Verdades secretas 75 (penúltimo capítulo)

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3830 palavras
Data: 06/05/2021 22:44:42
Última revisão: 06/05/2021 22:46:22
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 75

Víctor abriu os olhos lentamente. Ficou deitado em silêncio por alguns segundos, admirando o marido que adormecia ao seu lado, se encantando com a beleza do rosto de Ivan.

O loiro sentiu um calorzinho no coração preenchido com ternura pelo amado. Delicadamente, tocou no pequena pinta que habitava em baixo do olho do moreno e a beijou.

Ivan se remexeu um pouco, mas permaneceu adormecido. Victor sorriu malicioso e levou a mão até o membro do marido e ficou excitado ao perceber a ereção. Foi penetrando a mãozinha quente por dentro do short do pijama de Ivan. Ao pé do ouvido cantou:

_ Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muito anos de vida.

Ivan despertou sorrindo com a doce melodia da voz do amado e se sentindo excitado com aquela mãozinhas deliciosa.

Deu uma gemida, que deixou Victor louco de tesão. Envolveu-o em seus braços, entrelaçando as suas pernas.

_ Feliz aniversário, amorzinho. Que você tenha uma vida longa e muito feliz! Obrigado por existir, meu bem, e me fazer muito feliz._ disse dando um selinho em Ivan.

_ Se for para acordar com essa mãozinha safada desse jeito, eu quero fazer aniversário todos os dias.

Ivan não resistiu ao belo sorriso do loirinho e o beijou, saboreando aquela boquinha com a sua língua quente.

Com as duas mãos, abaixou a cueca de Víctor e explorou a sua bunda, acariciando-o e dando leves tapinhas.

_ O que quer de presente, bebê?

_ Esta bundinha gostosa.

_ Isso não vale, amor. Ela já é sua!

_ Eu quero agora. Quero comer este cuzinho gostosinho.

Víctor deu o seu sorriso safado, mordendo o lábio inferior.

Víctor subiu em cima de Ivan e ficou roçando a bunda em cima do pau do marido.

Ivan puxou a sua cabeça para si e o beijou.

O loiro interrompeu o beijo e começou a beijar o pescoço, acariciando o tórax nu e retirando o short do moreno.

Beijou as suas pernas e virilhas. Em seguida preencheu a boca com o membro do marido e o saboreou, provocando gemidos em Ivan.

O moreno acariciava os cabelos loiros de Víctor, sentindo aquela boquinha deliciosa devorando o seu pau.

_ Vem cá. Eu não quero gozar agora. Primeiro, eu quero me divertir com esse rabinho.

Victor subiu ficando com os olhos em direção a Ivan.

Ambos sorriam um para outro. O loiro acariciava o rosto do marido, sentindo ser dominado pelo amor.

Os olhares em doces irradiavam os melhores sentimentos que os seus corações poderiam sentir.

Suas bocas se tocaram num beijo e arrepios percorriam os seus corpos, enquanto se tocavam.

Num giro, Ivan mudou as posições, pondo Víctor deitado na cama e ele por cima.

Não resistiu a aqueles belos mamilos rosados e caiu de boca. Víctor gemia como um gatinho, tendo o rosto avermelhado e deixando o corpo vulnerável ao bel prazer do marido.

Foi abrindo as pernas, que estavam bambas, para receber o marido dentro dele.

O moreno explorou o seu peito e barriga com beijos e chupadas, descendo até o seu pênis o beijando.

Engoliu-o aos poucos, enquanto penetrava dois dedos umedecidos no cuzinho do marido, e com a outra mão brincava com os biquinhos dos peitinhos do loirinho.

Víctor gemia cada vez mais, enquanto rebolava nos dedos de Ivan.

Os seus gemidos eram sussurantes e manhosos, quase femininos, deixando Ivan louco de tesão chupando e dedando com mais vontade.

