~ continuando ~
#Dia a dia#
ㅤEra cedo quando acordei. Eu estava deitado no braço de Philip com uma mão sobre seu peito. Sentia sua respiração lenta e o perfume de sua pele. Abri os olhos e o vi dormindo ainda. Levantei-me lentamente para não acordá-lo e segui na ponta dos pés até o closet pegar uma roupa. Depois de vestido, fui até ele e dei um beijo em seu rosto.
ㅤSegui até a cozinha e dei uma volta pelo centro da mesa. Pelo jeito, ele havia feito compras, pois no cesto do centro haviam muitas frutas. Peguei algumas e fiz uma vitamina para mim e coloquei na geladeira a parte do Philip.
ㅤQuando me viro o vejo entrando pela cozinha apenas de boxer com uma cara de sono. Ele veio até mim e depois me abraçou, dando-me um demorado beijo.
- Bom dia! – Sorriu ele. – Tem pra mim? – Perguntou olhando para meu copo.
- Tem sim, na geladeira! – Disse.
- Começa assim que eu fico mal acostumado! – Brincou ele.
ㅤDepois de pegar sua vitamina, ele foi até o armário e girou a portinhola revelando uma televisão. Ligou-a e se sentou ao meu lado.
- Nem sabia que tinha televisão aqui! – Comentei surpreso.
- Meus tios normalmente comiam aqui, então, assistiam televisão juntos!
- Hummmm!
- Fiquei feliz em saber que você e sua mãe voltaram a se falar! – Disse ele.
- Ah sim, havia me esquecido de lhe comentar, a morte do meu pai nos reaproximou, ela contou algumas coisas...
- Que coisas? – Perguntou curioso. Então contei tudo a ele o que minha mãe havia falado naquele dia, sobre minha irmã e de como ela ainda me odiava e os motivos.
- Será que aquele rapaz que estava com sua mãe era o que você me disse? – Perguntou ele.
- Quando? Não estou sabendo de nenhum rapaz! – Disse.
- No hospital, havia um cara todo o tempo com ela!
- Não sei, deve ser algum assessor ou sei lá!
- O que faremos hoje? – Perguntou ele.
- Podíamos convidar os garotos para virem aqui assistir algum filme, vi que na sala há muitos!
- Boa ideia! – Ele se levantou e me deu um beijo. Logo depois saiu da cozinha dizendo que ia ligar para eles.
- Não! Eles vão te matar, está cedo! – Disse alto para que ele me ouvisse.
- Melhor! – Assim podemos aproveitar a piscina!
- Tem piscina? – Perguntei surpreso logo me levantando e seguindo em direção a sala e depois saindo para a parte exterior da cobertura. Sim, havia uma grande piscina, churrasqueira, algumas cadeiras para tomar banho de sol e uma parte totalmente florida. Balancei a cabeça e voltei para dentro.
ㅤQuando voltei vi o Philip rindo no telefone.
- Calma, Celo, que estresse! – Riu ele. – Convide os outros para virem aqui resmungão! – Depois ele desligou o telefone e ficou me observando. – Aconteceu algo?
- Não, é que está tudo maravilhoso, mas imaginava nosso começo, conosco trabalhando, batalhando para conseguir tudo juntos, não com tudo isso, é como se tudo caísse do céu!
ㅤEle me olhou e então veio até mim me puxando para si até o sofá e me fazendo ficar por cima dele enquanto deitados.
- Bom, por esse lado não precisamos nos preocupar, agora é trabalhar e manter! – Disse me olhando. – Não se preocupe, Vini.
- Ok, não irei me preocupar, mas não acha que precisamos comprar alguma coisa para comermos à tarde? – Perguntei apoiando meu queixo em seu peito.
- Vamos ao supermercado! – Disse ele.
- Certo!
ㅤLevantei-me e fui para o quarto junto com ele me arrumar. Eu já estava vestido, então apenas penteei os cabelos. Prontos, fomos ao supermercado comprar algumas bobagens para comer, como sorvete, calda de chocolate, morango, entre outras coisas.
