar seu arriador , que estava enrolado em formato de 8 na cabeça do arreio, abotoei a ilhapa (presilha) do laço na chincha, armei uma bóia larga com 3 rodilhas, me preparei para a laçada…
O índio deu um grito, assobiou alto, alertando os dois marrucos em guerra. Ambos se afastaram, o nelore pegou um ar, mas não dava sinais de fuga. O holandês berrava alto, a todo fôlego, bem agudo, típico da raça. Virou-se e mirou o Miguelito, que muito lampino na lida, rodopiou o arreador acima de seu chapéu, deu duas voltas no ar, para logo antes da terceira, dar aquele pialo de mão, fazendo a piola (ponta) dar um estouro igual um tiro. E outro e mais outro…
O holandês assustou com os estalos, recuou um pouco, mas não desistiu da briga. Queria demarcar território.
O índio mostrando toda sua perícia, aproximou um pouco mais o cavalo, parou na frente do touro, e deu mais uns estalos, sendo o último, bem perto do focinho do malhado branco e preto da raça holandesa.
Esse, torcendo um pouco a cabeça, ao invés de fugir, investiu contra o cavalo do Miguelito.
Mas não foi páreo para a experiência do bugre, e a ligeireza que o cavalo branco, chamado Campeão, possuía.
A montaria do índio negou na frente do touro, fez que ia para um lado, mas no arranque, toreou o holandês, que ao passar batido, não teve como evitar uma lapada certeira que o Miguel desferiu contra o seu garrão traseiro.
Foi até bonito de assistir.
Quando o touro passou direto, errando a cabeçada, deu chance pro Miguel virar o cavalo, rodopiar o chicote e soltar um estouro altíssimo e certeiro nos moles do garrão do bruto. Este sentiu a piolada, tirando toda a valentia e vontade de voltar para a briga. Restou sair trotando ligeiro, mancando e esturrando...sumindo para as barrancas do rio, derrotado por um indiozinho com pouco mais de metro e meio de altura!
O bugre me olhou, sorriu e fez um gesto para eu cerrar a corda em nosso nelore.
Eu estava tão hipnotizado no serviço do bugre, que acabei me distraindo um pouco.
Quando olhei, o nosso touro estava parado no mesmo lugar, esturrando e balançando a cabeça. Em clara demonstração de não querer ir embora.
Vi que seria perigoso pegar ele de frente, mas com o Miguelito de companheiro, nem precisava queimar pestanas.
O índio me avisou que daria a volta no nelore, e quando o espantasse, fazendo o malvado correr, eu passaria a corda no bicho.
E assim fez, chegando a galope, estourando o arreador, colocando o nelore na carreira. Nem teve graça…
Assim que branco valente passou na minha frente, a uns 6 ou 7 metros, joguei o laço, pegando o marruco pelo pescoço.
Acompanhei com o cavalo, soltando as rodilhas do laço, tenteando, até sentir a corda esticada, ilhapa tinindo igual à corda de viola...fui segurando o cavalo. O nelore, que estava cansado, foi parando, se entregando.
O Miguel chegou por trás, jogou uma laçada de anqueira (na parte traseira do boi) e com um recuo do seu cavalo, derrubou o nelore. Eu, já escovado naquele serviço, arrochei um pouco mais o laço recuando o castanho, minando de vez as forças do touro.
Quando sentimos segurança, o Miguel saltou do seu cavalo, ligeiro igual um raio, foi até o focinho do nelore e prendeu a formiga em suas ventas, passando a ponta do outro laço nas argolas da ferramenta de arrasto. Serviço feito, agora era levar de volta o briguento!
O índio soltou o laço da anca do nelore, recolheu a corda, enrodilhou e amarrou na anca do cavalo. Depois trouxe a ponta do outro laço com a formiga e prendeu na minha chincha, e após o serviço, montou no Campeão e foi levantar o boi.
Assim que chegou perto, o nelore levantou com o ódio dos infernos, tentando pegar o bugre. Mas quando sentia a formiga apertar seu focinho, perdia a força e toda valentia.
Fomos nessa rotina dando a volta no capão da mata, até sairmos perto da porteira por onde havíamos entrado.
O boi ia na frente, às vezes tentava correr, voltar para trás, mas era inútil. Meu cavalo seguia firme e atento no serviço.
Quase na porteira, o Miguel adiantou-se a galope, deixando-a aberta. O nelore vendo caminho livre, seguiu pela abertura, sem dar maiores trabalhos.
Sabe povo, nem sempre era fácil daquele modo. O touro às vezes deitava, investia contra os cavalos… obrigando a buscar um dos velhos e pesados sinuelos. E uma vez atrelados a uma jamanta daquelas, podia virar piruetas que não teria acordo. Eita tempo véio aquele…
O índio fechou a porteira, e vinha me acompanhando. Seguimos pela invernada da frente da casa, fomos tenteando o nelore, e meia hora depois, estávamos na porteira que saía no corredor da entrada da nossa fazenda. O Miguelito ia abrindo e fechando porteiras, e eu no controle do bicho, até chegar com o brigão na remanga do curral.
A boiada já havia sido borrifada com o butox, e no ambiente, o cheiro estava horrível.
A peonada estava almoçando, e quem veio nos recepcionar foi meu tio.
Assim que entramos com o boi dentro do mangueiro, meu tio pegou a bomba e foi remediar o animal.
Lavou o bicho com aquela mistura venenosa.