_ Aiiiiii! Ai, delícia! Aaaaa! Você é tão gostoso! Aaaiii!

Ivan se viu louco de tesão, quando o cuzinho do marido piscava em seus dedos.

Vendo o menino se retorcer gemendo, beijou a sua boca.

Retirou os dedos e levou a boca até aquele buraquinho, se deliciando, chupando aquela grutinha.

_ Aiiii! Ai, caralho! Me fode, vai! Aiiii, amor, me coma gostoso.

_ É pica que tu quer, neném? É pica tu vai ter. Delícia!

Ivan ergueu as pernas do loirinho até os seus ombros e penetrou todo o pênis no menino.

Com as respirações ofegantes e o suor percorrendo por suas peles, seus corpos se deliciavam um com o outro. Devoravam-se num desejo ardente.

O rangido da cama era proporcional ao ritmo das estocadas dos seus corpos.

Víctor abraçava o amado com força, se entregando por completo ao seu homem.

_ Caralho! Que cuzinho gostoso da porra! Menino, você me deixa louco!

Ivan o beijava, devorando-o. O loiro sorriu se deliciando com o líquido quentinho que invadia as suas entranhas.

Mesmo depois de ter gozado, Ivan permaneceu deitado sobre Víctor, acariciando o seu rostinho o olhando com carinho, enquanto o masturbava.

Víctor sentia-se tão amado e protegido que desejou que aquele momento não terminasse nunca.

Fechou os olhos e teve os lábios beijados, gozando não mão do moreno.

_Eu amo quando você come assim...tão gostosinho.

_ Com essa delícia de cuzinho, eu como com prazer.

_ Esse pauzão também não fica atrás. Grande e habilidoso. Do jeitinho que eu gosto.

Ivan não resistiu a expressão mista de doce e safada do marido e o beijou.

_ Hoje eu estou fazendo trinta e dois anos. Nada mais justo que eu te coma trinta e duas vezes.

_ Que isso, amorzinho?! Coitadinho do meu cuzinho! _ Víctor disse sorrindo.

_ Coitadinho nada. Ele vai ficar bem felizinho.

Ivan o beijou com o seu "garoto " animado. No entanto, a vozinha de Alice chamando por eles pela babá eletrônica, atrapalhou os seus planos.

_ Pelo visto vamos ter que deixar a nossa festinha para mais tarde. São ossos da paternidade._ Víctor disse encolhendo os ombros.

Ivan fez beicinho lamentando e deitou a cabeça sobre o peito de Víctor.

_ Droga!

Mesmo sendo o seu aniversário e um dia de sábado, Ivan passou por cima da sua vontade de ficar em casa com a sua família para ir até a concessionária para atender a um pedido de ajuda do seu amigo.

Renato o ligou pedindo auxílio para a resolução de problemas administrativos.

O empresário o recebeu com um abraçando, o felicitando pelo seu aniversário. Presenteou-o com uma garrafa de Hennessy, o que deixou o moreno muito feliz.

_ Cara, você é incrível mesmo! Adorei! Vou servi-la na próxima visita que você fizer a minha casa.

Eles conversaram por um bom tempo sobre seus casamentos, Alice, negocios e futebol.

Ambos adoravam passar um tempo juntos, que isso não aconteciam com tanta frequência como antes, devido a correria de suas vidas.

A gerente interrompeu a conversa dos amigos, batendo na porta, informando a Renato que um cliente estava a sua espera.

Como se tratava de um cliente especial, Renato pediu licença a Ivan e foi atendê-lo.

_ Fique à vontade aí. Eu já volto. É só um momento.

Paulo entrou feliz na concessionária. Por fim havia conseguido juntar uma boa quantia em dinheiro para comprar um carro novo.

Ficou ainda mais empolgado quando o genro o ofereceu um desconto de 50 por cento em qualquer carro escolhido.

Assim que chegou, foi atendido pela gerente simpática.