ㅤQuando a Manu chegou, ela não se segurou e perguntou:
- Philip, por acaso você ganhou na loteria? – Disse observando o apartamento. – Uau, isso sim pode se chamar de moradia, apartamento, lar, cobertura!
- Que bom que gostou! – Disse o Philip. – Vou na cozinha pegar as coisas para por na mesinha enquanto os outros não chegam!
ㅤLogo depois chegaram o Bruno, o Celo, e a Rafa juntos e depois a Carol e a Eve.
- Pessoal, fiquem à vontade, escolham onde sentarem que eu já volto! – Deixei-os ali e fui para a cozinha ajudar o Philip a trazer o que havíamos comprado para por em uma mesinha de vidro no meio da sala. Quando chegamos, todos já estavam acomodados nos sofás. Naquela tarde vimos A Casa da Colina, Á Espera de um Milagre, que eu me acabei chorando, e por fim, Uma Carta de Amor com o Kevin Costner.
ㅤÁ noite fomos a um bar que tocava música ao vivo e lá se juntaram a nós as irmãs do Philip, que andavam estressadas com os pais deles. Não tocamos muito no assunto até para não chateá-las, uma vez que o Phil já não se importava muito com os pais, principalmente por minha causa, para que eu não me lembrasse deles e de tudo o que aconteceu no passado.
ㅤVoltamos cedo para casa, uma vez que eu tinha que ir para a faculdade cedo na manhã seguinte e ele para o consultório. No outro dia, quando acordamos, ele me deixou na faculdade e disse que pediria para que meu avô deixasse o meu carro no estacionamento para que eu pudesse ir embora, já que ele não teria horário livre.
ㅤOs dias iam passando rapidamente, meus avós já tinham vindo nos visitar e até mesmo, almoçar e jantar conosco. Sempre fazíamos uma reunião em nosso apartamento ou no do Celo e Bruno. Como não éramos de sair muito na noite, foram poucas as vezes que saímos, mas é claro, nos divertíamos muito, preferíamos ir em um bar, pub ou lugares semelhantes para se conversar, ouvir uma boa música...
(Fim da Parte 45)
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#Intercâmbio#
ㅤMarço havia passado, estávamos chegando ao final de Abril. Eu estava cada vez mais atarefado. Muitos trabalhos da faculdade que exigiam muito de mim. Com as provas, eu não me preocupava muito, mas sim os trabalhos que mostravam nossas habilidades, nossa vontade de seguir a profissão e de quão éramos dedicados.
ㅤEu, Manu e Rafa conversávamos em um canto do bar da faculdade quando o diretor do curso entrou e me chamou com um gesto da mão. Na hora pensei até mesmo em correr, mas como eu sabia que não tinha feito nada, eu o segui sem antes me despedir das meninas que me olhavam sem entender.
ㅤQuando cheguei a sua sala, sentei-me na poltrona em frente a sua mesa e o fiquei observando enquanto ele observava alguns trabalhos meus que os professores haviam entregado a ele.
- Vinícius, estive observando seus trabalhos a pedido dos seus professores e vi uma grande evolução neles. Assisti algumas vinhetas que você fez, algumas propagandas para trabalhos do curso e bem, lembro-me que no terceiro semestre você havia se inscrito para um intercâmbio de um semestre em Londres e bem, enviei cópias de seus trabalhos para lá e o pessoal gostou muito e como resposta, disseram que gostariam muito de tê-lo com eles por lá – Disse ele me observando.
ㅤNeste momento senti meu coração sair pela boca. Um intercâmbio? Eu havia sido escolhido entre muitos alunos para fazer um intercâmbio? Eu estava muito surpreso com essa notícia, até porque eu havia me inscrito para ir para Londres na época que eu estava sem o Philip e se eu fosse para Londres, estaria mais perto dele, mas com o passar do tempo havia perdido as esperanças.
- Devo dizer... – Continuou ele. – Que isto acrescentaria muito em seu currículo, você tem um ótimo portfólio, melhor do que muitos formandos. Você teria a hospedagem paga em um albergue de alunos que vão para lá do mundo inteiro, arcaria apenas com outras despesas como alimentação, vestimenta, transporte...