O Miguel abriu as corrediças do tronco, e com o boi lá dentro, meu tio tirou a formiga e o laço. Como ele havia fugido, o negócio era deixar ele de castigo, preso por uns dois dias por ali.
Serviço feito, meu tio pediu para nós irmos soltar nossas montarias e almoçar. Passava das 11:00hs, e eu, como sempre, estava cheio de fome…
Soltamos a tropa, nos lavamos e fomos almoçar. Meu pai estava deitado na rede, meu tio fumando e bebendo café…
Almoçamos tranquilos, minhas irmãs perturbando o índio, que tinha uma paciência além do normal com criança.
Saímos da mesa satisfeitos, passava do meio dia.
Peguei um caneco grande, bem cheio com doce de côco cremoso para meu amigo índio, e fui me juntar aos meus velhos para um cigarro sossegado do depois do almoço. Sempre achei os melhores cigarros do dia, só perdendo para o café da manhã!
Todos sentados à sombra do alpendre, meu pai foi ouvindo do Miguel sobre como pegamos o nosso boi.
O bugre relatou tudo, até a minha paquera com a mulatinha que trabalhava na casa da sede.
Já que apelaram comigo, e tive que lutar muito para não levar uns puxões de orelhas do meu tio. Saudade!!!💔
Após todas as brincadeiras, meu pai pediu para eu dar um tempo, abaixar o almoço, e logo mais, ir saber se o vizinho iria deixar o touro holandês na invernada vizinha. Caso sim, teríamos problemas constantes…
Não perdendo a deixa, meu tio brincou piscando para meu pai:
-Assim um tar de peãozim vai oiá uma tar de mocinha mulata…
Outras piadas, uns petelecos na minha orelha… e tudo aquilo que acontecia iem situações como aquela. Eu os amava muito!
E ficamos naquela folga até às 14:00hs. Meu pai balançando na rede, o tio sentado no chão, o Miguel na terceira ou quarta caneca de doce, eu refeito da empreitada, almoço mais assentado, só pensava na mulatinha da fazenda vizinha.
Olhei no relógio, e fui me levantando para cumprir minhas ordens.
Já que todos estavam em pé, e meu pai pedindo pro Miguel buscar a tropa, pois ele queria ir olhar a cerca, e corrigir o sal dos cochos.
Disse que iria de caminhonete, para não perder tempo em caco de arreio, até a fazenda vizinha.
Meu velho concordou, mas ainda assim, todos me olharam com aquela cara de : -sabemos bem de suas intenções!
Mas eu já era puta véia naquelas lides de paquera, nem me importava com as gracinhas.
Entrei em casa, peguei a chave da caminhonete, e fui indo cumprir minhas ordens. Minhas irmãs me vendo pegar a chave, achavam que eu ia na cidade, e vieram loucas pedindo docinhos!
Saí de casa já eram quase 15:00hs. Fui pensando nas curvas da pretinha. Nova onda de excitação fez meu cacete endurecer dentro da zorba. Sentei o pé na caminhonete, fazendo aquele poeirão vermelho tapar a estrada. Não gastei 20 minutos, quando fui subindo pelo corredor que levava à velha sede da fazenda onde um dia, o café reinou soberano.
Passei pela frente da casa, e fui estacionar bem mais adiante, embaixo de umas mangueiras, muito comuns ao redor das sedes nas propriedades. Era dupla aptidão das majestosas árvores frutíferas. Sombra ampla e muitos frutos!
Desci, arrumei meu chapéu na cabeça e fui saber do dono da casa.
Parei em frente ao alpendre do velho casarão, bati palmas. Ninguém apareceu, além dos mais de 10 vira-latas barulhentos, que rosnavam tentando me afugentar.
Não obtendo uma resposta, peguei um cigarro, acendi e fui voltando para a caminhonete. Nem cheguei a dar 5 passos, ouço uma voz conhecida. A mulatinha!
A moça toda risonha me chamou com voz alegre:
-Espera Beto, o patrão já que chega...vem pro coberto, sai do sol…
Me virei todo alegre, e quando pousei meus olhos na moça, pude constatar toda sua beleza. Estava sem o lenço cobrindo os cabelos, deixando à mostra sua cabeleira bem volumosa, armada, típico das mulatas. Sorrindo com seus lábios carnudos, e um brilho lindo em seus olhos.
Quando me aproximei, estendi a mão, a cumprimentei dando um leve aperto em sua mão. Novos sorrisos e faíscas em seus olhos negros brilhantes. Eram promessas!
A moça, muito gentil, relatou-me que seu patrão havia saído com a peonada para pegar o tal holandês e prendê-lo no curral… e depois, mandar chamar o açougueiro…
Me ofereceu um café, que prontamente aceitei. Ela foi indo buscar o bule e uma caneca, fiquei de olho no tamanho daquela bunda de tanajura.
Conforme andava as nádegas balançavam, subiam e desciam por baixo do vestido. Parece até que me provocavam!
Coisa de dois minutos, eu estava tomando um café bem feito, sendo observado pela mulata.
Esta, não sabendo o que dizer, ria, perguntava se eu queria mais café, e não saia disso.
Resolvi quebrar o gelo, indagando a menina, que respondia com toda educação.
Contou-me que era filha única, que seu pai era viúvo, estavam a dois meses trabalhando naquela fazenda, era nascida na região de Bauru, e que estava ajudando nos afazeres da casa sede…
E tudo foi normal, até chegar no assunto que não queria calar. Compromisso!