_ Oi, seu Paulo! Que bom ver o senhor. Como está?

_ Oi, minha querida. Eu estou bem e você?

_ Ótima.

_ Então, eu vim comprar o meu carro novo. Graças a deus que depois de anos eu vou trocar aquela lata velha por um veículo decente.

_ Louvado seja Deus! Esse nunca falha.

_ É verdade, minha filha. Deus é fiel.

_ O senhor pode ficar à vontade para escolher. Eu vou chamar a Virgínia para o ajudar.

_ Na verdade. Eu combinei com o meu genro que ele me atenderia. Ele me disse que tinha umas dicas... e também, assim a gente troca um dedinho de prosa.

_ Ah, tá certo. O Renato está um pouco ocupado agora. Mas, o senhor pode aguardar no escritório dele. Aceita um cafezinho?

_ Vou aceitar sim, minha filha. Um cafezinho cairia bem.

_ Eu vou levar lá para o senhor.

_ obrigado.

O idoso caminhou feliz em direção ao escritório, mas o seu sorriso desapareceu ao ver Ivan sentado à mesa.

O moreno ficou desconcertado a presença de Paulo, mas o uso da boa educação falou mais alto.

_ Bom dia, seu Paulo.

Paulo não conseguia conter a raiva.

_ Meu dia estava bom até te ver. Eu volto outra hora.

_ O senhor não precisa agir desse jeito. Nós somos dois homens adultos. Sente-se. O Renato já está vindo.

_ só há um único homem aqui dentro deste escritório, que sou eu. Você não passa de um moleque violento. Eu me recuso a estar no mesmo ambiente de alguém que destruiu a minha família. Por sua culpa mãe e filho cortaram relações. Justo Andréia e Víctor que sempre se deram tão bem.

_ Olha aqui, seu Paulo, eu admito que errei muito com o Victor e me arrependo amargamente por isso, mas eu não tenho culpa nenhuma se a sua filha é uma cabeça duro e virou as costas para o próprio filho p ir causa de uma birra besta.

_ Você é muito insolente mesmo. Se acha o rei do mundo porque tem dinheiro e poder! Mas, não passa de um mau caráter! Um salafrário!

_ Eu não sou obrigado a ouvir os seus insultos. Peço que me trate com a mesma educação que eu dirijo ao senhor.

_ Que mané educação! Eu não consigo entender como você sai impune depois de tudo que fez ao meu neto. Você é responsável sim pelo desacordo dos dois! A minha filha é uma boa mãe e não aceita que o filho viva sob o mesmo teto que o homem que tentou matá-lo. Ela está coberta de razão! Isso é inaceitável!

_ Eu entendo que como uma boa mãe que a Andréia é, ela esteja preocupada com a segurança do filho. Mas, se afastar dele não é uma atitude correta. O Víctor está sofrendo por causa disso, sabia? Ele chora de saudades dela! E também creio que ela sinta muitas saudades dele. Logo, todo esse orgulho da Andréia é burrice. Só está levando ambos ao sofrimento.

_ Tudo por culpa sua! Eu tenho certeza que você está feliz com tudo isso.

_ Aí que o senhor se engana. Eu amo o seu neto. O que mais me dói é sofrimento dele.

_ Cínico! Você o causou sofrimento quando quase o levou a óbito com uma pancada na cabeça! Mas, quer saber? Eu não vou perder o meu tempo discutindo com você. A sua presença me dar refluxo. Diga ao Renato que eu volto outro dia.

Paulo saiu da sala revoltado.

Renato o acompanhou até em casa. Víctor havia ligado para o padrasto o convidando para almoçar com eles, em comemoração ao aniversário de Ivan.

Durante todo o trajeto para casa, Ivan permaneceu calado, deixando apenas Renato falar, mas não o ouvia, pois estava pensativo. Estava triste por causa do rompimento da relação de Víctor com Andréia. Lamentava em silêncio o sofrimento do seu Solzinho.