- Eu sinceramente não sei o que dizer, não esperava por isso tão de repente! – Falei ainda sem acreditar.
ㅤEle sorriu.
- É uma oportunidade única. Pense com calma, você têm todo o mês de Maio e Junho. – Disse ele. – Bem, você pode ir!
ㅤSem dizer nada, eu me levantei e sai às pressas para contar a novidade para as meninas. Eu estava muito feliz com essa notícia, mas logo outro sentimento se apoderou de mim. Eu não sabia explicar o que, mas ficar seis meses longe do Philip seria uma tortura. Será que ele aceitaria? Como ele reagiria? Eu estava me dividindo entre a ansiedade, o medo e a felicidade por ter sido escolhido.
ㅤQuando contei as meninas, elas ficaram histéricas. Não paravam de pular, estavam mais felizes até mesmo do que eu. Os alunos passavam por elas e as olhavam, provavelmente pensando que eram duas loucas e que eu deveria ser mais louco ainda por andar com elas.
ㅤEu passei a tarde na faculdade, pois também tinha aula e a noite, quando cheguei em casa o Philip já estava lá, fazendo a janta. Quando me viu veio até mim me beijar. Ele notou que eu estava estranho.
- O que aconteceu? – Perguntou ele me levando até a cozinha.
ㅤLarguei minhas coisas encima da mesa e me sentei.
- Tenho uma notícia que talvez seja boa ou não para você!
ㅤEle parou de fazer as suas coisas e veio se sentar a minha frente.
- O que aconteceu? – Perguntou preocupado.
- É que no terceiro semestre eu havia me inscrito para fazer um intercâmbio em Londres...
ㅤEle ficou imóvel. Provavelmente passava em sua cabeça tudo o que ele havia feito eu passar.
- E hoje o diretor do curso disse que eu fui aceito.
ㅤEle soltou um longo suspiro e abriu um largo sorriso.
- E você vai, não? – Perguntou.
- Depende de você! – Disse meio que com medo de sua reação.
- Óbvio que não depende de mim! E é claro que você vai aceitar, é uma oportunidade única na sua vida, imagine, você está estudando ainda, você poderá até mesmo arranjar um emprego lá fora. Na minha época eu não tive isso! Vini, deixa de ser besta!
ㅤEu deixei meus ombros caírem soltando um longo suspiro de alívio. Ele ao ver isso, riu de mim.
- O que você esperava? – Perguntou ele.
- Que você não fosse aceitar, que fosse ficar chateado! – Confessei.
- Vini! – Disse ele se levantando e vindo até mim, me abraçando por trás e me enchendo de beijos. – Lembra que quando eu voltei para cá, eu tranquei meu mestrado? – Perguntou ele.
- Sim, mas o que isso tem haver... – Eu de repente parei de falar e olhei para ele. – Jura? Você está falando sério?
ㅤEle apenas me prensou na mesa e me beijou.
- Vou junto! – Disse ele entre beijos. – E mesmo que eu não fosse, você, por mim, iria de qualquer forma!
- Ai que bom, Phil, tu não sabes o quanto isto me deixa aliviado e feliz!
- “Tu não sabes...” este teu sotaque me deixa louco! – Disse ele apertando minha cintura enquanto me puxava para si.
- Você está querendo alguma coisa, não? – Perguntei deslizando minhas mãos por seus braços musculosos e depois o envolvendo com meus braços.
- Muitas coisas, uma delas é transar contigo nos Jardins de Kensington! Quando eu estava lá, eu imaginava nós dois...
ㅤEu, então, comecei a rir do seu comentário.
- Seu pervertido! – Acusei-o.
- Muito! – Disse ele. – Vamos jantar antes que eu coma outra coisa mais gostosa! – Piscou.
- Tipo o que? – Perguntei já sabendo a resposta.
- Você! – Sussurrou ele ao meu ouvido.
(Fim da Parte 46)
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#Surpresa#
ㅤEu já estava acostumado com a vida que levava que por sinal era, pelo menos para mim, mais do que perfeita. Dormir e acordar todos os dias ao lado de Philip era algo inexplicável. Fazer amor com ele era perfeito. Conhecíamos cada centímetro do corpo um do outro e mesmo conhecendo, sempre descobríamos algo novo.