Quando perguntei se ela namorava, a moça ficou sem graça, pendeu a cabeça e a balançou em negação.
Insisti em saber o porquê, de uma moça tão formosa estar sozinha.
Então veio a revelação:
-Sô viúva moço, casei menina, hoje tenho 20 anos, inviuvei ano passado...meu marido era peão igual ocê, mai levô rodada e foi morá com Deus…
Fiquei sem graça, tentei mudar de assunto, mas ela continuou:
-Nois morava lá pras banda de Jardim, e despoi daquilo, meu pai fui buscá eu… ele era meio branquelo, igual ocê, Beto…
Agora era ela quem me questionava:
-E ocê, namora não? Tem cara de namoradô demais…
Respondi que não tinha tempo para namorar… e tratei de mudar o assunto, perguntando se ela costumava ir na vila aos sábados de missa…
Conhecendo as línguas da região, logo ela descobriria sobre minhas aventuras, e com quem estaria lidando. COM UM SAFADO!
Ana me respondeu que não gostava de cidade, era meio quieta no canto dela.
Disse que se fosse do seu agrado, eu a levaria na cidade a qualquer hora.
A mulata muito ligeira, aproveitando a minha deixa, disse que na cidade não, mas que gostava de passear nos pastos, colher ervas, flores ou alguma fruta da época...
Disse que ali não faltavam lugares bonitos para passear, nadar e pescar.
Ana, fazendo aquela cara de menina pidona, sorriu lindamente e me tacou essa tijolada no meio da testa:
-Sábado depois do almoço o patrão vai pra cidade, e eu vô ficá sem tê o que fazê… vamo se encontra peão?
Me animei e fiquei querendo saber se ela topava ir nadar comigo no rio. A moça balançou a cabeça e disse não, pois tinha um peão solteiro da fazenda que andava atrás dela todos os finais de semana, desde que foi morar naquela fazenda com seu pai.
Perguntei se ela conhecia bem a fazenda, e se saberia chegar ao capão da mata, onde fazia divisa com a nossa fazenda.
Ela disse que sim, e achou até melhor ser para aqueles lados, longe da colônia dos trabalhadores, podendo demorar um pouco mais nos afazeres da casa, e assim que o patrão fosse para a cidade, ela sairia sem ser notada.
Peguei em sua mão e dei um beijo bem gostoso.
Ana recuou, olhando preocupada com olhares indiscretos.
Pediu para eu esperar até sábado, que estava com muita vontade de me dar um beijo, mas que ali não era lugar.
Concordei, afinal de contas, aquele era o seu local de trabalho!
Me afastei, bebi o café, acendi um cigarro, fiquei devorando aquele corpo gostoso, que mesmo coberto pela roupa pesada, deixava à mostra suas formas sinuosas.
A mulata Ana fazia charme escorada com as mãos escoradas no esteio do alpendre.
Eu olhava com cara de guloso, e falava baixinho, que hora que a pegasse, ela ia ver o que era bom pra tosse… meu cacete duro igual um vergalhão, tive que tapar com o chapéu para não assombrar a mulata.
Passamos mais de hora nessa frescuragem toda, quando ouço um tropel de cascos. Era o velho fazendeiro que estava chegando. Nova salva de latidos por parte dos cachorros.
Assim que o homem apeou, me comprimentou e disse que o holandês não daria mais trabalho a ninguém, estava no curral, e logo viria o velho açougueiro para negociar.
Eu agradeci, disse que o nosso estava preso no curral, e que se voltasse aos seus pastos, o fim seria o mesmo. O homem muito satisfeito me chamou para entrar, mas como eu estava a mais de hora esperando, fui me despedindo do velho e da Ana. Disse que qualquer problema, era só irem nos chamar.
O velho me esperou entrar e dar partida, para ir entrando na casa. Quem aguardou foi a Ana mulata.
Dei ré, e antes de manobrar avisei: -Sábado no capão...na beira da cerca...depois do meio dia…
Ela só balançou a cabeça, sorriu e antes de eu arrancar do terreiro, mandou-me um beijo de forma bem discreta.
Fui olhando pelo retrovisor as deliciosas curvas da mulata Ana, até não ser mais possível por conta da topografia do terreno.
Fui para casa tenso, o cacete custando abaixar, o saco ficando dolorido...
Ainda era quinta-feira, e para o tal sábado, seria uma eternidade! E foi…
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O aguardado sábado havia chegado, abafado, eu com aquele fogo, abri os olhos pensando no rabão da mulata da fazenda vizinha.
Pulei da cama às 4 e pouco da madrugada.
Assim que fui ao banheiro, precisei dar aquela aliviada em uma punheta das mais sofridas. Daquelas que precisa controlar a respiração e a voz, para não gemer alto na hora da gozada!
Aliviado, fui para fora de casa olhar o alvorecer do dia, costume que ainda carrego comigo.
Logo ouvi minha mãe e meu pai se levantando. Pedi a bênção de ambos, e fiquei do lado de fora esperando o café ficar pronto.
Meu pai avisou que naquele dia o serviço seria leve, coisa de até 10:00hs estar feito.
O de sempre…
E que até as 11:00hs estaria indo para a cidade, pois o Miguel queria cortar os cabelos no barbeiro. Coisa rara, diga-se de passagem! Os demais iriam à cavalo tomar umas pingas na vila.
Por fim, quis saber dos meus planos.