Ao chegar em casa, foi surpreendido com uma festa na piscina.

Todos o receberam com aplausos e cantando "Parabéns para você".

Sua reação foi um sorriso e um beijo no marido.

_ Ah, gente! Eu nem sei o que dizer...estou tão emocionado.

Alice correu alegrinha para abraçar o pai. Esticou os bracinhos querendo colo.

Ele a abraçou e a beijou no rostinho.

_ Feliz "bessálio ", papai! Eu te amo muuuitoooo!

_Eu também te amo muito, minha luazinha!

Devido a sua educação em solos europeus, Ivan não tinha o hábito de expressar os seus sentimentos em público. Contudo, o carinho e afeto que recebia da sua família não o deixou conter as lágrimas.

Nunca teve carinho e amor familiar. E agora que possuía tudo isso, se sentia tão feliz por ser amado como nunca se foi na vida.

Víctor havia organizado um churrasco surpresa para comemorar o aniversário do marido.

Convidou poucas pessoas, apenas as que considerava especiais. Renato, Fernanda, Virgínia, os empregados da casa, pois o casal Matarazzo tinha um carinho enorme por eles e convidou uns poucos amigos íntimos de Ivan.

Virgínia não era amiga de Ivan como antes. Internamente, ainda desaprovava a volta do casal, mas por respeito ao amigo, evitava tocar no assunto e procurava se dar bem com Ivan de um jeito formal. Foi ao churrasco a pedido de Víctor, que além da sua presença, solicitou a sua ajuda para a organização.

Maria foi convidada e levou os dois filhos: Pietro de 4 anos e Gabriel de 6. Víctor e Ivan ficaram muito felizes em ver Alice brincar alegremente com os meninos. Concluiu que aquele tipo de socialização faria bem a pequena. Ivan pediu a que Maria levasse os meninos mais vezes em sua casa para brincar com a sua filha.

_ O senhor tem certeza, seu Ivan?

_ Claro, Maria. A casa é grande e Alice tem muitos brinquedos. Não quero que ela seja uma criança solitária como eu fui.

_ Obrigado, seu Ivan. Os meninos vão adorar.

Walace e a família também compareceram. Víctor achou apropriado o convidar, o que agradou muito a Ivan, já que a relação deles estava indo além de patrão e empregado. Estavam se tornando amigos.

Alice agarrou as pernas de Renato.

_ Vovô! Vovô!

_ Oh, meu amorzinho. Vem aqui dar um beijo no vovô.

Renato a pegou no colo e a menina o beijou no rosto e recebeu o mesmo tratamento. Com o decorrer do tempo em que estava convivendo com os pais, Alice estava reproduzindo com as pessoas a sua volta o amor e o carinho que recebia deles.

_ Vovô, cadê a vovó "Andeia "? Eu tô com "xaudade " dela.

Víctor abaixou o olhar entristecido, despertando pena em Ivan.

_ A vovó teve que resolver um probleminha e não pode vir. Mas, ela mandou um beijão assim oh pra você.

Renato a beijou no rosto.

_ Vovó nunca veio aqui na casa minha.

_ Filha, vá brincar com os seus amiguinhos, vá._ disse Ivan.

Renato a pôs no chão e ela correu em direção aos meninos, que brincavam no parquinho.

_ Alice, não corra! Você cair, menina!

_ Deixe ela, amor! A menina tá se divertindo.

_ E se ela cair, Ivan? Pode se machucar toda e...

_ Credo, Vitinho! Você tá parecendo a sua mãe quando você era criança. O Ivan tem razão! Deixe a menina! _ disse Virgínia.

_ Não exagera, Virgínia!

_ Eu vou ter concordar com a Virgínia. O Víctor exagera no zelo. Esses dias ele não me deixou ensinar a menina a andar de bicicleta por medo dela cair e se machucar.