ㅤEra Sexta-Feira do aniversário de Philip, levantei-me cedo e o deixei dormindo. Fui até a cozinha e preparei um café para ele com suco, frutas, pães, bolachas e arrumei tudo numa bandeja. Depois fui até o quarto e a coloquei ao meu lado da cama e subi nela enquanto acariciava seu rosto com a ponta dos dedos.
ㅤEle pouco a pouco foi acordando, até que abriu os olhos e sorriu para mim. Sempre que ele fazia isso, sentia meu coração disparar. Aproximei-me e beijei seus lábios que ele retribuiu.
- Feliz Aniversário! – Falei abraçando-o.
- Obrigado, amor! – Disse ele.
- Fiz o café da manhã para você!
- Ah, sério? – Perguntou olhando para a bandeja e se sentando na cama preguiçosamente.
- Uhum! – Disse sentando do outro lado da cama, observando-o.
- Não vai comer? – Perguntou ele comendo a laranja que eu havia cortado em gomos.
- É para você!
- O que é meu é seu também!
ㅤEle, então, pegou um gomo da laranja e veio até mim, ficando por cima enquanto o deslizava o gomo por meus lábios e depois me beijava.
- Hum, acho que vou ter que começar a experimentar as frutas da sua boca! – Disse ele entre beijos.
- Acho que é uma boa ideia! – Ri.
- Eu já disse que sou o homem mais feliz do mundo, mais ainda por você estar ao meu lado? – Perguntou ele.
- Todo o dia você faz questão de me lembrar disto e eu realmente sou muito grato e muito feliz por ter você comigo, minha vida sem você...
ㅤEle pôs a mão nos meus lábios e não me deixou continuar. Novamente se aproximou e voltamos a nos beijar. Depois tomamos café e ele foi tomar banho para ir trabalhar.
- Vida de dentista é algo meio que escravo, não? – Perguntei enquanto me despia e entrava no chuveiro, abraçando-o por trás.
- Eu gosto, principalmente por ter alguém me esperando ao final do dia! – Disse ele pegando minhas mãos e me fazendo deslizar do seu peito até o abdômen com o sabonete.
ㅤBeijei suas costas largas, passando por seu pescoço a ponta da minha língua. Pude sentir ele se arrepiar todo até se virar e me abraçar, fazendo-me sentir seu membro duro roçando com o meu.
- É melhor pararmos antes que eu chegue atrasado! – Disse ele.
ㅤEu apenas ri. Ele me beijou depois e saiu do chuveiro. Fiquei ali mais algum tempo, quando sai, ele já havia ido. Eu não iria aquele dia para a faculdade, teria que preparar a sua festa e para isso, precisava sair para comprar algumas coisas. Arrumei-me rapidamente e fui ao supermercado. Minha avó passou a manhã inteira comigo, ela fez alguns doces e salgadinhos e eu comprei outros numa confeitaria. A Manu e a Rafa logo depois do meio dia vieram para cá almoçar comigo e me ajudar na decoração.
ㅤHavíamos arrastado os sofás para os cantos e no meio da sala posto uma mesa de vidro com os comes e bebes. De um lado haviam muitas taças de cristal alinhadas uma com a outra. Mais tarde, eu colocaria ali os vinhos, drinks e demais bebidas.
- Hum, ele vai adorar, Vini! – Disse a Manu se sentando enquanto se esticava toda.
- Espero que sim! – Disse me sentando ao seu lado observando a Rafa que se sentava em uma poltrona a nossa frente. – Tenho que esperar o pessoal da floricultura trazer os arranjos e ai eu termino de arrumar. Se vocês quiserem ir para casa se arrumar, podem ficar a vontade!
- Eu vou mesmo, estou precisando de um bom banho! – Disse a Rafa.
- E eu tenho salão marcado! – Terminou a Manu.
- Manu, não precisa vir toda arrumada, é apenas uma festinha! – Falei.
- Imagina se fosse um festão! – Riu. – Bem, eu vou indo, vamos lá em baixo?