Disse ao meu velho que só sairia à noite, que podiam ir tranquilos.
A manhã passou relativamente rápida, e quando voltamos para soltar os cavalos, passava um pouco das 9:30hs. O meu deixei preso no mangueiro, com a desculpa de ir nadar no rio mais tarde!
O índio foi ligeiro tomar um banho, assim como meu pai. Minha mãe e irmãs já estavam arrumadas. E só faltava meu velho e o Miguel.
O índio apareceu umas 10:15hs no alpendre, e foi brincando com minhas irmãs.
Eu fui me deitar na rede e esperar o povo sair para me arrumar também. Tudo saindo como planejado.
Minha família (o Miguel era mais que amigo) saiu de casa faltando uns 15 minutos para as onze. Era tempo de sobra para chegar na vila e fazer tudo quanto houvesse de ser feito.
Assim que ouvi o fusca mudar a marcha na estrada, fui apressado me arrumar. Estava com o coração saltando mais que cavalo apertado no sedém!
Tomei um banho relativamente rápido, coloquei uma roupa limpa, passei um perfume gostoso e fui pegar o cavalo. Estava que não me aguentava dentro das botinas!!!
Cheguei no mangueiro, apertei as barrigueiras, montei no meu cavalo pampa e fui indo atrás daquela mulata gostosa.
Quando cheguei no pasto da divisa, olhei meu relógio, faltava 15 para meio dia. Risquei o cavalo na espora e fui à galope para o meu encontro.
Devo ter gastado menos de 10 minutos para chegar ao local.
Esbarrei o cavalo, saltei do seu lombo, procurei uma sombra e amarrei o bicho.
Do nosso lado, havia poucas árvores crescidas naquele ponto. Outra coisa que me lembrei, foi que a anos atrás, aquele capão de mato era infestado de cobras. Mas depois de uns incêndios, em dois anos consecutivos, acabaram-se as serpentes.
Acendi um cigarro, esperei e esperei naquele local ermo. Olhava o relógio a cada minuto…
Na última vez que conferi meu oriente, faltavam uns 10 minutos para as duas, quando ouço barulho de mato tombando. Era a mulata que vinha segurando a barra do vestido por entre os galhos e as ramas.
Quando me viu abriu um sorriso e foi se desculpando pelo atraso, pois o patrão havia demorado para sair, o que dificultou sua escapada.
Parou encostada rente ao arame liso e quis saber:
-Eu vô até aí, ou ocê vem té aqui?!
Chamei a gostosa para entrar do nosso lado, queria mostrar um outro canto, melhor para ela subir para a sua casa na hora de ir embora.
Ajudei ela a atravessar o arame da cerca, e quando se levantou, agarrei seu corpo com um tesão absurdo.
A mulata se contorceu toda, me alisando, me cheirando, falando o quanto eu era bonito, que estava ficando assanhada…
A troca do primeiro beijo foi uma delícia. Aqueles lábios grossos, sua língua quente…
A sensação era que Ana queria me engolir com aquela fartura de boca.
Trocamos um longo beijo, abraçados, eu roçando a vara em sua barriga, beijando seu pescoço…
A coisa foi esquentar pra valer quando apalpei sua bundona enorme, muito dura.
Que tesão do caralho foi sentir aquelas duas montanhas ao alcance de minhas mãos safadas.
A mulata disse que aquilo era covardia, e me mostrou seus braços todos arrepiados.
Quis avançar para seus seios, mas ela disse que achava melhor sair dali, ir para um lugar mais afastado, estava com medo de ter sido seguida.
Concordei com a delícia, desamarrei o cavalo e montei. Estendi a mão, e logo tinha aquela moça fogosa agarrada em mim.
Fui indo em sentido ao rio, e no trajeto, ela foi me contando que havia ouvido muita coisa a meu respeito.
E um que havia alertado a mulata, foi seu patrão. O velho comentou que eu não era rapaz para se dar muita confiança, pois a minha fama não era das melhores.
Outra foi a esposa de um dos peões, que me viu passando pelo terreiro com o Miguelito, no dia que fomos buscar o nelore no laço.
A tal mulher disse coisas que ouvia a meu respeito, umas confesso a vocês verdadeiras, outras não. Olha o absurdo, queimar meu filme, dizendo que eu fazia porquices, lambia as pererecas das minhas namoradas! 😀😂
Ela encostada em mim, com as mãos em volta da minha cintura, ia me relatando tudo quanto havia ouvido a meu respeito.
Em certa altura do trajeto, quis saber o que ela pensava sobre tudo quanto havia ouvido a meu respeito.
Ana só apertou ainda mais seus braços em torno de minha cintura, uns beijos em minhas costas e finalizou: - Deixa o povo fala… inveja que ocê é bonitão assim…
Quase chegando ao rio, do nosso lado, havia umas moitas grandes de tabocas e imbaúbas. Local perfeito para uns amassos!
Parei o cavalo, desci a mulata, e logo que amarrei o pampa, me atraquei em um amasso dos mais safados, daqueles de perder o chapéu na moita!
Ela sentindo segurança no meio daquele esconderijo, foi ficando mais soltinha.
Começou a passar a mão por cima do meu pauzão, e eu, enfiando as mãos por baixo do seu vestido, fui apalpando aquela fartura de bundona dura.