_ Igual a Andréia fazia com ele. É por isso que ele não sabe andar de bicicleta até hoje.

_ Um fruto nunca cai longe da árvore._ disse Renato.

_ Ah, gente! Me deixe! Eu não estou exagerando. Só estou fazendo a minha obrigação de pai.

_ Até as frases dela você está reproduzindo, meu enteado.

_ Tal mãe, tal filho. _ disse Virgínia.

Víctor mostrou a língua para ela.

Gael chegou um pouco depois. Alice correu feliz para abraçá-lo. Ela era apaixonada pelo primo e vice versa.

Víctor observava feliz o retorno da amizade entre os primos. Ivan e Gael voltaram a se dar bem como antes.

Ambos se visitavam em suas casas, jogavam futebol juntos todas as quartas, junto com Renato, Walace e outros amigos.

Víctor observava que o clima familiar fazia bem ao marido e isso o deixava feliz.

Ele lamentava por Luíza se recusar a se relacionar com irmão. Ela ainda não o havia perdoado pelo mal que ele fez a Gael e prefiria não ter relações com ele.

Ivan lamentava, pois desejava ter uma boa relação com a irmã, mas respeitava a decisão dela, se mantendo distante.

Como Alice andava com dificuldades para comer, Víctor passou a preparar pratos decorativos, como Andréia fazia para ele quando era criança.

Colocou duas rodelas de cenouras para serem olhos, um fio de casca de tomate como boca e a salada de alface com o peito de frango picado para serem os cabelos.

_ Nossa! Que criativo, Vitinho! Amei!

_ Só assim para a Alice comer. Ela tem andado preguiçosa na hora da refeição. Aí apelei para a criatividade._ Víctor dizia arrumando o prato para a filha e entregando a babá.

_ Insista até ela comer tudo.

_ Pode deixar, Víctor. _ disse a babá, se retirando.

_ Sabe, Maria, a minha mãe fazia pratos assim pra mim quando eu era criança. Mesmo chegando cansada do colégio e trabalho, ela tirava um tempinho para cuidar de mim.

Víctor deitou a cabeça no ombro de Maria e respirou fundo.

_ Eu sinto tanta saudade dela.

_ E por que não vai visitá-la?

_ Tenho medo que me expulse como fez da última vez que nos vimos.

_ Mas, isso já faz tantos meses! Ela já deve ter esfriado a cabeça.

_ Acho que não. Desde aquele dia, ela nunca mais entrou em contato. Acho que, infelizmente, ela me odeia.

_ Não! Não! Dê jeito nenhum! Ela não é como a dona Sônia! Eu não a conheço muito bem, mas pelo que você e o seu Ivan dizem, eu tenho certeza que ela é uma boa mãe. Amor de mãe não acaba, Vitinho.

"Sabe de uma coisa? Por mais que eu goste muito do seu Ivan, sei o quanto ele te ama e torci muito para que vocês dois ficassem juntos, eu entendo a Andréia. Não é fácil para uma mãe aceitar que o filho volte para o homem que fez o que seu Ivan fez. Eu no lugar dela também não aceitaria.

"Por isso, eu acho que vocês precisam se reaproximarem. Ela precisa saber que você está em segurança, que o seu Ivan o trata muito bem e que está feliz. Acho que depois de tudo isso, ela vai ficar mais tranquila."

_ Eu quero muito rever a minha mãe, mas não tenho coragem de procurá-la.

_ Mande uma carta para ela. Peça ao seu Renato que a entregue. Expresse na carta todo o seu amor por ela, diga que está bem e feliz e que sente saudades.

_ Você acha que devo?

_ Lógico! Dê o primeiro passo, Vitinho.

Víctor sorriu animado com a ideia.

No fim da festa, Ivan cortou duas fatias de bolo.