- Claro! – Respondi.
ㅤAs duas pegaram suas coisas e eu desci com elas e logo quando estavam saindo, os rapazes da floricultura chegaram. Subi com eles para o apartamento e lá pedi para eles largarem no hall de entrada que eu ia arrumando.
ㅤEu havia pedido uma grande sacola com pétalas de rosas branca, que espalhei pelo apartamento e entre elas coloquei velas aromáticas que aproveitei e já fui acendendo. Depois de tudo pronto, peguei as chaves do carro e fui ao shopping pegar o presente que havia encomendado para ele, ou melhor para nós. De volta em casa, tomei um banho bem demorado e me arrumei.
ㅤPouco a pouco os garotos iam chegando. Primeiro a Manu, o Celo e o Bruno, Rafa, Eve, Carol, William, Fernanda e Flávia, alguns amigos dele, primos e colegas da faculdade. Ao todo deveria ter uns quarenta convidados que, é claro, sabiam sobre nosso relacionamento.
ㅤJá era mais ou menos 19hs. Ouvimos quando o Philip chegou e todos nos arrumamos para recebê-lo. Quando ele entrou, ficou muito surpreso. Começamos a cantar parabéns mas não conseguimos terminar, uma vez que todos foram para cima dele, abraçá-lo e desejar um Feliz Aniversário.
ㅤPor fim, ele veio até mim e me abraçou muito forte, me dando um longo e demorado beijo.
- Você é um atentado! Não precisava isso tudo! – Ele disse.
- Você merece! – Sorri.
- Merece mesmo! – Disse um amigo dele, o Fabiano. – Bem, vamos brindar?
ㅤPegamos as taças e nos servimos de champanhe, mas antes, eu peguei uma colherinha de metal e bati de leve.
- Gostaria de falar algumas coisinhas... – Disse observando que todos me olhavam atenciosamente. – Bem, hoje fazem dois anos que eu realmente passei a conhecer o Philip, conto assim, pois foi a primeira vez que conversamos como verdadeiros amigos e que eu e ele dissemos um ao outro o quanto éramos importantes, embora eu já estivesse apaixonado por ele... Phil, meus dias, à medida que eu ia te conhecendo, iam mudando de tal forma que eu jamais esperava. Eu não sei dizer com palavras bonitas, não sou um bom orador, mas tê-lo em minha vida foi como ter encontrado uma metade de mim que eu procurava, mas não sabia o que era até encontrar você. Você era e é, o ar que eu respirava e respiro, os raios de sol que iluminam meus dias, as estrelas que brilham todas as noites, é o movimento das ondas no mar, o fogo que arde em meu peito, o amor que se torna cada vez maior... Por isso... – Disse pondo a taça na mesa e retirando do bolso uma caixinha negra de veludo e abrindo-a. Havia ali dentro duas alianças feitas em ouro com detalhes em prata, um pouco mais grossa do que o normal. – Quer casar comigo?
ㅤEle me olhava com uma expressão indefinida em seu rosto. Sua cabeça estava apoiada nas mãos que ele havia elevado até a altura do queixo. Pouco a pouco ele abria um largo sorriso e vinha em minha direção, segurou minha mão e me envolveu em seus braços, chorando.
- É claro que eu aceito! – Disse ele segurando depois meu rosto e me beijando.
ㅤNeste momento todos começaram a assoviar e a bater palmas. A algazarra estava feita. Nossos amigos nos abraçavam e desejavam toda a felicidade do mundo. Em 2 de Junho de 2000, oficializamos o nosso casamento.
(Fim da Parte 47)
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#Fim de Festa#
- Cunhado! – Chamou a Fê vindo em minha direção e me dando um forte abraço. – Fico muito feliz pelos dois! Quem diria que há meses atrás você nem queria saber dele, né?
- Pois é, as pessoas mudam! – Disse rindo. – Opa! Champanhe! – Disse pegando uma taça e dando a ela. – Aproveita!
- Vou aproveitar mesmo, tem como eu e a Flávia dormirmos aqui? Hoje quero me acabar!
- Claro que tem! Vocês são da casa! – Respondi.