Ana gemia e apertava com força minha rola, querendo a vara toda pra ela…
Abaixei as alças de seu vestido, deixando seus dois seios pequenos de mamilos duros, bem pretinhos ao alcance de minha boca. Ela colocou a mão esquerda por baixo do seio direito, empinando bem o mamilo, com a destra segurou minha nuca, me fazendo abaixar e mamar seu bico duríssimo: - mama meu peão… mama na tua pretinha…
Mordi, chupei e lambi, arrancando suspiros e gemidos altos daquela fêmea preta gostosa.
O cheiro do corpo da moça estava aumentando no mesmo ritmo de sua excitação.
Ana me fez trocar de seio, e enquanto a mamava igual um bezerrão, a mulata perguntou em voz baixa:
-Se é verdade aquelas coisa Beto...será que ocê num beija eu lá embaxo...cê me beja? To que num guento mai pensa naquilo Beto…
Ai ai ai meu povo, nem precisava pedir...puta que pariu!!!!!!!!!
Me abaixei levantando o vestido, beijando e lambendo suas coxas grossas lisinhas, que sob o sol, brilhavam. Fui dando beijos e cheiradas no meio da virilha daquela mulata, que entre gemidos, me revelava: - to cheirosinha pro cê peão… lambe eu...lambe...chupa minha xereca...safado...nunca fiz essas coisa...mai num paro de pensa nisso Beto… tô pá ficá doente de tanta vontade...
Eu, sempre solicito aos pedidos mais inusitados vindos de minhas jovens (umas nem tanto) parceiras, fui saciando as vontades e curiosidades daquela menina mulher.
O cheiro da excitação de Ana começava a se espalhar por aquele meio de tabocas. A cada beijo que eu dava, sentia o fino tecido de sua calcinha, simples, ficando pegajoso, molhado, ensopado pra valer.
A bela mulata segurava minha cabeça, com carinho, esfregava-se de cima para baixo, da esquerda à direita, prensava meu rosto contra sua virilha, parece que tentando me enfiar de cara em sua xaninha melada. E gemia, falando muitas coisas:
-Se é isso que cê fai cás moça...eu quero… peão safado…eu quero...
Não tive outra opção, senão, tirar a calcinha da mulata gostosa.
Foi lindo olhar aquele belo sexo de lábios salientes, pretinho por fora, pentelheira espessa, volumosa, com seus fluidos lubrificantes em coloração esbranquiçada, espalhados por todos os lados.
Apliquei um beijo de língua, como só um namorado faria, naquela bucetinha carnuda. Ana agarrou-se em meus cabelos e gritou alto. Um grito de desespero, causado por minha língua habilidosa de macho jovem. Era novidade para a preta gostosa um carinho daqueles.
Mesmo sendo um carinho considerado por muitos(as), sujo, proibido, coisas de um devasso pecador!
Naquela posição, comigo abaixado, de joelhos à sua frente, espalmei ambas as mãos em sua barriga, no ventre. Com meus polegares próximos ao seu grêlo, fiz uma leve tensão em sua pele, para os lados, abrindo seus lábios vaginais, um pouco mais. E chupei, beijei, suguei, e não foi longe minha safadeza.
Ana mulata teve um orgasmo tão forte, que acredito, não fosse o barulho da correnteza do rio logo mais adiante, teriam ouvido a léguas seus urros de fêmea em êxtase.
Não quis perder um fiapo daquela baba de fêmea, e mesmo trêmula, coloquei sua perna direita sobre meu ombro esquerdo, e fui buscar lá no fundo seus melados.
Pela posição, pude ver aquela coloração bem rosada de suas entranhas, contrastando com o negro brilhante de suas peles. Fêmea lindíssima, a mulata Ana. Saborosa!!!
Jovem, gozando de boa saúde e vigor físico, fiz a mulata gozar novamente em minha língua. Só que desta vez, ela não tendo mais o controle de suas pernas, esparramou-se em cima do capinzal.
Não quis mais beijos… me repeliu, estava em choque, contorcendo-se, aproveitando as sensações causadas por minha boca, por meus carinhos. Carinhos que ouviu em fofocas, confidências das comadres na hora de lavar roupas.
Ria, mordia os dedos, alisando o próprio ventre, tateando e sentindo o estado de sua xaninha.
Eu em pé, tremendo de tanto tesão, me deleitava com aquela visão.
A mulata, refeita de suas emoções causadas por meus carinhos linguais sujos, pediu sem rodeios, mandona:
-Peão, fica peladim pra eu vê ocê...fica!
Sorri, e fui tirando minha camisa sem abrir os botões, saiu pela cabeça igual camiseta. Soltei fivela, botas e meia...e aos trancos, veio tudo abaixo. Fiquei nú em pêlo, tal qual índio.
Esta danada de mulata, Ana, estava de joelhos me admirando, mãos unidas frente a boca, olhos arregalados…
Segurei meu cacete pelo meio, punhetei o baita, bati com a peça em minha barriga e perguntei com cara de tarado, se estava do seu agrado!
Recebi como resposta um ataque. A mulata literalmente saltou em cima de mim parecendo uma pantera negra.
Bem à vontade, beijou meu saco, lambendo da base à cabeça do cacete, cheirando e sugando cada milímetro. Fazia sucções intensas nas veias saltadas do corpo pesado da minha ferramenta, unhas cravadas em minhas coxas…
Foi uma mamada daquelas que se leva em memória para o túmulo. Para sempre!
Segurei minha bela fêmea pela cabeça, com minhas mãos atoladas em sua cabeleira alta, bem volumosa, sentindo a mágica de sua boca...