_ É tradição oferecer a primeira fatia a alguém especial. Mas, eu sou sortudo o suficiente de ter dois grandes amores na minha vida. Duas luzes que fazem meus dias felizes: o meu Solzinho e a minha luazinha. Vocês são tudo pra mim.

Ambos beijaram o aniversariante no rosto e o abraçaram diante dos aplausos dos convidados.

No dia seguinte, Ivan aproveitou para passar o dia em casa curtindo a família.

Mesmo tentando aparentar felicidade, Víctor não conseguia disfarçar a tristeza que era percebida por Ivan.

Ele abraçou o loirinho e o beijou.

_ Quer conversar?

_ Não. Só quero ficar abraçadinho contigo.

Assim permaneceram deitados na rede, observando Alice brincar no quintal da casa.

Víctor apoiava a cabeça no peito do marido, enquanto recebia um cafuné.

_ Eu odeio te ver tristinho, meu Solzinho.

_ vai passar, amorzinho.

Víctor deu um selinho no marido.

O loiro comentou sobre a ideia de Maria de escrever uma carta para Andréia e Ivan o apoiou.

_ Seu aniversário está chegando, neném. Temos que fazer uma festinha para comemorar. O Gael deu a ideia de comemorarmos no Queer'club. Eu acho uma boa ideia. A juventude deve ser celebrada numa balada. Eu estou pensando em alugar a boate para a festa.

_ Bem a cara do Gael querer farra para tudo.

_ Mas, eu prefiro algo mais familar e mais íntimo. Com um clima apropriado para receber a minha família e a nossa bebê.

_ Você quer uma festinha aqui em casa?

_ Pode ser. Mas, nada de exageros. Quero algo mais íntimo. Só para família e amigos íntimos.

_ Que seja feita a sua vontade, amor da minha vida. Os 20 aninhos do meu neném será comemorado do jeitinho que ele quiser.

Ivan o beijou.

À noite, Ivan ficou assistindo desenho animado com Alice na sala de cinema. Enquanto, Víctor repousava no quarto, pois havia reclamado de dor de cabeça.

_ Papai, eu vou fazer pipi.

_ Eu vou te levar.

_ Não precisa, papai. Eu sou uma mocinha!

_ Olha só! Temos uma mocinha independente aqui! Então, tá né!

Ivan admirava a sua filhinha caminhar vestida com o seu pijaminha branco com estampas de bichinhos e o seu cabelinho penteado como maria-chiquinha. Ela carregava o seu inseparável coelho rosa de pelúcia.

Ao sair do banheiro e passar pela porta do quarto do casal, a menina se entristeceu ao ouvir um choro vindo do quarto. Ela abriu a porta devagar e viu que Víctor chorava, olhando para a janela.

Assustada, ela correu para o cinema, com os olhinhos umedecidos.

_ Papai Ivan! Papai Ivan! O papai Víctor está chorando.

A menina dizia chorando também.

Ivan foi até o quarto, deitou na cama e abraçou o marido.

Ele já sabia o motivo da tristeza de Víctor e não quis perguntar. Alice entrou com o dedinho na boca e ficou olhando da soleira da porta, abraçando o seu coelho.

Ao ver a filha, Víctor secou as lágrimas e sorriu, pois temia assustá-la. Ele esticou os braços e ela pulou na cama o abraçando.

_ Por que você tá chorando, papai?

_ Foi um cisco que caiu no meu olho.

_ Mas, os dois olhos estão chorando! Caíram dois ciscos, papai?

_ Sim, meu amor. Mas, já saíram.

Ele a manteve em seu colo até a menina adormecer. Ivan permaneceu ao seu lado, o abraçando.

Ivan não conseguiu dormir bem. Mergulhou em seus pensamentos, revoltado com a tristeza do marido.

Levantou cedo, e com cuidado para não acordar o marido. Tomou banho e escovou os dentes. Arrumou-se com o seu terno Armani e pegou a carta que Víctor havia escrito para Andréia.

