É incrível como esse tipo de abertura no casamento provoca alterações no cotidiano. No meu caso, passei a conviver com pensamentos confusos depois que o relacionamento entre minha esposa e Bernardo se tornou estável e com minha aprovação. Por força da minha profissão sou obrigado a passar várias horas longe de casa, inclusive a noite ou a madrugada, e a possibilidade de que essa ausência crie oportunidades maiores e mais seguidas para que eles teclem é uma situação que causa sentimentos conflitantes. Várias vezes, no plantão noturno principalmente, me passava pela cabeça que minha esposa naquele momento poderia estar no computador, teclando com Bernardo, e trocando com ele as imagens eróticas com que se presenteavam e se davam tanto prazer.
Estava muito claro para mim que Bernardo adorava aquela relação virtual de alto erotismo e que minha esposa causava nele um tesão incontrolável. Também estava muito claro que Magda se envolvera completamente com o romance virtual e que sua autoestima estava elevadíssima por causar em Bernardo tanto tesão. Sentia-se valorizada como fêmea por estar despertando os instintos de outro macho, que não o seu marido. E essa entrega recíproca entre eles, que me excitava quando eu estava presente, me causava certo ciúme quando imaginava que poderiam estar “namorando” enquanto eu trabalhava.
Uma noite, no plantão, abri um endereço de Skype e digitei os endereços de Bernardo e Magda, que havia anotado. Não deu outra, ambos estavam “on line”. Um frio cortou minha espinha ao imaginar minha esposa sozinha em nosso apartamento, completamente liberada para fazer o que bem entendesse com Bernardo. Milhões de imagens passaram na minha cabeça e uma excitação incontrolável tomou conta de mim. Desejei largar o plantão e correr para casa, para assistir ao espetáculo que ela certamente estaria proporcionando a ele. Mas isso era impossível, minha responsabilidade profissional falou mais alto e a solução foi ir ao banheiro e me masturbar.
Passadas algumas horas percebi que Magda havia saído do skypee apenas Bernardo permanecia. Meio sem jeito e sem saber o que dizer, chamei-o:
(ANDRÉ) – Ola, Bernardo... é André, esposo da Magda...
(BE) – ola, doutor, como vai o amigo? Espero q estejas bem.
(ANDRÉ) – Tudo bem... tranquilo... no meio deum plantão... mas faz parte da profissão. Movimento calmo resolvi entrar um pouco pra ver o movimento “on line”. Entrei antes, mas vi que vc estava ocupado... era com a Magda?
(BE) – sim, doutor. A gente estava “se ocupando”. Tudo bem ou vc fica chateado?
(ANDRÉ) – Pois é, Bernardo... meio estranho isso pra mim. Mas agora acho que já era... isso já é fato consumado pra nós três. Embora ainda não esteja acostumado a nova realidade do meu casamento, tá tudo bem.
(BE) – legal q vc leva na boa, doutor. Longe de mim criar problema no casamento de vcs.
(ANDRÉ) – Não, não... não tá criando, cara. Mas e ai... como foi hoje?
(BE) – ahh, André... como sempre... espetacular... tua mulher é sensacional... imagino como não deve ser aquele animal ao vivo
Ouvir Bernardo tratando-a como “animal” me provocou uma sensação que jamais havia sentido. Vê-lo colocando minha esposa na condição de “fêmea”, sem definir o gênero, me excitou e me deixou curioso. Como ele realmente a via? Como uma fêmea do gênero humano? Uma égua? Uma cadela? Uma leoa???
Mas não tive coragem de perguntar nada desse tipo. Ainda não tinha suficiente intimidade com ele para esse tipo de abertura. Mas eu queria enveredar para um papo mais quente:
(ANDRÉ) – O q vc mais curte nela, cara?
(BE) – puxa vida, doutor... não me faz pergunta difícil. Tua mulher é completa, cara... é uma égua de cima a baixo...
Aí estava, mais rápido do que eu esperava, respondida a pergunta que fiz a mim mesmo segundos antes.
(BE) – mas do pescoço pra baixo posso assegurar que aquilo é um monumento de mulher. Ela sempre evita mostrar o rosto, por isso não posso avaliar as feições. Mas os peitos, o rabo e as pernas são uma obra do criador.
Eu estava sem saber o que dizer. Vibrava lendo ele escrever isso sobre minha esposa, mas não queria demonstrar para não abrir totalmente o jogo e procurar manter um resto respeito entre eu e ele.
(BE) – e outra coisa q me enche de tesão é saber que ela é uma médica, uma senhora casada, uma pessoa importante no mundo profissional dela, mas quando abrimos as nossas câmeras ela se transforma numa puta, cheia de movimentos e bailados que parecem uma vedete de cabaré chique.
(ANDRÉ) – Eu te entendo, cara. Se pra mim que sou o marido aquelas cenas que presenciei, apesar de me fazerem sentir um pouco de ciúmes, me dão um tesão enorme, imagino vc que é o garanhão.
(BE) – ahh... o ciúme é normal, doutor... eu te confesso que depois q desligamos as câmeras eu fico com ciúme de vc, imaginando a trepada de vcs. Me sinto até meio fazendo papel de bobo, porque eu preparo a égua, ponho a encilha, mas é vc q monta e galopa... kkkkk
(ANDRÈ) – kkkk... é mas as vezes vc deixa ela exausta e não me sobra nada kkkk
(BE) – doutor, posso perguntar uma coisa meio indiscreta? Não me leva a mal?
(ANDRÈ) – Fala, cara...
(BE) – desculpa, doutor... mas é uma curiosidade que tenho q me enche de tesão... já fez o cuzinho de la?
(ANDRÉ) – Não, cara...
(BE) – nunca tentou ou ela não curte?
(ANDRÈ) – nunca tentei...acho que não é o perfil dela.... sei lá... pelo que conheço dela não é o tipo de mulher que curta dar o cu
(BE) – putz, doutor... que desperdício... aquele rabo sensacional a disposição e vc não usa... pqp...
(ANDRÈ) – pois é, cara... o casamento impõe alguns conceitos que são difíceis de quebrar. Elas acham que sexo anal coisa de puta, que não fica bem para uma mulher casada fazer com o marido.
(BE) – é... sei disso... mas aí quando conhecem um cara a primeira coisa que pedem é uma rola no cu. Se fazem de santa com o marido e quando pinta um sacana já vão logo virando o rabo.
(ANDRÉ) – Verdade. Pior é que vc tem razão.
(BE) – vc não pode deixar assim, doutor. Tem que buscar esse tesouro. Se olhar pra aquele rabo quando ela fica virada de bunda já é uma coisa de enlouquecer... é uma visão do paraíso misturada com a do inferno... imagina atola o cacete naquele cuzão... nossa... meu coração quase sai pela boca só de imaginar.
Novamente fiquei sem palavras. A conversa estava tomando uma intimidade que eu não esperava fosse tão imediata. Ele voltou à carga:
(BE) – vc tem vontade, doutor??? Acho que posso te ajudar nisso. Acho que posso abrir a cabeça dela pra isso. Assim te pago um pouco do muito que vc me proporciona.
(ANDRÈ) – pois é, cara... acho q vc tem mais liberdade pra entrar nesse assunto com ela. Pra mim é difícil.
(BE) – deixa comigo, doutor.
Estava chegando minha hora de deixar o plantão. Aquele papo havia sido algo inexplicável para mim. Senti que minha “amizade” com ele havia mudado. Eu estava confiando no cara. Nos despedimos, desliguei o computador e fui pra casa.