Em umas dessas sugadas intensas, meu pau formigou e foi inevitável. Gozei…
Ana apertou meu pau com muita força, fez movimentos indo e vindo, envolveu minha cabeçorra com seus lábios grossos, muito quentes, bem macios… engoliu cada gota que expeli. Tamanha foi a sensação, que até meu umbigo formigou.
Dizem que boca de mulata são as melhores em matéria de chupeta, concordo!
Essa moça engolia até a metade do meu caralho, forçava um pouco mais, e na volta, quando chegava na cabeça, sugava forte, engolindo tudo, saliva e porra.
Eu jovem, no auge de minha virilidade, não arredei um milímetro de ereção. Estava firme e vibrante meu pau!
Deixei a preta linda deliciar-se em meus latifúndios sexuais.
Após intermináveis momentos de intensas chupadas, com meu cacetão limpo, Ana pediu toda manhosa:
-Enfia tudo ni mim Beto… carece de tê dó da preta não… soca bem forte…
Levantei a mulata, a virei de costas, me admirei com aquela bunda imensa em cor de ébano. Senti vontade de morder, e foi o que fiz!
Abaixei atrás da Ana, apliquei tapões violentos naquelas montanhas de carne rija, mordi e beijei, apalpei e lambi ambos os lados.
Minha preta ria, rebolava e abria as nádegas com suas mãos. Dava gritinhos de dor, manhosos…
Enfiei o nariz no meio daquele rabo imenso, estava forte o cheiro de fêmea suando, excitada…
Lambi seu cuzinho aparentemente virgem, fiz pressão com a língua, mas a preta recuava rindo, arrepiada, mas rindo bem safada.
Tentei enfiar um dedo no anel, mas logo vieram recuos, recusas e reclamações. Era virgem do cuzinho!
Não seria aquele o momento para desbravar aquele rabão, e tendo uma xana das mais cheirosas, babonas e quentes à minha disposição...
Sugeri minha fêmea apoiar-se em meu cavalo, que acompanhava a tudo quanto se passava bem ali, do seu lado.
Minha Ana segurou no estribo com a mão esquerda, e com a outra, agarrou-se firme no pelego.
Virou sua cabeça, rebolou o rabão e pediu:
-Vem com força peão… vem fazê na preta com esse caraião grosso!
Agarrei a mulata Ana pela cintura, nem usei minha mão para guiar a rola em seu trajeto. Fui cutucando em investidas furiosas, como um garanhão em monta de égua, empurrando com muita força…
Quando consegui encaixar bem a cabeça grossa do meu cacete na fenda da preta, essa, esfregando sua cabeleira cheia em meu peito, nessa hora, sentindo o perigo, pediu com receio:
-Vem com calma meu bem… vai rasgar minha xana…
Dei um tranco e a cabeça enterrou-se, selando sua entrada. Ana gemeu, ficou na ponta das alpargatas, grunhiu ofegante, resmungou: - tá me queimando tudo Beto… aii… vai me rasgá!!!
Recuei um pouco o mastro, que ao sair, provocou som de mascar. Breve alívio para a mulata, que abaixou os calcanhares.
Mas durou menos de 5 segundos, e novamente meu cacete investiu furioso.
Entrou muito mais que a cabeça daquela vez. Ana gritou, soltou dos pelego sua destra, alisou minha coxa, pedindo calma.
Fiquei imóvel, lambia o suor que escorria de sua nuca. Como brilhava a pele da mulata Ana.
Chupei seu pescoço, orelhas, mordi seus ombros…
Tais carícias tiveram o efeito esperado. Minha Ana, que antes era tensão e dores, ficou mais solta, pescoço mole, ensaiava sorrisinhos… pediu-me:
-Vai assim meu amor...tira devagarinho e vem enfiando na tua pretinha…
Fiz conforme suas orientações, e logo, toda aquela fauna e flora de beira rio pode ouvir uma mulata das mais deliciosas, gemendo de prazer, mesclando seus aromas femininos aos da natureza! Momentos inesquecíveis…
Sempre atento às minhas fêmeas e seus desejos, seguindo as orientações da moça, pude proporcionar o melhor dos sexos aquela fêmea assanhada.
Como quase todas, havia um único receio:
-Não faça dentro peão… não quero pegar barriga…
Tive prazer em fazer e ver uma fêmea negra, linda, de corpo invejável, derretendo-se em orgasmos.
Seu corpo estando mais habituado à espessura e comprimento de minha ferramenta, foi fácil dominá-la. Era minha, estava sob o controle de um cavaleiro habilidoso… jovem, porém mestre em domas de moças!
A tarde findava-se, as sombras das tabocas mudavam conforme o sol dirigia-se ao seu repouso no oeste...
Enfiava com vigor meu cacete nas entranhas da Ana mulata, e quando retirava, via minhas salientes veias penianas incrustadas de seivas de coloração branca, iguais a clara de ovo, ou creme hidratante. Eram as delícias que arranquei das profundezas mais íntimas da mulata, com minha rombuda contundência perfurante.
Teria ficado o resto da tarde e noite a dentro amando a mulata, mas sabia que ela precisava ir. Aumentei o ritmo das penetrações, anunciei o gozo. Recebi de presente mais uma gozada da preta, e antes de despejar minha porra em suas entranhas, tive o coito interrompido por ela, que mesmo estando em estado de pós gozo, abaixou-se e mamou meu pauzão.
Apertava minhas bolas com carinho, como que ordenhando, e como tal, arrancou meu leite todo.