- Obrigado, cuuuuu! – Riu ela.
ㅤFicamos conversando durante algum tempo e depois fui de grupo em grupo puxar assunto até para deixar todos muito bem à vontade. A música rolava solta e já havia alguns até mesmo dançando. Philip fazia o mesmo, conversava com todos, agradecia os presentes e volte e meia vinha até mim, e ficava um pouco para ficarmos namorando.
ㅤConversei bastante com o Celo e com o Bruno, as gurias já estavam espalhadas conversando com todo mundo e se bobeasse seria capaz delas saírem casadas da festa. Eram muito rápidas nesse tipo de assunto.
ㅤA noite foi avançando rapidamente, muitos já estavam sentados nos sofás, cadeiras, um pouco tontos, conversando, rindo, contando piadas, se divertindo e aos poucos, outros iam se despedindo e indo embora.
ㅤLá pelas três da manhã, só restavam na sala eu, Philip que estava deitado em meu colo, Manu, Rafa, Fê, Flávia, Bruno, Celo e a Carol. A Eve já havia ido, pois acordaria cedo para passar o final de semana na casa de seus avós.
- Estou podre! – Falou o Celo.
- Nem me fala, estou com os pés doendo! – Disse. – Vocês não querem dormir aqui? Tem quarto, é só por lençol nas camas! – Falei a eles.
- Por mim, pode ser! – Disse a Manu meio sonolenta.
- Se vocês não se importarem... – Disse o Bruno.
- Claro que não, fiquem aqui conosco hoje, amanhã almoçamos todos juntos... – Disse.
- Vamos dormir? – Pediu o Philip.
- Vamos sim... – Olhei para os demais. – Vocês sabem onde ficam os quartos, se quiserem algo para comer ou beber, tem na geladeira!
ㅤEsperamos eles se recolherem e depois o Philip me levou quase que arrastado em direção a nossa suíte. Lá fomos nos beijando enquanto tirávamos nossas roupas em direção à cama. Só de cueca, eu o empurrei na cama e fiquei por cima enquanto ele apertava minha cintura e depois deslizava suas mãos até minhas costas e depois descia apalpando minha bunda.
- Obrigado! – Disse ele passando a mão por meu rosto e inclinando a cabeça para cheirar meus cabelos.
- Queria apenas te agradar! – Falei, fechando os olhos e pousando a cabeça em seu peito enquanto ele me abraçava com força.
- Não é só por isso... É por você existir na minha vida. Obrigado por existir e fazer parte dela!
ㅤDepois ele pegou a coberta aos pés da cama e nos tapou.
- Você nos vê daqui uns 10 anos? – Perguntei.
- Mais do que isso, daqui uns 60 anos! – Riu ele.
- Phil, outra coisa, e seus pais?
- Eles, até agora, estão quietos e isto me preocupa! – Confessou ele.
- Você acha que eles podem fazer algo contra nós?
- Não sei, mas creio eu que sim, não quero que você se prejudique na faculdade, por isso que acho que esse intercâmbio veio muito a calhar! – Disse ele me puxando para cima, roçando seus lábios aos meus.
ㅤEu não falei nada, seus lábios me deixavam em um estado de profundo torpor. Apenas correspondia, fui explorando sua boca com a minha língua e ele a minha. Beijávamo-nos carinhosamente, procurando aproveitar cada segundo. Depois terminamos aos poucos com selinhos. Eu cai no meu lado da cama e ele encostou seu corpo ao meu, ficando de conchinha, passando seus braços por debaixo dos meus e os pousando em meu peito. Lentamente fomos adormecendo, sentindo o calor do corpo um do outro. Estávamos muito cansados e nem que quiséssemos teríamos força para fazer outra coisa. Só aquele contato dos nossos corpos já nos satisfazia e muito.
(Fim da Parte 48)
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~ oiii, pessu! obrigado para quem está lendo e comentando, viu?! espero que gosteeem e comentem, kkkkk. os pombinhos ficaram noivos e casaram no ano 2000, este ano farão 21 anos de casados, meta de vida hahahah
Geomateus, tu não lembra o nome? iria ajudar muito!
até amanhãa <3 ~