Ao descer as escadas, encontrou Maria e Dora, que havia acabado de chegar.

_ Bom dia! Bom dia!

Ele as cumprimentou e foi andando em direção à porta.

_ O senhor não vai tomar café da manhã, seu Ivan?_ perguntou Maria.

_ Hoje não. Mas, me faz um favor? Prepare o café da manhã do Víctor com todo carinho e leve para ele na cama. Ele está um pouco triste.

_ Pode deixar, seu Ivan. Eu vou fazer com todo carinho do mundo.

Andréia despertou com o barulho da companhia. Imaginou que deveria ser a sua empregada, que havia perdido ou esquecido a chave.

Ao abrir a porta ainda vestido com baby doll de cetim rosado, ficou surpreendida com Ivan diante dela.

Ele entrou sem ser convidado.

_ Nós precisamos conversar.

Andréia sentiu um ódio feroz. Manteve a porta aberta.

_ Como se atreve a pisar na minha casa, demônio? Fora daqui!

Ivan foi até a porta e a fechou.

_ Você já invadiu a minha casa e me agrediu, sempre disse tudo o que quis na minha cara e agora é a sua vez de me ouvir!

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Comentários

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Caramba, lição de moral em comentários em um site de contos é o fim do mundo.

Andreia não é vilã, e nem Ivan, e Victor não é mocinho.

Digo que, é mais que obvio que Andreia tem todos os motivos do mundo para não gostar de Ivan, e eu jamais tiraria a razão dela, agora agir como ela está agindo, não condiz com uma mãe que ama o seu filho, então somente ficarei ao seu lado se fizer o que eu quiser? Ou fica com quem eu quero eu tchau? Victor já tentou fazer as vontades da mão, e acabou com Ítalo, e no que deu? Apanhou, sofreu um relacionamento abusivo...

Não somos obrigados a concordar, e nem a gostar de ninguém, mas respeitar o que outrem escolheu...

E outra nada nessa vida é justo, se a vida fosse justa, todas as lagrimas seriam de felicidades...

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Eu já expliquei mil vezes que Andréia não está sendo descrita como vilã. Ela não aceita a relação do filho e tem bons motivos para isso.

Já tá chato esse papo de Andréia vilã. O texto está bem claro.

Vcs se prendem muito ao velho modelo de mocinhos e vilões. Os personagens são compostos de qualidades e defeitos. Agora se uns gostam de Andréia e outros de Ivan aí vai de cada um.

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Abduzeedo, eu não sou o pai de vcs para os ensinar valores. Minhas histórias não têm fins pedagógicos. Eu apenas conto histórias.

Livros como O Cortiço e O crime do Padre Amaro tiveram finais nada justos e nem por isso os autores e leitores que gostaram da obra tinham caráter distorcidos.

Vc pode julgar os personagens, mas não as pessoas.

O fato delas gostarem de um personagem como o Ivan não as transformam em monstros. Mais respeito com o próximo.

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Li o dia todo e precisei comentar. A mensagem que absorvi desse conto é: Seja ruim com todo mundo e no final será recompensado. O Ivan não respondeu por nada do que fez a história toda. É inacreditável e frustrante que você vai terminar a história com ele de boa depois de tudo que ele fez. Sério, qual moral esse cara tem pra dirigir a palavra a Andrea dessa forma? Por que ela está sendo tratada como a vilã da história? Em um mundo justo o Ivan estaria preso ou morto. Pra mim fica obvio que a razão so pode ser porque alguns leitores daqui (com nocões de caracter bem distorcidas) simpatizaram com o personagem e isso afetou sua escrita. Muda o titulo do conto para "Valores Invertidos". Se encaixa melhor...

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Sem palavras.....está demais....pena não haver segunda temporada.

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Fiquei de plantão aqui no site esperando o capítulo ser postado hahahahahahaha. Finalmente a hora do embate.

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