Minha preta gostosa me fez gozar em sua boca carnuda, grossa...muito quente!
Aquela jovem mulher sabia como satisfazer um macho. Como sabia!!!
Refeitos, fomos recompondo nossas roupas. Eu estava de pernas trêmulas. Ana ria satisfeita, estava feliz de tudo.
Assim que arrumou-se, anunciou que iria até o rio, queria lavar seu rosto e cabelos.
Desamarrei meu cavalo e acompanhei a mulata até a água.
Caminhamos de mãos dadas até a prainha de areias claras que margeava o curso de águas límpidas. O sol do fim de tarde fazia as águas brilhar. Era um espetáculo único, que só a natureza poderia nos oferecer de forma gratuita.
Ela levantou a barra do vestido, prendeu entre seus joelhos, abaixando à beira do rio, segurou-se em minha mão, e com a canhota, pegou com sua palma a água fria, levando ao rosto. Repetiu aquilo algumas vezes, até sentir-se refrescada.
Ergueu-se, passou as mãos pelos cabelos volumosos, alinhou-se, fez uma cara de satisfação e falou:
-Beto, que maluquice essa mininu… devo de tá doida… doida ou enfeitiçada nocê… bem que as muié da colônia falô que cê era safado…
Eu só observava, de braços cruzados, fumando um cigarro, e Ana prosseguiu:
-Vô fala uma coisa, eu tava tenu até sonho com essas coisa que ocê fazia cas muié… cê num tem nojo não?
Ana, igual a tantas outras moças de minha época, de cidade ou roça, ficavam admiradas com minha ousadia e coragem. Causava espanto em algumas, o fato de eu proporcionar prazer às minhas fêmeas, através do sexo oral. Algo sujo, perverso, imoral, segundo as leis de nossa Santa Igreja Católica, e outras de cunho protestante.
Sei bem, quantos protestos ouvi por parte de minhas jovens amantes!!! 😀
Calei a mulata com um beijão de novela. Nos acariciamos e já que meu cacete estava em ponto de pedra.
A moça riu incrédula: - Tá duro dinovo!
Mas pelo avançado da hora, tive que levar a mulata Ana até próximo à sua casa.
Montei no pampa, auxiliei a moça a ganhar garupa, e logo estávamos atravessando o rio.
Ela quis saber se por ali era mais fácil para voltar para sua casa.
Eu apenas disse para aguardar e confiar em mim.
Assim que atravessei o capão das embaúbas, seguimos em galope de meia rédea, parando bem mais adiante, quase no fim da nossa invernada, em um esticador de arame, antigo mourão em aroeira (esteio grosso).
Expliquei que se ela seguisse por ali, onde havia uma antiga forma de café, em linha reta, sairia nos fundos da colônia dos empregados.
Desci a mulata, saltei do cavalo, dei mais uns amassos e deixei combinado de encontrar ela no mesmo lugar no outro dia.
Ela adorou a ideia, disse que seria possível depois do meio dia.
Trocamos mais uns beijos, e nos despedimos com muito carinho…
Fiquei do alto de minha montaria, vendo a mulata caminhando até um ponto onde havia um declive, impossibilitando acompanhá-la até um pouco mais longe.
Virei o pampa, dei rédeas e deixei o cavalão levantar poeira nos trieiros com seus velozes cascos.
Chegamos ao rio, e como de costume, sem juízo algum, atirei-me com o cavalo no meio da água, molhando minhas tralhas inteiras, pernas e botinas. Eu adorava fazer aquilo!
Em momentos como aquele, eu me sentia livre, feliz… pois eu era macho de verdade, havia acabado de amar uma moça fogosa…
Eram essas coisas que me passavam pela cabeça, quando eu estava correndo pelas invernadas, montado em um dos meus cavalos, camisa aberta, aba do chapéu quebrada ao vento, cigarro queimando no canto da boca.
Jovem, feliz, satisfeito… tudo que um cavaleiro queria!
Mais uns 15 minutos de carreira, e lá estava eu, em frente ao galpão retirando meu arreio todo enlameado, pingando…
Recompensando meu cavalo por seu esforço e paciência, enchi um cocho com espigas de milho. Deixei o pampa comendo tranquilo, enquanto escovava e jogava água fresca em seu lombo roliço de mangalarga bem cuidado. Saudade!
Cheguei no alpendre de casa, estava quase escurecendo. Liguei as luzes do terreiro, a bomba, e enchi a caixa d'água de nossa casa.
Tirei a roupa e fui me banhar. Era sábado, eu ia dar umas voltas na vila.
Minha família chegou por volta das 19:00hs, eu estava arrumado e quase saindo.
Meus velhos haviam ido na casa do meu tio, e sem maiores explicações fui saindo.
Quando cheguei na praça, fiz o de sempre, falei com todos, bebi minha meia dose de fernet, reforcei meu estoque de Marlboro, e fui na sorveteria pegar uns Halls cereja…
Minhas amigas estavam ocupadas, atendendo à clientela, mas não passou despercebida minha presença.
A morena, amiga de todas as horas, quis saber se haveria festa naquela noite.
Respondi que sim, com aquele sorriso safado de sempre. Mas mulher, mesmo as jovens, captam no ar quaisquer mudanças:
-Sei não Beto, hoje tá com cara de quem andou aprontando!
Ela era ligeira de tudo!!! Linda amiga rabuda, virgem de xana, mas amante do sexo anal sem limites. Gostosa!
Lá pelas tantas, depois da meia noite, me encontrava no meio do cafezal com a morena mamando meu cacete dentro da cabine da caminhonete.
Ela batia aquela punheta gostosa, com meu pau enterrado até a goela.
Como de costume, a safada abriu a porta, abaixou calça e calcinha, e após sessão de linguadas em sua buceta virgem e seu cuzinho amigo, velho conhecido, soquei sem dó em suas entranhas anais.
Era sempre tenso o início de nosso sexo, mas ela relaxava e a coisa seguia tranquila. Mas naquela noite, a malvada estranhou.
Eu demorei além da conta para gozar. Quase rasguei ao meio aquele rabão gostoso, mas nada de gozar. A morena muito cismada, entre gemidos e reclamações:
-Beto, seu fia da puta, você meteu hoje né...cachorro! Já gozou né...safado… tá acabando comigo amor…
Demorei mais de hora para leitar quantidade modesta em seus interiores!!
Tive que ter jogo de cintura para tourear minha amiga. Mas, como sempre, terminamos a noite em clima de romance!
Cheguei em casa tarde, madrugada alta, passava das 3:00hs.
Dormi até as 8:00hs, acordei tranquilo, sereno…
Nem tomei café, fiquei de bobeira pela casa, depois fui esparramar minhas tralhas de arreio ao sol…
Lá pelas 11:00hs almocei pouco, fiquei atento no horário.
Havia deixado um cavalo no cabresto, e quando bateu meio dia, joguei as tralhas no lombo do animal, e fui encontrar minha preta gostosa, a Ana!!!
Cheguei no local combinado, ela ainda não havia chegado. Esperei por uns 15 minutos até a moça aparecer.
Quando me viu, abriu um sorrisão dos mais lindos, e correu para me abraçar.
Naquele domingo, fizemos amor em nosso canto secreto até depois das 15:00hs.
Eu havia levado uma capa e uns pelegos para forrar o chão. Aquele local foi nosso ninho de amor e safadezas por muitos finais de semana.
Demorou uns 4 ou 5 encontros, mas a medida que ela ia ficando mais apaixonada, suas resistências ao sexo anal diminuindo. E foi em um sábado, entre amassos, chupadas e muitos beijos em seu cuzinho, que tirei a virgindade de seu rabão volumoso. Não foi tarefa das mais fáceis… Como gritou, sofreu e chorou… mas queria sentir-se fêmea completa para seu macho.
Ainda assim, pude lotar seu reto com um volume absurdo do meu sêmen, com mais da metade do meu cacetão entalado naquele cuzinho apertadíssimo.
A visão daquela bunda imensa na minha frente, aquela pele negra toda suada, brilhando…
Mais algumas pregas que mandei para casa em petição de miséria e calamidade pública.
Naquela fatídica tarde, tive que acompanhá-la a pé até nosso ponto de despedida. Não houve possibilidade de montar no cavalo!!!
Essa moça Ana, sempre após nos amarmos, ficava deitada no meu peito, comparando nossas peles, dizendo o quanto ficava tarada quando via meu pauzão sumindo em suas entranhas, e encantada com o contraste de cores dos nossos pentelhos.
Certa vez, chegou a contar que seu finado marido, jovem também, era branquelo, mas não possuía uma ferramenta do calibre da minha.
Contava das fofocas na colônia à meu respeito, e até das saliências que algumas das esposas dos peões sentiam por mim.
Ria por dentro, quando estavam lavando roupas e entravam em assuntos de homem safado e devasso. Era inevitável, e logo ouvia meu nome associado a práticas fornicativas sujas, daquelas que havia ouvido a meu respeito.
Me contava e ria, confessando que molhava a calcinha ao lembrar da minha língua percorrendo suas partes mais íntimas.
Admirou-se quando fiz amor com ela estando em dias de regras!
A mulata Ana era uma delícia...
Foram pouco mais de 4 meses com finais de semana fazendo amor em meio às tabocas. Em três ocasiões a moça não pode comparecer, me enviando recados por intermédio de um menino, que utilizando a desculpa de querer permissão para pescar em nossas terras, me chamava na porteira, escorado em uma bicicleta monareta. Eu sempre dava uns trocos ao nosso jovem cúmplice. Que saía a toda pelo estradão de terra poeirenta com minha resposta à mulata.
Mas não fosse sábado, domingo era certeza!
Uma outra coisa que me marcou na lembrança, foi certa vez em que comentei que estaria indo à Prudente, e levaria um presente à ela. A mulata fechou a cara, e respondeu muito séria, que de mim, só queria os carinhos, nada mais!
Mas, como tudo que é bom dura pouco, seu pai, desentendeu-se com o velho fazendeiro, seu patrão e nosso vizinho, que de fato, como boiadeiro, era um excelente cafeicultor, e acabaram voltando para sua região, Bauru!
Antes da mudança, tivemos um último encontro, sem sexo, apenas lágrimas, muitas... e uma cartinha que ela havia escrito. Na folha, havia coordenadas de como lhe encontrar, e mais umas confissões, que deveriam ser lidas após sua partida.
Nosso último beijo, lembro-me bem do sabor... O salgado das lágrimas, e o amargo da despedida, e esta, derradeira!
Confesso, foi muito triste…
E eu, bem... segui meu caminho, com muito trabalho, e muitas aventuras amorosas… MUITAS!
Eita tempo Véio!
🐂🐎